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Profª. Enfª. Anna Cristina Silva Mestranda em Ciências Naturopáticas Enfermeira Biológica Integrativa Enfermeira Dermatológica Docente de Pós-Graduação em Enfermagem Dermatológica Coordenadora do Departamento de Enfermagem da ABOZ Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse UMA VISÃO DA ENFERMAGEM EM FERIDAS, NOS PROTOCOLOS DE TRATAMENTO E TÉCNICAS ASSOCIADAS HISTÓRIA Ao longo da História, a humanidade desenvolveu diferentes concepções filosóficas, místicas, religiosas e científicas em relação ao corpo humano. Nota-se que a arte de curar sempre esteve vinculada à religiosidade, ao misticismo e à utopia, mas seja pelo ângulo científico ou religioso, a natureza humana e sua criação são fatos transcendentais, repletos de mistérios, descobertas e, principalmente, de questionamentos. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 1 2 HISTÓRIA Ciência e religião tentam explicar o mundo de diversas formas e ora se opõem, ora se completam em suas teorias. Seja qual for o cenário, observa-se que as feridas sempre ocuparam lugar de destaque nas civilizações, certamente os curativos, que eram feitos primitivamente com substâncias, algumas delas inacreditáveis, como esterco de animais e teias de aranhas. Como também as plantas medicinais, a argila e a água uma verdadeira evolução no tratamento de feridas naqueles tempos remotos, e persistindo até hoje. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse ORIGENS E MITOS Pode-se encontrar na Mitologia Grega a origem da dor nas feridas. O mundo grego visava ao desenvolvimento físico do homem. Enquanto isso os romanos objetivavam o desenvolvimento muscular e a força. Nas arenas romanas, feridas traumáticas dilacerantes, perfurantes, eviscerações e fraturas faziam parte do cotidiano. Na Grécia e em Roma, existiam as asclepíades, ou templos asclépios, que eram locais de paragem de viajantes, ambulantes e aventureiros. Ali eram tratados os doentes feridos, com recursos da flora, da HIDROTERAPIA, do sono, do repouso e da alimentação, pelos sacerdotes dos templos. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 3 4 OS POVOS NA ANTIGUIDADE Na Antiguidade vários povos se destacaram na arte de curar feridas: os assírios, por exemplo, usavam própolis para curar feridas e tumores. A própolis também era usada pelos egípcios para mumificação dos corpos. Os egípcios praticavam a técnica cirúrgica e curavam feridas e fraturas complexas com perfeição, utilizando como coberturas, fórmulas associadas obtidas da flora, da fauna e dos minerais. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse OS POVOS NA ANTIGUIDADE Os hindus de destacavam por seu humanismo e pelo alto nível de higiene que predominavam em seus hospitais. Cataplasmas (papa medicamentosa feita de farinhas, polpas ou pó de raízes e folhas que se aplica sobre alguma parte do corpo dolorida ou inflamada), compressas e, principalmente, bandagens, das quais eram exímios conhecedores, eram os tratamentos mais utilizados pelos hindus para cura das feridas. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 5 6 OS POVOS NA ANTIGUIDADE O Budismo contribuiu sobremaneira para o desenvolvimento da enfermagem e da medicina hindus. Os árabes cultivavam oliveiras e foram os responsáveis pela sua difusão por toda Europa. Dessa planta fabricava-se o azeite, que era amplamente utilizado no tratamento de diversos tipos de feridas. Hipócrates, “pai da Medicina”, usava azeite tanto na alimentação como na Medicina para aliviar dores e tratar feridas. NO ORIENTE Na China, as feridas também eram cuidadas com plantas medicinais, nos templos, por sacerdotes. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse INFLUÊNCIAS DA IGREJA CATÓLICA Na Idade Média, monges e religiosos eram responsáveis por cuidar das pessoas nos conventos e mosteiros. Nesses mosteiros, as feridas eram tratadas com os recursos da fauna e da flora disponíveis na região, e os cuidados eram dispensados caritativamente pelos religiosos, junto com alimentação, repouso e higiene. O cuidado das feridas fora dos mosteiros ficava a cargo de curandeiros, que detinham conhecimentos considerados milagrosos. Usavam preparações, quase todas à base de plantas, óleos e raízes, para estancar sangramentos e cicatrizar feridas. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 7 8 Florence Nightingale - A Dama da Lâmpada Precursora da enfermagem moderna Nasceu em 12 de maio de 1820, em Florença, Itália. Em 1845, em Roma, no desejo de tornar-se enfermeira, estudou as atividades das Irmandades Católicas e, em 1849, decidiu trabalhar em Kaiserswert, Alemanha, entre as diaconisas. Em 1854 foi enfermeira de guerra e, durante os combates, os soldados fizeram de Florence o seu anjo da guarda, pois de lanterna na mão percorria as enfermarias dos acampamentos, atendendo os soldados feridos. Por este motivo ela ficou conhecida mundialmente como A Dama da Lâmpada. Ao retornar da guerra em 1856, recebeu um prêmio em dinheiro do governo inglês em reconhecimento ao seu trabalho. Ela usou este dinheiro e deu início à Primeira Escola de Enfermagem, fundada no Hospital Saint Thomas, em 1859. