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SINTAXE DO PERÍODO COMPOSTO



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SINTAXE DO PERÍODO COMPOSTO
TIPOS DE ORAÇÃO
a) Absoluta – Oração que forma um período simples.
Exemplos:
Amava a vida.
A população investiu na cidade.
b) Coordenada – uma oração independente que mantém uma relação sintática com uma outra oração.
Exemplos:
A população investiu na cidade e a cidade cresceu. Amava a vida, mas odiava os homens.
c) Subordinada–	oração	que	depende, sintaticamente, de uma outra oração.
Exemplos:
Os moradores disseram que ali era um bom lugar.
Tenho necessidade de que você me ajude.
d) Principal – É a oração da qual a subordinada depende.
Exemplos:
Os moradores disseram que ali era um bom lugar.
Tenho necessidade de que você me ajude.
b)Sindéticas – orações coordenadas que apresentam conjunção para fazer a relação de nexo.
Exemplos:
Os alunos estudam, pois almejam a aprovação.
Somos fortes, mas precisamos de auxílio.
Classificação das Coordenadas sindéticas
a) Aditivas – Relacionam pensamentos similares que estabelecem uma relação de soma, de adição. Em geral, são ligadas pelos elementos coesivos e, nem, não só... mas também, não apenas... mas ainda
Exemplos:
Ele acreditava na vida e amava as circunstâncias.
A população investiu na cidade e foi recompensada.
b) Adversativas – estabelecem uma relação de oposição, de contraste ou ideia contrária. Em geral são ligadas pelos elementos coesivos mas, porém, contudo, entretanto, no entanto, todavia.
Exemplos:
Enfrentei muitas situações, porém não amadureci. Ele sabia a verdade, mas insistia no erro.
 ORAÇÕES COORDENADAS	
As orações coordenadas, ou seja, as orações articuladas entre si sem um vínculo sintático, estão divididas em dois grupos:
a) Assindéticas– orações que não são ligadas por meio de conjunção ou síndeto.
Exemplos:
Vi. Vivi. Venci.
Um aluno vai devagar. Uma vitória vai devagar.
c) 
Explicativas– relacionam pensamentos em sequência, em que a segunda oração explica o que afirma na primeira. Em geral, são ligadas pelas conjunções que, porquanto, pois (antes do verbo), porque.
Exemplos:
Cantemos, pois a música aquece a alma.
Cuido dos meus amigos, porque eles são bens preciosos.
d) Conclusivas – relacionam pensamentos de forma que o segundo sempre encerra a conclusão do enunciado do primeiro. São orações ligadas por meio das conjunções logo, então, portanto, por isso, pois (após o verbo). Além disso, são orações que sempre devem estar isoladas por vírgulas.
Exemplos:
Fiquei aliviado, pois dividi a angústia com minha família.
João é mais velho, escute, pois, os seus conselhos.
e) Alternativas – relacionam pensamentos que se excluem, ou seja, estabelecem opção entre dois fatos. São iniciadas pelas conjunções ou, ou... ou, ora... ora, quer... quer, já... já
Exemplos:
Não sei se caso, ou se desisto da vida.
Ora ela chora, ora ela ri.OBSERVAÇÕES:
A conjunção e tem valor aditivo, mas em alguns contextos pode ter um valor diferente do comum.
“É ferida que dói e não se sente.” (adversativo)
A conjunção mas pode aparecer com valor aditivo.
Era um homem trabalhador, mas principalmente honesto.
As conjunções de valor adversativo podem ser deslocadas, exceto mas, que se usa apenas em começo de oração.
No hospital havia aparelho de radiografia; estava, no entanto, quebrado.
b) 
Objetiva direta – Aquela que apresenta a função de objeto direto do verbo da oração principal.
Exemplos:
Espero que você aprenda com suas leituras.
Você sabe quem escreveu esse livro?
c) Objetiva indireta – Aquela que apresenta a função de objeto indireto do verbo da oração principal.
Exemplos:
Não se lembrava de que a data de entrega do material era hoje.
Nós precisamos de que você nos ajude.
d) Completiva nominal – Aquela que apresenta a função de complemento nominal de um substantivo ou adjetivo da oração principal.
Exemplos:
Seus pais estão convencidos de que ela será aprovada no vestibular.
Tenho a esperança de que você falará a verdade.
 ORAÇÕES SUBORDINADAS (SUBSTANTIVAS) 
As orações subordinadas substantivas são as que podem ocupar a posição de um substantivo e desempenhar alguma função sintática em relação à oração principal. São divididas em seis tipos diferentes e, em geral, são introduzidas pelas conjunções integrantes que e se.
Tipos de orações subordinadas substantivas: a)Subjetiva– Aquela que apresenta a função de
sujeito do verbo da oração principal.
Exemplos:
É necessário que ele leia mais.
É preciso que você estude.
e) 
Predicativa– funciona como predicativo do sujeito do verbo de ligação da oração principal. Possui a seguinte estrutura: sujeito + VL + oração subordinada substantiva predicativa.
Exemplos:
O correto seria que eles pagassem todo o prejuízo.
Sua expectativa é de que o livro faça muito sucesso.
f) Apositiva – Sua função é a de aposto de um termo da oração principal.
Exemplos:
Tenho certeza de uma coisa: que é melhor ficar calado em certos momentos.
