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TCC - Adson Gomes da Silva

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS - UFAM 
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, EDUCAÇÃO E ZOOTECNIA - ICSEZ 
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA 
ADSON GOMES DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A CONTRIBUIÇÃO DA PRÁTICA DO JIU-JITSU NO COMPORTAMENTO 
ESCOLAR DE ALUNOS DA ACADEMIA ANGEL RAFHAEL TOP TEAM 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARINTINS 
2017 
2 
 
ADSON GOMES DA SILVA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A CONTRIBUIÇÃO DA PRÁTICA DO JIU-JITSU NO COMPORTAMENTO 
ESCOLAR DE ALUNOS DA ACADEMIA ANGEL RAFHAEL TOP TEAM 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao 
curso de Educação Física da Instituição de Ensino 
como pré-requisito para a obtenção do grau de 
Licenciatura, sob orientação do Prof. Luciano 
Kleber Pinheiro da Rocha. 
 
 
 
 
 
 
 
 
PARINTINS 
2017 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha Catalográfica 
 
 
 
 Silva, Adson Gomes da 
D111c A contribuição da prática do Jiu-Jitsu no rendimento escolar 
de alunos da academia Angel Rafhael Top Team / Adson Gomes 
da 
Silva. 2017 
49 f.: il.; 31 cm. 
 
 Orientador: Luciano Kleber Pinheiro Rocha 
 TCC de Graduação (Educação Física - Promoção em Saúde e 
Lazer) - Universidade Federal do Amazonas. 
 
 1. Jiu-Jitsu. 2. Criança. 3. Adolescentes. 4. Comportamento 
Escolar. I Rocha, Luciano Kleber Pinheiro II. Universidade 
Federal do 
Amazonas III. Título 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
ADSON GOMES DA SILVA 
 
 
 
A CONTRIBUIÇÃO DA PRÁTICA DO JIU-JITSU NO COMPORTAMENTO 
ESCOLAR DE ALUNOS DA ACADEMIA ANGEL RAFHAEL TOP TEAM 
 
Trabalho de Conclusão de curso apresentado ao curso de 
Educação Física da Instituição de Ensino como pré-
requisito para a obtenção do grau de Licenciatura pela 
Banca Examinadora composta pelos membros: 
 
 
 
 
Aprovado em / / 
 
 
__________________________________________ 
Prof. Luciano Kleber Pinheiro da Rocha 
 
 
___________________________________________ 
Prof. Dr. Guilherme Eugênio van Keulen 
 
 
__________________________________________ 
Prof. Ms. Raimundo Inácio Pinto 
 
 
 
 
 
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AGRADECIMENTO 
 
Agradeço primeiramente a Deus que permitiu que tudo isso acontecesse, me dando 
saúde e força para superar as dificuldades, que não foram poucas. 
A minha esposa querida Rayna Gomes, pelo apoio, pela força moral e incentivo para 
não desistir dos estudos, suportando meus dias de estresse mantendo-se fielmente ao meu lado, 
sendo uma verdadeira companheira, parceira. 
Ao professor Darllon Guimarães que me permitiu fazer esse estudo em sua academia, 
por todo incentivo e confiança. 
Aos professores da instituição de ensino, pelo privilégio de compartilhar comigo seus 
conhecimento, em especial aos professores, Raimundo Inácio Pinto, Guilherme Eugênio van 
Keulen, Luciano Kleber Rocha, Raymara Santos, Thaís Silva, Sueyla Santos, Michelle 
Laureano, Mariana Andrade, Elizandra Garcia, Giseli Santos Dalpiaz Duarte, Dirceu Gama e 
ao Técnico senhor Aguinaldo Sousa Ferreira pelo suporte com materiais. 
A meus pais Aluízio Souza e Maria José Gomes e irmãos, por acreditarem em mim. 
Aos que me criticaram, pois através as críticas me impulsionara a lutar e 
consequentemente vencer. Muito obrigado, pois o que não destrói, fortalece. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Dedico ao Senhor meu Deus que é a minha 
fortaleza, em quem confio, o meu escudo, a 
força da minha salvação, o meu alto refúgio. 
 
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RESUMO 
 
O objetivo do presente estudo foi analisar a contribuição da prática do Jiu-Jitsu no 
comportamento escolar de alunos da Academia Angel Rafhael Top Team no Município de 
Parintins. Para a realização do estudo utilizou-se como instrumento de coleta de dados três 
questionários. O primeiro questionário de Almeida e Rossetti Júnior (2008), os demais 
questionários foram de Silva (2012). Os questionários foram aplicados tantos com os alunos, 
quanto com pais e professores em data previamente estabelecida. A análise dos dados foi 
realizado através de estatística descritiva. Os resultados obtidos demonstram pequenas 
alterações em diversos fatores responsáveis pela melhora no comportamento dos alunos na 
escola e no convívio familiar e pela aquisição de noções de responsabilidade durante o 
amadurecimento comportamental do indivíduo. Portanto, conclui-se que a prática do Jiu-Jitsu 
contribui para melhorar em diversos aspectos de sua conduta e comportamento social e escolar. 
 
Palavras-chave: Jiu-Jítsu. Crianças. Adolescentes. Comportamento Escolar. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ABSTRACT 
 
The objective of the present study was to analyze the contribution of jiu-jitsu practice 
in the school behavior of students of the Angel Rafhael Top Team academy in the municipality 
of Parintins. For the accomplishment of the study was used like instrument of data collection 
three questionnaires. The first questionnaire of Almeida e Rossetti Júnior (2008), the other 
questionnaires were by Silva (2012). The questionnaires were applied as many with the students 
as parents and teachers on a previously established date. The analysis of the data was 
performed through descriptive statistics. The results obtained showed small changes in several 
factors responsible for the improvement in the behavior of the students in the school and in the 
family conviviality and by the acquisition of notions of responsibility during the behavioral 
maturation of the individual. Therefore, it is concluded that the practice of jiu-jitsu contributes 
to improve in several aspects of its conduct and social and school behavior. 
 
Keywords: Jiu-Jitsu. Children. Tens. School Behavior. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1 – Alunos: Motivo da prática do Jiu-Jitsu. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .26 
Tabela 2 – Alunos: Ocupação no contra turno escolar antes da prática do Jiu-Jitsu. . . . .27 
Tabela 3 – Alunos: Notas escolares antes da prática do Jiu-Jitsu. . . . . . . . . . . . . . 27 
Tabela 4 – Alunos: Rendimento escolar após a prática do Jiu-Jitsu. . . . . . . . . . . . 27 
Tabela 5 – Pais: Classificação e Evolução dos alunos quanto interesse pela escola. . . . . .28 
Tabela 6 – Pais: Classificação e Evolução dos alunos quanto à disposição para tarefas. . . .28 
Tabela 7 – Pais: Classificação e Evolução dos alunos quanto à responsabilidade, disciplina e 
respeito. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29 
Tabela 8 – Pais: Classificação e Evolução dos alunos quanto à prestatividade. . . . . . . 29 
Tabela 9 – Pais: Relação entre mudanças e a prática do Jiu-Jitsu. . . . . . . . . . . . . . 30 
Tabela 10 – Pais: A prática do Jiu-Jitsu traz benefícios. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30 
Tabela 11 – Professores: Classificação e Evolução dos alunos quanto à cognição, interação. . 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31 
Tabela 12 – Professores: Classificação e Evolução dos alunos quanto à socialização, respeito 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31 
Tabela 13 – Professores: Classificação e Evolução dos alunos quanto à respeito, assiduidade. 
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .31 
Tabela 14 – Professores: Relação entre mudanças ea prática do Jiu-Jitsu. . . . . . . . . . .32 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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LISTA DE SIGLAS, ABREVIAÇÕES E SÍMBOLOS 
 
 
CBJJE – Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo.........................................................14 
FPJ – Federação Paulista de Judô.............................................................................................15 
MMA – Mixed Martial Arts (Artes Marciais Mistas)...............................................................16 
IBJJF – International Brazilian Jiu‐Jitsu Federation…………………………………………17 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
1INTRODUÇÃO................................................................................................................................12 
1.1 Objetivo geral.....................................................................................................................12 
1.2 Objetivos específicos..........................................................................................................12 
 
2 REFFERÊNCIAL TEÓRICO......................................................................................................... 14 
2.1 Jiu-Jitsu..............................................................................................................................14 
2.1.1 Caracterização da luta.......................................................................................................17 
2.1.2 Luta e violência ................................................................................................................18 
 
2.2 A influência das Artes Marciais no comportamento de crianças e adolescentes...........20 
 
3 PROCESSOS METODOLÓGICOS...............................................................................................23 
3.1 População e amostra..........................................................................................................23 
3.2 Instrumentos de coleta de dados.......................................................................................23 
3.3 Procedimentos de coleta de dados.....................................................................................23 
3.4 Análise Estatística..............................................................................................................25 
 
4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS...............................................26 
4.1 Quanto aos alunos..............................................................................................................26 
4.2 Quanto aos pais..................................................................................................................27 
4.3 Quanto aos professores......................................................................................................30 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...............................................................................................33 
 
REFERÊNCIAS......................................................................................................................34 
 
