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Duda Luizeto – med98 Diabetes Mellitus tipo 2: tratamento • Introdução: − Representa 90-95% dos tipos de diabetes mellitus − Problema de saúde mundial − Início geralmente na idade adulta, entretanto sua incidência vem aumentando em crianças e adolescentes − Desenvolvimento geralmente insidioso até o diagnostico − Destruição de cerca de 50% das células B pancreáticas ao diagnóstico − Grande parte desses pacientes tem síndrome metabólica associada = aumento do risco cardiovascular • Objetivos do tratamento: − Prevenir complicações crônicas: ▫ Microvasculares: retinopatia, nefropatia, neuropatia ▫ Macrovasculares: DAC, AVE, doença arterial periférica − Prevenir complicações agudas (raras): síndrome hiperosmolar não cetótica • Prevenção das complicações = controle glicêmico adequado + controle dos demais fatores de risco cardiovasculares (PA, perfil lipídico, obesidade, cessão tabagismo) • Fisiopatologia da DM2 (mais importantes): − Aumento da produção hepática de glicose − Diminuição da captação muscular de gordura − Diminuição da produção das células B pancreáticas de insulina − Outros: aumento da secreção do glucagon, disfunção de neurotransmissores, diminuição da ação incretinica, aumento da lipólise e da reabsorção renal de glicose • Patogênese: − Glicotoxicidade e a lipotoxicidade pioram a resistência insulínica e, portanto, a disfunção da célula beta tornando-se um ciclo vicioso Caso clínico 1 • S.G, 65 anos, engenheiro. Consulta relatando que há 5 anos foi diagnóstico com pré-diabético e recomendado mudança de estilo de vida. Paciente não adere a essas mudanças. Queixa de diminuição da libido e dificuldade de ereção. É sedentário • Ao exame físico: peso 101kg, alt 178cm, circunferência abdominal 113cm, PA 120x80mmHg, IMC 31.8 • Agora traz exames laboratoriais: hemoglobina glicada 6,8% e glicemia 140mg/dL 1) Qual os diagnósticos atuais desse paciente? R: 2) A conduta anterior estava correta? R: Respostas: 1) Diabetes mellitus tipo 2 (obeso, mais idade), obesidade grau 1 2) Sim, porque a metformina entra como tratamento para pré-diabetes em indivíduos com IMC maior que 35, com menos de 60 anos e para mulheres que tiverem diabetes gestacional • Uso de metformina para prevenção de DM2 − Terapia com metformina para prevenção de DM2 pode ser considerada em indivíduos com pré diabetes, especialmente aqueles com IMC maior ou igual a 35kh/m2, com menos de 60 anos e mulheres com história de DMG − O uso de metformina por tempo prolongado pode estar associado com deficiência de vitamina B12 e deve ser monitorada, especialmente naquelas com anemia e neuropatia periférica • Preconizar a mudança de estilo de vida, emagrecimento, alimentação balanceada e a educação sobre o DM 1. Tratamento não medicamentoso • Dieta − A abordagem nutricional não deve ser somente prescrita, de olhar comportamental, colocando o indivíduo no centro do cuidado − A base deve seguir o “Guia alimentar para a população brasileira” − O alicerce é uma alimentação variada e equilibrada que atenda as necessidades nutricionais em todas as fases da vida − Ideal junto com o nutricionista • Controle do peso − Além do tratamento dietoterápico, o manejo clínico da obesidade inclui: prática de exercícios físicos, terapia cognitiva comportamental, uso de medicamentos e cirurgia metabólica − Devem ser programadas para atingir perda de 5-10% do peso inicial − Na fase inicial evitar sempre que possível o uso de medicamentos que promovam ganho de peso 2. Tratamento medicamentoso a. Drogas que agem na resistência insulina (sensibilizadores de insulina): • Pode combinar a metformina com a pioglitazona • A pioglitazona tem mais ação a nível de resistência insulina que