Buscar

Matéria - Contextos de Intervenção Psicológica

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 39 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
Contextos de Intervenção 
Psicológica Professora 
Mariana Couceiro 
INTERVENÇÃO SISTÉMICA EM CONTEXTO CLÍNICO E DA 
SAÚDE 
 
1. Intervenção com a família na doença crónica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Uma doença crónica pode de facto acompanhar o individuo sem reduzir o seu 
a sua qualidade de vida. 
No entanto, uma doença crónica com um prognóstico reservado, pode ter uma 
sintomatologia constante e realmente pode ter grande interferência no 
quotidiano 
2 
 
A caraterização e contexto em que se inscreve o processo de uma doença 
crónica enfatiza a importância do envolvimento da família de uma forma 
precoce em todo o processo 
 
Para a compreensão da doença crónica no seu contexto de desenvolvimento, é 
imprescindível analisar-se interação entre… 
 
 
 
 
 
No momento em que uma família se depara com a existência de uma doença 
crónica (PODE ACONTECER EM QUALQUER ETAPA DO CICLO VITAL), podem 
realizar-se dois movimentos distintos: 
 Movimentos centrípetos (Definem como períodos de aproximação 
familiar, movimentos de fecho para com o exterior, intra-sistémicos) 
 Movimentos centrífugos (Períodos de distanciamento familiar, inter-
sistémicos, movimentos de abertura para com o exterior) 
 
 
 
 
Estas noções são cruciais para a compreensão da interação indivíduo-família-
doença 
 
 
 
 
 
 
Indivíduo Família Doença 
F 
3 
 
TIPOLOGIA PSICOSSOCIAL DA DOENÇA 
 
 
Permite examinar interação continua entre o individuo-família-doença, e 
permite as tipologias e fases da doença (tipo de inicio, tipo de curso, as 
possíveis consequências da doença e incapacidade e o seu grau) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fases – é o tempo de doença 
 
 
 
 
 
4 
 
TIPOLOGIA PSICOSSOCIAL DA DOENÇA 
É IMPORTANTE AVALIAR ESTAS 4 DIMENSÕES. 
Pode haver dois tipos de inícios: gradual ou agudo 
Existe 3 tipos de curso: constante, reincidente/episódico e progressivo 
Consequências, em função de 3 tipos de doença: doenças que não ameaçam a 
vida, doenças que ameaçam a vida e doenças de curso imprevisível 
 
AVALIÇÃO DA DOENÇA – DIMENSÕES 
 
Início: 
As doenças com um início gradual acarretam para a família um nível de 
stresse distinto daquele que ocorre numa doença com início agudo 
Início gradual: Reajuste mais atempado e prolongado no tempo – A família 
tem tempo para lidar, no longo espaço de tempo. 
Início agudo: Mobilização de recursos num menor espaço de tempo – A família 
tem de ver os seus recursos de uma forma mais rápida e com rapidez, sendo 
um curto espaço de tempo com mais desgaste 
 
Dimensões
Início
Curso Consequências
Incapacidade
5 
 
Curso: 
1. Progressivo (é uma doença contínua, provinde em termos de…): 
- Adaptação contínua da família 
- Mudança de papéis dos elementos da família – Cuidador principal 
- Maleabilidade do sistema familiar colocada em causa – Organização 
interna e recursos externos 
 
2. Constante (É uma doença na qual ocorre um problema inicial com um 
conjunto de sintomas após o qual o nosso organismo vai estabilizar – o 
paciente recupera em menor ou maior grau): 
- Mudança semipermanente na família durante um período de tempo 
considerável 
- Pode ocorrer exaustão familiar 
 
3. Reincidente/ Episódico (Existe uma alternância de períodos de 
manifestação de sintomas e de não manifestação): 
- Não requer da família cuidados contínuos nem redistribuição de 
papéis e tarefas 
- A tensão experienciada pela família justificada por: Transições entre 
períodos de crise e de não crise e contínua imprevisibilidade 
 
