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@resuvet_ Criado por @resuvet_ Puerpério Patológico Perturbações metabólicas Parto e lactação em animais com níveis metabólicos críticos. ↪ Hipocalcemia: associada a carências de fósforo e magnésio ↪ Acetonemia: formação de corpos cetônicos, em casos de degradação acentuada de gordura devido a baixa ingestão de carboidratos. Atonia Uterina É a redução ou ausência de contrações miometriais, ocorre normalmente em partos distócicos, devido a distúrbios nutricionais ou metabólicos. Ocorre uma exaustão uterina devido a distocia e evolui para uma infecção puerperal. Hipertonia uterina Aumento das contrações uterinas, ocorre uma irritação nervosa, tração de placenta, principalmente por aplicação de medicação irritante (produtos a base de iodo) e dor. Como sequela ocorre iversão/prolapso vaginal/uterino. Inversão e Prolapso Uterino É uma sequela da hipertonia, existe predisposição hereditária, ocorre lesões nas vias fetais devido a distocia, normalmente o estado nutrional está deficiente e o prognóstico é desfavorável para a reprodução. Paralisia das Parturientes Ocorre devido a fraturas, mamites ou compressão nervosa. Apresenta dificuldades de locomoção e ficam em estação. Está relacionado a lesões osseas, articulares ou transtornos metabólicos. O prognóstico e tratamento dependerá da etiologia. Infecções Puerperais É o transtorno de maior incidência no pós-parto, bovinos leiteiros são os mais afetados, afeta a performance reprodutiva (anestro), reduz a produção de leite e grande prejuízo terapêutico. Etiologia: ocorre contaminação uterina por saprófitas e patogênicos durante ou após o parto devido a quebra das barreiras. Há uma depressão considerável da resposta imune por várias semanas após o parto, mas a capacidade fagocitária não se altera. Essa depressão imunológica ocorre por vários fatores, são eles: queda do consumo energético, vitaminas e minerais, balanço energético negativo, mobilização das @resuvet_ Criado por @resuvet_ proteínas, gordura corporal, alterações drásticas nos níveis de progesterona, estrógeno no final da prenhez e aumento transitório de cortisol no parto. Os reflexos da lactação promovem efeito imunossupressor adicional; Vacas com retenção placentária apresentam depressão mais precocemente e profunda da imunidade inata, que precede a doença em várias semanas. A retenção ocorre por deficiente migração leucocitária nos placentônios. Estima-se que 80% das retenções seja de origem inflamatória. Pode ser relacionado a esteatose hepática, devido ao baixo consumo alimentar que aumenta as concentrações circulantes de ácidos graxos não esterificados, refletindo na depressão da função dos neutrófilos. Fatores predisponentes: distocia, retenção de placenta, deficiência ou excesso nutricional, partos gemelares, higiene ambiental, estresse provocando redução da capacidade imunológica. Agentes etiológicos: Streptococcus sp, Staphylococcus sp, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Actinomyces pyogenes, Associação de germes. ↪ No puerpério fisiológico, o útero fica livre de bactérias na quarta semana pós- parto. Apresentação Clínica: pode ser com comprometimento sistêmico ou sem comprometimento sistêmico. ↪ Sem comprometimento sistêmico: produção de leite reduzida, perda de apetite/depressão. Como sintomas uterinos se tem a involução retardada, conteúdo aumentado, contração diminuída, secreção aumentada, viscosidade diminuída e odor pútrido. ↪ Com comprometimento sistêmico: produção de leite reduzida, perda de apetite/depressão. Como sintomas uterinos se tem a involução retardada, @resuvet_ Criado por @resuvet_ conteúdo aumentado, contração diminuída, secreção aumentada, viscosidade diminuída e odor pútrido. Como diferencial, o animal apresenta febre. Sequelas: necroses ou infecções por bacilo piociânico, ruptura dos anéis cervicais, placas necróticas, piometra. Prognóstico: dependerá da severidade do processo, condição corporal, forma de apresentação, inicio de tratamento e eficiência do tratamento. Prevenção: evitar hipocalcemia, distocias, retenção de placenta, excessivo nimero de ordenhas e estresse. Equacionar a sanidade, densidade populacional e higiente dos poteriros. Tratamento: higienização e antissepsia da vulva, cauda e arredores com agua, sabão e antissépticos. Fazer a avaliação da placenta: tentativa de retirada (atonia uterina) ou corte rente a vulva. Retirada dos lóquios (líquidos, membranas e detritos uterinos) através da palpação retal. Antiobioticoterapia parenteral é indispensável nos casos sistêmicos, são utilizados as classes cefalosporinas, tetraciclinas e penicilinas, dose de acordo com o peso vivo, por 3 a 5 dias ou conforme indicações do produto. Pode ser utilizado antibiótico local/uterino 21 dias pós parto. Hormonal se usa a ocitocina como método preventivo, estrógenos pode inibir o eixo hipotálamo-hipofisário e provocar cistos e as prostaglandinas tem efeito contraditório. Sintomático: hidratação, aumento da glicemia e fornecer sais minerais (Ca, P e Mg). Alternativo: lavagens intrauterinas com antissépticos, mas só é aceito se realizado por especialista em hospital veterinário, pois há um elevado risco de ruptura uterina e ocorrência de aderências ou peritonite.
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