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1 UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO CENTRO DE EDUCAÇÃO E HUMANIDADES FACULDADE DE EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO CECIERJ /Consórcio CEDERJ / UAB Curso de Licenciatura em Pedagogia – Modalidade EAD Data: 13/04/2020 até 19/04/2020 (prazo final de postagem) AVALIAÇÃO PRESENCIAL 1 (AP1) – 2020.1 Disciplina: Informática na Educação Coordenador (a): Edméa Santos Aluno (a): Maiana Pimentel da Silva Matrícula.:19212080176 Polo: Magé Prezado(a) cursista, Esta prova é composta por uma única questão subjetiva que vale 10,0 pontos. Leia com atenção seu enunciado e bom trabalho! Não temos dúvida alguma de que momentos de avaliação são também momentos de aprendizagem. Então, saiba que teremos aqui mais uma oportunidade para aprender e ensinar. 1) Leia abaixo um trecho de uma entrevista publicada em 2019, na Revista Teias da UERJ. Fonte:https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistateias/rt/printerFriendly/45554/0 Uma conversa sobre Learning Technologies: histórias de vida e formação. Edméa Santos (UFRRJ) entrevista Ana-Paula Correia (The Ohio State University) Ana-Paula Correia is an associate professor of Learning Technologies in the Department of Educational Studies. She has more than 25 years of experience in learning design and instructional systems technology. Specifically, her expertise in Edméa Santos é professora titular-livre da Universidade Federal Rural de Rio de Janeiro. Líder do GPDOC – Grupo de Pesquisa Docência e Cibercultura, Membro e Coordenadora do GT 16 (Educação e https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revistateias/rt/printerFriendly/45554/0 2 distance education, online and mobile learning, collaborative learning and entrepreneurial educational approaches have been published in nearly 30 peer-reviewed journals. She has been involved with research projects funded by Bill & Melinda Gates Foundation, National Science Foundation, U.S. Department of Agriculture, Pappajohn Higher Education Center/Kauffman Foundation and U.S. Department of Education. Comunicação) da ANPED, Vice-presidente da ABCIBER – Associação Brasileira de Pesquisadores em Cibercultura. Atua no PPGEDUC (Programa de Pós-Graduação em Educação) da UFRRJ e colabora no ProPEd (Programa de Pós-Graduação em Educação) da UERJ, onde foi professora permanente até o ano de 2019-1. É professora-coordenadora da disciplina Informática na Educação do Curso de Pedagogia à Distância da UERJ/CEDERJ. (...) Edméa Santos: Ana-Paula, como você conceituaria hoje a noção e o campo da Learning Technologies? Ana-Paula Correia: Essa noção evoluiu ao longo dos anos e ultimamente eu tenho usado como referência um livro que foi publicado em 2008, assinado por Michael Molenda, que foi meu professor na Universidade de Indiana. Ele escreveu com um colega dele, Al Januszewski. Tenho usado esse livro como referência. Mesmo com as modificações do tempo, creio que eles fizeram uma boa síntese da noção do campo e de onde estamos nesse momento. Lógico que, em 2018, essa definição já foi alterada, mas continuo fiel a ela porque tem várias coisas nela que admiro. Então vamos começar pela definição. Eles dizem que é o estudo e a prática ética e eu acho que isso é muito importante, não é só estudar, mas estudar eticamente. Muitos pesquisadores, quando fazem investigação sobre Tecnologia Educativa, se esquecem um pouco da importância do sujeito. E aí muitos estamos a trabalhar com crianças, e questiono muito essa abordagem da investigação educacional, no campo da tecnologia educativa. Por isso, quando vi essa definição que destaca a forma ética, fiquei entusiasmada. Colocar o foco mais no aprendente que no ensino promove e melhora o desempenho. Se quiserem melhorar a participação dos teus alunos em sala de aula em termos de discussão, às vezes a própria disposição das cadeiras, os móveis, a temperatura e a luz ajudam. Isso é só um exemplo de que o desempenho não depende só da boa formação. Às vezes passar por outros sistemas melhora o desempenho, mas não são educacionais por si, coisas que ocorrem normalmente quando se está só focado no processo de ensino e aprendizagem. Eu analiso o desempenho através da criação, do uso e da gestão de tecnologias e processos apropriados. Então o que é uma tecnologia apropriada? Geralmente, no nosso campo de trabalho da tecnologia educativa, a gente se pergunta: O que é tecnologia? O que significa usar a tecnologia de uma forma apropriada? Então essa definição de tecnologia que tem me 3 guiado desde 2008 é uma definição que tem os elementos todos que valorizo, que são prática e ética, a abordagem geral e ampliada do que é ensino e aprendizagem. E outras coisas que impactam o desempenho, além do fato de que processos tecnológicos e com recursos não têm de ser necessariamente dispositivos. Então os autores explicam que as tecnologias, a aplicação das tecnologias para resolver um problema prático, não precisa ser um dispositivo, pode ser uma maneira de pensar. Edméa Santos: Você traz a noção de dispositivo como um artefato. Em nossas práticas de pesquisa-formação, por exemplo, lançamos mão da noção de dispositivo a partir de Jacques Ardoino, que sustenta que dispositivo é qualquer meio material e/ou intelectual. Então tecnologia pode ser também modos de usos, modos de fazer, modos de pensar. Ana-Paula Correia: A ideia é que a tecnologia