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SOLUÇÕESSOLUÇÕES Aula 4Aula 4 UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO INSTITUTO DE CIÊNCIAS EXATAS E BIOLÓGICAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA Aula 4Aula 4 QUI 116 QUI 116 –– Turma 11Turma 11 Data: 10/09/2010 Teoria da Lei Limite de Debye-Huckel Qual é a abordagem física para os desvios da idealidade de soluções contendo eletrólitos fortes? Debye e Huckel propuseram um modelo que explica os afastamentos da idealidade para soluções eletrolíticas e que permite calcular o valor de γ± a partir das propriedades da solução. Fizeram as seguintes suposições: 1) Os eletrólitos se dissociam complemente em íons quando em solução; 2) As soluções são diluídas, com concentrações menores que 0,001 mol.kg-1;2) As soluções são diluídas, com concentrações menores que 0,001 mol.kg-1; 3) Os desvios são observados devido às interações eletrostáticas fortes entre os íons em solução; 4) Cada íon é circundado por íons de carga oposta, formando uma atmosfera iônica. A figura que é a base da teoria de Debye-Hückel, segue uma tendência para ânions serem encontrados ao redor de cátions e cátions ao redor de ânions. A - - + + + As interações eletrostáticas entre os íons em solução tornam a concentração efetiva menor que a concentração analítica ânions serem encontrados ao redor de cátions e cátions ao redor de ânions. A distribuição de carga esférica não-zero ao redor de um íon é chamado de atmosfera iônica. A energia, e portanto, o potencial químico de um dado íon central é menor (diminui) devido à sua interação coulômbica com a atmosfera iônica. Íons, assim como cargas elétricas, estão sujeitas a forças eletrostáticas (Lei de Coulomb) επε 2 _ 4 r qq F o += q = carga dos íons εo = permissividade do vácuo r = distância de separação entre os íons em solução ε = constante dielétrica da solução A força eletrostática: Aumenta com a carga dos íons Diminui com o aumento da distância entre os mesmosDiminui com o aumento da distância entre os mesmos Portanto: Quanto maior a carga dos íons e maior a concentração da solução � Maior a força de atração eletrostática � Maior a probabilidade de formação de aglomerados iônicos � Menor é a atividade Debye e Huckel relacionaram a distribuição dos íons na solução com a força iônica: Força iônica ∑= i oii b b zI 2 2 1 zi = carga do íon i em solução De modo que para uma solução diluída, o coeficiente de atividade médio foi relacionado com a força iônica da solução: ( ) 21log IzAz −+± =γ A = constante característica do solvente Para a água, a 25 oC, A = 0,509 Exemplo Calcule a força iônica de soluções 0,1 mol.kg-1 de NaCl, Na2SO4 e Ca3(PO4)2. Resolução: ∑= i oii b b zI 2 2 1 Usar a equação: a) Para o NaCl tem-se: NaCl → Na+ + Cl- (relação entre cargas de 1:1) ] .1 .1,0 )1( .1 .1,0 1[ 2 1 1 1 2 1 1 2 −+ = − − − − kgmol kgmol kgmol kgmol I 1,0=I .1.12 11 −− kgmolkgmol b) Para o Na2SO4 tem-se: Na2SO4→ 2Na+ + SO42- (relação entre cargas de 1:2) ] .1 .1,0 )2( .1 .1,0.2 1[ 2 1 1 1 2 1 1 2 −+ = − − − − kgmol kgmol kgmol kgmol I 3,0=I c) Para o Ca3(PO4)2 tem-se: Ca3(PO4)2→ 3Ca2+ + 2PO43- (relação entre cargas de 2:3) ] .1 .1,0.2 )3( .1 .1,0.3 2[ 2 1 1 1 2 1 1 2 −+ = − − − − kgmol kgmol kgmol kgmol I 5,1=I Usando a equação da lei limite de Debye-Huckel ( ) calcule o valor de γ± para uma solução aquosa de HCl 0,001 mol.kg-1. Exemplo ( ) 21log IzAz −+± =γ Resolução: Primeiro é necessário calcular a força iônica que os íons exercem na solução ] .1 .001,0 )1( .1 .001,0 1[ 2 1 1 1 2 1 1 2 −+ = − − − − kgmol kgmol kgmol kgmol I 001,0=I Agora, pode-se determinar o valor de γ±: ( ) 21log IzAz −+± =γ ( ) 21001,0)1)(1(509,0log −+=±γ 016096,0log −=±γ 964,0=±γ Como a solução está bastante diluída e as cargas dos íons não são altas, o coeficiente de atividade médio é próximo de 1, indicando que a atividade da solução eletrolítica está próxima de sua concentração Verifica-se que: A equação usada tem boa concordância com os dados experimentais quando a solução Teoria Debye-Hückel Valor experimental experimentais