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que não cumpre a sua obrigação passa a ter responsabilidades (normalmente é o mesmo dever de antes acompanhado de umas sanções pecuniárias), mas excepcionalmente, o sujeito pode ter obrigação sem responsabilidade, como ocorre na obrigação natural – espécie de obrigação inexigível judicialmente. É uma relação obrigacional onde o direito enxerga uma dívida que, entretanto, se não for cumprida não gera para o devedor uma responsabilidade. Exemplo: dívida de jogo ilícito. O credor não tem como cobrar, o que significa que se o devedor não paga, não nasce para ele uma responsabilidade. Contudo, essa relação é dotada de um vínculo jurídico, pois se ocorre o pagamento espontâneo, o direito passa a regular a relação, permitindo que o credor retenha o pagamento, não sendo obrigado a devolvê-lo. (art. 882 CC). Isto significa que o pagamento é devido. Também pode acontecer de uma pessoa ter responsabilidade sem ter obrigação, como na hipótese do fiador. Dívida prescrita é uma espécie de obrigação natural. Rio, 03 de agosto de 2011 OBRIGAÇÃO E DIREITO SUBJETIVO Direito Potestativo – não existe possibilidade de descumprimento. A relação obrigacional sempre envolve direito subjetivo, poder que uma das partes tem de exigir da outra uma conduta. Campo das obrigações, em regra, não envolve direito potestativo ( poder de satisfazer o seu direito sem que a outra parte precise praticar qualquer conduta). O direito subjetivo gera dever jurídico, enquanto o direito potestativo gera sujeição. Isso significa que o direito subjetivo pode ser descumprido, nascendo para o sujeito ativo a pretensão, o que não ocorre no direito potestativo que não comporta descumprimento. CLASSIFICAÇÃO PRINCIPAL DAS OBRIGAÇÕES Obrigação positiva ou negativa; Formais ou informais; Principais ou acessórias; Líquidas ou Ilíquidas; De meio ou de resultado; Com cláusula penal ou sem; Simples ou compostas Civis ou Naturais Propter REM. Relações Dar, fazer = positiva Não fazer = negativa Formais ou solenes – a lei impõe uma forma. Informais ou não solenes – art. 107 CC. A lei não impõe regras (formas) – geralmente são informais, tem que seguir uma forma sob pena de nulidade. Principais – existência autônoma, não depende de nenhuma outra. Ex. locação. Acessória – depende da principal para existir. Ex. fiança O acessório segue o mesmo destino jurídico do princípio da gravitação jurídica. Líquidas – aqueles que são certas quanto a existência e determinadas quando a montante. Ilíquidas – aquelas em que falta, pelo menos, um desses elementos. De meio – aquelas em que o devedor tem de empregar todos os meios e técnicas possíveis para a obtenção de um resultado, sem entretanto, responsabilizar-se por este. Resultado – aquelas em que o devedor só se exonera do vínculo jurídico se atingir o resultado esperado. Com cláusula penal – serve para penalizar. É uma “multa”. É uma espécie de perdas e danos já pré-estabelecidas por acordo. Simples – aquela que apresenta unidade de sujeito e de objetos. Compostas – aquelas que apresentam multiplicidade de sujeitos em pelo menos um dos pólos, e/ou multiplicidade de objetos. Subjetivas – mais de um sujeito Objetivas – mais de um objeto Observação: Sempre numa relação obrigacional, existem dois sujeitos, um que deve, devedor e a outra parte é o credor. Subjetivas Divisíveis Indivisíveis Solidárias Objetivas Alternativas Cumulativas Civis – é a regra, pode ser exigida judicialmente. Naturais – as prestações não podem ser exigidas na justiça. Ex. geralmente tem um objeto ilícito, e.g., dívidas de jogo. Art. 882CC. Ex.: dívida prescrita Propter Rem – em face da coisa, está vinculada a existência da própria coisa. É uma obrigação que nasce da existência da própria coisa, ou como dizem, alguns autores, em razão do direito de propriedade