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MATERIAIS DENTÁRIOS - GESSO ● Modelo: cópia dos dentes do paciente; ● Troquel: modelo de apenas um elemento dentário; ● Gessos Odontológicos: gipsita (material principal do gesso); ○ Emprego: modelos, revestimentos e já foi usado para moldagem. ○ Fabricação do gesso (calcinação - reação 1); ■ Sulfato de cálcio diidratado (gipsita) → tritura/ 110 a 130 °C → sulfato de cálcio hemiidratado; ■ Gipsita (cristais monoclínicos) insolúvel → gesso solúvel (cristais ortorrômbicos); ■ NÃO PODE RECICLAR O GESSO. ○ REAÇÃO 2: ■ Sulfato de cálcio hemiidratado + água → sulfato de cálcio diidratado + calor. ○ ESTÁGIOS DA REAÇÃO: tensão superficial da água e crescimento dos cristais - parte importante - QUANTO MENOS ÁGUA, MAIOR SERÁ O CRESCIMENTO DO CRISTAL. 1. Quando o hemiidratado é misturado em água, forma-se uma suspensão fluida e manipulável; 2. O hemiidratado dissolve-se até formar uma solução de sulfato de cálcio; 3. Estes íons difundem-se e precipitam-se (cristalizam-se) sobre núcleos de cristalização pré-existentes. ○ COMPOSIÇÃO: ■ Gipsita; ■ Materiais ativos: goma arábica associada à cal - reduzir a água para mistura; ■ Impurezas - anidritas hexagonal ou ortorrômbica não-convertidas; ■ Sais - controlar tempo de presa () e expansão; ○ CLASSIFICAÇÃO: ■ Tipo I - gesso para moldagem (estética) - NÃO É MAIS UTILIZADO; ■ Tipo II - gesso comum; ■ Tipo III - gesso-pedra; ■ Tipo IV - gesso-pedra de alta resistência; ■ Tipo V - gesso-pedra de alta resistência e alta expansão; ■ Gesso sintético (não tem Gipsita). ○ Gesso Tipo II - Gesso comum ou Paris: ■ Hemiidratado: ● Calcinação em caldeira, cuba ou forno a céu aberto (110 - 120 °C); ● Cristais com formas e tamanhos irregulares; ● Cristais grandes, ESPONJOSOS com POROS capilares; ● Requer MAIS ÁGUA na mistura; ● Características menos duras e menos resistentes; ● Usado para modelo de estudo. ○ Gesso do Tipo III - Gesso-pedra: ■ Hemiidratado: ● Calcinação (remoção da água) em autoclave com pressão de vapor de água (120 - 130 °C); ● Formas prismáticas e mais DENSAS; ● Cristais clivados em forma de bastões e prismas, menos POROSO, tamanhos regulares; ● Requer MENOS ÁGUA na mistura; ● Usado para modelos e troqueis com características mais duras e resistentes. ○ Gesso Tipo IV - GESSO PEDRA-ESPECIAL: MAIS USADO NA ODONTO. ■ Hemiidratado modificado; ■ Calcinação em autoclave numa solução de cloreto de cálcio a 30% (120 a 130 °C); ■ Formas e densidade mais regulares; ■ Cristais pequenos e menos POROSOS, mais lisos e DENSOS; ■ Requer MENOS ÁGUA na mistura; ■ Utilizado na confecção de troquéis ou modelos que requerem grande resistência. ○ Gesso tipo V: MELHOR PROPRIEDADE MECÂNICA. ■ Gesso produzido pelo processo de calcinação em autoclave e com uma complexa aditivação para atingir elevada resistência à compressão, flexão, … ■ MAIOR RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO APÓS 1 HORAS = 48 MPa (diminuição da relação A/P = 0,18 - 0,22); ■ MAIOR EXPANSÃO DE PRESA - de 0,10% para 0,30% após 2 horas (fundição); ● Altera as medidas, sendo uma péssima característica. ● Quanto menor a expansão de presa é melhor. ■ Tempo de presa - 12 +/- 4 min. ○ GESSO SINTÉTICO: ■ É possível fazer o alfa-hemiidratado e o beta-hemiidratado de subprodutos ou de produtos perdidos durante a fabricação de ácido fosfórico; ■ Propriedades iguais ou melhores que os gessos tradicionais. ○ INDICAÇÕES: ■ Gesso Tipo II - Modelo de estudo, montagem em articulador; ■ Gesso Tipo III - Modelo de trabalho (prótese total e ortodontia); ■ Gesso Tipo IV - Troquel e modelo de prótese total removível; ■ Gesso Tipo V - Troquel; ■ Gesso Sintético - Troquel. ○ SEQUÊNCIA TÉCNICA: ■ Proporcionar ÁGUA/PÓ - medir e pesar; ■ Por primeiro a água e depois o pó na cubeta; ● CRIA MUITA POROSIDADE CASO SEJA COLOCADO O PÓ PRIMEIRO. ■ Espatular por 1 min.; ■ Usar a mistura (Usar o molde sob vibração); ● FREQUÊNCIA ÚNICA, MELHORANDO A MISTURA. ■ Aguardar a cristalização do gesso; ■ Destacar o modelo. ○ RELAÇÃO ÁGUA/PÓ: Teoricamente - 18,62% água/100g pó. ■ Gesso comum Tipo II - 0,45 a 0,50; ■ Gesso-Pedra Tipo III - 0,28 a 0,30; ■ Gesso-Pedra