APÊNDICES............................................................................................................................37 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
O Jiu-Jitsu é considerado um dos esportes mais praticado na atualidade. Segundo 
Feitosa (2006), o Jiu-Jitsu é um dos métodos eficazes para a autodefesa, sem o usa de armas, 
tem o seu melhor aproveitamento na área do bem estar físico e mental. Nesse sentido o presente 
estudo teve sua elaboração voltada para dois temas essenciais: o comportamento escolar e a 
prática de Jiu-Jitsu, mais especificamente a contribuição da prática de Jiu-Jitsu no 
comportamento escolar de alunos da Academia Angel Rafhael Top Team no Município de 
Parintins, Amazonas. 
Acredita-se que a prática do esporte aliado a educação exerce influência positiva sobre 
o comportamento do indivíduo. Oliveira (2012) ressalta que ao se pensar em esporte na escola 
ou fora das aulas de educação física, é preciso compreender que o mesmo deve influenciar 
positivamente na formação humana, como também a educação dos alunos. 
No Município de Parintins existem cinco academias registradas pela Confederação 
Brasileira de Jiu-Jitsu Esportivo, onde foi selecionada através de sorteio simples a Academia 
Angel Rafhael Top Team para a realização do presente estudo. O interesse pela temática surgiu 
a partir de observações realizadas durante os treinos nas academias de Jiu-Jitsu, visto que no 
espaço de luta, os indivíduos apresentavam bom desempenho esportivo, demostrando respeito, 
disciplina e autocontrole. Surge então, a curiosidade de saber se o comportamento apresentado 
pelos indivíduos, dentro do tatame na academia de Jiu-Jitsu, é o mesmo no ambiente escolar. 
Perante esse cenário estruturou o seguinte problema da pesquisa: Qual a contribuição 
da prática do Jiu-Jitsu no comportamento escolar de alunos da Academia Angel Rafhael Top 
Team no Município de Parintins? 
 
1.1 Objetivo Geral 
 
Analisar a contribuição da prática do Jiu-Jitsu no comportamento escolar de alunos da 
Academia Angel Rafhael Top Team no Município de Parintins. 
 
1.2 Objetivos Específicos 
 
 Verificar a contribuição do Jiu-jitsu no comportamento escolar de acordo com a percepção 
dos alunos; 
13 
 
 Verificar a contribuição do Jiu-Jitsu no comportamento escolar de acordo com a percepção 
dos responsáveis; 
 Verificar a contribuição do Jiu-Jitsu no comportamento escolar de acordo com a percepção 
dos professores. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
2 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
Nesse capitulo foram discutidos os trabalhos já realizados na área acadêmica que 
tratam dos assuntos que embasam o presente estudo. Foram abordados, portanto, o Jiu-Jitsu, 
característica da luta, luta e violência, a influência das Artes Marciais no comportamento 
escolar de crianças e adolescentes. 
 
2.1 Jiu-Jitsu 
 
O Jiu-Jitsu têm seus primeiros registros na Índia, a mais de três mil anos, onde monges 
budistas, que por não poderem utilizar-se de armas (– facas, lanças ou arcos e flechas –) por 
norma da religião, teriam desenvolvido técnicas de defesa pessoal na busca de se defender de 
saques, roubos e agressões, muito comum em suas peregrinações (PACHECO, 2010). Mas as 
técnicas desenvolvidas não poderiam ser usada de forma violenta com os agressores, o que 
levou os monges a buscarem através de estudos, diversos movimentos que fossem compatíveis 
com os seus biótipos. 
Dessa forma, utilizaram-se da luta de curta distância, aplicando técnicas de 
estrangulamentos e chaves de articulação, com o objetivo de imobilizar o agressor. As 
vantagens dessa técnica eram que os golpes não necessitavam de força, por usar a força do, 
adversário contra ele mesmo, e principalmente por não se utilizar de socos e chutes não ia contra 
a religião dos monges, sendo estes então capacitados a se defender (GRACIE, 2008). 
Na china, as técnicas de Jiu-Jitsu somadas a outros estilos de artes marciais se tornaram 
uma importante arma de autodefesa (PACHECO, 2010). A propagação dessas técnicas ocorreu 
devido às viagens dos monges que ensinavam a outras pessoas nas regiões onde passavam. 
A vestimenta adequada para sua prática era um kimono curto, com as mãos livre o que 
tinha uma grande importância no desarmamento de inimigos na batalha. Era também proibida 
a referência, escrita ou falada, desta forma de se defender, para evitar que ela caísse em mãos 
inimigas (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE JIU-JITSU ESPORTIVO, 2010). 
Quanto a chegada do Jiu-Jitsu ao Japão, Pacheco (2010) ressalta que por volta de 1600 
a. C. o monge chinês Chen Gen Pin teria ensinado a três samurais japoneses seus 
conhecimentos. Só que a cada um foi ensinado uma técnica diferente: para um foi ensinado às 
projeções; a outro,as chaves de articulação e ao último os estrangulamentos (CBJJE, 2010). 
Pacheco (2010) afirma que estes três samurais difundiram as suas técnicas pelo Japão 
inteiro, levando assim a criação de diversas técnicas de artes marciais fundamentadas no Jiu-
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Jitsu, tais como o Aikiitsu, o Tai-jitsu, o Yawara, e o Kempô. E o próprio Jiu-Jitsu foi dividido 
em três escolas: Kito Ryu, Shito Ryu e Tejin (CBJJE, 2010). 
O Jiu-Jitsu se desenvolveu no período do Japão feudal, onde o Samurai era elogiado 
pelas diversas classes sociais da época. O Jiu-Jitsu se tornou prática fundamental para 
aprendizes de samurais junto às técnicas de esgrima, literatura, pintura, cavalaria, entre outros 
(FEDERAÇÃO PAULISTA DE JUDÔ, 2010). 
Pacheco (2010) salienta que com o passar dos anos o Jiu-Jitsu, que vinha figurando 
como uma prática de guerra, começa a ser contestado devido à grande incidência de lesões. 
Surge para a história Jigoro Kano (1860-1938) que viu no Jiu-Jitsu uma luta defasada para a 
época, com golpes violentos que impossibilitavam um treino real das técnicas, pois as mesmas 
ocasionavam inúmeras lesões. Sabedor disto ele criou uma nova arte marcial fundamentada no 
Jiu-Jitsu, o Judô (PACHECO, 2010). 
De acordo com a FPJ (2010), foi que graças ao randori que o Judô ganhou 
credibilidade, mostrando a superioridade sob o Jiu-Jitsu, com o treino real os judocas 
conseguiram um melhor desempenho do que os praticantes do Jiu-Jitsu, que sabiam mais 
técnicas e técnicas mais eficientes, porém não tinham o treinamento necessário para utilizá-las. 
O Judô conquistou a credibilidade no Japão, mas Jigoro Kano pretendia levar o Judô 
para fora do país. Porém, devido a escassa veiculação em mídias; jeito encontrado por Jigoro 
Kano para a disseminação do Judô foi levar seus alunos mais experientes para diversas partes 
do mundo, onde eles poderiam iniciar a transmissão dos seus conhecimentos de Judô (FPJ, 
2010). 
Dentre estes discípulos está Mitsuyo Maeda, nascido em 1878, falecido em 1941, 
conhecido popularmente como Conde Koma, que chegando ao Brasil procurou disseminar o 
seu conhecimento. Mas para conseguir alunos se utilizou de demonstrações em desafios 
públicos, porem estas demonstrações feriam os princípios do Judô (PACHECO, 2010). Gracie 
(2008) afirma que para não criar mais problemas com os seus superiores do Judô, Maeda 
afirmava a todos que ele era apenas um praticante de Jiu-Jitsu, uma arte marcial que não tinha 
o rigor do Judô, podendo então ser usada para representá-lo enquanto lutador e desafiante de 
outras modalidades. 
Em 1921, Conde Koma fundou sua primeira academia na cidade de Belém, onde 
lecionava Judô e Jiu-Jitsu (PACHECO, 2010). Nessa mesma cidade, Conde Koma conheceu o 
influente empresário Gastão Gracie, que o auxiliou sempre que necessário. 
O filho mais velho de Gastão, chamado Carlos Gracie nascido em 1902, falecido em 
1994, era hiperativo, e ao ver a luta de Conde Koma, ficou deslumbrado pediu ao pai que 
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deixasse aprender aquela luta. Sabendo que aquilo poderia melhorar o comportamento do filho, 
Gastão foi falar com Conde Koma. Koma muito agradecido a Gastão aceitou Carlos como 
aprendiz (GRACIE, 2008). 
Conde Koma se identificou com Carlos que se tornou seu principal discípulo, mesmo 
que por curto espaço de tempo. Gracie (2008), ressalta que Koma não ensinou apenas a arte do 
Jiu-Jitsu a Carlos, mas também toda uma filosofia acerca da natureza do combate, baseado nas 
suas viagens e na sua formação ao longo do tempo, que uniu sua experiência com vários outros 
estilos que ele combateu (pugilistas, lutadores de luta livre e estilo grego romano, caratecas, 
dentre outros). 
Mudando-se para o Rio de Janeiro, Carlos Gracie ensinou as técnicas aprendidas com 
Gastão para os seus irmãos Osvaldo, Gastão Junior, Jorge e Hélio. Os irmãos Gracie tiveram 
algumas vantagens que lhe permitiram avançar rapidamente no aprendizado do Jiu-Jitsu, tais 
como dedicar-se integralmente ao aprimoramento da arte marcial e o fato de não responderem 
a nenhum professor ou método limitador, possibilitando a criação de novos golpes (GRACIE, 
2008). 
Os irmãos Gracie focaram-se na eficiência da luta, pensando sempre no que era mais 
viável e uma luta real, deixando de lado os métodos institucionalizados, como o Judô. Pacheco 
(2010) salienta que por isso utilizavam à estratégia de levar a luta para o chão sempre que assim 
quisessem. Essa forma de luta no chão era desconhecida para a maioria dos lutadores de outras 
artes marciais e era onde os lutadores de Jiu-Jitsu mais se sobressaíam (GRACIE, 2008). 
Segundo Pacheco (2010), a modalidade praticada por Carlos Gracie e seus irmãos 
cresceu em uma determinada proporção que foi denominada Gracie Jiu-Jitsu e mais 
recentemente Brazilian Jiu-Jitsu. Essa arte marcial têm se tornado muito popular, pelo fato dos 
seus praticantes obterem grandes vitórias em eventos de Mixed Martial Arts (MMA) pelo 
mundo todo, trazendo mais e mais praticantes devido à grande cobertura da mídia sobre estes 
eventos (CORRÊA et al., 2010). 
Hélio Gracie, quando tinha 14 anos de idade, ocupava seu tempo assistindo as aulas 
do irmão. Certo dia, Carlos atrasou-se e Hélio Gracie substituiu o irmão, adaptando, a partir 
daí, o Jiu-Jitsu ao seu modo (ARRUDA; SOUZA 2014). Ele é considerado o criador do Gracie 
Jiu-Jitsu, que devido a seu físico franzino, derrotava os adversários com sua técnica. Hélio 
transformou o Jiu-Jitsu em mais agressivo e letal. 
O Jiu-Jítsu hoje, é um dos esportes individuais que mais cresce no país, possui cerca 
de 350 mil praticantes, com 1 500 estabelecimentos somente nas grandes capitais. Com a 
criação da Federação de Jiu-Jítsu Brasileiro, as regras e o sistema de graduação foram 
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sistematizados, dando início a era dos campeonatos esportivos. Hoje mais organizado, o Jiu-
Jítsu Brasileiro já conta com uma Confederação e uma Federação Internacional, fundadas por 
Carlos Gracie Junior (das duas entidades) e José Henrique Leão Teixeira Filho como vice-
presidente da Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu. Os dois partiram para uma organização 
nunca vista antes em competições de Jiu-Jítsu, as competições nacionais e internacionais que 
vem sendo realizadas confirmam a superioridade dos lutadores brasileiros, considerados os 
melhores do mundo, e projetaram o Jiu-Jitsu ou Brazilian Jiu-Jitsu, como umas das artes 
marciais que mais cresce no mundo. 
 
