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VISÃO GERAL DAS PRINCIPAIS PARASITOSES ENDÊMICAS TAXONOMIA DOS AGENTES INFECCIOSOS: Os protozoários podem causar doenças na espécie humana, assim como os vermes que são do reino animal. VETORES: Algumas doenças são controladas pela ação contra o vetor. O mosquito palha transmite a leishmaniose visceral, anopheles transmite a malária, barbeiro transmite chagas e culex transmite a filaríase. OUTRAS DOENÇAS TROPICAIS: PROTOZOÁRIOS: Doença de Chagas = causada pelo Trypanossoma Cruzi (transmissão vetorial pelo barbeiro), antes era principalmente em zonas rurais. Fezes do barbeiro com o protozoário entram em contato com o organismo interno. Com a urbanização e controle do vetor, a transmissão da doença de Chagas começou a ser mais por transfusão sanguínea, transmissão vertical, transplante de órgãos e ingestão oral (pelo açaí e caldo de cana). Chagoma de inoculação e sinal de romaña (edema bipalpebral e adenopatia satélite). Quadro de Chagas agudo é quando tem febre, mialgia, artralgia e mal-estar por algumas semanas. O acometimento do coração nessa fase é a miocardiopatia chagásica aguda. O diagnóstico é feito encontrando o parasita no esfregaço sanguíneo (exame direto devido parisetemia alta). O tratamento feito na fase aguda é curativo e eficaz. A fase crônica da doença tem três fases, a principal é a indeterminada, mas também tem a cardíaca e a do TGI. A indeterminada é mais comum, só tem a sorologia positiva (IgG) sem sintomas. Se evoluir para as formas sintomáticas da doença vai para a cardíaca e/ou do TGI. O acometimento cardíaco pode gerar inflamação com comprometimento do miocárdio, podendo evoluir para fibrose (as principais alterações são alterações de condução elétrica, com bloqueios, por exemplo). A alteração final é a cardiomegalia com insuficiência cardíaca. No TGI gera acalasia chagásica, destrói plexo mioentérico, gerando os “megas” – megaesôfago e/ou megacólon. A forma crônica tem uma paresentemia muito baixa, por isso, o tratamento parasitológico não funciona. Diagnóstico do crônico é pela sintomatologia. Leishmaniose visceral = existem várias leishimanias, que são protozoários. A doença depende de qual o tipo de leishimania que o indivíduo foi contaminado. Salvador não é comum ter leishmaniose, mas as cidades perto possuem. Na américa latina as principais são brasilienses, amazonenses e chagasi. A chagasi é a que faz a leishmaniose visceral. A donovani, a chagasi e infantum fazem a leishmaniose visceral. Existe a leishmaniose visceral que é possivelmente letal e a tegumentar, que é capaz de desfigurar o indivíduo. O mosquito lutzomya e especificamente o lutsomya longipalpis é o que transmite a leishmaniose visceral. O reservatório da leishmaniose é os roedores silvestres, canídeos e marsupiais. O cachorro fica doente – perde peso e tem que ser sacrificado. O homem é o hospedeiro acidental da leishmaniose. As células alvo da leishimania são as células do sistema imune, principalmente os macrófagos (produzem substâncias que as tornam resistentes aos macrófagos). A leishmaniose tegumentar possui uma clínica cutâneo ou cutaneomucosa (a brasilienesis faz a tegumentar) – pode ser lesão única, difusa ou cutâneo-mucosa. Pode gerar úlcera que demora para melhorar. A forma disseminada é pior, assim como a cutâneo-mucosa que pode deformar. Não passa de humano para humano (o mosquito que passa). A visceral o macrófago vai para fígado, baço e medula óssea = gera esplenomegalia, hepatomegalia, febre e de forma arrastada, faz caquexia. Gera inflamação reacional no baço. Tem perda de peso, diarreia, hipoalbunemia, pancitopenia (por invadir medula óssea). O hiperesplenismo pode ocorrer, aí o baço funciona demais destruindo as células sanguíneas. Se não tratar é fatal. Pode diagnosticar por sorologia. Diagnóstico diferencial = hepatoesplenomegalia e febre podem ocorrer também na leucemia, enterobacteriose septicêmica prolongada (enterobactéria). A leishmaniose visceral a melhor forma de diagnosticar é biopsia esplênica (padrão-ouro), mas pode fazer aspirado de medula óssea. O tratamento é feito pelo antimonial e anfotericina B (para a visceral) que é bem tóxico. Malária = comum na Amazônia. Hepatoesplenomegalia aguda e icterícia aguda febril. A malária é transmitida por mosquito anófeles. Existem quatro plasmodium que podem gerar a doença na espécie humana = malarie, vivax, ovale e falciparum. O falciparum é geralmente mais grave. A célula alvo é a hemácia e depois de se multiplicar gera hemólise vai par a corrente sanguínea, gerando resposta inflamatória (FEBRE). Geralmente a febre segue o ciclo evolutivo. O plasmodium malarie leva 72h para romper as hemácias, enquanto os outros três levam 48h. Febre terçã (48h) e febre quartã (72h). Sintomas são febre, calafrio, mialgia, tremor, artralgia, cefaleia. Hemólise gerando icterícia por bilirrubina indireta. Além disso, pode fazer hepatoesplenomegalia. O falciparum pode acometer pulmão (SARA), rins e cérebro. Existem pacientes que quando tem muito contato com a malária geram um estado de hipersensibilidade e arrastado = parece com calazar. Tratamento de malária é a cloroquina. Toxoplasmose = ocorre em todo o mundo. O reservatório é o gato e as pessoas se infectam ingerindo as fezes do gato (água e alimento contaminado). A infecção no imunocompetente pode ser assintomática, a clínica mais comum é a síndrome mono-like (doença febril aguda e adenopatia, além de mialgia), sendo autolimitada. No caso de imunossupressão pode gerar casos graves e sistêmica ou neurotoxoplasmose (encefalite focal). A gestante pode fazer infecção vertical para feto ou recém-nascido, gerando microcefalia, hidrocefalia e entre outros. Amebíase = entamoeba é a única ameba que causa doença em seres humanos. Contaminação pela água. Gera colite (inflamação do cólon). Pode gerar diarreia, dor abdominal, mas tem o potencial de gerar dissinteria (colite dissintérica). Alcança mucosa. Pode invadir corrente sanguínea e gerar meningite amebiana. Diagnóstico com o parasitológico de fezes e o tratamento é feito com o metronidazol. Giardíase = a giárdia infecta principalmente intestino delgado, gera inflamação e disfunção do intestino. Pode gerar diarreia crônica, dor abdominal, gases, dispepsia. Quando é grave pode dificultar a absorção, gerando uma diarreia disabsortiva crônica e desnutrição. Albendazol, metronidazol. Pesquisa por lâmina direta é mais específico no parasitológico de fezes. Esquistossomose = schistossoma mansoni. Do caramujo sai a cercaria que está no rio e entra na pele do humano. Pode gerar reação inflamatória grande e pode gerar vasos no mesentério. Fezes humanas contaminam a água. A fase aguda tem dois momentos: quando a cercaria entra na pele gera dermatite cercariana (prurido) depois evolui para esquistossomose aguda (febre de cataiana). Reação inflamatória granulomatosa = febre, diarreia, esplenomegalia, perda de peso, hepatomegalia. Pode evoluir para a crônica se não for tratado. A forma crônica os ovos são eliminados nas fezes e pelos vasos mesentéricos podem ir para fígado e outros órgãos. Fase hepatointestinal (pode ter fibrose hepática, chega o espaço porta) = não ter hipertensão portal. Pode evoluir com hipertensão portal = fase hepatoesplênica. Fibrose periportal de symmers. Pode não ter parasita vivo, mas as consequências podem gerar a doença crônica. Parasitológico de fezes com método de Lutz ou método de Kato Katz. Tratamento com prazinquantel. Teníase = o hospedeiro é o porco e boi. O ser humano infectado por 1 verme. O verme elimina os ovos que o porco e boi que comem – os ovos eclodem no intestino e as larvas vão para o músculo que é muito oxigenado ou para o cérebro – forma um cisto que écisticerco. O humano come o animal e pode comer o cisticerco, que chega no intestino e vira tênia = teníase. A cisticercose é quando o humano come os ovos pelas fezes que estão na água ou alimento – vai para músculo, cérebro (neurocisticercose). Teníase gera diarreia, perda de peso e dor abdominal. A clínica da neurocisticercose pode ser crise convulsiva, cefaleia, sintomas neurológicos focais. O diagnóstico de cisticercose pode ser por TC. Lombriga = áscaris lumbricoides vive no intestino do ser humano e sai nas fezes, o outro ser humano come as fezes. Ciclo de loss – intestino vai para circulação sanguínea, vão para o pulmão, sai pela árvore brônquica, é engolido e volta para o TGI maduro. Clínica = distensão abdominal, diarreia crônica, perda de peso. Bolo de áscaris obstruem o intestino. Ancilostomíase = necator americano e ancilóstomo duodenale fazem a mesma doença, penetra pela pele e faz ciclo de loss. Tem ventosas e consome o sangue do indivíduo. Faz diarreia crônica, dor abdominal, anemia ferropriva (perda sanguínea crônica). Oxiuríase = enterobius vermiculares ou oxiúrio gera prurido anal, principalmente a noite. Autoinfecção ocorre. Aparece no parasitológico de fezes e pode ser feito pela fita gomada. Filariose = wulchereria bankroft. Elefantíase. Gera obstrução e fibrose dos vasos linfáticos. Edema linfático irreversível. Oncocercose (cegueira do rio Nilo).
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