quando a solução iônica é bem diluída. Quando a concentração da solução iônica aumenta, os desvios dos dados experimentais ocorrem principalmente para os íons com maior carga. Válida para soluções diluídas (b < 0,01 mol.kg-1) I100 Lei de Debye-Huckel estendida Para cálculos mais precisos em uma maior faixa de concentração das soluções iônicas, é necessário levar em consideração a lei de Debye-Huckel estendida: CI BI IzAz + + = −+± 2 1 2 1 1 logγ onde B e C são parâmetros empíricos de ajuste da equaçãoonde B e C são parâmetros empíricos de ajuste da equação A equação acima reproduz bem dados experimentais em um intervalo moderado de soluções diluídas (concentrações em torno de 0,1 mol.kg-1). Para um eletrólito 1:1 A lei estendida apresenta uma boa concordância com os dados experimentais sobre uma faixa mais ampla de molalidades, comparada à lei limite. Está longe de ser exata em concentrações próximas deconcentrações próximas de 1 mol.kg-1. Importância do diagrama de fases: Por meio do diagrama de fases de uma substância pura ou de uma mistura, Introdução de conceitos a serem usados no estudo de diagrama de Fases Um diagrama de fases mostra as regiões de pressão e/ou de temperatura em que uma ou mais fases são termodinamicamente estáveis Por meio do diagrama de fases de uma substância pura ou de uma mistura, pode-se conhecer as regiões de T e p de equilíbrio, e também as regiões de T e p onde as fases são estáveis. Assim, o comportamento do sistema em todas as regiões de T e p estudadas, podem ser previstos e controlados. Regra das Fases É necessário entender o significado de termos que serão usados para descrever os diagramas e determinar as fases do sistema em cada T e p Fase (P): Conjunto de todas as partes homogêneas do sistema, iguais em todos os pontos por sua composição, propriedades físicas e químicas, e separadas das demais por uma superfície visível de separação. Pode-se falar de: Fase sólida / líquida / gasosa de uma substânciaFase sólida / líquida / gasosa de uma substância Diferentes fases sólidas de uma substância Mistura gasosa Exemplos de sistemas constituídos de 1 fase: Dois líquidos completamente miscíveis Solução de cloreto de sódio em água Regra das Fases É necessário entender o significado de termos que serão usados para descrever os diagramas e determinar as fases do sistema em cada T e p Fase (P): Conjunto de todas as partes homogêneas do sistema, iguais em todos os pontos por sua composição, propriedades físicas e químicas, e separadas das demais por uma superfície visível de separação. Pode-se falar de: Fase sólida / líquida / gasosa de uma substânciaFase sólida / líquida / gasosa de uma substância Diferentes fases sólidas de uma substância Mistura gasosa Exemplos de sistemas constituídos de 1 fase: Dois líquidos completamente miscíveis Solução de cloreto de sódio em água Constituinte: cada substância (espécie química) que pode ser separada do sistema e existir de forma independente. Componente (C): menor número de espécies químicas (constituintes) suficientes para determinar a composição de qualquer fase do sistema. Quando não há reações químicas no sistema: O número de constituintes é igual ao número de componentes Quando há reações químicas no sistema: É necessário decidir o número mínimo de espécies que podem ser usadas para se determinar a composição de todas as fases Variância (F): é o número de variáveis intensivas que podem ser alteradas de forma independente, sem alterar o número de fases em equilíbrio. REGRA DAS FASES J. W. Gibbs deduziu a regra das fases, que é uma relação geral entre F, C e P, para um sistema de qualquer composição F = C - P +2 se determinar a composição de todasas fases REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. G. Castellan, Fundamentos de Físico Química, LTC Editora, Rio de Janeiro, 1991. 2. D. W. Ball, Físico-Química Vol. 1, Thomson Learning, São Paulo, 2005. 3. P. W. Atkins, J. Paula, Físico-Química Vol. 1, LTC Editora, Oitava Edição, Rio de Janeiro, 2008.
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