2.1.1 Caracterização da luta 
 
A modalidade de Jiu‐Jitsu na qual os praticantes lutam contra adversários durante uma 
competição é chamada de Jiu‐Jitsu desportivo. Os fundamentos do Jiu-Jitsu desportivo estão 
colocados basicamente como os de uma luta de chão (GUIMARÃES, 2002). 
Quem organiza as competições de Jiu-Jitsu em território nacional é a Confederação 
Brasileira de Jiu‐Jitsu, que foi fundada em 1994 por Carlos Gracie Júnior e em março de 2007 
foi fundada também a Confederação Brasileira de Jiu‐Jitsu Esportivo (DELGADO, 2014). As 
lutas ocorrem num tatame de dimensão mínima de 64 m² e área de combate de 36m², onde 
estarão apenas os dois lutadores devidamente uniformizados com kimono e faixa, e o árbitro 
(PACHECO, 2010). Em competições só podem lutar com kimonos azul, branco ou preto. E 
quando ocorre dos atletas estarem utilizando kimonos da mesma cor, o arbitro disponibiliza 
uma faixa amarela e preta para diferenciar um dos atletas. E do lado de fora do tatame ficam os 
mesários anotando a pontuação e cuidando o tempo de luta (CBJJ, 2010). 
A graduação compete as faixas: branca, cinza, amarela, verde, azul, rocha, marrom e 
preta. O sistema de graduação corresponde as faixas branca (qualquer idade), cinza (4 a 6 anos), 
amarela (7 a 15 anos), laranja (10 a 15 anos), verde (13 a 15 anos), azul (16 anos e acima), roxa 
(16 anos e acima) e marrom (18 anos e acima) são divididas em 5 níveis de graduação ‐ faixa 
lisa e mais 4 graus, sendo de responsabilidade do professor conceder essesgraus em cada uma 
dessas faixas (DELGADO, 2014). Já a faixa preta (19 anos e acima) é subdividida em sete 
diferentes níveis de graduação: faixa preta lisa e mais 6 graus que são concedidos 
exclusivamente pela International Brazilian Jiu‐Jitsu Federation (IBJJF). 
Um atleta que é faixa preta só pode requerer a faixa vermelha e preta após 7 anos no 
6º grau da faixa preta. O mesmo vale para o atleta da faixa vermelha e preta requerer faixa 
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apenas vermelha (DELGADO, 2014). A faixa vermelha 10º grau é conferida apenas aos 
pioneiros do Jiu‐Jitsu: Carlos, Oswaldo, George, Gastão e Hélio Gracie ‐ os irmãos Gracie. 
Cada combate é conduzido por um árbitro central, que por sua vez é supervisionado 
por uma comissão de arbitragem (DELGADO, 2014). De acordo com a técnica e golpe 
aplicado, o árbitro faz determinado gesto que é interpretado pelo mesário, que por sua vez lança 
a pontuação no placar. Ao sinal do arbitro a luta terá seu início em pé, onde os atletas usufruirão 
de técnicas de queda, afim de deslocar o centro da gravidade do oponente causando 
desequilíbrio e a queda do mesmo (PACHECO, 2010). A luta será continuada no chão, onde os 
lutadores terão de aplicar golpes e obter posições vantajosas a fim de demonstrar superioridade 
ao arbitro. 
O vencedor da luta será aquele que finalizar o adversário por submissão ou alcançar o 
maior somatório de pontos (PACHECO, 2010). A pontuação é resultado das quedas (dois 
pontos), raspagens (dois pontos), joelho na barriga (dois pontos), passagem de guarda (três 
pontos), montada (quatro pontos) e pegada pelas costas (quatro pontos). Em caso de empate por 
pontos, o árbitro analisará as vantagens, persistindo o empate serão analisadas as punições (falta 
de combatividade, fuga da área de luta, etc.), e se mesmo assim mantiver o empate caberá ao 
arbitro decidir o vencedor, não podendo haver empate (CBJJ, 2010). 
O Jiu-Jitsu é divido em categoria de peso, faixa e idade. A categoria de peso adulto 
define-se galo (até 55 Kg), pluma (de 55 a 61 Kg), pena (de 61 a 67 Kg), leve (de 67 a 73 Kg), 
médio (de 73 a 79 Kg), meio pesado (de 79 a 85 Kg), pesado (de 85 a 91 Kg), superpesado (de 
91 a 97 Kg) e pesadíssimo (acima de 97 Kg). A categoria por idade ordena-se da seguinte 
maneira, pré-mirim (de 4 a 6 anos), mirim (de 7 a 9 anos), infantil (de 10 a 12 anos), Infanto 
Juvenil (de 13 a 15 anos), juvenil (de 16 a 17 anos), adulto (de 18 a 29 anos), Master (de 30 a 
35 anos) e Sênior (acima de 36 anos). E o tempo é determinado de acordo com a graduação, 
sendo, branca 5 minutos, azul 6 minutos, roxa 7 minutos, marrom 8 minutos e preta 10 minutos. 
 
2.1.2 Luta e violência 
 
Atualmente, muitos casos de violência envolvendo praticantes de artes marciais têm 
sido abordados através da mídia. Este meio de comunicação com bastante influência no meio 
social pode induzir uma parcela da população que não conhece os ensinamentos e a filosofia 
das lutas de que essa prática aumenta a agressividade de seus praticantes, transformando-os em 
um tipo de ameaça para a sociedade. A partir do momento em que se pratica esta arte sem os 
critérios assumidos em sua origem (a prática pela prática), a filosofia real do Jiu-Jitsu é 
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subvertida e se institui através de grupos ou sujeitos isolados, procedimentos reprováveis, como 
por exemplo, a violência (ARRUDA; SOUZA, 2014). 
Dentro do contexto histórico das lutas, as práticas corporais necessitam da utilização 
de técnicas combativas para sobrevivência. Ferreira (2006), expõe que os movimentos de 
combate surgiram da necessidade dos seres humano em se defender de animais e de tribos 
rivais. Dessa forma, podendo alcançar determinada posição social, segurança e ampliando suas 
chances de sobrevivência. 
Determinados povos são unidos não somente por uma característica genética ou 
biológica, mas também por suas tradições sociais e por criação de uma cultura em comum. 
Porém, a cultura não é apenas acumulação de tradições sociais, ela está entrelaçada com todo o 
sistema cognitivo, sendo a visão do mundo, em cada indivíduo, construída pela experiência da 
cultura a que ela está sujeita (UENO, 2011). Considerando assim, que a cultura pode ser 
definida como sistemas de significados criados por grupos sociais e compreender as culturas 
significa interpretar os símbolos, ritos, mitos. 
Portando, ressalta-se os aspectos culturais locais como fator importante para entender 
o processo civilizador como fator que existe em diferentes sociedades. Pois, de acordo com 
Elias (1994), o processo de civilização se dá através dos mecanismos de regulação e controle 
do comportamento, passando a referir-se a um padrão universal de moral e costumes, sendo a 
civilidade entendida como controle de emoções e formação disciplinada como um todo. 
Freud (1974) cita que a civilização é fundada na base de uma renúncia à satisfação 
pulsional, uma constante repressão das pulsões, podendo caracterizar o desenvolvimento da 
civilização como um processo singular que a humanidade experimenta, referindo-o às 
“modificações” que ele ocasiona nas habituais disposições pulsionais dos seres humanos. 
Desta forma, o controle dos impulsos e das paixões inclui a discussão sobre a 
instalação e o desenvolvimento do autocontrole nos indivíduos. Elias (1994) aponta um dos 
motivos para o aumento do autocontrole, sendo a pressão da competição pelas diversas funções 
sociais, entendendo que o controle social não se dá por imposição do Estado sob os indivíduos, 
mas a partir de uma internalização dessas regras de condutas pelos mesmos. 
Uma vez que o indivíduo é condicionado desde a infância a controlar suas emoções, 
este autocontrole desenvolve a partir de uma supervisão automática das paixões, dos impulsos 
violentos, agora confinados e domados por inumeráveis regras e proibições envolvendo toda a 
conduta do indivíduo (UENO, 2011). 
Segundo Freud (1996), agressividade é um resultado das misturas das pulsões de vida 
ou sexuais com as pulsões de morte, uma vez que ela necessita de uma ligação com o outro, e 
20 
 
