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TCC_pedagogia_Neurociencia

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20
FACULDADE ESTÁCIO NOSSA CIDADE
CURSO DE PEDAGOGIA
	
NEUROCIÊNCIA E TECNOLOGIA EDUCACIONAL 
A DESINFORMAÇÃO NA ERA DA INFORMAÇÃO
CARAPICUÍBA
 
DEZEMBRO/2017
FACULDADE ESTÁCIO NOSSA CIDADE
CURSO DE PEDAGOGIA
APARECIDA GUARANI ADORNO ALENCAR
CARLOS ALBERTO DOS SANTOS
MÁRCIA APARECIDA SILVA
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao curso de Pedagogia da Faculdade Estácio/ FNC, como exigência parcial para obtenção do título de Licenciada em Pedagogia, sob Orientação da Prof. Dr. Ludmila Nakamura Rapado.
CARAPICUÍBA
DEZEMBRO/2017
FOLHA DE APROVAÇÃO
O presente Trabalho de Conclusão de Curso, Pedagogia, realizado por: Aparecida Guarani Adorno Alencar, Carlos Alberto dos Santos e Márcia Aparecida Silva, foi apresentado em sessão pública no dia __/__/__, como requisito para obtenção do grau de Licenciatura em Pedagogia, à Banca Examinadora composta pelos membros abaixo assinados e sendo julgado adequado para o cumprimento do requisito legal previsto no Regulamento do TCC da Estácio/ Faculdade Nossa Cidade, foi aprovado obtendo a nota _____ (_________________________).
Carapicuíba, __/__/__.
BANCA EXAMINADORA
__________________________________
Membro titular
__________________________________
Membro titular
_________________________________
Membro titular
AGRADECIMENTOS
	Agradecemos primeiramente a Deus pelo dom da vida, do conhecimento, da sabedoria e da fé que nos fez acreditar naquilo que queremos. 
	A cooperação de todos os profissionais da educação, que de alguma maneira, contribuíram para que este trabalho se realizasse de forma direta ou indireta.
DEDICATÓRIA
	Aos professores Francisco Alencar e Ludmila Rapado pela paciência na orientação е incentivo que tornaram possível а conclusão deste trabalho.
	Aos nossos amigos da sala, pelas alegrias, tristezas е dores compartilhadas. 
	Aos nossos familiares que, com muito carinho е apoio, não mediram esforços para que chegássemos até esta etapa de nossas vidas.
RESUMO
	O tema em questão foi selecionado por meio das experiências vivenciadas no estágio supervisionado, onde percebemos professores com dificuldade e resistência em relação ao uso da tecnologia em sala de aula. O presente trabalho tem como finalidade pesquisar as relações entre docentes, educandos e a tecnologia, e quais as dificuldades da aplicabilidade da tecnologia em sua prática pedagógica. Os objetivos específicos se desdobram em: identificar quais motivos levam os docentes a não inserir os recursos oferecidos pelas tecnologias digitais, verificar a sensibilidade dos mesmos em como administram a inclusão digital e a importância dessa inclusão, sua repercussão no ambiente pedagógico, averiguando sobre o nível de capacitação e receptividade dos profissionais da educação em relação à utilização da tecnologia em sala de aula. Evidenciando a problemática: quais as maiores dificuldades encontradas pelos docentes que contribuem para não usarem a tecnologia e como se dispõem a buscarem soluções para propiciar a inclusão do discente ao universo digital. Com este intuito, foram realizadas pesquisas bibliográficas, utilizando livros e teses de autores que contribuem com as teorias sobre os temas propostos: novas tecnologias e educação, computador na sala de aula, neurociência e educação, capacitação dos professores, programas de capacitação da rede pública. A pesquisa de campo foi realizada por meio da coleta e análise de dados obtidos mediante a aplicação de questionários a professoras em uma escola de Ensino Fundamental da cidade de Carapicuíba. O estudo demonstra-se relevante à medida que traz uma reflexão sobre a importância da inclusão tecnológica em sala de aula, de forma que o ambiente educativo não pode ignorar a relação dos educandos com as tecnologias na atualidade, ou seja, colocar em foco as práticas das crianças dessa geração.
Palavras – chave: tecnologia; inclusão digital; capacitação dos professores.
ABSTRACT
The theme in question was selected through experiences in the supervised stage, where we perceive teachers with difficulty and resistance regarding the use of technology in the classroom. The present work aims to investigate the relations between teachers, students and technology, and what are the difficulties of the applicability of technology in its pedagogical practice. The specific objectives are: to identify the reasons why teachers do not insert the resources offered by digital technologies, to verify their sensitivity in how they manage digital inclusion and the importance of this inclusion, its repercussion in the pedagogical environment, ascertaining the level of training and receptivity of education professionals in relation to the use of technology in the classroom. Evidenciando problematic: what are the greatest difficulties encountered by teachers who contribute to not use the technology and how they are willing to seek solutions to promote the inclusion of the student to the digital universe. To this end, bibliographical research was carried out using books and theses by authors who contribute to theories on the proposed topics: new technologies and education, computer in the classroom, neuroscience and education, teacher training, public network training programs . Field research was performed through the collection and analysis of data obtained through the application of questionnaires to teachers at a primary school in the city of Carapicuíba. The study is relevant as it brings a reflection on the importance of technological inclusion in the classroom, so that the educational environment can not ignore the relationship of learners with current technologies, that is, focus on practices of the children of this generation.
Keywords: technology; digital inclusion; teacher training.