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse Florence Nightingale - A Dama da Lâmpada Precursora da enfermagem moderna Como Florence cuidava das feridas ? Ela utilizava, principalmente, os princípios de higiene e limpeza rigorosa dos ambientes, evitando a proliferação de microorganismos infecciosos; promovia a higiene mental para os portadores de feridas e amputados, todos tinham o direito de escrever cartas para seus parentes, e isso trazia mais tranquilidade, melhorando seu sistema imunológico. No cuidado direto, a enfermeira promovia a higiene corporal dos pacientes e a limpeza das feridas enfaixando-as em seguida. Repouso, higiene mental, corporal e dos ambientes, técnicas de posicionamento, alimentação correta e controle de infecções foram os critérios utilizados por ela. Dia 12 de maio comemora-se mundialmente o Dia do Enfermeiro, em homenagem a Florence Nightingale. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 9 10 ANA NÉRI Ana Néri nasceu em 13 de dezembro de 1814, na cidade de Cachoeira, na Bahia. Em 1864, quando seus dois filhos foram convocados para a Guerra do Paraguai (1864-1870), ela não resistiu à separação da família e colocou-se à disposição do governo para ir à guerra, sendo considerada a primeira enfermeira voluntária do Brasil. O seu nome foi dado à primeira Escola de Enfermagem oficializada pelo Governo Federal, em 1923. Ana Néri faleceu no Rio de Janeiro, em 20 de maio de 1880. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse A DESCOBERTA DOS MICROORGANISMOS E A ERA DOS ANTIBIÓTICOS Antes da descoberta da existência dos microorganismos, pouca importância se dava aos processos de assepsia, desinfecção, esterilização e controle de infecções, isso porque se ignorava sua associação com as doenças. A partir das descobertas de Louis Pasteur (1822-1895), várias tentativas foram feitas para combater os microrganismos quimicamente, dando início à era dos antimicrobianos e dos antibióticos. Joseph Lister (1817-1912) utilizava a dosagem mínima necessária para obter o efeito antisséptico, uma vez que os fenóis, com cheiro forte e característicos, têm ação cáustica sobre a pele e mucosas e são rapidamente absorvidos, podendo provocar desde eritemas até necroses e gangrenas dos tecidos. Após essas descobertas, iniciou-se o uso crescente dos antibióticos em feridas. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 11 12 REVOLUÇÃO INDUSTRIAL Todas essas novidades foram permeadas pela mais radical experiência histórica da humanidade, a Revolução Industrial, que se iniciara na Inglaterra em meados do século XVIII. Tornou-se os métodos de produção mais rápidos e eficientes. A saúde passa ser vista também como objeto de consumo, pois uns era uma necessidade ou um desejo, e, para outros, uma forma de lucrar. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological NurseEVOLUÇÃO DA TECNOLOGIA DE CURATIVOS No decorrer do século XX, evoluíram cada vez mais os procedimentos e as técnicas assépticas. A partir da década de 1980 que vários fatos incrementaram os processos de assepsia e controle das infecções nas instituições de saúde, tais como: a obrigatoriedade do uso de equipamentos de proteção individual (EPI): a criação da Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH); o treinamento de profissionais; a utilização de isolamento de contato com líquidos corporais e potencialmente infectados, como sangue, urina, fezes, escarro, saliva, drenagem de feridas, etc. Talvez a maior revolução no tratamento de feridas tenha ocorrido com a descoberta de que é a umidade, e não o ressecamento do leito da ferida, o fator que favorece a cicatrização. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 13 14 O leito da ferida em meio úmido tem diversas vantagens no processo de cicatrização, por exemplo: Hidratação dos tecidos; Aceleração dos processos de angiogênese; Epitelização e granulação; Formação de barreira protetora contra microorganismos; Promoção da remoção de tecido necrótico e fibrina; Diminuição da dor; Menor risco de traumas na troca do curativo. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse Dentre os recursos colocados à disposição dos profissionais de saúde e dos especialistas pela tecnologia moderna para prevenção e o tratamento de feridas, destacam-se os: Tecnologias (Ex. Ozônio Medicinal, Laserterapia); Fitoterápicos; Hidropolímeros; Coberturas de hidrogel; Alginato de cálcio, etc. Importante ressaltar que todos os estudos atuais comprovam que o meio ambiente e o estado geral do paciente têm relação direta com a cicatrização e que seu nível de imunidade, nutrição, presença de comorbidades, idade e outros fatores são decisivos para que haja sucesso no tratamento. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 15 16 USO DE NOVAS TECNOLOGIAS PARA O TRATAMENTO DE FERIDAS O uso de novas tecnologias para o tratamento de feridas, o desafio para os profissionais de saúde hoje está em saber usá-las adequadamente. As tecnologias de cuidado não se restringe apenas aos recursos materiais, mas também estão relacionados aos recursos humanos, saberes e práticas colocados a serviço do cuidado. Desde o toque até a utilização de um equipamento, todos fazem parte dessas tecnologias, sendo considerados indispensáveis, principalmente, a interação, a comunicação e o acolhimento. Ou seja, além dos equipamentos, devem ser incluídos os conhecimentos e as ações humanizadas necessárias para operá-los. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse ASSISTÊNCIA MULTIPROFISSIONAL AO PACIENTE COM FERIDAS UMA EXIGÊNCIA DA ATUALIDADE É fato que quanto mais recursos tecnológicos se têm à disposição, mais aumenta a necessidade da presença do ser humano como essência do cuidado, da inclusão e da solidariedade na assistência à saúde. Nesse contexto, cada vez mais, o trabalho em equipe passa a ser uma exigência, bem como a relação de confiança e a parceria entre pacientes e profissionais, o que certamente colabora para redução do tempo de internação e dos índices de morbidade e mortalidade. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 17 18 REQUISITOS NECESSÁRIOS AO TRABALHO EM EQUIPE É preciso haver um fluxo de informações acessível a todos para que cada um responda individual ou grupalmente pela parte que lhe compete na equipe. O inter-relacionamento multiprofissional deve ser construído no cotidiano da prática do cuidar, através do diálogo, da percepção de pertencer ao grupo, de ser parcela importante para o sucesso do conjunto. Formar uma equipe multidisciplinar é um passo importante, mas sem sentido caso cada um dos seus membros atue vaidosa e isoladamente, visto que o ideal é a formação de um grupo interdisciplinar coeso, com os profissionais voltados para sua área específica, porém se preocupando também com o conjunto dos acontecimentos profissionais, e de forma que o tratamento ao paciente seja global, integrativo e interativo. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse O bem cuidar de um paciente com feridas, uma equipe de saúde ideal geralmente é formada por profissionais graduados e especialistas, como: Enfermeiros Médicos Nutricionistas Fisioterapeutas Psicólogos Fonoaudiólogos Biomédicos Farmacêuticos Odontólogos Educador Físico Biólogo Terapeuta ocupacional Assistente social Profissionais de saúde pré-hospitalar (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), Corpo de Bombeiros; Equipe da Estratégia de Saúde da Família (ESF); Equipe de técnicos administrativos das instituições de saúde; Entre outros profissionais. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 19 20 BASES PARA A ASSISTÊNCIA MULTIPROFISSIONAL DE QUALIDADE O primeiro passo para uma boa assistência é o acolhimento da pessoa com ferida, que pode ser feito por qualquer componente da equipe de saúde e em qualquer lugar, seja no ambulatório, no domicílio, em situações de emergência ou em instituições de saúde. Para o bom atendimento ao paciente que está com uma ferida, é necessário que toda a equipe tome conhecimento do seu histórico, com pleno entendimento da etiopatogenia, do diagnóstico e da terapêutica a serem implementados. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse VISÃO DA ENFERMAGEM SAE - SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PACIENTE COM FERIDAS Através de Metaparadigmas da Enfermagem, onde classificamos como: Pessoa = aquele que recebe o cuidado Saúde = finalidade da assistência de enfermagem Ambiente = arredores imediatos nos quais se encontra a pessoa que recebe a assistência Enfermagem = ciência do cuidado executado por meio de uma metodologia de trabalho. “Sendo assim, o Processo de Enfermagem fornece estrutura para a tomada de decisão durante a assistência de enfermagem, tornando-a mais científica e menos intuitiva.” Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 21 22 PROCESSO DE ENFERMAGEM 1º ETAPA Investigação = primeiro passo para determinar o estado de saúde do cliente Coleta de dados = os dados referentes ao estado de saúde do cliente são investigados de maneira direta ou indireta Validação dos dados = comprovar se os dados estão corretos Agrupamento dos dados = é um princípio do pensamento crítico que exige do enfermeiro a realização de julgamentos baseados em evidências. Identificações de padrões = por exemplo, ao perceber que o cliente apresenta um problema circulatório, o enfermeiro deve inferir quais são os fatores relacionados com o aparecimento das evidências apresentadas pelo cliente. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 2ª ETAPA Diagnóstico de Enfermagem = são julgamentos clínicos sobre as respostas do indivíduo, da família ou da comunidade a problemas de saúde reais ou potenciais, e proporcionam as bases para as seleções de intervenções de enfermagem para alcançar resultados pelos quais o enfermeiro é responsável. (NANDA – NORTH AMERICAN NURSING ASSOCIATION) 3ª ETAPA Planejamento dos resultados esperados = planejamento da assistência de enfermagem, consiste em um plano de ações para se alcançarem resultados em relação a um diagnóstico de enfermagem. 4ª ETAPA Implementação da assistência de enfermagem = as prescrições de enfermagem baseiam-se no fator relacionado e nas características definidoras identificados no diagnóstico de enfermagem. Anna Cristina SilvaNurse Teacher Dermatological Nurse 23 24 5ª ETAPA Avaliação da assistência de enfermagem = consiste na ação de acompanhar as respostas do cliente aos cuidados prescritos, por meio de anotações no prontuário ou nos locais próprios, da observação direta da resposta do cliente à terapia proposta, bem como do relato do cliente/paciente. Próxima etapa: TAXONOMIA = NOC (Nursing outcomes classification), NIC (Nursing interventions classification) que é um complemento da NANDA, onde havendo consenso quanto aos resultadospadronizados, os enfermeiros poderão estudar e comparar os efeitos das intervenções realizadas. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse PROTOCOLOS DE TRATAMENTO DE FERIDAS E TÉCNICAS ASSOCIADAS Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 25 26 FERIDAS Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse PAPEL DO PROFISSIONAL DA SAÚDE FASES DA CICATRIZAÇÃO A IMPORTÂNCIA DA LIMPEZA, COBERTURAS E CURATIVOS NA FERIDA PROTOCOLO OPERACIONAL PADRÃO – POP ANAMNESE EM FERIDAS Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 27 28 QUAL DEVE SER O OLHAR DO PROFISSIONAL DA SAÚDE ? Por meio de um olhar humanizado, o profissional de saúde pode perceber que as pessoas sofrem por várias razões, dentre elas, pode-se destacar o fato onde ter uma ferida que comprometa sua autoestima e autoimagem. A abordagem deve ser multiprofissional, humanizada, com escuta compreensiva e atenta, procurando-se estabelecer uma relação de ajuda com o paciente, visando minimizar os impactos causados pela ferida em sua vida. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse QUAL DEVE SER O OLHAR DO PROFISSIONAL DA SAÚDE ? A interação da equipe é fundamental para que o paciente se sinta seguro e possa expressar seus sentimentos; para isso, ele precisa receber estímulo, sentir-se acolhido e amparado em suas fragilidades. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 29 30 Situações limitantes e incapacitantes relacionadas à localização das lesões As feridas e lesões, sejam agudas ou crônicas, são um transtorno para vida do indivíduo. As incapacidades e limitações são relacionadas diretamente à localização, gravidade, extensão e profundidade das lesões, comprometendo os movimentos e o funcionamento normais do organismo das pessoas acometidas. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse Pessoas que permanecem sentadas por longos períodos, como os pacientes que utilizam cadeiras de rodas, podem desenvolver lesões por pressão em locais de risco, como região sacrococcígea, tuberosidades isquiáticas, espinha dorsal torácica e cotovelos. Igualmente, as que passam longos períodos acamadas, possuem áreas de risco para desenvolvimento de lesões e úlceras por pressão nas regiões sacrococcígea, trocanteriana, isquiática, espinha ilíaca, joelhos, tornozelos, calcanhares, cotovelos, espinha dorsal, cabeça e orelhas. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 31 32 O pH DA PELE E SUA INFLUÊNCIA NAS AFECÇÕES CUTÂNEAS O equilíbrio fisiológico da pele relacionado ao seu manto protetor, que é formado por água, sal e gordura resultantes da secreção das glândulas sebáceas e sudoríparas. Esse manto protege a pele da evaporação excessiva de água, evitando seu ressecamento, funciona como uma película protetora, exercendo influência na resistência da pele, no aparecimento de lesões e na cicatrização de feridas. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse VALORES APROXIMADOS DO pH DA PELE NORMAL REGIÃO pH Couro cabeludo 4,1 Face 4,9 Mãos 4,5 Costas 4,8 Mamas 6,2 Axilas 6,5 Nádegas 6,4 Coxas 6,1 Tornozelos 5,9 Pés 7,2 Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 33 34 FATORES DE RISCO PARA DESENVOLVIMENTO DE INFECÇÃO NO PACIENTE Fatores relacionados ao paciente Imunossupressão; desnutrição; anemia; uso de medicamentos (corticoides e imunossupressores); redução da perfusão tecidual por hipóxia; doenças crônicas, arterial metabólica, cardíaca, respiratória; institucionalização prolongada; higiene precária; hábitos alimentares, tabagismo, obesidade, alcoolismo; atividades ocupacionais de risco. Anna Cristina SilvaNurse Teacher Dermatological Nurse Fatores relacionados ao ambiente de cuidado Ambiente para curativos inadequado, falta de planejamento e equipamentos; superlotação, distância entre os leitos, espaços reduzidos; relação profissionais de enfermagem- pacientes inadequada; falta de adesão à higienização das mãos; uso incorreto ou incompleto de equipamento de proteção individual; uso indiscriminado de antimicrobianos e multirresistência; falta de insumos básicos, como curativos e luvas; higiene ambiental precária. FATORES DE RISCO PARA DESENVOLVIMENTO DE INFECÇÃO NO PACIENTE Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 35 36 Fatores relacionados à lesão Feridas agudas; cirurgias contaminadas, longa duração, traumas, presença de tecido necrótico ou corpo estranho; feridas crônicas; úlceras profundas e/ou extensas, localização próxima a áreas potencialmente contaminadas; diagnósticos clínico e laboratorial imprecisos e/ou tardios; colonização e infecção por microrganismos multirresistentes; disseminação, osteomielite e sepse. FATORES DE RISCO PARA DESENVOLVIMENTO DE INFECÇÃO NO PACIENTE Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse PRINCIPAIS CATEGORIAS ETIOLÓGICAS DE LESÕES ETIOLOGIA AGUDAS: •Traumáticas (lacerações, perfurações; fraturas expostas); •Acidentais (mordeduras; animais peçonhentos); •Cirúrgicos; •Por doença cutânea (alérgicas; bolhosas); •Por queimaduras (térmicas; químicas; elétricas). CRÔNICAS: •Úlcera por pressão (Lesão por pressão); •Úlcera por insuficiência venosa crônica; •Úlcera associada à doença linfática; •Úlcera associada à arteriopatia periférica; •Úlcera neuropática (por hanseníase; por diabetes mellitus). Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 37 38 ASPECTOS CLÍNICOS EXTENSÃO: *Área de superfície; *Profundidade; *Presença de túneis. COLORAÇÃO: *Avermelhada; *Amarelada; *Enegrecida. PRINCIPAIS CATEGORIAS ETIOLÓGICAS DE LESÕES Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse TECIDO ADJACENTE: *Coloração; *Hidratação; *Circulação. SECREÇÃO: *Características; *Volume. ODOR: *Características; *Fétido. PRINCIPAIS CATEGORIAS ETIOLÓGICAS DE LESÕES Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 39 40 CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS Etiologia: •Patológicas; •Iatrogênicas •Intencionais ou cirúrgicas •Acidentais ou traumáticas •Causadas por fatores externos Evolução: •Crônicas •Agudas Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse Complexidade: •Simples; •Complexas. Comprometimento tecidual: •Estágios I, II, III e IV; •Abertas; •Fechadas. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 41 42 Expessura: •Superficial; •Profunda superficial; •Profunda total. Presença ou ausência de infecção: •Contaminadas; •Colonizadas, infectadas ou sépticas; •Não Infectadas e limpas. CLASSIFICAÇÃO DAS FERIDAS Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse Fases da Cicatrização Fase inflamatória Começa no momento da lesão. As plaquetas, hemácias e fibrinas, trazidas pela corrente sanguínea facilitam as trocas. Fase proliferativa Ocorre a formação do tecido de granulação, composto por novos vasos sanguíneos. Fase de maturação O corre o aumento da resistência, no início da terceira semana do processo de cicatrização Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 43 44 SISTEMA RYB Sistema de avaliação por cores é uma forma de avaliar as feridas por meio do conceito das três cores que se referem ao(s) tecido(s), vitalizado(s) ou não, encontrados no leito da ferida, que são: vermelha (red), amarela (yellow) e preta (black). Os princípios do Sistema RYB são: 1. Proteger a VERMELHA, limpar a AMARELA e desbridar a PRETA. 2. Tratar inicialmente a PRETA, depois a AMARELA e, por fim, a VERMELHA. 3. Quando a lesão apresentar mais de uma cor, deverá ser avaliada pela predominante. Anna Cristina SilvaNurse Teacher Dermatological Nurse Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 45 46 Exemplo de Anamnese em Feridas Identificação e perfil sócio- econômico: Nome: ________________________________________________ ___________________________________________ Idade: ____________ Sexo: _____ Estado Civil: _________ Cor: _____ Escolaridade______________________________________ _____ Profissão/ Ocupação ____________________________Saneamento Básico ( )sim ( ) não Doença de base:________________________________ Complicações da Doença: ( ) cardiovasculares ( ) respiratórias ( ) Insuficiência venosa ( ) outras Quais__________ ________________________________________________ ____________________________________________ Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse Insônia: ( )sim ( )não Etilismo: ( )não ( )sim, Tabagismo: ( )não ( )sim Incontinência urinária ( )sim ( )não Incontinência fecal ( ) sim ( )não Uso de sonda ( ) sim ( )não Uso de fralda ( )sim ( )não Amputação prévia: ( )sim ( )não Local:_________________________________________________ ____________ Mobilidade: ( )deambula ( )deambula com auxilio ( )acamado Dados antropométricos: Peso: ______________Kg Altura: _______________m IMC: ____________ Kg/m2 (Referência: <18,5 Kg/m2àbaixo peso, 18,5 a 24,9 Kg/normal, 25,0 a 29,9 Kg/sobrepeso, >30 Kg/obeso) Circunferência: MID: Panturrilha ______cm Tornozelo _______cm MIE: Panturrilha _______cm Tornozelo _______cm Anna Cristina SilvaNurse Teacher Dermatological Nurse 47 48 Dados vitais: P. A. ____________mm/Hg Pulso apical: _____________bpm Temperatura axilar: _________ºC Pulsos: pedial dorsal – MID ( ) sim ( ) não – MIE ( ) sim ( ) não poplíteo – MID ( ) sim ( ) não – MIE ( ) sim ( ) não tibial posterior – MID ( ) sim ( ) não – MIE ( ) sim ( ) não Medicamentos em uso: ______________________________________________________ __________________ Alergias:_( )sim ( ) não, se afirmativo quais__________________________________________________ _______ Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse Tipo de Lesão: ( ) Úlcera(s) Venosa ( ) Úlcera(s) Arterial ( ) Úlcera(s) mista Exame MMII ( ) edema ( ) rachaduras ( ) deformidades ( ) cianose ( ) varizes ( ) hipotermia ( ) outras_________ ( ) lesão traumática ( ) queimadura ( ) lesão neoplásica ( ) outras__________________ ( ) Lesão por pressão ( ) estágio 1: eritema da pele intacta após remoção da pressão ( ) estágio 2: perda parcial a pele (epiderme e derme) ( ) estágio 3: perda total com danos ou necrose subcutâneo ( ) estágio 4: perda total, pele com danos ou necrose nos músculos, ossos e tendões No de lesões:____________ Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 49 50 Nutrição : VO ( )Adequada ( ) inadequada ( ) SNE ( ) Gastrostomia ( ) jejunostomia ( ) suporte nutricional ( ) NPT Tempo da lesão:__________________ Extensão inicial da lesão no momento da ADOÇÃO________________________ Tratamentos anteriores da(s) lesões(s) ________________________________________________ _______________ Presença de exsudato: ( ) sim ( ) não Caracteríscticas do exsudato (cor, odor, aspecto, quantidade): _______________________________________________ Área perilesional: ( )intacta ( ) macerada ( ) descamação ( ) fria ( ) dermatite ( ) eritema ( ) hiperpigmentada Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse Exames laboratoriais/ radiodiagnósticos ( )sim ( ) não Se afirmativo, exames complementares recentes ________________________________________________ __________ Suporte / auxílio ao paciente portador da lesão Sim ( ) Não ( ) Se afirmativo ( ) família ( ) cuidador ( ) outros: _______________________________________ Instituição de Saúde de suporte ? ( ) sim ( ) não - se afirmativo ( )ambulatório ( )UBS ( )hospital ( )Home Care ( )Outros: Qual?