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Candidíase- Sintomas, Diagnóstico e tratamento

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. 
 
Vagina normal 
A secreção vaginal é constituída de: 
secreções das glândulas sebáceas e 
sudoríparas vulvares, de Bartholin e de 
Skene; transudato da parede vaginal; 
células vaginais e cervicais esfoliadas; 
muco cervical; líquidos endometriais e 
da tuba; e microrganismos com seus 
produtos metabólicos. O tipo e a 
quantidade de células esfoliadas, muco 
cervical e líquidos do sistema genital são 
determinados por processos 
bioquímicos influenciados pelos níveis 
hormonais. As secreções vaginais 
podem aumentar no meio do ciclo 
menstrual em função do aumento da 
quantidade de muco cervical. No 
entanto, essas variações clínicas não 
ocorrem quando a mulher usa 
contraceptivos orais e não há ovulação. 
 
O tecido descamado da vagina é 
formado por células epiteliais vaginais 
sensíveis a quantidades variáveis de 
estrogênio e progesterona. As células 
superficiais, o principal tipo celular nas 
mulheres em idade fértil, predominam 
quando há estimulação estrogênica. As 
células intermediárias predominam 
durante a fase lútea graças à 
estimulação progestogênica. As células 
parabasais predominam na ausência de 
um desses hormônios, situação possível 
de ser encontrada em mulheres na pós-
menopausa que não estejam recebendo 
terapia de reposição hormonal. 
 
 
 
Flora vaginal 
• A flora vaginal normal é 
principalmente aeróbica, com 
uma média de seis espécies 
diferentes de bactérias, sendo 
as mais comuns os lactobacilos 
produtores de peróxido de 
hidrogênio. A microbiologia da 
vagina é determinada por fatores 
que afetam a capacidade de 
sobrevivência das bactérias. 
Esses fatores incluem o pH vaginal 
e a disponibilidade de glicose para 
metabolismo das bactérias. 
 
• O pH vaginal normal é menor 
que 4,5 mantido pela produção 
de ácido láctico. As células 
epiteliais vaginais estimuladas por 
estrogênio são ricas em glicogênio. 
Elas decompõem o glicogênio em 
monossacarídios, que podem ser 
convertidos pelas próprias células 
e pelos lactobacilos em ácido 
láctico. 
 
 
 
 Candidíase 
• As secreções vaginais normais 
têm consistência flocular e cor 
branca, sendo geralmente 
localizadas na porção da vagina 
situada em nível inferior (fórnix 
posterior). 
 
 
 
 
 
 
 
Candidíase vulvovaginal 
 
Estima-se que 75% das mulheres 
tenham pelo menos um episódio de 
candidíase vulvovaginal (CVV) durante a 
vida. Quase 45% das mulheres terão 
dois ou mais episódios. Poucas têm 
infecção recorrente, crônica. A cândida 
albicans é responsável por 85 a 90% das 
infecções vaginais por leveduras. Outras 
espécies de Cndida, como C. glabrata ou 
C. tropicalis, causam sintomas 
vulvovaginais e tendem a ser resistentes 
ao tratamento. Candida é um gênero de 
fungos dimórficos que existem na forma 
de blastosporos e estimulam a 
colonização, além de facilitarem a 
invasão tecidual. As extensas áreas de 
prurido e inflamação frequentemente 
associadas à invasão mínima das 
células epiteliais do sistema genital 
inferior sugerem a participação de uma 
toxina ou enzima extracelular na 
patogenia dessa doença. 
Os fatores que predispõem as mulheres 
à CVV sintomática incluem uso de 
antibióticos, gravidez e diabetes. A 
gravidez e o diabetes estão associados 
à diminuição qualitativa da imunidade 
celular, acarretando maior incidência de 
candidíase. 
 
Diagnóstico 
Os sintomas de CVV consistem em 
prurido vulvar associado a corrimento 
vaginal, em geral semelhante a queijo 
coalhado. 
Sintomas: 
o Prurido 
o Dor 
o Eritema vulvar 
o Edema com escoriações 
 