Sumário
INTRODUÇÃO	9
CAPÍTULO I	12
QUESTÕES TEÓRICAS	12
A DESINFORMAÇÃO NA ERA DA INFORMAÇÃO	17
CAPÍTULO II	20
PESQUISAS DE CAMPO	20
PROCEDIMENTOS E CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA	20
INSTRUMENTOS DA PESQUISA	20
LEVANTAMENTO DAS INFORMAÇÕES	21
CAPÍTULO III	26
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO	26
PAPEL DO PROFESSOR EM RALAÇÃO AO USO DAS TENOLOGIAS EM SALA DE AULA	26
RESPEITAR TALENTOS E MODOS DE APRENDER DIFERENTES	31
CONCLUSÃO	32
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	33
INTRODUÇÃO
O que os professores entendem por informática educativa? A informática na educação vem sendo objeto de políticas públicas, com o objetivo de melhorar a formação dos alunos. Mas, não é suficiente e nem correto pensar na tecnologia como uma melhor condição de aprendizado para o sujeito e nem se deve priorizar a utilização desse recurso para o desenvolvimento do aluno e professor.
Devemos sempre lembrar das relações sociais, humanas e afetivas para um aprendizado adequado. Mas é fundamental que o professor carregue consigo uma diversidade e criatividade em suas metodologias, legitimando o aprendizado numa forma prazerosa de acontecer. Segundo Foucault (2003, p.08): “as práticas sociais podem proporcionar o surgimento de novos saberes.”
Relacionando assim os conhecimentos sobre a Neurociência com a cognição durante o período de aprendizagem escolar do Ensino Fundamental. Nos dias atuais não precisamos ir muito longe para nos depararmos com diversas dificuldades de aprendizagens, sejam elas por motivos de transtornos ou dificuldades transitórias, levando algumas crianças a chegarem na fase adulta sem saberem ler e escrever, semianalfabetas, ou alfabéticas funcionais. 
Os avanços atuais da tecnologia, permitem que muitos estudiosos da neurociência tenham uma visão ampliada sobre as diversas funcionalidades do cérebro, podendo os mesmos afirmar que o sistema frenético é o órgão “mentor” de todo o resto do corpo humano, ou seja, é fundamental que o sistema nervoso também seja estimulado para o desenvolvimento das várias habilidades dos indivíduos. 
A alta resolução e a possibilidade de investigação das imagens com diferentes contrastes de imagens,planos e sequências disponibilizadas, assim como o uso de meios de contrastes, análise de metabolitos por meio da espectroscopia e estudos funcionais, além da utilização de radiação não ionizante, colocou a ressonância magnética como um dos métodos preferidos por pesquisadores na avaliação e nos estudos cognitivos. (GAZZANGA 2013. p.20.) 
Partindo desse pressuposto, essa pesquisa justifica-se pela necessidade que sentimos, enquanto futuros educadores, de otimizar nosso conhecimento e aperfeiçoar nossa prática pedagógica visando beneficiar e possibilitar ao aluno um conhecimento significativo e efetivo. 
Portanto, é imprescindível que haja uma pesquisa mais detalhada sobre as relações estabelecidas entre o cérebro e a aprendizagem, e sobre quais recursos deverão ser utilizados, tendo em vista uma educação e uma instrução mais relevante, mais concreta e, sobretudo, queremos ter uma sapiência maior, sobre como o cérebro aprende, pois acreditamos que é de suma importância que o educador tenha tal ciência agregada a sua formação, podendo, assim, obter resultados positivos em suas práticas pedagógicas, ajudando de maneira expressiva os alunos com ou sem dificuldades de aprendizagem.
Cérebro e aprendizagem. O ser humano compreende o mundo por meio de seu aparelho percentual num processo interpretativo dos fenômenos que envolvem seus sentidos e suas memória. Para Izquierdo, memória é a aquisição à formação e a evocação de informação. Essa aquisição também é chamada de aprendizagem só se grava aquilo que foi aprendido. A evocação também é chamada de recordação, lembrança, recuperação, só se lembra aquilo que provamos, aquilo que foi aprendido. (IZQUIERDO, 2002; pág. 3). A percepção é a capacidade de associar as informações sensoriais a memória e a cognição, de modo a formar conceitos sobre o mundo, sobre nós mesmos e orienta o nosso comportamento. (LENT, 2001; pág. 3)
Em vista das inúmeras circunstâncias provocadas pelos avanços tecnológicos na sociedade atual, já é possível disponibilizar informações para uma diversidade de conhecimentos, porém para os profissionais da educação se faz necessário a busca por estratégias didáticas que garantam um sistema educacional democrático onde todos possam aprender de maneira efetiva, atendendo, assim, as demandas da sociedade em relação a aprendizagem, propiciando a todos o desenvolvimento de suas capacidades e promovendo uma educação com respeito a pluralidade. 
Para acontecer de fato essa mudança, será importante explorar e estimular o potencial do aprender de todos os cidadãos, isto é, os educadores deverão estar sempre reconfigurando suas estratégias de ensino nos ambientes educativos, pois o estímulo dará aos aprendizes oportunidades iguais de atingirem um melhor desempenho individual e coletivo, diminuindo, desse modo, a exclusão social. Baseando-se nesse princípio, os professores que levarem em consideração, os estudos da neurociência relacionados com a aprendizagem poderão adaptar ou criar novos métodos de ensino e elaborar atividades que possam estimular a construção de novas sinapses, visando auxiliar o educando na ampliação e na reorganização dos conhecimentos já adquiridos e na aquisição de novos.
Mediante essa percepção, surge então um grande questionamento: Com a sociedade em constante transformação, a educação nela inserida, também deverá avançar dentro dessa perspectiva? Como o docente dessa sociedade contemporânea, sendo ele o “instrumento utilizado” para lidar com essas constantes mudanças, está gerenciando essa diversidade de transformações nos ambientes educativos?  Considerando que muitas pesquisas na área educacional, confirmam ser o professor uma das principais personagens para uma educação transformadora; pretendemos contribuir com a construção deste trabalho?