____________________________________________ ________________________________________ Registro Fotográfico ( máximo 5 imagens) Inicio até a fase da cicatrização(maturação) da lesão Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 51 52 EXAMES EM FERIDAS: GLICOSE, HG GLICADA, G6PD HEMOGRAMA COMPLETO , COAGULOGRAMA SÓDIO, POTASSIO, UREIA , CREATININA, CALCIO, MAGNESIO, 25 OH VIT D, PROTEINAS TOTAIS E FRAÇOES, HEPATOGRAMA, VHS, PCR-US, VIT K DOPPLER ARTERIOGRAFIA Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse NUTRIÇÃO LIPIDIOS: Agem na permeabilidade,impedindo que o teor de agua da pele se perca VITAMINA A: Participa do processo de ceratinização da pele, promovendo maior resistencia e integridade. VITAMINA C: Estimula fibroblastos e sintetiza colágeno. Tb aumenta a ativação dos neutrófilos e macrófagos o que toma o processo de cicatrização mais rapido e seguro SILÍCIO: Reestrutura as estruturas das glicoaminoglicanas, das quais fazem parte as fibras de colageno ,elastina e acido hialurônico. ARGININA: Processo de cicatrizaçao e tb detoxicaçao de amônia pelo corpo. ZINCO: Manutençao da integridade celular e do DNA, modulação das secreções sebáceas COBRE: Proteção e formação da pele, por participação na formação da Enzima Antioxidante Superóxido Dismutase Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 53 54 NUTRIÇÃO SELÊNIO: Formação da Glutathiona Peroxidase- propriedades antioxidantes COQ 10: Antioxidante de alta atividade celular que participa no processo de formação de ATP ( energia) celular. RIBOFLAVINA –B1: Fundamental no metabolismo de Aminoacidos, CH e Lipídeos. NIACINA-B3: Transporte de Hidrogenio para aformação de agua dentro da mitocondria e consequentemente a produção de ATP. ACIDO PANTOTENICO-B5: Papel fundamental no metabolismo de vários aminoacidos. BIOTINA- B7: Particpa na formação de Acidos Graxos que por sua vez está para a formação da Barreira Hidrolipídica TOCOFEROL-VIT E: Ação sinergica otimizando a ação de algumas enzimas antioxidantes ACIDOS GRAXOS ESSENCIAIS: Modula a produção de citocinas pró e antiinflamatórias que modulam a resposta tecidual Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse NUTRIÇÃO LICOPENO: Propriedades antioxidantes protegendo contra o estresse oxidativo e melhorando sua resposta inflamatória. CHÁ VERDE: Melhora a cicatrização e tambem a proteção solar contra os efeitos inflamatórios provocados pela radiação solar. ALBUMINA: Responsável pela pressão oncótica e a sua redução caracteriza-se por edema , o que dificulta a difusão tissular de oxigenio e nutrientes para a pele, gerando hipóxia e morte do tecido OBS: Nos dias de tratamento com ozonio não tomar as vitaminas.. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 55 56 OBJETIVOS DA LIMPEZA DA FERIDA •Reduzir o odor; •Manter a umidade; •Diminuir infecções cruzadas; •Remover microrganismos e partículas; •Reduzir a dor e o edema; •Dar conforto ao paciente; •Manter a higienização dos sítios de inserção de dispositivos; •Proteger a pele circundante dos efeitos da maceração; •Preparar a ferida para receber uma cobertura adequada. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse FINALIDADES DO CURATIVO •Remover corpos estranhos; •Reaproximar bordas separadas; •Proteger feridas contra contaminação e infecções •Promover hemostasia; •Preencher espaços mortos; •Favorecer a aplicação de medicamento tópico; •Fazer desbridamento mecânico/enzimático e remover tecidos necróticos; •Reduzir o edema; •Facilitar a drenagem de exsudatos; •Manter a umidade da superfície da ferida; •Fornecer isolamento térmico; •Promover e proteger a cicatrização da ferida; •Limitar a movimentação dos tecidos; •Dar conforto psicológico; •Diminuir a intensidade da dor. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 57 58 DESBRIDAMENTOS TÉCNICAS DE DESBRIDAMENTO • Desbridamento autolítico: promovido pelo próprio organismo de forma natural, através de um processo biológico de reparação e cicatrização denominado autólise, atua desintegrando as células degeneradas, por meio das ações leucocitária e enzimática. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse DESBRIDAMENTOS TÉCNICAS DE DESBRIDAMENTO • Desbridamento mecânico: é traumático e não seletivo. Consiste na aplicação de força mecânica, como fricção com gaze, esponjas e jatos de água, diretamente sobre o tecido necrótico, a fim de facilitar sua remoção. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse59 60 DESBRIDAMENTOS TÉCNICAS DE DESBRIDAMENTO • Desbridamento enzimático: trata-se de um método seletivo, que atua em tempo menor ao método autolítico e maior ao instrumental, sendo possível a sua combinação com outros métodos. Consiste na aplicação tópica de substâncias enzimáticas e proteolíticas, que atuam como desbridantes enzimáticos, diretamente no tecido necrótico. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse DESBRIDAMENTOS TÉCNICAS DE DESBRIDAMENTO • Desbridamento instrumental: o tecido desvitalizado vai sendo gradativamente removido de forma seletiva, em diferentes sessões, até o nível de tecido viável. Realizado por enfermeiros, à beira do leito ou na sala de curativos, seguindo a técnica asséptica e medidas de biossegurança. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 61 62 DESBRIDAMENTOS TÉCNICAS DE DESBRIDAMENTO • Desbridamento cirúrgico: consiste na remoção completa do tecido necrótico e desvitalizado por meio de procedimento cirúrgico. Indicado para grandes lesões com ressecções amplas. Realizado no centro cirúrgico por um cirurgião, com anestesia ou sedação. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse TIPOS DE COBERTURA E CURATIVOS O tipo de cobertura a ser escolhido depende das especificidades do curativo, que variam conforme localização, dimensões, fase de cicatrização, características dos tecidos e natureza da lesão. FINALIDADE DAS COBERTURAS •Produtos para prevenção, proteção e hidratação da pele •Coberturas absorventes •Coberturas desbridantes •Produtos para fixação Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 63 64 Carvão ativado: • Composto por cinco camadas: filme sintético, camada absorvente, carvão ativado, filme sintético, alginato de cálcio e sódio. • Mecanismos de ação: diminui o odor e absorve o exsudato, proporcionando conforto para o paciente. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse Filme transparente semipermeável • Cobertura estéril semipermeável, de filme transparente de poliuretano, sob a forma de película adesiva, elástica e distensível, com espessura de 0,2 mm. • Mecanismos de ação: protege a pele, prevenindo as úlceras por pressão, feridas cirúrgicas sem complicações e áreas doadoras de enxerto. Atua na redução da dor, mantém o meio úmido e promove a cicatrização. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 65 66 Hidrocoloide • Cobertura estéril comercializada em placa, grânulo, pasta e fibra, composta de espuma de poliuretano, gelatina, pectina e carboximetilcelulose sódica. • Mecanismos de ação: as partículas de celulose se expandem ao absorverem o excesso de exsudato, conservando o meio úmido em torno de 37 graus, o que desencadeia a ação das enzimas na remoção do tecido necrótico. Ao manter as terminações nervosas úmidas, resulta na diminuição ou no alívio da dor. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse Hidrogel: • Composto transparente e incolor formado por: água (77,7%), carboximetilcelulose (2,3%) e propilenoglicol (20%). • Mecanismos de ação: ao entrar em contato com o exsudato, aumenta seu volume, porém não se dissolve. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 67 68 Hidropolímero: • Almofadas, placas e fitas com três camadas sobrepostas, sendo uma central de hidropolímero e duas outras formadas por não tecido, não aderentes, o que evita agressão aos tecidos no momento da remoção. • Mecanismos de ação: diminui o odor da ferida, promove a granulação tecidual, mantém o meio úmido. O hidropolímero se expande conforme absorve o exsutado. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse Malha não aderente: • Cobertura primária constituída de malha de acetato de celulose, impregnada com emulsão formulada à base de petrolato. • Mecanismos de ação: a malha permite que o exsudato passe livremente para a cobertura secundária, prevenindo a maceração da superfície da ferida. Protege e previne a aderência da cobertura ao leito ferida, minimiza a dor e trauma na remoção. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 69 70 LEGISLAÇÃO PORTARIA N° 702, DE 21 DE MARÇO DE 2018 Art. 1º Ficam incluídas, na Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares - PNPIC, as seguintes práticas: aromaterapia, apiterapia, bioenergética, constelação familiar, cromoterapia, geoterapia, hipnoterapia, imposição de mãos, medicina antroposófica/antroposofia aplicada à saúde, ozonioterapia, terapia de florais e termalismo social/crenoterapia apresentadas, nos termos do Anexo A. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse Resolução COFEN nº 567/2018 Art. 1º Aprovar o Regulamento da atuação da Equipe de Enfermagem no Cuidado aos pacientes com feridas na conformidade do anexo a esta Resolução que pode ser consultada no site: www.cofen.gov.br. Art. 3º Cabe ao Enfermeiro da área a participação na avaliação, elaboração de protocolos, seleção e indicação de novas tecnologias em prevenção e tratamento de pessoas com feridas. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 71 72 Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 73 74 Ozonioterapia Terapia Neural Homotoxicologia Acupuntura & Fitoterapia chinesa Métodos Biofísicos Alopatia Suplementação & Nutrição Celular Desintoxicação & Drenagem Osteopatia & Terapia miofascial Probióticos Homeopatia Suporte psicológico Ortomolecular MEDICINA BIOLÓGICA Odontologia Biológica Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse Alemanha Tratamento de feridas e gangrenas com Ozônio Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 75 76 OZÔNIO COMO DESINFETANTE DE ÁGUA O ozônio adicionado à água atua como um desinfetante forte e rápido, com ampla ação de espectro, incluindo: ●Bactérias ●Vírus ●Fungos ●Protozoários Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological 77 78 O QUE É HIDRO-OZONOTERAPIA? Hidro-ozonoterapia consiste na adição de ozônio na água de uma banheira em diferentes temperaturas e indicações CONDIÇÃO: ÁGUA FILTRADA E LIVRE DE CLORO, POR ADIÇÃO DE FILTRO DE CARVÃO ATIVADO MÉTODO SEMELHANTE AO DE SAUNA, EM ÁGUA QUENTE, EM TORNO DE 35 A 40°C, TAMBÉM PARA PROVOCAR VASODILATAÇÃO E ABSORÇÃO DÉRMICA DO 03. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse Hidro-ozonoterapia DRENAGEM LINFÁTICA ABSORÇÃO TRANSCUTÂNEA DE OXIGÊNIO EFEITO RELAXANTE PREVENÇÃO DE FIBROSE, INFECÇÃO E PIGMENTAÇÃO JATOS DE OZÔNIO (380-600 JATOS) EM ÁGUA MORNA - INTENSIDADE DOS JATOS VARIÁVEL - DURAÇÃO: 5-25 MINUTOS - FREQÜÊNCIA: 3-5 X/SEMANA Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 79 80 A Hidrozonoterapia traz os seguintes benefícios: • Promove o relaxamento • Reduz a ansiedade e o stress • Aumenta a circulação periférica • Promove o fortalecimento muscular • Diminui a dor e espasmos musculares • Melhora os distúrbios do sono • Facilita o movimento articular • Diminui as dores a da artrite • Descongestiona os poros da pele • É cicatrizante, anti-inflamatórios e desinfetante • Auxilia na recuperação de contraturas, distensões e contusões Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse PRP PLASMA RICO EM PLAQUETAS COM OZÔNIO MEDICINAL Ele está sendo usado com sucesso hoje no seguinte: Condropatias, osteocondrose e artrose; Ligamentos, lesão no joelho ou outras articulações; Ligamentoplastias; Lesões musculares, tendões; Consolidação óssea; Implante de prótese articular; Cicatrização de úlceras e feridas; Lesão da córnea; Implantes dentários; Regeneração da pele: escaras, atrasos cura, medicina estética. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 81 82 Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse SUGESTÃO DE CONDUTA CONFORME IMAGEM POP *Lavar com água ozonizada para remoção do curativo anterior; *Hidronozonterpia; *Desbridamento instrumental nãocirúrgico (Técnicas Square com lâmina de bisturi (jogo da velha). Obs.: (PARECER TÉCNICO Nº 006/2013 – COREN/RO; PARECER TÉCNICO CAT Nº 013/2009 – COREN/SP). *Colagenase *Ocluir com cobertura não aderente (gaze estéril; malha não aderente) *Hidratação na área perilesional com oléo ozonizado ou fluído de massagem a base de ozônio, realizando uma massagem suave e drenante. *Atadura de crepon Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 83 84 Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse Lavar com água ozonizada para remoção do curativo anterior; Hidronozonterpia; Bag de Ozônio; Laserterapia Desbridamento mecânico se necessário Aplicação subcutânea do Gás Oxigênio-Ozônio, ponto a ponto, nas bordas da lesão. Óleo ozonizado no leito da ferida Ocluir com cobertura não aderente (gaze estéril; malha não aderente) Bota de Unna Atadura de crepon SUGESTÃO DE CONDUTA CONFORME IMAGEM POP Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 85 86 Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse SUGESTÃO DE CONDUTA CONFORME IMAGEM POP Lavar com água ozonizada para remoção do curativo anterior; Bag de Ozônio; Óleo ozonizado no leito da ferida Ocluir com gaze não aderente; ou malha não aderente Filme transparente Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 87 88 Resultado com duas sessões de ozonioterapia, uma vez por semana. Foi usado: • Água ozonizada para remoção do curativo anterior; • Hidrozonoterapia; • Bag de ozônio; • Aplicação subcutânea de gás oxigênio-ozônio nas bordas da ferida; • Óleo de Ozônio. Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse DERMATITE ATÓPICA 89 90 HIDROZONOTERAPIA E ÓLEO OZONIZADO Ozonioterapia em Feridas Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse HIDROZONOTERAPIA, BAG E ÓLEO OZONIZADO Ozonioterapia em Feridas Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 91 92 HIDROSADENITE SUPURATIVA PAHT com ozônio; aplicação local com gás de oxigênio-ozônio; óleo ozonizado Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse OZONIOTERAPIA NO TRATAMENTO DE FERIDAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Autohemoterapia Maior Autohemoterapia Menor Ozonioterapia Retal Ozonioterapia Vaginal ÁGUA OZONIZADA HIDROOZONIOTERAPIA OZÔNIO SAUNA OLEO OZONIZADO SUBCUTÂNEO (BORDAS) BOLSA DE OZÔNIO ( BAG) Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 93 94 OZONIOTERAPI A NO TRATAMENTO DE FERIDAS VIAS DE ADMINISTRAÇ ÃO AS VIAS SISTÊMICAS SÃO INTERESSANTES DE SE ASSOCIAR QUANDO SE TEM UMA FERIDA, MAS NEM SEMPRE É POSSÍVEL PELO CUSTO SE DÁ PREFERÊNCIA PELA VIA RETAL PELO CUSTO Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse Leitura Recomendada Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse 95 96 Leitura Recomendada Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse Leitura Recomendada 97 98 Anna Cristina Silva Nurse Teacher Dermatological Nurse Profª. Enfª. Anna Cristina Silva Mestranda em Ciências Naturopáticas Enfermeira Biológica Integrativa Enfermeira Dermatológica Docente de Pós-Graduação em Enfermagem Dermatológica Coordenadora do Departamento de Enfermagem da ABOZ Instagram: annacris_nursedermato 99
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