1. O corrimento varia de aquoso a 
espesso homogêneo. Pode haver 
úlceras vaginais, dispareunia, 
queimação vulvar e irritação. A 
disúria pode ocorrer quando a 
micção expõe à urina o epitélio 
vulvar e vestibular inflamado. O 
exame mostra eritema e edema da 
pele da vulva. É possível que haja 
lesões periféricas 
pustulopapulares bem delimitadas. 
A vagina pode apresentar eritema 
com corrimento esbranquiçado e 
aderente. O colo tem aparência 
normal. 
2. Em geral, o pH da vagina em 
pacientes com CVV é normal 
(>4,5) 
3. Elementos fúngicos – seja na 
forma de leveduras em 
brotamento, seja na de micélios – 
estão presentes em até 80% dos 
casos. O resultado da preparação 
das secreções vaginais com 
solução salina costuma ser normal, 
embora possa haver pequeno 
aumento do número de células 
inflamatórias em casos mais 
graves. 
4. O teste das aminas é negativo 
5. Pode-se fazer um diagnóstico 
presuntivo quando não há 
comprovação da presença de 
elementos fúngicos ao exame 
microscópico, se o pH e os 
resultados do exame da 
preparação com solução salina 
forem normais e se a paciente 
apresentar aumento do eritema ao 
exame da vagina ou da vulva. É 
recomendável fazer cultura para 
fungos a fim de confirmar o 
diagnóstico. Por outro lado, é 
improvável que mulheres com 
achados normais ao exame físico 
e sem evidência de elementos 
fúngicos ao exame microscópico 
tenham CVV, e não se deve 
administrar tratamento empírico, 
exceto se a cultura vaginal para 
leveduras for positiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tratamento 
1. Aplicação tópica de fármacos do 
grupo dos azóis é o tratamento 
mais frequente da CVV, além de 
ser mais eficaz que a NISTATINA. 
O tratamento com azóis causa 
alívio dos sintomas e culturas 
negativas em 80 a 90% das 
pacientes que concluíram o 
tratamento. Em geral, os sintomas 
desaparecem em 2 a 3 dias. 
Recomendam-se os esquemas de 
curta duração de até 3 dias. 
Embora o menor período de 
terapia implique menor duração do 
tratamento, as formulações para 
administração por curto período 
têm maiores concentrações do 
antifúngico, causando uma 
concentração inibitória na vagina 
que persiste por vários dias. 
2. Um antifúngico oral, o fluconazol, 
usado em dose única de 150 mg, é 
recomendado para tratamento da 
CVV. Parece ter eficácia igual à 
dos azóis tópicos no tratamento da 
CVV leve a moderada. As 
pacientes devem ser advertidas de 
que os sintomas persistirão por 2 a 
3 dias após o início do tratamento 
para não haver expectativa da 
necessidade de tratamento 
adicional. 
3. Mulheres com CVV complicada 
são beneficiadas por uma dose 
complementar de 150 mg de 
fluconazol administrada 72h após 
a primeira dose. Pacientes com 
complicações podem ser tratadas 
com um esquema tópico mais 
prolongado, com duração de 10 a 
14 dias. A terapia auxiliar com um 
esteroide tópico fraco, como o 
creme de hidrocortisona a 1%, 
pode ajudar a aliviar alguns dos 
sintomas irritativos externos. 
As espécies de Candida não albicans 
não são responsivas à terapia tópica 
com azóis. Por isso, os esquemas 
terapêuticos locais intravaginais 
prolongados e a adição de fluconazol 
oral, 1 a 3 vezes por semana, podem ser 
necessários para a cura clínica. O 
tratamento primário para a prevenção e 
infecção recorrente é feito com 
fluconazol oral, 100 a 200mg/semana, 
por seis meses. Para a infecção 
recorrente por não albicans, uma 
cápsula contendo 600 mg de gelatina de 
ácido bórico por via intravaginal 
diariamente durante duas semanas tem 
sido eficaz. 
A terapia oral com azóis foi associada à 
elevação nas enzimas hepáticas. Assim, 
o tratamento oral prolongado talvez não 
seja viável, por esse motivo ou em razão 
de interações com outros medicamentos 
da paciente, como bloqueadores do 
canal de cálcio, varfarina, inibidores da 
protease, trimetrexato, terfenadina, 
ciclosporina A, fenitoína e rifampicina. 
Nesses casos, o tratamento tópico uma 
ou duas vezes por semana talvez 
ofereça uma resposta clínica similar. 
 
 
 
 
Fatores Predisponentes 
para Vulvovaginites 
- Diabetes. 
- Ingestão de esteroides. 
- Uso de antibióticos: podem favorecer o 
crescimento de leveduras e suprimir o 
crescimento 
de organismos comensais, permitindo 
o domínio de bactérias patogênicas. 
- Uso de imunossupressores. 
- Uso de duchas vaginais 
- Uso de lubrificantes vaginais. 
- Absorventes internos e externos 
- Depilação exagerada e frequente. 
- Relações sexuais e prática de coitonão 
convencional: as relações sexuais 
promovem desequilíbrio no ecossistema 
vaginal por alteração no pH vaginal e por 
facilitação na introdução de micro-
organismos. 
- Uso de preparações contraceptivas 
orais ou tópicas, incluindo DIU. 
- Uso de hormônios. 
- Estados hiper/hipoestrogênicos. 
- Doenças sexualmente transmissíveis. 
- Estresse. 
- Mudança de parceiro. 
- Traumas. 
- Períodos de hospitalização prolongada.

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