A metodologia utilizada foi de caráter qualitativo. Os instrumentos utilizados são: pesquisas bibliográficas, em livros, sites autorizados na internet, pesquisa de campo, entrevistas e análise posterior dos relatos. A pesquisa de campo foi realizada em duas escolas, sendo uma particular e outra pública.
CAPÍTULO I
QUESTÕES TEÓRICAS
E o que é Tecnologia? É o conjunto de princípios, métodos, instrumentos e processos que envolvem os conhecimentos: técnico e científico, que se aplicam, especialmente à atividade industrial, com vistas à produção de bens mais eficientes e mais baratos. Também se define tecnologia como a aplicação das descobertas da ciência aos objetivos de vida prática ou a aplicação de qualquer método ou instrumento para que os resultados sejam melhores do que os obtidos anteriormente. A ciência teve quase sempre um importante papel no desenvolvimento tecnológico, mas nem toda tecnologia depende da ciência.
O surgimento da tecnologia não pode ser separado do surgimento do homem. O homem Neandertal já utilizava materiais encontrados na natureza: como a pedra, osso, madeira, couro, entre outros, para auxiliá-lo na sobrevivência. Depois de tempos os tribais dedicados à caça, à pesca e à coleta de frutos, deram-se a primeira grande revolução tecnológica da história, a chamada Revolução Neolítica, essa fase marca a transição ocorrida em algumas comunidades humanas, algumas mais favorecidas pela geografia e pelo clima, do nomadismo selvagem para um modo de vida mais estável, baseado na pecuária e na agricultura. 
O homem do período neolítico conheceu uma série de transformações sociais e tecnológicas: aprendeu a domesticar animais, descobriu que as sementes silvestres podiam ser plantadas e que a irrigação era benéfica às áreas cultivadas. Desse período surgem as culturas de trigo, milho, arroz e alguns tubérculos. A produção de excedentes de alimentos contribuiu para o desenvolvimento da armazenagem de grãos e da preparação de bebidas fermentadas, como a cerveja. Também começaram a surgir as técnicas de fiação, da tecelagem e da cerâmica.
Essa sociedade inventou uma escrita e criou um sistema de pesos e medidas, enquanto os agricultores precisavam de um calendário para aperfeiçoar o controle das colheitas, engenheiros necessitavam de métodos e instrumentos para projetar canais, sistemas de irrigação, templos e muralhas defensivas, bem como de uma matemática capaz de calcular áreas, volumes e ângulos. Muitas vezes a história da civilização pode ser confundida com a história das conquistas materiais pela tecnologia, no entanto, está só apresentou progressos mais significativos a partir da Revolução Industrial.
Podemos dizer que a evolução do homem se divide em três partes, a linguagem, a comunicação oral, a escrita e a invenção da escrita. A quarta revolução estaria acontecendo agora, com o surgimento das redes de comunicações. No fim do século XX, depois de quase dois séculos da invenção da imprensa, surgem os livros eletrônicos e estamos de frente com as telas que contém livros e textos. E quais serão os impactos para o livro e a leitura com a revolução no processo da tecnologia?
É preciso evitar o uso excessivo dos recursos e negar o poder criador e gerenciador do homem, passando para os recursos tecnológicos o poder decisório sobre sua vida. Construir atitudes que reconheçam nas tecnologias, recursos que colaboram com o processo de desenvolvimento humano onde o homem é o próprio criador. Com isso, cabe ao homem ensinar, corrigir, organizar, utilizar de maneira adequada e estimuladora a tecnologia, questionando que tipo de ser humano e aluno se pretende formar. Querendo sempre que ele seja capaz de pensar, raciocinar, refletir, buscar informações, analisar, criticar, ensinar, relacionar, pesquisar e compartilhar os novos conhecimentos. Deixando sempre claro a importância da escola.
“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Se a nossa opção é progressista, se estamos a favor da vida e não da morte, da equidade e não da injustiça, do direito e não do arbítrio, da convivência com o diferente e não de sua negação, não temos outro caminho senão viver plenamente a nossa opção. Encará-la diminuindo assim, a distância entre o que dizemose o que fazemos.” (Freire, 2000)
É importante afirmar, que a tecnologia na educação não é a substituição do professor, ao contrário, o papel do professor no processo de ensino aprendizagem na era da tecnologia, exige um maior conhecimento e domínio dos conteúdos e disciplinas no processo de formação do aluno. Antes, era o professor que determinava o que o aluno iria aprender, agora ele é o mediador, que ajuda o aluno a pensar. É necessário que o professor esteja alerta às necessidades do aluno, que seja criativo e tenha em vista que os recursos tecnológicos que estão à sua disposição, oferecendo um enriquecimento nas suas atividades docente. Ao professor dessa nova geração, exige-se que não se preocupe em simplesmente passar os mesmos conteúdos dos outros anos, mas que tenha atitude profissional e desenvolva a pesquisa para a construção do conhecimento, que seja capaz de criar, instigar, questionar, aprender a aprender, aprender a ensinar, que tenha o espírito de trabalhar em equipe e que desenvolva isso nos seus alunos, contribuindo para o crescimento e o desenvolvimento de pensadores autônomos. Esse é o desafio para o professor do século XXI.
Diante de tantos questionamentos e dúvidas, não temos respostas, ainda é cedo para dizermos isso, se bem que nos últimos 20 anos ricas e promissoras pesquisas e experiências vem sendo feitas. 
Entre tantas pesquisas feitas, ficou comprovado que os simuladores é um ótimo instrumento para desenvolves as habilidades motoras.
“Entre os diferentes modos de usar a tecnologia informática na educação, a simulação é sem dúvida um dos melhores, pois reforça decisivamente o treinamento das pessoas.” (Dertouzos – O que será – pág. 231)
A mudança positiva que a internet está promovendo na educação é que o aluno consegue um papel ativo na sua própria educação, o poder de se educar e se transformar estão do lado do aluno. Da parte cognitiva é que antes nosso cérebro era ligado de maneira linear e sequencial para ler um livro ou desenvolver uma atividade. Com a internet os acessos e links levam a outros lugares, com isso o cérebro começa a traçar novas chances de navegação. Nosso consumo de informações passa a ser hipertextual, deixando que o nosso pensamento se desenvolva. Hoje se tem mais possibilidades para encontrar resultados para uma busca do que tinha quando se pesquisava em uma biblioteca, ativando seu cérebro de forma diferente.