Consequências: 
 Doenças que não ameaçam a vida 
 Doenças que ameaçam a vida 
o Tendência à tristeza e à separação antecipatórias 
o A expectativa de perda dificulta a manutenção de uma 
perspetiva familiar equilibrada 
 Doenças de curso imprevisível 
o O carácter de incerteza cria por parte da família um sentimento 
de sobreproteção 
 
Incapacidade: 
 A variados níveis e em qualquer estádio da doença 
 Diferentes tipos de incapacidade - Distintos ajustamentos na 
família 
 
6 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Impacto da Doença na Família depende da fase em que a doença se 
encontra e do impacto da doença no sujeito. Este impacto pode se verificar 
nestes 3 níveis: alterações estruturais, alterações processuais e alterações 
cognitivas e de resposta emocional 
 - Alterações Estruturais: verifica-se de padrões regidos de funcionamento e 
são criados e mantidos pela relação estreita entre o doente e o seu cuidador. 
Tão dependente na sua relação, desenvolve coligações (quando se aliam e 
excluem terceiros) e exclusões emocionais entre a família. Exemplo: 
Movimento de fecho em relação ao exterior e desvalorizassem das etapas do 
ciclo vital devido a sobrevalorização das doenças 
- Alterações Processuais: verifica-se a necessidade de compatibilizar as 
tarefas da família com as tarefas exigidas pela doença 
- Alterações Cognitivas e de Resposta Emocional: Impotência e sentimentos 
de fracasso, resultante de experiencias prévias com a saúde. Por exemplo: a 
família já passou um processo de doença cronica ou de crise, em que a 
doença não foi bem-sucedida por o sistema de saúde 
 
7 
 
FASES DA DOENÇA CRÓNICA 
Fase Crise: Choque, culpa, ou seja, negação de que estão a passar por um 
processo de doença crónica 
Fase Crónica: entre o diagnóstico/crise e a fase terminal, fase que exige 
mudanças constantes episódicas por isso a palavra-chave de adaptação. 
Tarefa chave da família: Capacidade de a família levar a sua vida de forma 
normal 
Fase terminal: estamos a aproximar-nos da pedra; reconstruir os projetos de 
vida, daí integrar a perda e reconhecer a realidade da perda 
 
 
 
 
 
 
Palavra-Chave: ATIVAR 
F 
Palavra-Chave: ATIVAR 
8 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AVALIAÇÃO SIMULTÂNEA DO DOENTE CRÓNICO E DA SUA FAMÍLIA 
 Etapa do ciclo vital familiar (quando a doença crónica surge e se está 
a cumprir as tarefas do ciclo de vida vital) 
 Suporte psicossocial da família (tipo de suporte a família pode contar 
e se disponibilizam para deixar que as pessoas de fora deem esse 
suporte) 
 Mudanças no sistema familiar (mudanças que ocorrem e de que forma 
estão a ser geridas) 
 Outras situações desencadeadoras de stress na família (perceber se 
para além da doença crónica há algum problema que gere stress por 
exemplo: perda de emprego) 
 Estratégias de adaptação utilizadas pela família (de coping ao fim de 
solucionar neste processo de doença crónica; coping funcional e 
Palavra-Chave: NEGOCIAR 
Palavra-Chave: PARTILHAR 
9 
 
disfuncional o que resulta e o que não resulta; Contributo que a família 
pode dar ao doente) 
 
Para uma melhor compreensão da doença crónica atual na família: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - Repetição de Padrões (Avaliar se existiu ou não uma repetição 
desses padrões) 
 - Desafios 
 - Mudanças nos relacionamentos (Avaliar se houve coligações, 
triangulações ou até mesmo cortes funcionais) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Perspetiva 
Transgeracional 
Evolução e adaptação ao longo do CVF 
História de doença, perda e crise na 
família 
10 
 
 
INTERVENÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
- Procurar junto da 
família as suas 
competências para 
puder lidar com o 
processo de doença 
- Colaborar na 
perspetiva de visão 
perante a doença 
- Normalizar as 
respostas 
emocionais, pois é 
normal numa fase 
inicial haver 
negação pelo 
surgimento da 
doença crónica 
- Ajudar a família a 
descentralizar que 
só uma pessoa deve 
cuidar do doente, 
mas sim, a família 
toda 
- Manter os hábitos 
que tinham antes de 
surgir a doença e 
readapta-los 
Formatos de Psicoeducação 
(transmitir informações sobre a 
doença) 
 Apenas com o doente 
 Grupos de doentes 
 Uma só família 
 Grupos de famílias com ou sem 
inclusão dos doentes 
11 
 
