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Seminário – Sigilo Bancário DFD0211 – Instituições de Direito para Economistas Grupo 8 - Turma 21 Introdução Sigilo de dados e sigilo telegráfico na Constituição Federal Art. 5º, inc. X – “são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação;” Inc. XII – “é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal;” Inc. XIV – “é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;” O Sigilo Bancário O termo não está expresso na Constituição Federal. Seu entendimento vem da leitura do inc. XII correlacionado com os inc. X e XIV Entende-se pela Lei complementar nº 4595/64 que sigilo bancário compreende as "operações ativas e passivas e serviços prestados“ entre uma instituição financeira e seu cliente Lei complementar nº 105/2001 institui no art. 1º que “as instituições financeiras conservarão sigilo em suas operações ativas e passivas e serviços prestados.” Conceituação Como funciona o procedimento de Quebra de Sigilo Bancário Quem pode solicitar CPI’s, delegados da Polícia Federal, COAF, Poder Legislativo Como funciona a fundamentação (art. 93º, inc. IX): Importância do fato certo, mínima evidência, causa provável Importância da fundamentação bem pautada: Risco da quebra de sigilo se tornar ferramenta de busca generalizada do Estado e de devassa à privacidade 4 Inviolabilidade da Privacidade e Relatividade do Sigilo Privacidade englobando intimidade Inviolabilidade da Privacidade Relatividade do Sigilo Caso CPI do Futebol (2001) Voto: Relator Min. Celso de Mello Ementa: Ausência de indicação concreta de causa provável, implicando na nulidade da deliberação parlamentar da CPI e concessão do mandado de segurança (devolução de todos os documentos e provas obtidas com a quebra de sigilo e proibição do uso dos mesmos no processo) A quebra de sigilo não foi fundamentada o suficiente para se justificar. O simples fato do envolvido ser dirigente da CBF não era suspeita suficiente para quebrar seu sigilo, mesmo tendo sido encontrada Necessidade da quebra de sigilo legitimar-se em face do sistema juridico constitucional brasileiro apoiando-se em suporte fático idôneo, sob pena de invalidade do ato estatal que a declarou. A fundamentação deve ser contemporânea à decisão 6 Caso Escher e outros vs Brasil No Rio Grande do Sul, em 1999, suspeitava-se que o MST planejava invadir uma fazenda. Um PM que investigava o grupo denunciou para um juíz e pediu a quebra de sigilo telefônico. O juiz deferiu o pedido, o PM fez a escuta e no mesmo dia liberou para a mídia (através da Globo). Os envolvidos acabaram sendo relacionados a outros crimes através das escutas e foram julgados, presos e o caso foi parar na Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA e entrou em julgamento em 2007, sendo dada a sentença em 2009. O Brasil foi condenado pela CIDH pois o PM não podia peticionar tal pedido; não podia fazer uma investigação deste tipo; no ato da concessão da quebra de sigilo o juiz não fez a devida fundamentação,o que torna as provas ilícitas e exige a retirada das mesmas do processo (o que não foi feito). As famílias dos envolvidos foram indenizadas em US$ 110 mil e os presos foram soltos. Direito Subjetivo e Fundamental O Estado não pode invadir a esfera da privacidade das pessoas, salvo exceções como as investigações em que se prove necessária a mesma e o Estado pode invadi-la legitimamente. O direito à personalidade Sujeito, conteúdo e objeto A pessoa que tem o direito, o que esse direito diz , o direito em si (intimidade) O texto de Tércio Sampaio Ferraz Jr. gira em torno do conceito de Direito Subjetivo e Fundamental. DEBATE Trade-off: Guerra Política vs “Higienização” da sociedade Sigilo protegendo o cidadão (privacidade inviolável) vs preservação da sociedade Relatividade do sigilo Veículos de mídia impunes em casos de vazamento de informações sigilosas MUITO OBRIGADO! Grupo: André Andrade Santos – 7603291 Alexandre Santos Vieira Palma - 7604062 Augusto Franco Alves - 7601006 Carlos Henrique Lopes Leite – 7182132 Douglas Malta Luiz - Felipe Pretel Antunes -
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