indica uma tentativa de expulsão das pulsões de morte, que se ficassem somente voltadas para 
o eu, poderiam realmente levar a autodestruição. Fromm (1987) acrescenta que é importante 
dos pulsionais dos desejos sexuais, contudo, fornecerá uma visão mais humanista e social a 
essas pulsões, defendendo não existir qualidades boas ou más inatas no ser humano. 
Fromm (1987) ressalta que a agressividade do homem, expressa no seu 
comportamento perante situações de risco, está relacionada a um instinto programado, inato, 
que procura o momento exato, a ocasião propícia para ser descarregado. Dessa forma, é 
utilizada como defesa para conservar a sua integridade, assim como também, saciar suas 
necessidades vitais. Mas, existem momentos em que essas manifestações de impulsos contidos 
podem ser liberadas, como ocorre na prática esportiva. 
Na tentativa da diminuição do grau de violência e aumento da ética e lealdade, o 
esporte torna-se, progressivamente, menos violento e mais regulador (UENO, 2011). Nesse 
sentido articula-se a diminuição do nível de violência tolerável, acompanhada por uma ética de 
lealdade, que não separa o desejo de vitória do respeito às regras e do prazer do jogo. 
Para Elias e Dunning (1992), o esporte é uma atividade organizada, centrada no 
conforto de pelo menos duas partes que exige certo tipo específico de esforço físico, podendo 
ser realizado com regras que definem os limites da violência que são autorizadas, incluindo 
aquelas que definem se a força física pode ser totalmente aplicada. 
Bracht (1997) ressalta que o esporte passa a ter uma função de atenuar, ou mesmo 
desviar as tensões sociais, de modos exploratórios de trabalho gerando uma precária condição 
de vida, transferindo a agressividade para as ações esportivas, não acometendo as verdadeiras 
causas, mas direcionando o agir agressivo nas competições desportivas.2.2 A influência das Artes Marciais no comportamento de crianças e adolescentes 
 
Para Drigo (2006) as artes marciais são atividades corporais de ataque e defesa, 
podendo também ser caracterizadas como lutas. Barreira (2002) complementa, afirmando que 
as artes marciais são acompanhadas de um conjunto de valores considerados virtuosos. 
No século V a.C., existiam dois sistemas filosóficos predominantes na China, o 
Taoísmo e o confucionismo, que se fundiram ao Budismo. António et al, (2008) expõe que “na 
província de Henan havia um mosteiro budista conhecido como Mosteiro Shaolin onde monges 
Budistas receberam a visita de Bodhidharma” que deparou-se com os monges que praticavam 
rotinas religiosas, principalmente a meditação, e geralmente adormeciam ou adoeciam com 
facilidade. Vendo isto, Bodhidharma ensinou-lhes técnicas especiais de respirações e exercícios 
21 
 
físicos que pudessem ajudá-los a suportar as rígidas exigências da vida religiosa, propondo a 
eles uma consciência corporal para um melhor desempenho em suas práticas religiosas 
(ANTONIO et al., 2008). 
Há algum tempo já se ensinava arte marcial em diversas escolas budistas, mas 
Bodhidharma deu-lhes uma nova abordagem, valorizando a disciplina, a humildade a contenção 
e o respeito pela vida, usando a arte marcial somente para saúde e o combate era sua última 
finalidade. Mesmo com o ensinamento do mestre, os monges Shaolin eram famosos como 
lutadores. Ruffoni (2004) expõe técnicas eram usadas para defender os mosteiros, e nos 
momentos de crise no império, eles também contribuíam com o imperador, e este assegurava a 
Shaolin um longo mandato imperial. 
Segundo Ruffoni (2004) as lutas, jogos de oposição e os esportes de combate existem 
desde o início das civilizações. Neto (2003) destaca que a Artes Marciais ajuda a criança a 
iniciar um princípio de profundo respeito e gratidão, entre o mestre e seu discípulo, que se sente 
realizado com o progresso do aluno, formando uma perfeita interação filosófica, física e 
sociocultural. 
Da Silva (2000) discorre que a arte marcial é classificada pelos sujeitos como uma 
forma de desenvolvimento pessoal, levando a uma melhor qualidade de vida. As características 
dos treinos, como a hierarquia, a exigência de disciplina e controle, podem ser um dos fatores 
que interfiram no comportamento dos indivíduos. 
Oliver (2003) observa que nos dias atuais, as lutas ou esportes de combate, fazem parte 
das disciplinas curriculares, podem ser vistas como um instrumento pedagógico na formação 
da criança. Ainda, para Ruffoni (2004), a função das Artes Marciais é ensinar, educar e 
promover a saúde física e mental do indivíduo que a pratica. 
Percebe-se que a prática das artes marciais promove benefícios para o 
desenvolvimento motor, cognitivo e afetivo-social. Vieira et al. (2002), expõe que a prática do 
esporte contribui no desenvolvimento de crianças e adolescentes e na redução dos riscos de 
futuras doenças, além de exercer importantes efeitos psicossociais e várias outras influências 
positivas estão relacionadas à atividade física regular, entre eles o aumento da massa magra, 
diminuição da gordura corporal, melhora dos níveis de eficiência cardiorrespiratória, de 
resistência muscular e força isométrica, além dos importantes efeitos psicossociais. 
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais (BRASIL, 1998) os objetivos da 
prática das lutas na escola destinam-se a fazer o educando compreender o ato de lutar, 
conhecendo o por que lutar, com quem lutar, contra quem ou contra o que lutar; e vivenciar as 
lutas no contexto escolar, compreendendo lutas versos violência; vivência de momentos para a 
22 
 
apreciação e reflexão sobre as lutas e a mídia; análise dos dados da realidade positiva das 
relações positivas e negativas com relação à prática das lutas e a violência na adolescência (luta 
como defesa pessoal). 
A luta, enquanto prática na área da educação demonstra um fator de função motora, 
cognitiva e social de importância, uma vez que a prática do esporte, além de sociabilizar o 
aluno, contribui significativamente para o desenvolvimento mental e social. Trata-se de uma 
maneira de integração e atividade coletiva e individual que o aluno exercita a atenção, a 
percepção, a colaboração e a solidariedade. 
Para Rufino e Martins (2011), o Jiu-Jitsu é uma ferramenta de aprendizagem esportiva 
e educacional, não somente uma arte marcial, mas uma filosofia de vida que permite ao aluno 
desenvolver a parte física, além de trabalhar e melhorar o seu estado psicológico, em um 
ambiente propício à tomada de decisões, e ao trabalho em equipe, além de estimular o 
companheirismo. Vita (2014) cita como vantagens do Jiu-Jitsu, a disciplina e o respeito às 
regras; autoconfiança e autoestima; controle das emoções; desenvolvimento da coordenação 
motora; condicionamento dos reflexos; alívio de tensões; controle da ansiedade e de si mesmo; 
integração social; auxílio no desenvolvimento da inteligência, audácia, coragem, agilidade e 
resistência à dor. 
Promove ainda, a consciência e construção da imagem corporal do aluno, o que 
contribui para o crescimento individual e para a sua consciência social. Pois de acordo com 
Ribeiro (2001), quando alguém muda o corpo, muda também sua cabeça e suas emoções. O 
indivíduo passa a conhecer a si próprio e aos outros, descobrir o mundo das emoções e da 
imaginação, bem como instituir e desvendar novos movimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS 
 
Para o desenvolvimento do presente trabalho de pesquisa foi adotada uma abordagem 
qualitativa e descritiva. 
 
