Prévia do material em texto
7. Desenhe um sistema osteónico (ósteón ou de Havers) e identifique com cores diferentes suas diferentes estruturas, em seguida a fotografe e anexe aqui. Dentre os muitos fatores que influenciam e determinam o correto desenvolvimento e crescimento dos ossos podemos citar a genética, a nutrição, o nível de atividade, os hábitos posturais, o estilo de vida e enfermidades. Considerando o aprendido sobre tecido ósseo, discuta estes fatores sob um ponto de vista histológico e clínico. O tecido ósseo é a unidade estrutural que tem papel central na sustentação do corpo. Esse tecido também tem funções de proteção, reserva, plasticidade e atua na regulação homeostático, controlando os níveis de cálcio e fosfato no sangue. Em sua composição, há predominância de matriz inorgânica (75%), a qual é constituída por cristais de hidroxiapatita. Na matriz orgânica, que compõem o restante do osso, estão presentes colágeno do tipo I, além de outras proteínas não- colágenas, como proteoglicanos, glicoporteínas multiadesivas, citocinas e fatores de crescimento, entre outros. Na composição desse tecido também estão presentes outros tipos células, com destaque para os osteoblastos, os osteócitos e os osteoclastos. Em relação a cada uma dessas células, podemos citar algumas características importantes. O osteoblasto, derivado de células osteoprogenitoras, é quem deposita a matriz óssea, iniciando o processo de mineralização pela liberação de vesículas na matriz. O osteócito, por sua vez, é uma célula que se origina do osteoblasto, e é responsável pela manutenção da matriz óssea, percebendo o estresse mecânico e regulando a homeostasia do cálcio e do fosfato. O osteoclasto, por fim, deriva de células hematopoiéticas e tem papel na reabsorção do osso por hidrólise enzimática da matriz. Ademais, os ossos contêm cavidades em seu interior, onde são encontrados a medula óssea, os capilares sinusóides e tecido. Também, duas membranas conjuntivas revestem os ossos: o endóstio (membrana interna) e o periósteo (membrana externa). Quanto a classificação, dois tipos de tecido ósseo são apresentados: o tecido ósseo maduro e o imaturo. O osso imaturo é um osso mais irregular, em relação a disposição das moléculas da matriz, além de possuir uma quantidade diminuta de minerais e ser apresentar mais osteócitos. O osso maduro, por sua vez, é um tecido que sofreu mais pressões e tensões e, por isso, apresenta um ordenamento celular mais organizado. Ainda sobre os tipos ósseos, observam-se ossos esponjosos e ossos compactos. O osso esponjoso é um osso poroso que serve de abrigo para a medula óssea, por possuir essa estrutura (porosa) ele é um osso mais fraco, mas que absorve mais energia e distribui melhor as cargas. Já o osso compacto, tem mais capacidade de suportar pressões/tensões, fornecendo força e dureza. No desenvolvimento e manutenção óssea, vários fatores (nutricionais, físicos, genéticos, comportamentais) influenciam esse tecido. Ao pensar na nutrição, a ingestão de algumas vitaminas é essencial. A vitamina C, por exemplo, é importante para a síntese de colágeno e, na sua falta, é diminuído o crescimento e aumenta risco de fratura. A vitamina A é essencial no controle das atividades osteoblásticas e osteocláticas e na manutenção dos discos epifisários. Também podemos citar a vitamina D, um pró-hormônio importante para a reabsorção do cálcio e fosfato pelo intestino delgado. Por fim, podemos lembrar da grande importância do cálcio. Esse mineral tem papel no processo de ossificação, garantindo a rigidez do osso. Além da nutrição, a diminuição de absorção de minerais ao longo do envelhecimento, por exemplo, pode ser influenciada por fatores genéticos, que tornam alguns indivíduos mais propensos a esse empobrecimento, o que pode levar a fraturas e lesões ósseos, mais graves com o aumento da idade. Outro fator fundamental na modelagem óssea é o nível de atividade. Ossos mais densos e mineralizados são resultado de respostas a desafios que ocorrem ao longo da transformação do osso imaturo. Por outro lado, pessoas sedentárias têm tendência a possuírem ossos mais imaturos e frágeis. Aliado a isso, os hábitos posturais influenciam o desenvolvimento ósseo de forma semelhante. A calcificação ocorre em resposta ao estímulo de manter certa posição. Em casos de escoliose, hipercifose ou hiperlordose a situação pode se agravar, pois se não houver correção do problema o osso se tornará maduro na posição “errada”. Além dessas questões, algumas enfermidades podem acometer os ossos. Entre elas pode-se citar a osteomalácia, que é decorrente da falta de cálcio e leva à fragilidade da matriz óssea. Osteoporose e osteopenia também são doenças que fragilizam o tecido pela ausência de minerais e vitaminas, seja pela dieta deficitária ou por algum problema de absorção. O tecido ósseo pode ser acometido ainda por tumores, como osteomas e osteossarcomas.