Tipo IV - 0,22 a 0,24; ■ Gesso-Pedra Tipo V - 0,18 a 0,22; ■ Quanto maior a relação A/P, maior será o tempo de presa e menor a resistência do produto (MENOR EXPANSÃO); ■ 100g de gesso comum para 50ml de água = relação A/P=0,5. ○ EXPANSÃO NORMAL: ■ Gesso comum (II) - 0,2 - 0,3%; ■ Gesso-pedra (III) - 0,08 - 0,07%; ■ Gesso-pedra especial (IV) - 0,05 - 0,07%; ■ Gesso (V) - 0,10 - 0,30%. ○ MISTURA: ■ Manuel - espatulação; ■ Manuel sob agitação - fazer a espatulação em cima do vibrador; ■ Mecânica manual - utilização de uma manivela (não existe mais); ■ Mecânica (a vácuo ou não) - aparelho à vácuo (A MELHOR). ○ TEMPO DE PRESA (TP): É o tempo transcorrido entre o início da mistura até que o material CRISTALISE. ○ TEMPO DE ESPATULAÇÃO (TE): É o tempo transcorrido desde a adição do pó à água até que a mistura se complete. ■ Mistura mecânica: 20 a 30 segundos; ■ Mistura manual - 1 minuto. ○ TEMPO DE PERDA DE BRILHO (TPB): do início da mistura até a perda do brilho (momento máximo em que podemos usar a mistura = escoamento); ■ TEMPO DE PRESA (TP) - É O TEMPO TRANSCORRIDO DO INÍCIO DA MISTURA ATÉ QUE O MATERIAL CRISTALISE. ○ TEMPO DE TRABALHO (TT): É o tempo disponível para que a mistura esteja manipulável (tempo para usar a mistura); ■ O tempo de trabalho adequado é de 3 minutos; ■ Inclui o TE + TPB. ○ TEMPO DE PRESA INICIAL (TPI): do início da mistura até o momento em que a agulha de Gillmore menor (113,5g e ponta ativa 2,1mm de diâmetro) não deixe impressões na superfície (indica quando se pode trabalhar no modelo). ○ TEMPO DE PRESA FINAL (TPF): início da mistura até o momento em que a agulha Gillmore maior (454g e ponta ativa 1,05mm de diâmetro) não deixe mais impressão na superfície ou marcas ligeiramente perceptíveis (INDICA QUE O MODELO ESTÁ RÍGIDO). ○ TEMPO DE HIDRATAÇÃO: É o tempo transcorrido do início da mistura até que atinja a temperatura máxima. ○ CRITÉRIO DE PONTO PARA USO: É o momento em que a resistência à compressão atingiu pelo menos 80% daquela que será obtida em 1 hora (30min). ○ CONTROLE DO TEMPO DE PRESA: ■ Processo de fabricação; ■ Impurezas; ■ Tempo de espatulação (pressão e velocidade); ■ Relação A/P; ■ Temperatura da água (quando exceder 50 °C, ocorrerá um gradual retardamento, e próximo a 100 °C não ocorrerá cristalização. ○ TEMPO DE PRESA: ■ ACELERADORES: ● Cloreto de sódio (-5%); ● Sulfato de sódio (-3,5%); ● Sulfato de potássio (+2%); ● Pó de gesso (diidratado). ■ RETARDADORES: ● Cloreto de sódio (+20%); ● Sulfato de sódio (+12%); ● Bórax (2%); ● Colóides; ● Citratos, acetatos e boratos; ● Sangue seco. ○ TIXOTROPIA: É o fenômeno de diminuição de viscosidade aparente com o tempo de cisalhamento, a uma taxa de cisalhamento (quando um átomo desliza sobre o outro) constante. ○ EXPANSÃO HIGROSCÓPICA - pode ser 2 vezes maior do que a expansão de presa. ■ Ocorre um crescimento adicional dos cristais, o qual permite o crescimento livre, em vez de serem submetidos a ao confinamento por tensão superficial. ○ RESISTÊNCIA ÚMIDA - É QUANDO AINDA TEM ÁGUA NO GESSO; ■ Resistência ao cisalhamento fica baixa. ○ RESISTÊNCIA SECA - NÃO TEM MAIS ÁGUA NO GESSO; ■ A resistência aumenta quando os modelos de prova secam e pode dobrar em uma semana. ○ CURIOSIDADES: ■ A relação A/P é um fator importante na determinação das propriedades na determinação das propriedades físicas e químicas do gesso; ● Ex: se aumentar a relação A/P; ○ O tempo de presa se torna maior; ○ A resistência diminui; ○ E a expansão de presa se torna menor; ○ O escoamento se torna maior. ■ POROS OU CAVIDADES: ● Técnicas de espatulação; ● Relação A/P; ● Técnica de vazamento do gesso no molde. ○ DESINFECÇÃO: Soluções desinfetantes podem ser usadas sem afetar a qualidade dos modelos de gipsita; ■ Técnica de escolha - através de borrifadores. ■ CONTROLE DE INFECÇÕES → AGENTE DESINFETANTE: IODO, HIPOCLORITO DE SÓDIO OU GLUTARALDEÍDO. ○ IMPORTANTE: o modelo de gessoé ligeiramente solúvel em água; ■ Recomenda-se imergir em um recipiente com água, onde esteja presente detritos de gesso no fundo para promover a saturação da solução de sulfato de cálcio.
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