Quando ouço uma palavra, isto ativa imediatamente em minha mente uma rede de outras palavras, de conceitos, de modelos, mas também de imagens, sons, odores, sensações proprioceptivas, lembranças, afetos, etc. Por exemplo, a palavra " maçã " remete aos conceitos de fruta de árvore, de reprodução; faz surgir o modelo mental de um objeto basicamente esférico, com um cabo saindo de uma cavidade, recoberto por uma pele de cor variável, contendo uma polpa comestível e caroços, ficando reduzido a um talo quando a comemos; evoca também o gosto e a consistência dos diversos tipos de maçã, a granny mais ácida, a golden muitas vezes farinhenta, a melrose deliciosamente perfumada; traz de volta memórias de bosques normandos de macieiras, de tortas de maçã, etc.(LÉVY, PIERRY 1993)
O lado negativo são os vícios em jogos eletrônicos, o bullying, o plágio, quando se usa vários aplicativos e com muitas janelas abertas, telefone celular, tudo pode trazer a qualquer momento uma informação nova, isso deixa em estado de alerta constante causando um desgaste no cérebro. No mundo digital acontecem vários eventos simultaneamente e os jovens querem participar de todos, isso os deixam tensos e ansiosos, causando um consumo muito grande de energia.
A linguagem digital, segundo MORAN, (Jose Manuel, 2000) “O paradigma na era digital na sociedade da informação, enseja uma prática docente assentada na construção individual e coletiva do conhecimento.”
A educação digital precisa ser desenvolvida junto à educação formal, de forma cuidadosa, é entender toda mudança que está acontecendo e conhecer as ferramentas digitais, seus mecanismos e como tirar o melhor de cada uma delas. Pois até a educação formal necessita da digital, porque o mundo está se digitalizando cada vez mais rápido, como se perdêssemos o computador, perderíamos parte do nosso cérebro. Parte de nós é digital, por isso a importância do letramento digital para viver de maneira favorável, não sendo necessário ficar sempre “on”, podendo ficar também “off” em alguns momentos.
Segundo Boaventura e Périsse (1999, p 84):
“Nesse cenário de grandes mudanças, as chamadas Novas Tecnologias de Informação e Comunicação (NTICS), mais do que qualquer outro fator, tem provocado uma verdadeira metamorfose na nossa maneira de trabalhar e viver. O acesso aos telefones celulares, antenas parabólica, DVD e sobretudo, ao espaço cibernético, cada vez mais onipresentes, permite de forma inédita o livre trânsito instantâneo de informações. As distâncias os fusos horários que constituíram grandes barreiras para a comunicação entre pessoas em países diversos não mais o são. A possibilidade de comunicação praticamente instantânea e a um custo reduzidíssimo tem possibilitado a livre troca de pontos de vista entre pessoas.”
Todas essas possibilidades que as Novas Tecnologias nos proporcionam, devem ser integradas ao âmbito educacional, o oposto só estará conduzindo o fazer pedagógico à tradição irrefletida do cotidiano da sociedade, “Na sociedade da informação, todos estamos reaprendendo, a conhecer, a comunicar-nos, a ensinar: reaprendendo a integrar o humano e o tecnológico; a integrar o individual, o grupal e o social.” (MORAN et al., 2000, p.61)
Um dos maiores benefícios das tecnologias digitais é possibilitar a efetiva participação na sociedade de todas as personagens da comunidade escolar, a interação com o indivíduo que está ao seu redor, na sua cidade, estado, país, e do outo lado do mundo, a possibilidade de se relacionar com o outro tornou-se ilimitada. DERTOUZOS afirma que:
O novo mundo da informação rompe com esse padrão de contribuições indiretas. Ele está diretamente vinculado às questões centrais da educação, na aquisição, organização e transmissão de informações, bem como na simulação de processos que representam o conhecimento e na utilização de instrumentos como e-mail e trabalho em grupo, para mediar as relações entre alunos e professores, e dos alunos entre si... (DERTOUZOS, MICHAEL l... 1993, P. 239)
Contudo, todas as possibilidades e facilidades que as Tecnologias Digitais disponibilizaram, o que temos visto é que a comunidade escolar está um tanto desprovida de habilidades para fazerem uso de maneira adequada deste recurso, sendo assim, vamos avaliar essa questão a seguir.
A DESINFORMAÇÃO NA ERA DA INFORMAÇÃO
A era digital é conhecida por telefones celulares, computadores e notebooks de última geração. Com um clique temos conhecimento do que acontece do outro lado do planeta. Conseguimos ter acesso a imagens, sons, lugares que outrora só ouvíamos falar, com este recurso podemos conhecer museus, ruas e cidades que, de outro modo, não conheceríamos, temos acesso a notícias e muitas outras coisas, isso tudo sem sair de casa. Na era da informação nós temos nos informado ou desinformado? Com a chegada da tecnologia devemos acreditar que ela veio para nos informar e ajudar e desmistificar. Vendo sob a perspectiva da informação e do desenvolvimento a realidade que vivemos nos traz boa parte das crianças e jovens com smartphone, acessando com rapidez conteúdos diversos em questão de segundos. Com isso fica claro que somente a lousa, giz e cadernos não são suficientes para manter essas crianças motivadas e interessadas em aprender. Cada dia que passa os professores se perguntam: Como tornar a tecnologia, parte integrante do aprendizado?