a metformina • A metformina é a estabelecida pelos guidelines a não ser que tenha contra indicação • Biguanida: METFORMINA − Mecanismo de ação: inibir a gliconeogênese hepática, melhora a sensibilidade periférica a insulina, aumenta os níveis de GLP-1 e também modifica a microbiota intestinal − Apresentações: 500mg, 850mg, 1.000mg ▫ 500XR, 750XR e 1000XR − Dose: 850-100mg 2-3x/dia − Dose máxima: 2.550mg/dia − Eficácia: diminui a HbA1c em torno de 1-2% − Vantagens: ▫ Extensa experiencia ▫ Não provoca hipoglicemia ▫ Diminuição modesta ou neutra do peso ▫ Diminuição de TG e ácidos graxos ▫ Diminuição discreta dos níveis de LDL-c ▫ Aumento discreto de níveis de HDL-c ▫ Diminuição da PAI-1 (portanto fibrinólise) ▫ Diminuição do estresse oxidativo ▫ Melhora da disfunção endotelial ▫ Melhora do fluxo sanguíneo em capilares ▫ Pode ser utilizada no SOP − Efeitos colaterais: flatulência, diarreia e deficiência de vitamina B12 − Contra indicações: ▫ Disfunção renal (cobra em prova): TFG 45ml/min (redução da dose) e TFG <30ml/min (suspender devido a acidose láctica) ▫ Cirrose hepática ▫ Doença pulmonar obstrutiva crônica ▫ Insuficiência cardíaca descompensada ▫ Fase aguda de doença miocárdica isquêmica ▫ Sepse ▫ Pacientes alcoolistas ▫ História de acidose láctica − Tem no SUS • Glitazona: PIOGLITAZONA − Mecanismo de ação: ativação do PPR gama melhorando a sinalização de insulina (aumenta os GLUTS), reduz a produção hepática de glicose, inibe a lipólise e redução dos ácidos graxos livres − Apresentação: 15,30 e 45mg − Eficácia: diminuição da glicemia em 50mg/dl e da HbA1c em 1,5% ▫ Efeito pleno só é atingido após cerca de 2-3 meses − Vantagens: ▫ Aumento do HDL ▫ Diminuição de TG ▫ Diminuição de evento cardiovascular ▫ Redução da gordura hepática − Efeitos adversos: aumento de peso (2kg), edema, anemia e fraturas − Contra indicações: ▫ Insuficiência hepática ▫ DM1 ▫ Gestantes ▫ Insuficiência cardíaca classes III e IV de NYHA − Muito usado nos pacientes com resistência insulina, com padrão de gordura centrípeta e com esteatose hepática b. Drogas que estimulam a secreção de insulina • Sulfonilureas: GLIBENCLAMIDA, GLIMEPIRIDA, GLIPZIDA, GLICAZIDA − Mecanismo de ação: atua inibindo o canal de sódio-potássio causando despolarização que leva a entrada de cálcio na célula liberando a insulina. Para isso, é necessário um pâncreas com célula B responsiva (não serve para pâncreas em falência) − A eficácia está relacionada a massa da célula beta ▫ Fatores sugestivos de boa resposta: ▫ Diagnóstico recente (<5 anos) ▫ Glicemia em jejum < 240MG/DL ▫ Peptídeo C em jejum elevado − Reduz de 60-70mg/dl na GJ e de 1-2% na HbA1c − Falência primária: 20-30% − Falência secundária: 4%/ano - 40%/10 anos --> aceleram a falencia? − Características das sulfonilureaias: ▫ A glibenclamida tem no SUS, mas tem uma maior chance de causar hipoglicemia ▫ Glipzida não tem no Brasil ▫ Glicazida MR (dose: 30-120mg) e glimepirida (dose: 1-8mg) são as de última geração e as mais utilizadas ▫ A glicazida da menos hipoglicemia e é mais específico para o canal de cálcio do pâncreas (não atua no rim e nem no coração, sendo mais segura para pre condicionamento isquêmico). Tem no SUS. Sendo a dose máxima de 120 − Efeitos colaterais: ▫ Ganho de peso (4-5kg): evitar utilizar nos pacientes obesos ▫ Hipoglicemia ▫ Náuseas, reações dermatológicas, alterações nos testes de função hepática ▫ Hiponatremia e flashes com bebida alcóolica (clorpramida) − Fatores de risco para hipoglicemia: ▫ Excesso de medicação; omissão de refeição ▫ Atividade física não usual; idade avançada ▫ Ingestão de bebida alcóolica ▫ Insuficiência hepática, renal ou cardíaca ▫ Insuficiência adrenal ▫ Antecedentes de hospitalização recente ▫ Uso associado