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MELHORAMENTO GENÉTICO EM BOVINOS DE LEITE Universidade Estadual do Ceará Faculdade de Medicina Veterinária Melhoramento Genético Animal Equipe: Andressa Marques; Jéssica Silva; Larissa Morais Sabrina Pereira; Ticiany Macário. Fortaleza/CE Agosto/2021. ▪ Programas delineados de melhoramento genético foram implantados a partir de 1976 Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Leite (CNPGL). ▪ Dr. Fernando Enrique Madalena Projeto Mestiço Leiteiro Brasileiro (MLB) Primeiro programa de teste de progênie para leite realizado no Brasil FAO (Food and Agriculture Organization) ▪ Programa de Melhoramento de Zebu para Leite. 1. Promover e coordenar a implantação de um Programa de Seleção a nível nacional para produção de leite; 2. Obter material experimental para estudos visando o aperfeiçoamento da metodologia de seleção de gado de leite; 3. Proporcionar oportunidade para os técnicos conhecerem diretamente os problemas encontrados na aplicação prática de um programa de melhoramento. 2 Fonte: Google Imagens ▪ Escolhidos para produzirem descendentes. ▪ Critérios podem ser empregados. 1. Capacidade mais provável de produção; 2. Valor genético para produção. ▪ Escolha com base na forma e aparência tem sido utilizada há centenas de anos. ▪ Importante saber ponderar o valor a ser dado ao exterior dos animais e às suas características econômicas, procurando sempre compatibilizar o lado estético com o funcional e econômico. 3 Fonte: Google Imagens 1. Alta produção de leite com alta porcentagem de gordura e proteína; 2. Vida útil ou produtiva longa; 3. Boa conformação de úbere que reduz a incidência de mastite; 4. Ausência, ou mínimo de problemas da reprodução; 5. Conversão alimentar eficiente para produção de leite; 6. Boa conformação de cascos; 7. Ser saudável e de boa resistência, o que minimiza a incidência de doenças. 4 Fonte: Google Imagens 1 3 5 6 ▪ Características raciais e funcionais 5 Boa capacidade corporal Tetas curtas Pernas e pés com ângulos corretos Úbere bem aderido Fonte: All Google Imagens ▪ Rusticidade ▪ Saúde animal Manter os ciclos reprodutivos e precisam de longevidade. Conhecer os índices do rebanho e detectar onde estão os maiores pontos de desequilíbrio. Enfatizar a fertilidade, a saúde e a longevidade no momento da definição dos acasalamentos e compra de sêmen. 6 Fonte: Google Imagens Heterose → Tipo mais adequado de cruzamento Heterose máxima: animais híbridos F1 ou de ‘primeira cruza’ ▪ Vaca Gir x touro Holandez: fêmeas F1= maior precocidade e aptidão leiteira; maior resistência a ectoparasitas e resistência ao calor 7 8 CRUZAMENTO Escolha da raça ou do tipo de cruzamento: 1. Sistema de produção a ser adotado na propriedade 2. Clima 3. Preço dos animais 4. Preferência pessoal do produtor 5. Capacidade de investimento etc. 9 CRUZAMENTO Quanto ao sistema de produção: Decorre do desempenho dos animais existentes e das tecnologias utilizadas na fazenda. Assim, os rebanhos podem ser divididos em 4 níveis: 1. Muito alto, com produções acima de 8.000 kg/lactação. 2. Alto, com produções variando de 6.000 kg/lactação a 7.000 kg/lactação. 3. Médio, com produções variando de 3.500 kg/lactação a 4.500 kg/lactação. 4. Baixo, com produções abaixo de 3.000 kg/lactação Esse desempenho pode ser estimado pela média da produção de leite por lactação (litros/vaca/lactação) 10 Entre as muitas opções de cruzamentos, os mais comuns são: 1. Absorção por uma raça europeia especializada CRUZAMENTO Acasalamento contínuo de fêmeas mestiças HZ com touros europeus de uma raça pura especializada na produção de leite, até atingir o puro por cruza ou PC, podendo-se absorver para qualquer raça europeia pura. (Holandês) 2. Absorção por Holandês Fêmeas mestiças F1 HZ e suas descendentes (filhas, netas, bisnetas) são acasaladas seguidamente com touro Holandês PO até obtenção de animais puros por cruza. 11 CRUZAMENTO Consiste na utilização de touros de uma segunda raça europeia (Jersey ou a Suíça-Parda) para fazer cruzamentos com vacas mestiças Holandês X Zebu, obtendo-se animais denominados tricross, mantendo-se um bom nível de heterose. 