A maioria dos smartphones tem recursos que podem contribuir para a prática educativa, como: câmeras, gravador de voz, mapas e claro acesso à internet. Isso bem direcionado pode ser usado como aliado a uma forma de aprender a pesquisar e o aluno pode se tornar protagonista do seupróprio conhecimento, desenvolvendo sua autonomia na construção do seu entendimento.
Estamos na era da informação, e somos beneficiados por estarmos informado, não devemos partilhar a desinformação. Na era digital a educação tem um papel importante a contribuir com a sociedade, ensinando também sobre cidadania, ética, propriedade intelectual, privacidade e segurança “on line”. Devendo preocupar-se com a formação dos indivíduos para serem criativos, adaptáveis, que lidem com facilidade, rapidez e fluência com as informações e para um mercado de trabalho que tende a ser cada dia mais exigente.
Os educadores devem ser preparados e preocupados para que a internet possa trazer contribuições e não ser uma vilã. É também papel do educador, e da escola, ensinar de maneira correta e consciente, procurando informações e conhecimentos com profissionais adequados sobre os perigos da exposição dos seus alunos nas redes sociais.
O uso das tecnologias na educação é importante não só nas escolas. É importante e necessária na capacitação do professor, porque, para muitos ainda é uma barreira a ser vencida. Atualmente o computador é insubstituível na escola, ajudando e facilitado no controle de faltas, fechamento de notas, elaboração de provas entre muitas outras atividades. Também devemos parar de achar que a tecnologia é necessária somente nas secretárias das escolas, para ocupar um lugar que será mais útil e mais proveitosa, a sala de aula.
Os alunos de hoje, não querem somente aulas expositivas e com explicações apenas para o conhecimento, eles querem saber o porquê precisam aprender isso, se será realmente importante para eles e para o mercado de trabalho que irão atuar. Então, porque os professores ainda convivem com métodos tradicionais e tão expositivos?
É difícil prender a atenção de um aluno, em dias que a internet invade nossos lares e vidas com toda sua velocidade, tornando possível o impossível. Porque não a utilizar a nosso favor? Entusiasmando, prendendo a atenção dos alunos e despertando sua curiosidade para o que está sendo ensinado, incluindo-o, assim, a uma escola em uma sociedade moderna. 
	Mas a grande dúvida é saber se os professores, as escolas e o sistema de ensino estão preparados para tantas mudanças. Essa revolução tecnológica, com aulas modernas para um retorno eficaz, deve começar com a capacitação dos professores. Esse paradigma da tecnologia ainda deve ser vencido por eles. Existem infinitas maneiras e programas para montagem e exibições de slides, jogos e atividades em que os alunos possam interagir nas aulas, entretanto, o principal objetivo das aulas não pode ser esquecido, a aprendizagem. Mas, o professor pode e deve envolver os alunos nas aulas e nas atividades em classe usando computadores e lousa digital. O fato de mudar o ambiente, muda a aula para melhor e, com isso, acaba desenvolvendo o professor que tenha limitações com informática. O professor deve, além de tudo, lembrar e deixar claro que as aulas são sempre uma continuação da outra, tendo um aprendizado interligado.
Levando em conta o conhecimento do aluno e o professor assumindo um papel de mediador no processo de ensino, torna a aprendizagem mais participativa, divertida e interessante. Todos os alunos têm direito de acesso às tecnologias na escola. Com o objetivo de desenvolver a informática educativa no Brasil o MEC instituiu em 1989, através da Portaria Ministerial 549/89, o Programa Nacional de Informática na Educação (Proninfe). A tecnologia pode trazer muitos benefícios à educação, mas antes, o professor dever conhecer as ferramentas que têm a sua volta para que o aprendizado aconteça.
CAPÍTULO II
PESQUISAS DE CAMPO
PROCEDIMENTOS E CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA
	A presente pesquisa é caracterizada como pesquisa qualitativa, em que, busca investigar o que os docentes dizem sobre o uso das novas tecnologias em sala de aula, para melhor fundamento do que está sendo pesquisado.
	Segundo Trivinos (1992, p. 128): “A pesquisa qualitativa com o apoio teórico na fenomenologia é essencialmente descritiva. Assim, os resultados são expressos, por exemplo, em descrições e narrativas, ilustradas com declarações das pessoas para dar o fundamento concreto necessário.” 
	Diante das nossas vivências nos estágios, onde nos deparamos com situações que as unidades escolares proporcionavam aos alunos. Uma das unidades possuíam recursos tecnológicos, como: lousas digitais e salas de informática, já a outra possuía equipamentos, porém, com todos os aparelhos danificados. Utilizamos a pesquisa de campo para conseguir informações, conhecimentos e respostas acerca do grande questionamento do trabalho pedagógico aliado as Tecnologias Digitais, e as dificuldades do uso dessa tecnologia na sala de aula.
INSTRUMENTOS DA PESQUISA
	O instrumento da pesquisa foi realizado através de questionário aplicado para professores. Para Barros e Lehfeld (2000), “o questionário é o instrumento mais usado para o levantamento de informações não determinando a quantidade de questões, podendo ter perguntas fechadas e abertas ou a combinação dos dois.”
	No final foi feita a análise das respostas em relação ao uso da tecnologia em sala de aula, a qual, não pode ficar somente ao que está escrito, deve ir mais fundo e entender as mensagens implícitas nelas.
LEVANTAMENTO DAS INFORMAÇÕES
	 Aplicamos um questionário aos professores, contento oito questões relacionadas ao tema e buscando preservar a identidade dos professores que participaram desta pesquisa, os mesmos serão identificados por letras. As respostas abaixo relatam as informações dos professores, nos quais eles refletem um pouco sobre o uso da tecnologia em sala de aula. 