de salicilatos, sulfonamidas, genfibrozil ou warfarin aumenta o risco de hipoglicemia − Contra indicações: ▫ DM1 ▫ Complicações hiperglicemia agudas (cetoacidose diabética e coma hiperosmolar não cetótico) ▫ Evitar em pacientes com insuficiência renal ou hepática graves ▫ Gravidez e amamentação(exceto glibenclamida - medicação classe B - e glipizida) ▫ Vigência de cirurgia de grande porte (usar insulina) ▫ Sepse ▫ Situações de risco para hipoglicemia grave − Toma em jejum e depois tem que se alimentar • Glinidas: REPAGLINIDA, NATEGLINIDA (em desuso) c. Drogas que diminuem o aporte de carboidratos: • Inibidor da alfa glicosidase: ACARBOSE (em desuso) d. Efeitos das incretinas: • Inibidores de DPP-IV: VILDAGLIPIDINA, SITAGLIPTINA, SAXAGLIPTINA, LINAGLIPTINA, ALOGLIPTINA − Inibem a degradação das incretinas − Oral − Alguns estudos mostram que a saxagliptina apresentou como efeito adverso o aumento da insuficiência cardíaca, maior alteração pancreática • Agonistas de GLP-1: LIRAGLUTIDA, LIXISENATIDA, DULAGLUTIDA, SEMAGLUTIDA − Mimetizam as incretinas − Injetável − Efeito adverso: náuseas − Liraglutida: uso diário − Dulaglutida e semaglutida: uso semanal − Desfecho cardiovascular (IAM, AVE, morte cardiovascular) melhor (prevenção cardiovascular): liraglutida, semaglutida, dulaglutina ▫ Também apresentam benefícios de prevenção de piora da função renal e de albuminuria • O conceito de incretinas surgiu da observação de que a liberação de insulina é maior quando a glicose é administrada por via oral do que pela via endovenosa − Com isso, percebera que o intestino participa desse processo de alguma maneira (liberando essas incretinas, sendo elas a GIP e o GLP-1) − TGI --> secreção de incretinas em resposta a ingestão de nutrientes --> aumento da secreção de insulina − O DPP-IV inativa o GLP-1 e o GIP. Então se a gente inibir a DPP-IV nós deixamos o GLP-1 e o GIP ativamos por mais tempos Iamgem − Ambos causam secreção de insulina e glucagon, atuam na função da célula beta − Ambos são neutros na hipoglicemia − Os incretinomiméticos (análogos do GLP-1) atuam na perda de peso e no esvaziamento gástrico ▫ Os inibidores da DDP-IV são neutros nessa função • Não pode combinar o análogo do GLP-1 com o inibidor do DPP-IV, porque eles têm a mesmo mecanismo e. Drogas que reduzem a reabsorção de glicose renal • Glifozinas (inibidores da SLGT-2): DAPAGLIFOZINA (Forxiga), EMPAGLIFOZINA (Jardiance), CANAGLIFOZINA (Invokana) − Reabsorção de 90% da glicose filtrada − Atuam a nível de túbulo contornado proximal − Inibidores do SLGT2 --> aumentam excreção renal de glicose --> diminuem a HbA1c em 0.5-0.7% (limitado pela taxa de filtração de glicose e diurese osmótica) − Mecanismo de ação: inibição do transportador 2 de sódio e glicose (SLGT2) − Efeito: aumento da excreção renal de glicose (existe um limiar máximo de excreção) − Vantagens: ▫ Não induzem hipoglicemia ▫ Perda de peso (2-3kg) ▫ Redução da PA − Desvantagens: ▫ Aumento do risco de ITU inferior e infecções genitais fúngicas ▫ Cetoacidose euglicemica − Contra indicações: IR moderada ou grave (TFG<45), DM1 (possibilidade de cetoacidose, tomar cuidado se utilizar) − A empa e a canaglifozina demostram diminuição da internação por IC, benefício em desfecho primário combinado (infarto, AVC) ▫ Empa,m cana e dapa --. Diminuição da hospitalização por IC ▫ Empa e cana --> diminuição de desfecho cardiovascular ▫ Empa e cana --> prevenção secundária ▫ Dapa --> prevenção primária ▫ As 3 mostraram diminuição de evolução da insuficiência renal e de proteinúria 3. Fluxograma para pessoas com DM2, ICC ou doença renais prévias (olhem o fluxograma no slide, a imagem ficou muito ruim aqui) • Terapia de primeira linha: METFORMINA + PERDA DE PESO + HÁBITOS