 
INTERVENÇÃO PSICOEDUCATIVA FAMILIAR – OBJETIVOS Legitimar a doença 
 Reconhecer os limites que a doença coloca ao doente 
 Desenvolver expectativas realistas em relação à doença 
 Reduzir a responsabilidade do doente 
 Fomentar um espírito colaborativo no processo de recuperação 
 Auxiliar a família a reforçar a participação do doente no tratamento 
 Reconhecer sinais precoces de recaída e mudanças em sintomas 
persistentes 
 
INTERVENÇÃO PSICOEDUCATIVA MULTIFAMILIAR – PRINCIPAIS 
OBJETIVOS 
 Resolução de necessidades psicossociais 
 Ativação de estratégias ajustadas face aos problemas 
 Criação de uma rede de relações para a família 
 
 
 
 
 
“A antecipação da perda numa doença física pode ser tão desafiadora e 
dolorosa para as famílias, como a própria morte de um membro da família” 
 
TERAPIA FAMILIAR FOCADA NO LUTO (FAMILY FOCUSED GRIEF 
THERAPY) 
 Premissa: Disfunção familiar relacionada com um maior risco de 
morbilidade psiquiátrica e desenvolvimento de luto patológico 
 Tipologia: Breve 
 Objetivos: 
o Coesão 
o Comunicação 
o Resolução de conflitos 
o Competências e recursos 
Satisfação de necessidades a longo prazo 
12 
 
 
Intervenção com a família 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIO PRÁTICO – O CASO DO SR. ANTÓNIO 
o Doença de início gradual, de curso constante, possivelmente fatal e não 
incapacitante. 
o Dados Familiares: 
 Vive com a sua esposa Maria de 65 anos. 
 Tem dois filhos, já casados e com filhos pequenos. 
 Os seus filhos vivem em cidades distantes de si e até mesmo entre 
eles. 
 Na localidade onde residem têm poucos familiares próximos (uns 
faleceram, outros deslocaram-se “para a cidade”). 
o Dados Clínicos: 
 Após a primeira sessão, o psicólogo ficou a conhecer que o Sr. António 
já há 10 anos que vem a sofrer com o seu problema de saúde. 
 Sabe-se de que há cinco anos para cá tem realizado tratamentos de 
hemodiálise 
 Independentemente dos tratamentos, alguns recorrentes, sempre 
que há agravamento no seu estado de saúde, estes tratamentos 
implicam deslocações bissemanais de cerca de 90 km (ida e volta 
entre o seu local de residência e o centro de diálise na cidade mais 
próxima). 
 No momento atual, o Sr. António está a atravessar a fase crónica da 
sua doença. 
 Neste sentido, o Sr. António e a sua família vêem.se confrontados 
com uma multiplicidade de tarefas/necessidades… 
Cerimónia de Homenagem 
1. Normalização da perda 
2. Recolha de informação 
3. Elaboração do texto de homenagem 
4. Apresentação 
5. Leitura 
13 
 
 
 
Quais as tarefas que devem ser realizadas na família, tendo em conta as 
características da doença do Sr. António? 
Partindo das tarefas previamente mencionadas, quais as estratégias de 
intervenção que podem ser utilizadas? 
RESPOSTA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
INTERVENÇÃO SISTÉMICA EM CONTEXTO CLÍNICO E DA SAÚDE 
OS CUIDADOS PALIATIVOS (CP) 
 
Alfred Worcester: o pioneiro moderno dos Cuidados Paliativos 
 
Uma abordagem que pretende a melhoria da qualidade de vida dos doentes 
e suas famílias, os quais são confrontados com uma doença que ameaça a 
vida 
Propôs: adotar uma atitude mais humanitária face à morte e aos moribundos 
 