Orações subordinadas substantivas reduzidas:
As orações subordinadas substantivas introduzidas por uma conjunção são chamadas de desenvolvidas. Contudo, elas também podem ser escritas sem a conjunção e com o verbo em forma nominal, criando assim uma oração reduzida.
Exemplos:
A única alternativa é que leiamos mais. (desenvolvida)
A única alternativa é ler mais. (reduzida)
Orações subordinadas adjetivas reduzidas:
As orações subordinadas adjetivas também podem ser reduzidas. É preciso apenas eliminar o pronome relativo e passar o verbo para uma das formas nominais.
Exemplos:
Encontrei um sobrevivente que pedia socorro. (desenvolvida)
Encontrei um sobrevivente pedindo socorro. (reduzida)
 ORAÇÕES SUBORDINADAS (ADJETIVAS)	
As orações subordinadas adjetivas exercem a função de adjunto adnominal ou de aposto de um termo da oração principal e são introduzidas por um pronome relativo. Essa oração equivale a um adjetivo.
Tipos de orações subordinadas adjetivas:
a) Restritiva– É a oração que funciona como um adjetivo e acrescenta uma qualidade ao termo antecedente da oração principal, delimitando, restringindo, particularizando seu significado. Na escrita, liga-se ao termo antecedente diretamente, sem vírgulas, exercendo a função de adjunto adnominal.
Exemplos:
Os ocupantes do carro que foram resgatados com vida já receberam alta.
O carro que ficou destruído vinha em alta velocidade.
b) Explicativa– Também apresenta as características de um adjetivo, mas não limita a significação de um substantivo ou pronome da oração principal. Ela apresenta uma qualidade que não distingue esse ser de outro e pode ser dispensada. Funciona, sintaticamente, como um aposto explicativo, sendo isolada por vírgula(s), por travessão(ões), ou por parênteses.
Exemplos:
Os ocupantes do carro, que foram resgatados com vida, já receberam alta.
O carro, que ficou destruído, vinha em alta velocidade.
 ORAÇÕES SUBORDINADAS (ADVERBIAIS)	
As orações subordinadas adverbiais correspondem, sintaticamente, a um adjunto adverbial. São introduzidas por conjunções subordinativas adverbiais e possuem maleabilidade quanto ao deslocamento, ou seja, podem aparecer antes ou no meio da oração principal.
Tipos de orações subordinadas adverbiais:
a) Causal– Aquela que apresenta fator determinante do acontecimento relatado na oração principal e funciona como adjunto adverbial de causa.
Principais conjunções e locuções conjuntivas:
porque, porquanto, visto que, já que, como.
Exemplos:
Como estava frio, vestiu o casaco.
Comprou o caderno, visto que precisava estudar.
b) Consecutiva – Oração que contém o resultado ou efeito da ação expressa na oração principal. Funciona como adjunto adverbial de consequência.
Principais conjunções e locuções conjuntivas: (tão)... que, (tanto)... que, (tamanho)... que, de modo que.
Exemplos:
Pesquisaram tanto que descobriram a origem dos documentos.
Estudaram tanto que passaram no concurso.
c) Comparativa– Funciona como um adjunto adverbial de comparação e geralmente possui um verbo subentendido.
Principais conjunções e locuções conjuntivas: (mais)... que, (menos)... que, (tão)... quanto, assim como.
Exemplos:
Vestia-se tão bemquanto a irmã.
Estude muito, assim como estudam os concurseiros.
d) Condicional – Funciona como adjunto adverbial de condição e apresenta uma circunstância da qual depende a realização do fato expresso na oração principal.
Principais conjunções e locuções conjuntivas: se, a menos que, desde que, caso.
Exemplos:
Se não descobríssemos as roupas, estaríamos até hoje concentrados em regiões quentes.
Contaremos toda a verdade a menos que você mesmo conte.
e) Concessiva– funciona como adjunto adverbial de concessão e estabelece uma circunstância ou ideia contrária, a qual, contudo, não impede a realização do fato manifesto na oração principal.
Principais conjunções e locuções conjuntivas: embora, conquanto, apesar de que, se bem que, mesmo que, posto que.
Exemplos:
Socialmente, todos precisam usar roupas, mesmo que não concordem com isso.
Todos estavam atentos, embora alguns não estivessem motivados.
f) Conformativa – Oração que dá a ideia de adequação, de não contradição. Funciona como adjunto adverbial de conformidade.
Principais conjunções e locuções conjuntivas:
conforme, segundo, consoante.
Exemplos:
Fiz o bolo conforme ensina a receita.
g) Proporcional – Estabelece uma relação de proporção, de modo que qualquer alteração em uma oração implicará alteração na outra.
Principais conjunções e locuções conjuntivas: à medida que, à proporção que, tanto mais, quanto mais.
Exemplos:
Quando mais a humanidade “evolui”, mas confusão acontece.
À media que estudamos, temos a certeza da aprovação.
h) Final– oração que expressa o objetivo da oração principal e funciona como adjunto adverbial de finalidade.
Principais conjunções e locuções conjuntivas: a fim de que, para que.
Exemplos:
O homem inventou a roupa a fim de que não sentisse mais frio.
Criamos a imprensa para que não dependêssemos de manuscritos.
i) Temporal – oração que expressa circunstância de tempo e funciona como adjunto adverbial de tempo.
Principais conjunções e locuções conjuntivas: quando, enquanto, sempre que, assim que, desde que.
Exemplos:
Fiquei feliz assim que soube o resultado do exame.