Resposta dos professores:
1. QUAL SUA FORMAÇÃO ACADÊMICA? POSSUI ESPECIALIZAÇÃO OU POS GRADUAÇÃO?
A- Licenciatura e pós-graduação em gestão educacional;
B- Pedagogia, História e Geografia;
C- Biologia;
D- Pedagogia e Psicopedagogia.
2. QUAL SEU OLHAR EM RELAÇÃO O USO DAS TECNOLOGIAS DIGITAIS EM SALA DE AULA? VOCÊ USA?
A- A escola do futuro não pode ignorar os avanços tecnológicos que estão ocorrendo, precisamos ter tecnologias digitais como apoio, e não o protagonista do processo de aprendizagem. O uso desta ferramenta ainda exige adaptações;
B- Sim, utilizo. A utilização da tecnologia amplia o conhecimento do aluno, para além do pensar (imaginar) capacitando-o, e tornando o ambiente mais atraente,
C- Acho de extrema importância, utilizo em minhas aulas como ferramenta pedagógica;
D- Creio ser importante, porém não utilizo este recurso.
3. A UNIDADE ESCOLAR POSSUI SALA DE INFORMÁTICA? QUAIS AS CONDIÇÕES DOS EQUIPAMENTOS?
A- Não possuem. As duas (estado e particular), ainda não tem infraestrutura próxima do ideal, para atender as necessidades dos discentes. As condições de uso dos equipamentos em escolas do estado, os alunos não têm uso individual e muitos dos equipamentos encontram-se danificados e sem manutenção;
B- Sim, possui. São equipamentos adequados e de uso coletivo, com acesso à internet e a programas que ampliam a capacidade motora;
C- Sim. Boas condições;
D- Não, os equipamentos que a unidade possui estão todos danificados.
4. A UNIDADE POSSUI UM PROFISSIONAL ESPECÍFICO PARA AS ALUAS COM ESTE RECURSO?
A- Não;
B- Sim. Possui um professor de informática;
C- Sim;
D- Não.
5. QUAL SEU NÍVEL DE DOMÍNIO EM RELAÇÃO AO USO DESTE RECURSO?
A- Domínio médio baixo, precisamos de investimento na formação e adaptações dos sistemas de ensino;
B- Possuo nível básico, somente para criação de minhas aulas, e utilização de recursos;
C- Considero-me com um nível médio.
6. VOCÊ FAZ USO FREQUENTE DAS MÍDIAS SOCIAS? QUAIS?
A- Não. Sei da importância das redes sociais, como por exemplo: disponibilizar materiais de apoio ou promover discussões on line, bem como, podem tornar-se ferramentas de interação valiosas para auxiliar professores e alunos;
B- Não. Mas quando possível, utilizo sites educativos, documentários e etc...;
C- Sim. E-mail, Facebook e etc...;
D- Pouco, WhatsApp, e-mail.
7. A GESTÃO ESCOLAR PROPÍCIA MEIOS PARA AUTILIZAÇÃO DESTE RECURSO? A MESMA OFERCE CAPACITAÇÃO NETA ÁREA?
A- Não. Nem a rede pública e nem a particular;
B- Sim, a escola disponibiliza o acesso à internet entre outros a TV para acesso a documentário pelo canal pago;
C- Quando solicitado sim;
D- Não.
8. VOCÊ CRÊ QUE ESTAS TECNOLOGIAS COOPERAM PARA O DESENVOLVIMENTEO COGNITIVO DOS EDUCANDOS?
A- Sim. Acredito que estas tecnologias podem gerar novas sinergias entre membros de comunidades educativas, por exemplo: facilita o compartilhamento de informações envolvendo temas estudados em sala de aula, e estudo em grupo, a divulgação dos mais diversos conteúdos informativos, documentos, link e vídeos;
B- Sim. Com o advento da modernidade devemos nos preparar e aproveitar desses recursos. Pois, a tecnologia é uma grande ferramenta de aprendizagem em sala de aula;
C- Sim;
D- Sinceramente não posso afirmar.
	A pesquisa realizada apresentou dados que demonstraram como os professores pensam e agem diante do uso das novas tecnologias em sala de aula. De acordo com a aplicação dos questionários aos professores, percebeu-se que a maioria concorda com o uso da tecnologia no contexto escolar, mas, muitos não fazem uso desse recurso, no entanto, sugerem a formação, o envolvimento, e compromisso de todos que atuam no processo educacional.
	Podemos perceber que apesar de serem a favor do uso da tecnologia em sala de aula muitos professores não utilizam por falta de incentivos, ou mesmo por não dominar o uso dessa ferramenta. A quantidade de conteúdo para serem aplicados em poucas aulas, segundo os docentes, contribui para o não uso desse recurso. Alguns até dispõem-se em mudar sua prática, porém, não sabem como fazer e não se sentem preparados. 
	Na outra unidade que foi feita a pesquisa junto aos docentes, todos os recursos tecnológicos encontravam-se amontoados em uma determinada sala, que era intitulada sala de informática, no entanto, era usada para ministração de aulas a alunos com baixo rendimento, sem a possibilidade de utilização, tanto da sala como dos recursos tecnológicos, mesmo que os docentes tivessem interesse de incluir o recurso técnico em suas práticas, não tinha condições de viabilizar o uso aos educandos.
Ficou explícito que a precariedade da unidade em relação aos recursos tecnológicos não favorecia a inclusão destes na prática docente, com isso, pudemos observar que o professor se eximia da sua responsabilidade de conceder aos educandos a inclusão ao universo digital, como os responsáveis pela unidade não demonstravam interesse na utilização destes recursos, os docentes não questionavam o motivo de não terem a sua disposição tais recursos.
Neste caso fica difícil saber quais os possíveis efeitos do uso da tecnologia na aquisição de conhecimento e do desenvolvimento dos educandos e se o uso deste recurso contribui ou não para melhorar as aulas. 