3.1 População e amostra 
 
 A população de análise desse estudo foi composta pelos participantes da Academia 
Angel Rafhael Top Team. Sendo esta, inaugurada dia 15 de fevereiro 2016, na Avenida Geny 
Bentes, no Município de Parintins – AM. 
Para a amostra da referida pesquisa foram selecionados 15 alunos do horário de 18h a 
19h, através de sorteio, aleatório simples ocorrendo que somente 8 indivíduos retornaram com 
os questionários propostos. Sendo estes, regularmente matriculados na rede pública de ensino. 
 
3.2 Instrumentos de coleta de dados 
 
Utilizou-se como instrumentos de coletas de dados três questionários, com a finalidade 
de coletar informações para realização da análise sobre a contribuição da prática do Jiu-Jitsu no 
comportamento escolar dos indivíduos participantes do estudo. O questionário de Almeida e 
Rossetti Júnior (2008), foi destinado aos alunos, onde foram abordadas questões relacionadas 
ao comportamento escolar de aluno antes e após a prática do Jiu-Jitsu. 
Os questionários aplicados aos pais e professores de Silva (2012), possui respostas que 
reflete para cada aspecto avaliado, como o aluno era, como continua a ser (se manteve) ou como 
passou a ser (se houve mudança) numa escala subjetiva composta pelos adjetivos bom, regular 
e ruim, tendo como indicativos de alteração os verbos melhorou, piorou e mantém. Como 
critério ponderado de reclassificação de um estado ante as mudanças ocorridas, considerou-se 
que quando o estado era ruim e melhorou então o mesmo passou a regular, quando era regular 
e melhorou então passou a bom. No entanto quando era bom e piorou, considerou-se que 
passou diretamente a ruim. 
No questionário aplicado aos pais foram apresentadas cinco questões objetivas, sendo 
o primeiro questionamento feito a respeito da evolução do interesse dos filhos pela escola e 
pelos estudos, a segunda sobre a disposição dos filhos para a realização de tarefas, trabalhos e 
outras atividades escolares em casa, a terceira sobre aspectos de responsabilidade, disciplina e 
respeito no ambiente familiar, a quarta sobre aspectos de agressividade e relacionamento dos 
24 
 
alunos com seus pais e irmãos e a quinta sobre a prestatividade dos filhos para pequenas tarefas 
domésticas. 
No questionário aplicado aos professoresforam apresentadas três questões objetivas 
condicionadas a justificativas objetivas, ou seja, para a única resposta principal assinalada o 
questionado poderia assinalar alguns itens justificativos desta resposta em um quadro 
secundário. 
A primeira questão oferecida nesse questionário agrupou os aspectos cognição, 
aprendizagem, interação, motivação e comunicação e como itens para justificar a resposta 
foram oferecidas opções relacionadas ao aluno como velocidade de aprendizagem, 
demonstração de que aprendeu ou não o conteúdo, expressão ou não das dúvidas, conversas 
aleatórias excessivas, concentração, nível de interesse, interação, sonolência e apatia aos 
conteúdos e explicações. 
A segunda questão agrupou os aspectos socialização e relacionamento com 
professores e colegas (respeito mútuo) e para justificativas ofereceu-se itens como a ocorrência 
de xingamentos, irritação (mau humor), agressividade, desacatos ou desrespeito ao professor, 
tom alto de voz, intolerância, bullyng, brincadeiras indevidas, apelidos pejorativos e outros 
assédios. 
A terceira questão agrupou os aspectos responsabilidade, disciplina e assiduidade e 
para justificativas itens como atraso ou não entrega de trabalhos e tarefas, atraso ou faltas às 
aulas, não trazer materiais necessários às aulas, desatenção a avisos, recomendações e 
compromissos, despreocupação com notas e conceitos, descontrole quanto às aulas do dia. 
Em ambos os questionários foram, ainda, incluídos uma questão com o objetivo de 
colher, de pais e professores, suas opiniões quanto à relação entre as mudanças positivas ou 
negativas apontadas e o ingresso dos alunos na prática do Jiu-Jitsu. Foi também incluída ao 
final, uma questão visando avaliar a crença de pais e professores na possibilidade da prática do 
Jiu-Jitsu dentro da escola influenciar positivamente os aspectos relacionados à conduta, à 
aprendizagem e a agressividade. 
Todos os questionários e levantamentos de informações foram aplicados, durante o 
mês de novembro/2016, período em que os alunos encontravam-se no 9º (nono) mês de ingresso 
na prática de Jiu-Jitsu na Academia Angel Rafhael Top Team. 
Embora possa se considerar um curto espaço de tempo para se avaliar as mudanças 
comportamentais, considera-se esse o tempo razoável em que normalmente pais e professores 
anseiam que seus filhos e alunos já demonstrem alguma mudança positiva. 
 
25 
 
 3.3 Procedimentos de coleta de dados 
 
Foram entregues aos pais e participantes os Termos de Consentimento e Assentimento 
Livre e Esclarecido. E após o recebimento assinado dos mesmos, foram distribuídos os 
questionários para que pudessem ser respondidos pelos pais, alunos e professores das escolas. 
Os mesmos tiveram o prazo de três dias para responder e devolver os questionários. Após a 
devolução dos questionários, foram realizadas as devidas análises dos dados. 
 
3.4 Análise Estatística 
 
Inicialmente foram testados os pressupostos de homogeneidade das variâncias e de 
normalidade. Para atender aos objetivos do estudo, foi realizada análise descritiva, observando-
se os valores de tendência central (média) e de dispersão (desvio padrão). Foi adotado como 
critério, nível de significância de 5% (a=0,05). Os dados foram analisados com o pacote 
estatístico SPSS 18.0. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS DADOS 
 
Para atender aos objetivos traçados para a presente pesquisa, a análise e discussão dos 
dados parte primordialmente da comparação direta os dados quanto a antes e depois do ingresso 
dos alunos à prática do Jiu-Jitsu, buscando quantificar os números de alunos ou de opiniões que 
indicam melhoras, pioras ou manutenção de um estado ou classificação anterior. 
Essas comparações, feitas a partir das respostas oferecidas a cada uma das questões 
apresentadas aos questionários, permitem uma análise detalhada das evoluções ocorridas para 
cada um dos aspectos investigados, permitindo ainda, analisar em quais aspectos a influência 
da prática do Jiu-Jitsu ocorreu de forma mais efetiva. 
Conforme as semelhanças encontradas nas respostas dos questionários, foi possível 
relatar através de tabelas, o número (N) de respostas semelhantes para cada questionamento, 
separando a discussão dos resultados para cada questão analisada. Os dados coletados nos 
questionários são apresentados na seguinte ordem: alunos, pais e professores. 
 
4.1 Quanto aos alunos 
 
Iniciando a análise a partir dos dados obtidos junto aos 8 alunos pesquisados, quanto 
ao motivo que levou o aluno à prática do Jiu-Jitsu, 3 indicaram gostar de lutas, 3 por optarem 
por praticar algum esporte, 1 motivou-se devido à falta de ocupação e 1 para auto defesa. Silva 
et al. (2015), em seu estudo sobre o benefício do Jiu-Jitsu para a saúde, afirma que os pais 
procuram fazer com que os filhos pratiquem esporte para extravasar a energia que tem, e 
geralmente buscam as artes marciais, para que em alguma eventualidade, seus filhos saibam se 
defender e se portar diante de situações adversas. 
 
Tabela 1. O que levou o aluno à prática do Jiu-Jitsu? 
Questões N 
Gostar de lutas 3 
Falta de ocupação 3 
Praticar algum esporte 1 
Auto defesa 1 
Fonte: O autor 
Quando questionados sobre quais eram as ocupações no contra turno escolar antes do 
ingresso a prática de Jiu-Jitsu, os alunos pesquisados, 3 responderam que brincavam na rua, 3 
ajudavam nas atividades domesticas, 1 participava de um projeto e 1 relatou que jogava vídeo 
game e assistia televisão. Um estudo semelhante realizado por Ladentim (2014) com 70 
adolescentes de 12 a 15 anos participantes ativos de atividades esportivas de uma Organização 
27 
 
Não Governamental (ONG), em Curitiba, constatou-se que 28 dos entrevistados ocupava o 
tempo na internet ou vídeo game, outros 42 passavam o tempo livre brincando na rua. Mas 
sabe-se que o esporte organizado, oferece a criança e ao adolescente à oportunidade de parar de 
brincar na rua, sem proteção e sem regras morais, deixando seus pais mais seguros enquanto 
realizam as atividades diárias. 
Tabela 2. Antes de entrar na academia quais eram as ocupações no contra turno 
escolar? 
Questões N 
Brincar na rua 3 
Ajudava nas atividades domésticas 3 
Participava de um projeto 1 
Jogava videogame e televisão 1 
Fonte: O autor 
Quando questionados como eram as notas escolares dos alunos antes do ingresso à 
prática do Jiu-Jitsu, 6 alunos pesquisados afirmaram que eram notas boas, 1 respondeu que 
eram ótimas e 1 respondeu que eram ruins. Quando questionados se houve melhora no 
desempenho escolar depois da prática do Jiu-Jitsu, 7 dos entrevistados responderam que ocorreu 
uma melhora e 1 mantive o mesmo desempenho. 
 