Fases Tarefas Técnicas/Estratégias 
de Intervenção 
Fase de 
Crónica 
- Redefinição 
de papéis e 
funções 
- “Colocação da 
doença no seu 
lugar” 
- Importância 
do apoio social 
- Negociação de 
mudanças na família 
- Externalização da 
doença 
- Ampliação da rede 
social 
14 
 
Propõe que a melhoria e a qualidade de vida vão de acordo com estas 3 
dimensões: 
Ênfase na avaliação holística, é a avaliação no seu todo, nós enquanto 
psicólogos devemos ter a perceção que a doença influencia o doente e a 
família no seu todo. O todo e as partes, sendo que é importante avaliar o 
sujeito doente e os familiares que o acompanham 
 
A COMUNICAÇÃO EM CP 
 
 
A fim de amenização do sofrimento ou até mesmo da sua conversão 
 
Contacto Inicial 
o Afabilidade 
o Tranquilidade (ex: transmitir as noticias de forma tranquila para que seja 
interpretado de igual forma por parte do doente) 
o Verdade 
Técnicas de Comunicação 
o O Não-Verbal (Mais relevante) 
 Mais de 70% do que comunicamos 
 Grande parte da torrente emocional 
 Nalguns casos, o único instrumento de comunicação – por exemplo: 
quando estamos a intervir com doentes com dissociações (FREQ) 
 Expressão facial (se é congruente ou não com o discurso verbal) 
 Contacto visual - “olhos nos olhos” (perceber junto do doente e a 
família se conseguem manter o contacto visual direto) 
Prevenção e 
alívio do 
sofrimento
Identificação 
precoce
Avaliação 
holística e 
tratamento da 
dor
15 
 
 Posicionamento - Proximidade vs Distanciamento (postura; 
distanciamento pode significar que aquele doente ou família 
pretendem a sua privacidade) 
 Contato físico – toque (significa proximidade ou afeto, por vezes pode 
ser interpretado como invasivo dependendo do doente) 
 Tom de voz 
 
o Empatia (colocar-se no lugar do outro) 
 Questionamento/ Diálogo acerca do sentir do doente - sentimento de 
partilha (quando questionamos ao doente e à sua família o processo 
de doença e o estado, de forma a que eles entendam que podem 
partilham o momento) 
 Amenizadora do sofrimento 
 Portadora de esperança 
 
o Escuta Ativa (demonstrar uma disponibilidade interior perante o outro) 
 Atenuadora do sofrimento 
 Partilha da dor 
 
o Tempo e Contacto (nem sempre o doente e os familiares querem ser 
comunicados) 
 Não forçar o contacto com o doente e sua família. 
 Compreender o tempo do doente e seus familiares. 
 
o Permanência da Identidade (que o individuo seja reconhecido na sua 
narrativa de vida para além da doença, o individuo é muito mais para 
além da doença) 
 Reconhecimento do indivíduo na sua narrativa de vida (por exemplo: 
Se tratarmos o doente pelo seu titulo profissional, ou um nome ao 
qual ele se sinta valorizado, irá transmitir-lhe que a sua identidade 
não tem uma conotação ligada com a doença) 
 Respeitabilidade pelo percurso de vida do sujeito 
 
o Conferência Familiar 
 São tomadas as decisões familiares 
 São partilhadas as possibilidades clinicas de intervenção 
o Transferência Más Notícias 
 Comunicação franca e empática das notícias - fortalecimento da 
relação terapêutica. 
 Comunicar pausada e tranquilamente. 
 Ajustar o discurso à compreensão do indivíduo e da sua família. 
 Lugar calmo, tranquilo, com alguma privacidade. 
16 
 
 Procurar conhecer, previamente, traços importantes da 
personalidade do doente. 
 Respeitar os silêncios e o afloramento de emoções. 
 
 
Podem ser dadas por nós, como também familiares ou elementos 
significativos do paciente. Se preparar o familiar, este consegue 
transmitir as más noticiais ao doente. (FREQ) 
 
o Conspiração do Silêncio (Combate a esta técnica; procurar que o tema 
não seja um tema tabu nem para o doente, nem para os familiares) 
 Abertura e transparência dos acontecimentos na família. 
 A família não pode impedir que se discuta com o elemento doente 
aspetos do seu prognóstico ou diagnóstico. 
 