Durante o curso de formação vivenciamos experiências esplêndidas, contudo, quando estamos diante da prática, a realidade é um tanto divergente da teoria, as possibilidades demonstradas em sala, nos leva a idealizar um cenário deslumbrante, em que docentes e educandos trocam experiências, numa relação análoga de objetivos comuns, as páginas dos livros, documentos voltados a educação são tão bem redigidos que a relação que temos com a realidade nos faz repensar sobre a permanência nos estudos. Óbvio que temos exceções, mas isso nem sempre retrata nosso cotidiano que é recheado de muitas situações tristes. Professores que não demonstram nenhuma relação com a profissão que exercem, mal formados, sem empatia com os educandos, com os colegas de trabalho, pais e a comunidade em geral.
Sendo assim, mesmo que a unidade escolar possua recursos dos mais sofisticados existentes, não seria possível ter uma pratica educativa com significado, pois o sucesso das personagens do ambiente educacional, também, depende da boa vontade dos docentes. Quando fazemos, seja a tarefa que for, se fizermos com disposição, esta tem grandes chances de produzir bons resultados.
CAPÍTULO III
PROPOSTA DE INTERVENÇÃO
PAPEL DO PROFESSOR EM RALAÇÃO AO USO DAS TENOLOGIAS EM SALA DE AULA
A educação na era digital tem papel importantíssimo para a formação do educando e sua integração na sociedade, esta deve possibilitar acesso e manuseio das Tecnologias Digitais nas escolas, tendo em vista que a tecnologia é um ponto em comum com a educação e sociedade. Conceder o acesso é importante, além disto, esta deve se empenhar em desenvolver a criticidade dos alunos para que façam bom uso destes recursos, suas ferramentas e plataformas, seja através do notebook, tablets, smartphones, lousa digital ou qualquer outro dispositivo que surja e que possa contribuir para o crescimento e aprendizado de alunos e professores, pois o mundo em que vivemos é digital e a tecnologia é parte integrante dele. 
Nesse momento, é necessário que o professor seja reflexivo e questione de que modo poderia usar a tecnologia a favor de sua prática e benefício dos educandos. De que maneira poderia transformar suas atividades, criando novos objetivos e novas interações com os alunos, para que suas aulas não sejam rotineiras e maçantes, proporcionando aulas mais dinâmicas, aumentando a atenção e o interesse dos alunos.
	Observamos que muitas instituições querem que os professores mudem, mas não dão condições efetivas para que isso aconteça. Introduzem computadores, salas com lousas digitais e internet achando que só isso é o suficiente para a melhoria do processo ensino-aprendizagem. É necessário ir além do acesso para que o sucesso aconteça. 
	Fica claro, a necessidade de conscientizar, treinar e mostrar para os professores a influência que as novas tecnologias podem trazer para a sala de aula, para que os professores elaborem e escolham o momento propício para aplicá-las, pois, é um método complexo que exige interesse, criatividade e tempo. Apesar disso, os resultados são satisfatórios, pois, promove uma harmonia no ambiente escolar e significado ao processo de aprendizagem.
A tecnologia faz parte da educação, assim como, o lápis e o giz. Antes de motivar o uso da tecnologia é preciso oferecer treinamento, aulas de informática para todos os funcionários, para que possam ficar mais seguros com o uso dos novos recursos. Até mesmo acompanhar a relação e o desempenho de cada um com as novas tecnologias, para que possa oferecidas melhorias e atualizações, sempre que necessário.
Embora as tecnologias tenham um papel importante no ensino-aprendizagem, sempre será necessário um professor para mediar a relação do conhecimento científico com os alunos, conceder aos educandos significado, ou seja, relação destes novos conhecimentos à suas práticas diárias. Além disso, um dos papéis importantes do docente é o de auxiliar o aluno e capacitá-lo, incluí-lo na cultura digital, para que o aluno saia da sala de aula com plena capacidade de usufruir das possibilidades que o universo digital oferece.
É claro que o uso da tecnologia em sala de aula deve ser feito com um tipo de controle, é importante que os professores, junto com a coordenação, desenvolvam práticas pedagógicas que incluam o uso dos aparelhos de forma lúdica, gradativa e voltada para o estímulo da curiosidade dos alunos. E quando houver uso de alguma ferramenta o professor deverá saber o que ele espera do educando, deve ter objetivo definido.
Sabemos que as crianças aprendem pelo entusiasmo da descoberta e atuação, e que a educação é muito mais do que apenas a transmissão do conhecimento, o professor precisa despertar e acender a chama da vontade de aprender, precisa criar um vínculo com o aluno e professor, e vice-versa, isso contribui para o desenvolvimento e aprendizado. Essas necessidades não podem ser feitas pelas tecnologias.
Aprender e ensinar, sempre foram um processo de contato direto entre as pessoas, “acreditando na necessidade das relações humanas permeado por computadores, para a evolução do ensino. É claro que por mais futurista ou esperançosa que seja a tecnologia possa ser o processo de aprendizagemnão acontecerá sozinho ou acelerado” (DERTOUZOS, Michael L. 200). Com o uso da tecnologia não aparecerá métodos extraordinários. Diante de tantas pesquisas e experiências devemos usar sempre o que já temos como eficiente e sempre testar e buscar novas ideologias. A inclusão das Tecnologias Digitais de forma irrefletida em seu dia a dia, é uma prática que deve ser evitada pelos docentes, é importante que estes entendam as reais necessidades dos educandos, como:
· Que tipos de aparelhos tecnológicos os alunos mais usam;
· Quais são os programas e aplicativos mais usados por eles, para atividades relacionadas à escola ou para seu próprio entretenimento;
· Qual é conhecimento que cada um possui com os diferentes tipos de recursos disponíveis no mercado;
· Que tipo de informação os alunos podem precisar em suas futuras atividades profissionais;
· O que eles gostariam de aprender ou dominar quando o assunto é tecnologia.