Tabela 3. Como eram as notas escolares do aluno antes da prática do Jiu-Jitsu? 
Questões N 
Boas 6 
Ótimas 1 
Ruim 1 
Fonte: O autor 
Tabela 4. O aluno melhorou seu desempenho escolar após à prática do Jiu-Jitsu? 
Questões N 
Melhorou 7 
Manteve 1 
Fonte: O autor 
Nesse perspectiva somente houve mudança quanto ao quesito melhorou, mas “a 
explicação para a melhora das notas escolares dos alunos tem que ser analisada de forma 
bastante abrangente, pois essa mudança pode ser ocasionada por fatores internos relacionados 
a própria pessoa e externos, relacionados com o meio em que o cerca” (GALVÃO, 1998). 
 
4.2 Quanto aos pais 
 
O questionário de Silva (2012), aplicado aos pais para obtenção de informações 
relacionadas à escola e ao dia-a-dia do aluno no ambiente familiar e doméstico, mostraram, a 
28 
 
partir de suas respostas, as mudanças percebidas diretamente em relação aos sujeitos 
pesquisados. Nesses questionários, os responsáveis ofereceram respostas a cinco questões para 
estabelecer relações entre a condição anterior de seus filhos e a atual para os conjuntos de 
aspectos definidos para análise na pesquisa. Para tanto, pode-se constatar a ocorrência de 
evoluçõespositivas em relação aos aspectos pesquisados. 
Quanto ao interesse dos filhos pela escola e pelos estudos, 7 dos pais entrevistados 
consideraram que seus filhos eram bons e mantiveram, 1 dos pais considerou que seu filho era 
regular e melhorou. Nota-se que com relação ao aspecto do interesse dos filhos pela escola e 
pelos estudos, cujos dados foram apresentados na tabela, percebe-se uma evolução positiva de 
um dos pesquisados que quanto a esse aspecto, houve uma melhora. 
Em estudos de Silva (2012) com 18 crianças quanto aos interesse dos filhos pelos 
estudos, no Município de Ariquemes, constatou que o número de alunos considerados por seus 
pais como ruins diminuiu de 4 para 3, os regulares diminuíram de 8 para 5 enquanto os 
considerados bons aumentaram de 6 para 10. Nesse sentido, percebe-se uma evolução positiva 
desse aspecto, com aumento do número de alunos classificados como bons e queda no número 
de alunos considerados ruins. 
 
Tabela 5. O interesse de seu filho (a) pela escola e pelos estudos era: 
Questões N 
Bom e Mantém 7 
Regular e Melhorou 1 
Fonte: O autor 
Quanto à disposição dos filhos para a realização de tarefas e trabalhos escolares, 
segundo os pais, 2 eram bons e mantiveram, 2 eram regulares e melhoraram, 4 eram regulares 
e mantiveram. Desse modo os resultados não demonstraram uma mudança significativa pois 
somente 2 considerados regulares melhoraram, em detrimento ao estudo realizado por Silva 
(2012) com 18 alunos pesquisados quanto à disposição para a realização de tarefas, após o 
ingresso em academia de lutas marciais, 6 eram considerados regulares e se mantiveram, 5 eram 
regulares e melhoraram, 3 eram bons e se mantiveram, 3 eram ruins e continuam ruins, 1 eram 
ruim e melhorou. Constatou uma evolução positiva desse aspecto já que também houve 
aumento no número de alunos classificados como bons e diminuição dos alunos considerados 
ruins. 
 
Tabela 6. A disposição de seu filho (a) para a realização de tarefas, trabalhos 
escolares e outras atividades escolares, era: 
Questões N 
29 
 
Bom e Mantém 2 
Regular e Melhorou 2 
Regular e Mantém 4 
Fonte: O autor 
Quanto a responsabilidade, disciplina e respeito no ambiente familiar e doméstico, 
segundo os pais, 1 era regular e melhorou e 7 eram considerados bons e se mantiveram. As 
respostas mostraram resultado diferente em comparação ao estudo realizado por Archete et al. 
(2016) com 18 alunos e seus respectivos pais em Viçosa, como objetivo investigar os benefícios 
do Jiu-Jitsu para as crianças praticantes, os resultados indicaram que dentre os benefícios 
percebidos pelos pais destaca-se o comprometimento, melhora no relacionamento entre pais e 
filhos e na participação das atividades escolares. 
 
Tabela 7. A responsabilidade, disciplina e respeito de seu filho (a) no ambiente 
familiar e doméstico eram: 
Questões N 
Bom e Mantém 7 
Regular e Melhorou 1 
Fonte: O autor 
Quanto à agressividade e relacionamento familiar do aluno com seus irmãos e pais, 
segundo os pais, todos eram considerados bons e se mantiveram. Mas, quanto à prestatividade 
do filho em realizar pequenas tarefas no ambiente doméstico, segundo os pais, 5 eram regulares 
e melhoraram, 2 eram bons e mantiveram, 1 era regular e piorou. Desse modo o presente estudo 
demonstrou que o jiu-jitsu não contribuiu nesse aspecto, diferentemente do estudo realizado por 
Silva (2012), em estudos com os pais de 18 crianças a respeito da prestatividade no ambiente 
doméstico após a prática das artes marciais, 6 eram regulares e mantiveram, 5 eram regulares e 
melhoraram, 3 eram bons e se mantiveram, 3 eram ruins e continuam ruins e 1 era ruim e 
melhorou, assim constatou que houve a diminuição dos ruins de 4 para 3, os regulares 
diminuíram de 11 para 7 e bons aumentaram de 3 para 8. 
 
Tabela 8. A disposição de seu filho (a) para a realização de pequenas tarefas 
solicitadas pelos pais no ambiente doméstico era: 
Questões N 
Bom e Mantém 2 
Regular e Melhorou 5 
Regular e Piorou 1 
Fonte: O autor 
Quando questionados sobre a influência da prática do Jiu-Jitsu nas alterações, por eles 
apontadas nas questões anteriores, 5 dos pais afirmaram que apenas as mudanças positivas 
30 
 
foram relacionadas ao Jiu-Jitsu, enquanto 2 afirmam não haver qualquer relação entre as 
mudanças e o Jiu-Jitsu e 1 afirmou haver mudanças positivas e negativas a prática de Jiu-Jitsu. 
Desse modo a maioria dos pais afirmam haver relação entre as mudanças ocorridas e à prática 
do Jiu-jitsu. 
 
Tabela 9. Para você, qual a relação, total ou parcial, entre as mudanças 
apontadas nas questões anteriores e à prática do Jiu-Jitsu? 
Questões N 
Nenhum 2 
Positivas 5 
Positivas e Negativas 1 
Fonte: O autor 
Quando questionados se acreditam na possibilidade do Jiu-Jitsu influenciar 
positivamente a aprendizagem, a conduta e diminuir a agressividade de seus filhos, todos os 
pais afirmaram acreditar nessa possibilidade. 
 
Tabela 10. Você acredita que a prática do Jiu-Jitsu pode trazer benefícios ao seu 
filho no sentido de melhorar sua conduta, seu aprendizado e diminuir os níveis 
de agressividade? 
Questões N 
SIM 8 
Fonte: O autor 
 
4.3 Quanto aos professores 
 
Aos professores foi aplicado o questionário de Silva (2012), composto por questões 
visando obter suas opiniões sobre aspectos diversos relacionados à rotina escolar dos alunos 
componentes do grupo pesquisado. As questões solicitaram opiniões a respeito do estado 
anterior e do estado atual dos alunos, relacionados aos três conjuntos de aspectos definidos para 
a pesquisa. 
Somente foram convidados a responder os questionários professores que atuaram 
diretamente com os alunos pesquisados, sendo aplicado 1 questionário a 8 professores de 
diferentes áreas de ensino. Com isso foi possível colher opiniões sobre os alunos pesquisados. 
Depois de aplicados os questionários aos professores, os dados foram tabulados e, a partir deles, 
gerados gráficos que demonstram entre as 8 opiniões colhidas, como os professores analisam 
os alunos integrantes do grupo em estudo antes e após seu ingresso na prática de Jiu-Jitsu. 
Sobre o conjunto de aspectos cognição, aprendizagem, interação, motivação e 
comunicação, 5 das opiniões colhidas apontaram alunos que eram considerados bons e 
31 
 
mantiveram, 1 indicou que era ruim e melhorou, 1 era regular e mantive e 1 regular e 
melhoraram. Nesse sentido não houve nenhuma mudança significativa, pois os que eram bons 
mantiveram e apenas dois alunos melhoraram. 
 
Tabela 11. Com relação a aspectos relacionados a cognição, aprendizagem, 
interação, motivação e comunicação, o aluno: 
Questões N 
Bom e Mantém 5 
Ruim e Melhorou 1 
Regular e Mantém 1 
Regular e Melhorou 1 
Fonte: O autor 
Sobre socialização, relacionamento e respeito mútuo, 4 das opiniões dos professores 
apontaram alunos que eram bons e mantiveram, 2 eram ruins e que melhoraram, 2 eram 
regulares e que melhoraram. Novamente os resultados demonstram que os que eram bons 
mantiveram o bom comportamento. Sabendo-se que na prática do Jiu-jítsu “a demonstração de 
respeito é uma atitude determinante entre todos os praticantes, tanto entre os alunos e, 
principalmente, com o instrutor, professor ou mestre, o qual é o responsável direto em ensinar 
as técnicas e habilidades da arte marcial (GRAÇA; SILVA, 2014), 
 
Tabela 12. Com relação a aspectos relacionados a socialização, relacionamento 
em sala de aula com o professor e com os demais alunos/colegas (RESPEITO 
MÚTUO), o aluno: 
Questões N 
Bom e Mantém 4 
Ruim e Melhorou 2 
Regular e Mantém 2 
Fonte: O autor 
 
Sobre responsabilidade, disciplina e assiduidade, 5 das opiniões colhidas apontaram 
alunos que eram bons e que se mantiveram, 2 disseram que os alunos eram regulares e 
melhoraram, 1 ruim e melhorou. O resultado demonstra que que houve mudança em três alunos, 
mas os que já eram bons mantiveram-se bons. 
 