sobre alguma coisa. Essa obrigação excepcionalmente não acompanha a pessoa do devedor; ela adere a coisa no momento da cobrança, ainda que o débito seja anterior a sua titularidade. Ex.: Iptu, Taxa de Condomínio, IPVA. Obrigações Positivas e Negativas Dar – entrega ou devolução de algum bem Dar coisa certa – o sujeito sabe o que tem que dar, o bem está plenamente definido, bem determinado. Dar coisa incerta - o bem a ser entregue não está plenamente definido desde o início. Art. 243 CC. Bem gênero Quantidade Qualidade – o mesmo que tipo O maior efeito que ocorre da coisa certa está no art. 313CC. Observações: 1 – Por analogia o art. 313CC. Também se aplica para o devedor. 2 – Pagar também é um direito Na obrigação de coisa incerta uma das partes vai ter que escolher a espécie (o tipo, a qualidade) do bem a ser entregue. Essa escolha é chamada de concentração do débito. Precisa ser externada para a outra de preferência escrita. A quem cabe a escolha da concentração da escolha? A quem o contrato disser, porém se não estiver explícito a lei prestigia o lado mais fraco, neste caso o devedor. Art. 244CC. A parte final do art. 244CC. Traduz o princípio da qualidade média. Aplica se em cima da boa fé. Art. 244CC também se aplica ao credor por analogia. Obrigação de fazer: traduz prestação de atividade em regra, é o mesmo que prestação de serviço. 1 – fazer impessoal ou fungível. O devedor não é contratado por suas características pessoais. Ele pode ser substituído. 2 – fazer personalíssima ou infungível – é aquela em que o devedor é contrato em razão de suas características pessoais. Ele não pode delegar a função para ninguém. E.g.: contrato de um artista para um show e outro vai no lugar. Obrigação de não fazer: exige um dever de se abster de algo Descumprimento das Obrigações Obrigação de dar coisa certa Entrega Restituição Perda Perda destruição total destruição parcial s/culpa c/culpa deterioração deterioração s/culpa c/culpa s/culpa c/culpa s/culpa c/culpa Obrigação de dar coisa certa – descumprimento c/culpa s/culpa art. 246CC Obrigação de fazer: personalíssima -s/culpa 248, 1º parte c/culpa 247 e 248 § 2º parte impessoal – s/culpa 248, 1º parte c/culpa 249 e 249, 2º parte Rio, 16 de agosto de 2011 Coisa Certa O art. 238 refere-se a direitos inerentes a natureza do contrato. Ex.: Carlos alugou seu automóvel para Flávio por 30 dias e no dia 17 do mês foi assaltado descumprindo a obrigação de restituir o bem. Omo o descumprimento foi sem culpa, ele não tem de pagar indenização a Carlos, nem mesmo o valor do veículo, mas será devedor do aluguel pelos dias de utilização até a data do assalto. Coisa Incerta A princípio, na obrigação de coisa incerta o devedor que descumpre a prestação vai pagar indenização com culpa ou sem culpa (art. 246). Isso ocorre porque o credor espera neste caso um gênero e esse não perece jamais importar arquivo importar arquivo. Se Carlos se compromete a entregar a Flávio um cavalo, ele não tem desculpa para o inadimplemento, pois que ainda que ele tivesse pensado em entregar um determinado cavalo que veio a parecer por caso fortuito ou força maior considerando a expectativa do credor, ele ainda podia cumprir a obrigação levando outro, motivo pelo qual terá que pagar indenização. A solução, entretanto, não será essa se a coisa incerta fosse restrita a determinado local e todas as espécies do gênero devido, naquele local, viessem a perecer sem culpa dele. Ex.: Carlos se comprometeu a entregar a Flávio um cavalo do Aras Boa Viagem, em função de uma grande enchente todos os cavalos do aras pereceram. Carlos não deve indenização. Obrigações Compostas - objetivas: de uma prestação (objeto) – cumulativas Alternativas - subjetivas – de um devedor e/ou credor divisíveis indivisíveis solidárias Compostas objetivas - cumulativas: o devedor