Depois ficaria mais fácil para compreender quais ferramentas e recursos poderiam ter utilidade nas aulas, para que os objetivos sejam alcançados. 
	O professor é um pesquisador de informações e com auxilio das tecnologias podemos utilizar todas essas informações em vários momentos. Um dos objetivos da educação é propiciar o desenvolvimento do conhecimento com resultados a curto e a longo prazo, em que, muitas vezes alguns objetivos precisam ser reformulados e revistos. A tecnologia não garante o aprendizado, mas pode torná-lo mais produtivo se for integrado ou inserido no cotidiano da escola. Aprende-se mais quando se estabelece uma ponte entre a reflexão e a ação, entre a experiência e o conceito, entre a teoria e a prática, para isso podemos elencar alguns caminhos que podem facilitar a aprendizagem:
· Aprendermos por meio da busca;
· Aprendermos pela integração;
· Aprendermos quando perguntamos;
· Aprendermos quando interagimos;
· Aprendermos pela necessidade;
· Aprendermos pelo interesse;
· Aprendermos quando percebemos algo vantajoso;
· Aprendermos quando podemos vivenciar e sentir;
· Aprendermos pela repetição;
· Aprendermos quando somos motivados e reconhecidos;
· Aprendermos quando gostamos de algo;
· Aprendermos quando criamos vínculo afetivo.
Se formos professores abertos, a tecnologia pode nos ajudar a atingir, de algum modo, uma dessas formas de aprendizagem, a realizar o que desejamos e aumentar nossa comunicação.
Devemos mudar a maneira de ensinar, deixar de lado a forma autoritária e acompanhar as mudanças profundas que a educação busca e necessita. O professor deve ser maleável e humilde para perceber que o aprendizado de hoje precisa de mais conteúdos abertos, de pesquisas e de comunicação. Os alunos de hoje têm muitas informações e dificuldades para entender quais são significativas, com isso o professor tem um papel importante, deve ajudá-lo e direcioná-lo para que essas informações possam integrar o seu desenvolvimento e aprendizado.
Por esse motivo, a informação dependerá cada vez menos do professor. Mas isso não significa que o professor deixará de ser importante, pelo contrário, ele terá um papel importantíssimo, cuidar para que o aluno interprete, relacione e contextualize os dados, imagens, resumos, textos, hiperlinks, hipertextos e tudo que a tecnologia pode trazer. Ajudará o aluno a confiar em si, ter segurança, valorizar-se.
Se o professor conseguir desenvolver essas habilidades ficará mais fácil trabalhar a disciplina, os limites, os deveres, direitos e o relacionamento em grupo. Um professor bom faz a diferença e para fazer essa diferença ele precisa integrar as tecnologias de forma visionária, ter uma gama de opções que possibilita a introdução de temas. Cada professor dever encontrar a melhor forma de introduzir a tecnologia na sua disciplina e no seu dia a dia. De acordo com Chikering e Ehrmann (1999) a tecnologia pode auxiliar em pelo menos sete métodos.
Encorajar o contato entre estudantes e universidade
Os recursos eletrônicos não têm a mesma qualidade de encontros presenciais, mas às vezes os alunos são capazes de se soltar mais e fazer perguntas que não fariam pessoalmente.
Encorajar cooperação entre estudantes
Os diálogos pela web criam procedimentos que dependem uns dos outros.
Encorajar a aprendizagem colaborativa
A tecnologia oferece ao aluno uma imensidão de informações, dando oportunidade de desenvolver autonomia, criticidade e trabalho coletivo.
Dar retorno e respostas imediatas
Professores e alunos podem se comunicar fora do período de aula.
Enfatizar tempo para as tarefas
Oportunidade de propor trabalhos e pesquisas, em grupo ou individual, em casa ou na sala.
Comunicar altas expectativas
A publicação de trabalhos na web pode dar oportunidade de expor e defender ideias.
RESPEITAR TALENTOS E MODOS DE APRENDER DIFERENTES
As atividades que permitem o uso da tecnologia, dá oportunidade para o aluno rever seu trabalho, retroceder e pausar.
Desde que tenha uma boa administração os recursos da informática auxiliam no entendimento e podem ajudar também o desenvolvimento de projetos e aulas mais dinâmicas, mas isso também depende de como o professor vai utilizar esses recursos.
	O uso da tecnologia nas salas de aula não deve ser considerado como uma coisa ruim, mas sim, uma maneira de levar alunos e professores a aprender a aprender e reaprender, usando a criticidade, criatividade e autonomia. Não existe uma receita pronta, cada professor deve elaborar a melhor prática, renovando cada vez mais o modo de propor os desafios aos seus alunos. O objetivo é ajudar os alunos a descobrir novos caminhos para o conhecimento de cada um.
CONCLUSÃO
	O trabalho realizado teve como finalidade estudar o uso da tecnologia em sala de aula. De acordo com algumas vivências em nossos estágios, dia-a-dia e conversas com professores, fica evidente que a inclusão dos recursos tecnológicos contribui para o processo de ensino-aprendizagem, mas o professor também deve buscar o domínio e a compreensão das tecnologias.
	É importante que o professor tenha conhecimento sobre a tecnologia e que o uso desse recurso pode trazer oportunidades tanto para alunos quanto para professores, e que, no caso da má utilização desses recursos pode ocasionar vários efeitos negativos para os envolvidos.
	Por outro lado, a falta de conhecimento da tecnologia pelos profissionais contribui para o não funcionamento do processo de aprendizagem dos alunos. São necessários cursos de capacitação e conscientização.
	Sendo assim, percebemos que a aplicação do uso da tecnologia em sala de aula, poderá contribuir para que os alunos se interessem pelos conteúdos, podendo facilitar o entendimento das disciplinas contribuindo para o processo de ensino-aprendizagem, que irá garantir uma aula dinâmica, contribuindo para mudanças positivas na prática pedagógica.
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