Tabela 13. Comrelação a aspectos relacionados a responsabilidade, disciplina 
e assiduidade, o aluno: 
Questões N 
Bom e Mantém 5 
Ruim e Melhorou 1 
Regular e Mantém 2 
Fonte: O autor 
 
32 
 
Também foi solicitado aos professores que opinassem se as alterações apontadas por 
eles nas questões anteriores para cada aluno, tinham relação com seu ingresso a prática de Jiu-
Jitsu. Nesse questionamento, 6 das respostas afirmaram haver relação apenas para os aspectos 
positivos, 1 para todas as mudanças (positivas e negativas) e 1 afirmou não haver qualquer 
relação entre as mudanças ocorridas ao ingresso do alunos a prática do Jiu-Jitsu. A maioria dos 
professores concordam ao afirmarem que a prática do Jiu-Jitsu tem relação com as mudanças 
ocorrida nos alunos. Assim segundo Marinho (1980) “os exercícios corporais bem ordenados 
proporcionam o equilíbrio dos sentimentos físicos e morais, fazendo renascer a coragem e a 
força, tornando-os mais afáveis, mais sociáveis”. 
 
Tabela 14. Sobre a relação, total ou parcial, entre as mudanças apontadas nas 
questões anteriores e à prática do Jiu-Jitsu: 
Questões N 
Positivas 6 
Positivas e Negativas 1 
Nenhuma 1 
Fonte: O autor 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
33 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Dentro dos objetivos desse estudo, a pesquisa demonstrou que a prática do Jiu-Jitsu, 
na concepção de todos os pais, pode trazer benefícios ao aluno no sentido de melhorar a sua 
conduta, seu aprendizado e diminuir os níveis de agressividade. Mas quanto aos demais 
questionamento abordados nos questionários, os resultados demonstram que o Jiu-Jitsu, 
diferentemente do que se acreditava, não contribui com o comportamento escolar dos alunos, 
envolvidos no estudo. 
As alterações ocorridas com os alunos foram insuficientes para afirmar que a prática 
do Jiu-Jitsu contribui positivamente no comportamento escolar dos alunos. Mas acredita-se, 
possivelmente, se o número de alunos fosse maior, ou se, a pesquisa abrangesse mais 
academias, talvez o estudo demonstrasse um resultado positivo quanto a contribuição da prática 
do Jiu-Jitsu. 
Concluindo sobre essa questão, são necessários estudos mais profundos para avaliar a 
relação à prática do Jiu-Jitsu e o comportamento escolar, pois, diante da realidade abordada e 
estudada nessa pesquisa e levando em consideração a resposta dos pais e professores, não foi 
possível comprovar que a pratica do Jiu-Jitsu contribui positivamente no comportamento 
escolar dos seus praticantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
 
REFERÊNCIAS 
 
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37 
 
APÊNDICE A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO 
 
 
Eu, _________________________________________, RG _____________, 
responsável por _________________________________________, foi convidado a participar 
de um estudo denominado A contribuição da prática do Jiu-Jitsu no comportamento 
escolar de alunos da academia Angel Rafhael Top Team, cujo objetivo é analisar a relação 
entre à prática do Jiu-Jitsu e o comportamento escolar dos indivíduos participantes do estudo. 
A sua participação no estudo será no sentido de permitir a participação da criança ou 
adolescente que é responsável, no referido estudo e responder a um questionário. 
Estando ciente de que sua privacidade será respeitada, ou seja, seu nome ou qualquer 
outro dado ou elemento que possa, de qualquer forma, identifica-lo ou identificar a criança pela 
qual é responsável, mantendo-se em sigilo. 
Sendo também informado de que pode recusar a participar do estudo, ou retirar o 
consentimento a qualquer momento, sem precisar justificar, e de, por desejar sair da pesquisa, 
não sofrerá qualquer prejuízo à assistência que recebe. 
O pesquisador envolvido com o referido estudo é o acadêmico Adson Gomes da Silva, 
tendo como contato o telefone: (092) 99433-8705. 
É assegurada a assistência durante toda pesquisa, bem como garantindo-lhe o livre 
acesso a todas as informações e esclarecimentos adicionais sobre o estudo e suas consequências, 
conhecendo todo o processo da pesquisa. 
Portanto, orientado quanto ao teor de todo o aqui mencionado e compreendido a 
natureza e o objetivo da pesquisa, manifesto o livre consentimento em participar. 
 
Parintins, Novembro de 2016 
 
 
Pesquisador Adson Gomes da Silva 
Graduando em Educação Física 
Luciano Kleber Pinheiro Rocha 
Professor orientador 
 
 
 
__________________________________________ 
Assinatura 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
APÊNDICE B - TERMO DE ASSENTIMENTO PARA CRIANÇA E ADOLESCENTE 
(MAIORES DE 6 ANOS E MENORES DE 18 ANOS) 
 
Convido-o a participar da pesquisa A contribuição da pratica do Jiu-Jitsu no 
comportamento escolar de alunos da academia Angel Rafhael Top Team, o qual seus pais/ 
responsáveis permitiram a participação. 
Será analisado a relação à relação entre à prática do Jiu-Jitsu e o comportamento 
escolar de alunos da academia Angel Rafhael Top Team. 
Não precisa participar da pesquisa caso não queira, é um direito seu e não terá nenhum 
problema se desistir. 
A pesquisa será feita na Academia Angel Rafhael Top Team, onde os participantes 
responderão a um questionário. 
Não será divulgado nenhuma informação quando a participação na pesquisa; os 
resultados da pesquisa vão ser publicados, mas sem identificar os envolvidos. 
Caso haja dúvida entra em contato pelo telefone, (92) 9 99433-8705. 
 
 
CONSENTIMENTO PÓS INFORMADO 
 
 
Eu ______________________________________________ aceito participar da 
pesquisa A contribuição da prática do Jiu-Jitsu no comportamento escolar de alunos da 
academia Angel Rafhael Top Team. 
Entendi o que irá acontecer, e que posso dizer “sim” e participar, mas a qualquer 
momento, posso dizer “não” e desistir e que ninguém vai ficar furioso. 
O pesquisador tirará minhas dúvidas e conversará com os meus responsáveis. 
Recebi uma cópia deste termo de assentimento e li e concordo em participar da 
pesquisa. 
 
 
Assinatura do menor 
 
 
Parintins, ____de _________de __________. 
 
 
 
______________________________________ 
Assinatura do responsável 
______________________________________ 
Assinatura do pesquisador 
 
 
 
 
39 
 
APÊNDICE C - TERMO DE ANUÊNCIA 
(DO RESPONSÁVEL DA ACADEMIA ANGEL RAFHAEL TOP TEAM) 
 
 
Eu, Gleison Darllon da Silva Guimarães, faixa preta, inscrito pela Confederação 
Brasileira de Jiu-Jitsu (CBJJ) no nº 194572 e pela Federação Amazonense de Jiu-Jitsu Esportivo 
(FAJJE) inscrito no nº 9206, responsável pela Academia Angel Rafhael Top Team, autorizo e 
declaro estar ciente sobre as atividades que serão executadas nesta instituição pelo graduando 
em Educação Física Adson Gomes da Silva. 
 
 
______________________________ 
Assinatura do responsável 
 
 
 
 
 
 
Parintins 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
APÊNDICE D – AUTORIZAÇÃO DE USO DE NOME, IMAGEM E MARCA 
Eu, Gleison Darllon da Silva Guimarães, brasileiro, Policial Militar, solteiro, portador 
de carteira de identidade RG. Nº 21524 CPF Nº 880.720.102-04, residente e domiciliado à 
Avenida Geny Bentes, nº 3785 - Itaúna I na Cidade de Parintins, Estado do Amazonas autorizo 
o uso de nome, imagem e marca da Instituição Academia Angel Rafhael Top Team situada à 
Av. Geny Bentes, nº - Itaúna I, na cidade de Parintins - Amazonas pelo acadêmico Adson 
Gomes da Silva, brasileiro, casado, portador do CPF 721661422-49, residente à Rua António 
Meireles, nº 3624 – Itaúna I, na Cidade de Parintins, Estado do Amazonas em canais de 
comunicação impresso ou digital por prazo indeterminado sem para isto receber qualquer 
contrapartida financeira. 
 
 Parintins, novembro de 2016 
 
 
_______________________________ 
Gleison Darllon da Silva Guimarães 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
41 
 
APÊNDICE E - TERMO DE ANUÊNCIA 
(DOS PROFESSORES) 
 
Eu______________________________________, CPF________________, 
professor(a) de ___________________________________na escola___________________ 
aceito a participar da pesquisa denominada A contribuição da prática do Jiu-Jitsu no 
comportamento escolar de alunos da Academia Angel Rafhael Top Team, respondendo a 
um questionário para análise do comportamento escolar do 
aluno_____________________________________. Declaro estar ciente das atividades que 
serão executadas pelo graduando em Educação Física Adson Gomes Da Silva. 
 