SAUDAVEIS • Se a hemoglobina glicada ainda estiver acima da média temos que adotar outra estratégia. Ai temos que avaliar: − Esse paciente tem predomínio de doença cardiovascular aterosclerótica ou doença renal? É obeso? ▫ Se sim, pensar na prescrição de análogos do GLP-1 ou inibidores da SLGT2 (preferencial para pacientes com insuficiência cardíaca) ▫ Pode até usar o inibidor da DPP-IV, só que não existem estudos de benefícios de morte cardiovascular e nem na proteinúria e são neutros no peso. Já o análogo do GLP-1 possui essas características ▫ Se ainda assim a hemoglobina glicada estiver alta: adicionar insulina, sulfonilureia ou glitazona • Paciente com DM2 recém diagnosticado começamos a metformina − Se a HbA1c tiver acima de 8, nós passamos para a segunda droga --> inibidor da SLGT ou análogo do GLP-1 4. Progressão da secreção de insulina na evolução da DM2: reflexos no tratamento • Podemos usar a função da célula beta para decidir qual medicação usar • Lembrando que a célula beta tem uma perda progressiva • Etapa 1: diagnostico recente, geralmente o paciente não tem clínica − Metformina isolada − Se tiver uma HbA1c de 7.8-8: começar outra droga (análogos do GLP-1 ou inibidor da DPP-IV ou inibidores da SLGT2) − Se não conseguir controlar, passar para a etapa 2 • Etapa 2: − Sulfonilureias − Se não tiver usado análogos do GLP-1 ou inibidor da DPP-IV ou inibidores da SLGT2, pode começar com eles nessa fase • Etapa 3: − Independente do tratamento o diabetes tende a evoluir, então, se o paciente começar a apresentar sintomas (perde peso, poliúria, polidipsia) − Começar com uma insulina noturna − Se o paciente continuar descompensado ou assintomático: passar para etapa 4 • Etapa 4: célula beta já está em falência (não adianta dar sulfonilureia) − Insunilização plena − Pode e deve manter os sensibilizadores de insulina, análogo do GLP-1 e o inibidor da SLGT2 • Sempre individualizar o tratamento com a hemoglobina glicada, perfil metabólico, presença de doença cardíaca ou renal e função da célula beta • Se o paciente começa a perder peso, a HbA1c está muito alta e já está em uso de sulfonilureia... a chance desse pâncreas estar exaurido é grande − Não dosamos peptídeo C de rotina para avaliar início de medicação, geralmente é uma avaliação clínica e laboratorial • Quanto mais postergar o uso de insulina no paciente assintomático melhor. Já aquele paciente insulinopenico, perda de peso, poliúria, polifagia polidisfagia, HbA1c acima de 9%, glicemia acima de 300 tem que entrar com a insulina 5. Tratamento com insulina (só leu os slides) a. Insulinas basais b. Insulinas rápidas • Sempre antes da alimentação • Degludeca, glargina e detemir sem pico c. Esquemas de insulinização no DM2 • O paradigma de todos os métodos de insulinização consiste em procurar reproduzir, da forma mais fisiológica possível, o perfil normal de sereção e ação da insulina • Recomenda-se iniciar a insulinização de pacientes com DM2 com uma insulina basal, geralmente em combinação com os antidiabéticos orais • Titulação progressiva deve ser realizada de acordo com os níveis de glicemia capilar • Insulina basal combinado com antidiabético oral − Dose inicial 0,2UI/KG/dia, preferencialmente a noite − Titulação da dose com base na glicemia de jejum até atingir a meta • Se o de cima não resolver --> insulina basal-plus com ou sem antidiabético oral − Adição ao esquema anterior de uma ou mais doses de insulina prandial ▫ Ex: fez o NPH a noite e a glicemia de manhã de alta, ai adicionamos uma insulina rápida/regular/ultrarrápida − Ou com insulinas bifásicas (na mesma seringa tem os dois tipos – 70% de NPH e 30% de rápida) • Se o de cima não resolver --> insulina basal bolus − NPH ou qualquer basal + insulina rápida em todas as refeições (café da manhã, almoço e jantar) • Paciente DM2 que nunca usou insulina e que está na fase 3 (pâncreas entrando em falência) --> iniciar insulina com dose inicial de 0,2 a noite. Se não der certa passa para a insulina basal plus (2 picos de NPH e mais 1 pico de regular antes das refeições). Se não der passa para a insulina basal em bolus 6. Metas SBD 2019/2020 • Sempre individualizar • Variabilidade glicêmica <50mg/dL • Time in range: faixa de segurança preconizada para controle glicêmico adequado feito através da avaliaçãocontínua de glicemia • Seta de tendência: tendência da glicemia tender para hipo ou hiper ou estar estável feito através da avaliação contínua de glicemia 7. Conclusão • Diabetes é uma doença crônica complexa que requer atenção médica continuada para evitar as complicações aguda e crônicas • As recomendações atuais que norteiam o tratamento recomendam a individualização do tratamento • Os objetivos principais do tratamento da DM2: controle da glicemia, lipídeo e PA, bem como medidas de prevenção das complicações micro/macrovasculares, cessar tabagismo, controle do peso CASO CLÍNICO 2 Um advogado de 54 anos de idade, vem apresentando glicemias elevadas há mais de 1 ano, entretanto apenas recentemente quando fez uma glicemia capilar maior que 200mg/dl aceitou o diagnóstico de diabetes e resolveu se tratar O paciente relata antecedente de infarto agudo do miocárdio e faz uso de atorvastatina, aspirina e losartan potássio Na anamnese dirigida, nega alteração de peso recente. Refere se sentir muito cansado Exame físico: altura 170cm, peso 104kg, circunferência abdominal 123cm, PA 130x85mmhg, IMC 35 Restante do exame: nada digno de nota Exames laboratoriais trazidos pelo paciente: hemoglobina glicada 9% (o que corresponde a uma glicemia média estimada de 212mg/dl), colesterol total 153mg/dl, HDL 41mg/dl e triglicerídeos 225mg/dl, creatinina 0,9mg/dl, CKD- EPI 96ml/in/1.73m2 1) Como você trataria este paciente? R: Metformina + análogo do GLP-1 ou inibidor da SLGT2 (melhor tratamento, mas é caro 500/600 reais) OU Metformina + análogo do GLP1 + Pioglitazona --> tem como objetivo principal a perda de peso e controlar a glicemia. Os análogos do GLP1 e inibidores do SLGT2 são mais protetores cardiovasculares que a pioglitazona que entraria muito bem em uma etapa seguinte Caso clínico 3 Auxiliar de serviços gerais, solteira, de 54 anos vem a consulta porque tem um pouquinho de açúcar no sangue Relata que se preocupa, pois sua irmã teve recentemente uma perna amputada e está tomando insulina Na anamnese dirigida, nega polis, alteração na visão ou prurido vulvar Há cerca de 6 meses, procurou médico, mas o medicamento prescrito provocou muito mal-estar, o que fez ela abandonar o tratamento Exame físico: IMC 29kh/m2, circulação abdominal 92cm, PA 150x80mhg, tiroide palpável Traz seguintes exames realizados antes da consulta com outro médico há 6 meses: glicose de jejum 137mg/dl, Hb glicada 6,5%, glicemia média estimada 139,85, colesterol total 204mg/dl, colesterol total 137mg/dl, HDL 36mg/dl, triglicerídeos 154mg/dl, creatinina 1mg/dl e CKD-EPI 64ml/min/1.73m2 1) Como seria o tratamento medicamentoso dessa paciente? R: Metformina na dose máxima, mas se ela pudesse usar o inibidor da SLGT2 ou análogo do GLP-1 seria ótimo também. Se ela tolerar a metformina, titular a dose plena • Avaliar se esse medicamento que ela estava tomando era a metformina XR ou não. Se não for a XR, começar a XR em dose pausada para ela se adaptar ao uso da medicação. Caso não consiga se adaptar, ver se ela consegue usar o inibidor da SLGT2 ou análogo do GLP-1 (taxa de filtração diminuída, IMC alto)
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