também possa ser o planejamento, o design e os processos intelectuais, como, por exemplo, a maneira de utilizar os media ou com processos intelectuais para ajudar as equipes a serem mais produtivas. Eu estou mais voltada para este lado da tecnologia do que para o lado dos produtos físicos. E quando eu ofereço essa definição de tecnologia aos meus alunos, eles ficam muito surpresos, porque eles pensam que tecnologia é uma coisa física. Então, a partir daí eles pensam: Então se uma avaliação ajuda a fazer evoluir um processo intelectual, ela pode ser considerada um tipo de tecnologia. Edméa Santos: Poderíamos, então, sistematizar como usos, processos e produtos? Ana-Paula Correia: Sim. E o processo é muito importante. Porque se os produtos não forem adotados pelas pessoas que tu queres que usem, por exemplo, as aplicações não têm sucesso no mercado, porque as pessoas que os projetaram não levaram em conta os processos, o que as pessoas vão fazer com os produtos, não pensam em um target, em um grupo que tu focalizas como o grupo pra quem tu projetas, que vai ser o mercado para o teu produto. E eles não incluíram no projeto as visões e as vivências de quem vai utilizar este produto. Por isso, para esse grupo esse produto não vai ser apelativo e ninguém vai comprar. Quando se desenha pra sala de aula uma aplicação, as crianças não usam, porque as pessoas que desenharam a aplicação não tinham as preferências das crianças em mente, não tiveram as vivências, não tiveram os gostos delas. Então os meninos fazem porque são obrigados pelo professor e acham chato o jogo. A ideia é de jogos educacionais, mas no fundo é só prática e recepção. As crianças, às vezes, jogam o jogo porque não querem desapontar o professor. 4 2) Questão única: (Valor: 10,0 pontos) Se entendermos tecnologias como processos, artefatos e seus usos, como você sistematizaria suas aprendizagens ao logo dos estudas, na disciplina Informática na Educação? De que forma, você pretende utilizar estas aprendizagens, em suas práticas pedagógicas, em tempos de cibercultura? Elabore um texto livre, aproveitando os conteúdos estudados e discutidos em nossa sala de aula online. Traga pra cá o que aprendeu com colegas, sua tutoria e os conteúdos... Quadro de avaliação para a AP1 Seu texto será avaliado a partir dos seguintes indicadores de qualidade: Indicadores de QualidadeInsatisfatório (1,0) Satisfatório (1,5) Bom (2,0) Muito bom (2,5) Sobre a estrutura do texto O texto apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão. Apresenta linguagem clara e sem erros gramaticais. Apresenta as referências bibliográficas a partir das normas da ABNT. Sobre o conteúdo O texto apresenta um quadro teórico coerente com a proposta de argumentação. O autor desenvolve argumentos criativos e defende criticamente o seu ponto de vista. Nota final da AP1 Comentários do tutor(a), com sugestões para novos estudos. BOM TRABALHO! 5 A tecnologia e a cibercultura se instalaram em nossa rotina com o intuito de facilitar as nossas atividades cotidianas, e na área da educação não é diferente. Para os alunos, elas facilitam o estudo à distância – modalidade que já existia de outras formas – e permitem que o estudante crie uma rotina de estudos e interaja com outros alunos e professores de acordo com a sua disponibilidade, ao invés de se adequar aos horários fixos de um curso presencial.. Para os professores/tutores, é de suma importância o treinamento e infraestrutura adequados para conseguir atender a todas as suas necessidades e a dos alunos durante o curso. Sendo assim, é de suma importância para a minha formação aprender sobre a cibercultura e todos os benefícios e malefícios relacionados à ela. Ademais, já estou colocando em prática uma parte do meu aprendizado nessa disciplina, devido o momento em que estamos vivendo. Sou professora de educação infantil em uma escola particular e, devido ao isolamento social para evitar o contágio pelo Coronavírus, tive que adaptar as aulas para o ensino à distância, além de buscar vídeos que pudessem transmitir um conhecimento pedagógico e entreter as crianças ao mesmo tempo. Mas para alguns colegas de trabalho essa tarefa está sendo mais difícil porque só sabiam o básico sobre tecnologia e não tiveram durante a sua formação o ensino da informática ou cibercultura nem qual é a melhor maneira de se trabalhar com ela. A Cibercultura mudou a forma de educar, apresentando novos caminhos e possibilidades para alunos e professores, aumentando a interatividade entre os participantes no espaço virtual, contribuindo para o aumento da construção e propagação de novos conhecimentos. A grande maioria das escolas já possui algum tipo de estrutura tecnológica – laboratório de informática, sala de vídeo, etc – que pode ser utilizada para agregar valor ao conteúdo pedagógico que está sendo ensinado aos alunos e incentivar que eles continuem adquirindo conhecimento em casa, indicando sites para complementação do aprendizado. Por essa e outras razões acredito que é importante preparar o futuro professor para lecionar tendo como ferramenta de trabalho os meios tecnológicos. Também é importante procurar formas de estimular o aluno a ser participativo no ambiente virtual para a construção do seu conhecimento, 6 para diminuir as chances dele se distrair durante os estudos com os inúmeros atrativos que a Internet oferece.
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