 
 
 
 
_______________________________________ 
Assinatura do professor 
 
 
 
 
 
 
 
 
Parintins 
2016 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
APÊNDICE F – QUESTIONARIO DOS ALUNOS 
ALMEIDA E ROSSETTI JÚNIOR (2008) 
 
1) O que levou o aluno a prática do Jiu-Jitsu? 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________2) Antes de entrar na academia quais eram as ocupações no contra turno escolar? 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
3) Como eram as notas escolares do aluno antes da prática do Jiu-Jitsu? 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________ 
 
4) O aluno melhorou seu desempenho escolar após a prática do Jiu-Jitsu? 
 
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE G – QUESTIONÁRIO DOS PAIS 
SILVA (2012) 
 
 
Caro Pai ou responsável, responda às questões abaixo, considerando seu contato diário com seu filho antes da 
prática do Jiu-Jitsu e depois da prática do Jiu-Jitsu 
 
1 - O interesse de seu filho (a) pela escola e pelos estudos era: 
 
( ) RUIM e CONTINUA 
( ) RUIM e MELHOROU 
( )REGULAR e MANTÊM 
( ) REGULAR e MELHOROU 
( ) REGULAR e PIOROU 
( ) BOM e MANTÊM 
( ) Era BOM e PIOROU 
 
 
2 - A disposição de seu filho (a) para a realização de tarefas, trabalhos escolares e outras atividades escolares, 
era: 
 
( ) RUIM e CONTINUA RUIM 
( ) RUIM e MELHOROU 
( ) REGULAR e MANTÉM 
( ) REGULAR e MELHOROU 
( ) REGULAR e PIOROU 
( ) BOM e MANTÉM 
( ) BOM e PIOROU 
 
3 - A responsabilidade, disciplina e respeito de seu filho (a) no ambiente familiar e doméstico eram: 
 
( ) RUIM e MANTÉM 
( ) RUIM e MELHOROU 
( ) REGULAR e MANTÉM 
( ) REGULAR e MELHOROU 
( ) REGULAR e PIOROU 
( ) BOM e MANTÉM 
( ) BOM e PIOROU 
 
4 – Os aspectos de agressividade e relacionamento de seu filho (a) com os pais e irmãos era: 
 
( ) RUIM e MANTÉM 
( ) RUIM e MELHOROU 
( ) REGULAR e MANTÉM 
( ) REGULAR e MELHOROU 
( ) REGULAR e PIOROU 
( ) BOM e MANTÉM 
( ) BOM e PIOROU
 
 
5 – A disposição de seu filho (a) para a realização de pequenas tarefas solicitadas pelos pais no ambiente 
doméstico era: 
 
( ) RUIM e CONTINUA 
( ) RUIM e MELHOROU 
( ) REGULAR e MANTÉM 
( ) REGULAR e MELHOROU 
( ) REGULAR e PIOROU 
( ) BOM e MANTÉM 
( ) BOM e PIOROU 
 
6 – Para você, qual a relação, total ou parcial, entre as mudanças apontadas nas questões anteriores e a 
prática do Jiu-Jitsu na Academia Angel Rafhael Top Team 
 
( ) Apenas as mudanças POSITIVAS estão relacionadas á prática do Jiu-Jitsu. 
( ) Apenas as mudanças NEGATIVAS estão relacionadas à prática do Jiu-Jitsu. 
( ) As mudanças POSITIVAS e NEGATIVAS estão relacionadas a prática do Jiu-Jitsu. 
( ) NENHUMA das mudanças estão relacionadas à pratica do Jiu-Jitsu. 
 
7 – Você acredita que a prática do Jiu-Jitsu pode trazer benefícios ao seu filho no sentido de melhorar sua 
conduta, seu aprendizado e diminuir os níveis de agressividade? 
( ) SIM ( ) NÃO 
 
 
 
 
 
APÊNDICE H – QUESTIONÁRIO DOS PROFESSORES 
SILVA (2012) 
 
Caro Professor, responda às questões abaixo, considerando seu contato diário com o aluno no 
período de três mês atrás até o presente momento. 
 
1. Com relação a aspectos relacionados a cognição, aprendizagem, interação, motivação 
e comunicação, o aluno: 
( ) Apresentava desempenho RUIM e MANTÉM 
( ) Apresentava desempenho RUIM e MELHOROU 
( ) Apresentava desempenho REGULAR e MANTÉM 
( ) Apresentava desempenho REGULAR e MELHOROU 
( ) Apresentava desempenho REGULAR e PIOROU 
( ) Apresentava desempenho BOM e MANTÉM 
( ) Apresentava desempenho BOM e PIOROU 
 
Para justificar sua resposta à questão 1, assinale os itens que ocorriam (e melhoraram) ou 
não ocorriam (e passaram a ocorrer ou continuam ocorrendo). 
Caso o aluno era BOM e CONTINUA não assinale nenhuma alternativa. 
 
( ) Demora para entender um determinado conteúdo explicado pelo professor. 
( ) Não demonstra/demonstrava haver aprendido os conteúdos trabalhados 
( ) Pouco expressa/expressava suas dúvidas 
( ) Conversas aleatórias em excesso 
( ) Pouca concentração e interesse pelos conteúdos da disciplina 
( ) Pouca interação e trocas de experiências com os demais colegas de sala 
( ) Sonolência ou total apatia pelos conteúdos, explicações e atividades propostas 
 
2. Com relação a aspectos relacionados a socialização, relacionamento em sala de aula 
com o professor e com os demais alunos/colegas (RESPEITO MÚTUO), o aluno: 
 
( ) Apresentava desempenho RUIM e MANTÉM 
( ) Apresentava desempenho RUIM e MELHOROU 
( ) Apresentava desempenho REGULAR e MANTÉM 
( ) Apresentava desempenho REGULAR e MELHOROU 
( ) Apresentava desempenho REGULAR e PIOROU 
( ) Apresentava desempenho BOM e MANTÉM 
( ) Apresentava desempenho BOM e PIOROU 
 
Para justificar sua resposta à questão 2, assinale os itens que ocorriam (e melhoraram) ou 
não ocorriam (e passaram a ocorrer ou continuam ocorrendo). 
Caso o aluno era BOM e CONTINUA não assinale nenhuma alternativa. 
 
( ) Xingamentos aos colegas e professores 
( ) Irritação constante, mal humor 
( ) Agressividade 
( ) Desrespeito ao professor (Ex. responder grosseiramente, virar as costas, bater a porta, sair 
sem licença, gritar, ameaçar) 
( ) Conversas em tom alto de voz prejudicando a concentração dos demais 
( ) Intolerância, desrespeito a diversidade, bullyng 
 
 
( ) Brincadeiras indevidas, uso apelidos pejorativos, assédios, descortesia 
 
3. Com relação a aspectos relacionados a responsabilidade, disciplina e assiduidade, 
o aluno: 
 
( ) Apresentava desempenho RUIM e MANTÉM 
( ) Apresentava desempenho RUIM e MELHOROU 
( ) Apresentava desempenho REGULAR e MANTÉM 
( ) Apresentava desempenho REGULAR e MELHOROU 
( ) Apresentava desempenho REGULAR e PIOROU 
( ) Apresentava desempenho BOM e MANTÉM 
( ) Apresentava desempenho BOM e PIOROU 
 
 
Para justificar sua resposta à questão 3, assinale os itens que ocorriam (e melhoraram) ou 
não ocorriam (e passaram a ocorrer ou continuam ocorrendo) 
Caso o aluno era BOM e CONTINUA não assinale nenhuma alternativa. 
 
( ) Entrega de trabalhos e tarefas em atraso ou nem entrega 
( ) Entrada em aula constantemente atrasado 
( ) Frequentes faltas à aula 
( ) Deixa ou deixava constantemente de trazer livros, cadernos e outros materiais 
da disciplina 
( ) Não demonstra ou demonstrava atenção e cuidado a mate riais, solicitações, 
avisos, recomendações, solicitações, compromissos 
( ) Não demonstra preocupação com suas avaliações, notas ou conceitos 
( ) Não demonstra ter controle e conhecimento dos dias e horários de aulas da 
disciplina 
 
4. Sobre a relação, total ou parcial, entre as mudanças apontadas nas questões anteriores 
e a prática do Jiu-Jitsu. 
 
( ) Apenas as mudanças POSITIVAS estão relacionadas á prática do Jiu-Jitsu. 
( ) Apenas as mudanças NEGATIVAS estão relacionadas à prática do Jiu-Jitsu. 
( ) As mudanças POSITIVAS e NEGATIVAS estão relacionadas a prática do Jiu-Jitsu. 
( ) NENHUMA das mudanças estão relacionadas à pratica do Jiu-Jitsu. 
 
5 – Você considera que a prática do Jiu-Jitsu no ambiente escolar pode trazer benefícios 
ao aluno no sentido de melhorar sua conduta, seu aprendizado e diminuir os níveis de 
agressividade? 
 
( ) SIM ( ) NÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
APÊNDICE I - TERMO DE ACEITE DO PROFESSOR ORIENTADOR 
 
 
Eu Luciano Kleber Pinheiro Rocha SIAPE 2325571 me comprometo em orientar o 
aluno Adson Gomes da Silva do curso de Licenciatura em Educação Física

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