3. Cruzamento triplo ou tricross Produção de leite no Brasil: Holandês x Zebu capacidade produtiva, precocidade, mansidão. rusticidade 12 Raças Taurinas • Holandesa e Jersey Raças Zebuínas • Gir, Guzerá e Sindi Raças Mestiças • Girolando 13 6-10 mil kg em 305 dias Úbere de boa conformação e grande 1° prenhez com 2 anos – bezerros com 38 kg Não adaptada a regiões quentes Utilizada em cruzamentos Holandesa 14 Tolerância ao calor 3,5 – 5,5 mil kg em 305 dias 1° prenhez com 15-18 meses Úbere com tetos pequenos e espaçados. Quadrado, volumoso e bem irrigado Animais férteis, longevas e de pequeno porte Jersey 15 Bem adaptada a altas temperaturas e umidade do ar Pastagens de baixo valor nutricional 777 kg de leite em 286 dias 1° prenhez aos 43 meses Longevidade reprodutiva e produtiva Gir 16 Altamente adaptável e de dupla aptidão Pastagens de baixo valor nutricional 2071 kg de leite em 270 dias 1° prenhez 37-47 meses Leite do tipo A2 – não causa alergia Guzerá 17 Adaptada a regiões secas, com diferentes condições de clima e solo Predominante no Norte e Nordeste 2.266 kg de leite em 250 dias 1° prenhez 31 meses Sindi 18 Cruzamento entre Gir e Holandesa Fertilidade, longevidade e precocidade sexual Adaptada ao trópicos e flexível para diferentes climas e manejo 5.061 kg de leite em 283 dias 1° prenhez 36 meses Eficiência reprodutiva e conversão alimentar Girolando Aumentar a frequência de combinações gênicas favoráveis a um conjunto de características relacionadas a um dado sistema de produção, tendo como consequência o incremento da eficiência econômica (Smith, 1983). A definição dos objetivos de seleção é primeiro passo na elaboração de um programa de melhoramento genético 19 Combinação de características economicamente importantes Características e/ou os critérios de seleção Retorno econômico Lucro para produtores 20 ▪REPRODUÇÃO ▪COMPORTAMENTO ▪CONFORMAÇÃO CORPORAL ▪DOENÇAS Maior Potencial Genético 21 ▪Marcadores moleculares: O que são? 22 ➢Pequenas regiões do DNA que apresentam polimorfismo entre indivíduos de uma mesma espécie e que podem ser relacionadas à variação fenotípica de características quantitativas de interesse econômico. O desenvolvimento de marcadores moleculares: 23 Eficiência de seleção Quantidade de informação sobre os valores genéticos ▪Qual a importância da seleção assistida por esses marcadores? 24 A seleção assistida pela análise de DNA permite verificar precocemente o potencial genético do animal Assegura que as características de interesse daquele animal, possam ser transferidas aos seus descendentes Possibilidade de saber se o animal é homozigoto ou heterozigoto para tal gene: IMPORTANTE APLICAÇÃO DESSES MARCADORES NA PRODUÇÃO ANIMAL ▪Tal seleção em bovinos de leite: 25 Marcadores moleculares mais importantes: K-caseína (κ-Cn) β-lactoglobulina (β-Lg) O polimorfismo destes genes influenciam na produção do leite 26 K-caseína (κ-Cn): β-lactoglobulina (β-Lg) ▪ Uma das proteínas coaguláveis do leite. Atua na estabilização das micelas de caseína em solução. ▪ O alelo B de k-caseína está associado com maior concentração de proteína no leite. ▪ É a principal proteína do soro no leite de ruminantes, uma vez que 20% das proteínas do leite bovino são proteínas do soro. ▪ O alelo B de β-lactoglobulina está associado com maior concentração de gordura no leite. 27 ➢ É visto então o quão importante é o melhoramento genético na produção animal, sobretudo na bovinocultura leiteira. Uma vez que tal experiência impacta diretamente na produtividade do animal. ➢ Quando o rebanho é melhorado geneticamente, ele aumentasua eficiência, aumentando sua produtividade, proporcionando melhores lucros. ➢ Uma vez que o animal não tem predisposição em ser altamente produtivo, ele não terá essa condição mudada apenas com a alimentação adequada, por exemplo. Dessa forma, é imprescindível a presença de uma boa genética, associado a um manejo adequado, mostrando, assim, a tão grande importância do melhoramento genético na bovinocultura leiteira. 28
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