 
A FAMÍLIA 
A doença como fonte de stress para o sistema familiar 
 
 
 
 
 
 
O alvo de cuidados em cuidados paliativos prende-se na díade com o doente- 
família, que o foco do nosso trabalho deve ser doente e a família. Na família 
porque no aparecimento de uma doença, faz surgir uma crise (doença) que 
gera uma mudança estrutural/qualitativas (tipo II) 
Posto isto é importante colaborar na identificação e reconhecimento perante 
a doença. A forma como cada um gere e atua perante a doença, ou até 
mesmo a sua experiência. 
IMPORTANTE: 
Identificação e 
Reconhecimento 
A forma como cada um 
dos membros experiencia, 
consegue gerir, se 
flexibiliza face à doença… 
17 
 
 
 
 
As expetativas irrealistas consistem num dos maiores desafios da 
intervenção em CP 
É importante auxiliar as famílias a criarexpetativas realistas sobre a situação 
clinica, para que não haja margem de expetativas que não se irão realizar 
o As Despedidas (podem ser dialogadas ou através destes dois pontos) 
 Realização de um evento familiar significativo 
 Construção de uma “caixa de legado” (caixa de memórias para quem 
fica) 
 
Atribuição de significado à perda 
 
INTERVENÇÃO NO LUTO 
 
 
 
1. Ajudar a família a integrar a realidade da perda 
o Incentivar a falar sobre a perda 
o Explorar as circunstâncias da perda (Quando faleceu, onde faleceu, 
quando tomou conhecimento) 
o Escutar ativamente 
o Demonstrar aceitação incondicional e disponibilidade para cada 
membro da família 
 
Modelo de Tarefas de Worden 
(2013) 
18 
 
2. Ajudar a identificar e experienciar emoções 
o Ir para além da verbalização das emoções 
o Conduzir ao experienciar das emoções 
3. Ajudar a viver sem o elemento perdido – encontrar sentido na perda 
o Construir o sentido da perda 
o Encontrar benefícios a partir da experiência da perda 
4. Dar tempo para a elaboração do luto (Não forçar o timing individual e 
familiar, de forma a que processem) 
o Exploração/Antecipação/Preparação de datas especiais 
5. Avaliar e refletir acerca de estilos de coping 
Reforçar estilos de coping funcionais 
o Capacidade para aceitar apoio social 
o Capacidade para redefinir/ reformular perceções sobre as 
dificuldades 
o Regulação emocional – reforçar e validar 
Reformular estilos de coping disfuncionais, ajudar a família a 
reformular e ajustar as estratégias 
o Culpabilização desproporcional – quase patológica, intervimos assim 
imediatamente (deixa de ser um luto normativo) 
o Negação – quando se torna sistémica e recorrente ao longo do tempo 
já não é normativa 
o Isolamento social – tendem a fechar-se 
 
6. Identificar situações de patologia e referenciar 
Técnica/Estratégia Finalidade Exemplificação 
Linguagem Evocativa - Compreensão da realidade da 
perda. 
- Questionamento. 
- Utilização do 
passado. 
Utilização de Símbolos - Conhecimento objetivo de 
quem era o sujeito falecido. 
- Fotografias. 
- Objetos. 
Escrita - Traduzir experiências para a 
linguagem, facilitando 
a integração de pensamentos e 
sentimentos. 
- Continuidade da comunicação 
com o sujeito falecido. 
- Carta/ diário. 
- Carta de despedida. 
Role playing - Potencia a construção de 
novas competências. 
- Atua como contexto 
modelador de novos 
- Simular, antecipando 
possíveis situações. 
19 
 
comportamentos. 
Desenhos - Identificação do momento em 
que o indivíduo se 
encontra no processo de luto. 
- Representação 
gráfica de 
emoções e 
sentimentos. 
 
 
O LUTO EM CRIANÇAS – INTERVENÇÃO 
o Conceito de perda: abstrato e complexo. 
o Indicadores individuais (idade e nível de desenvolvimento), familiares 
(educação) e sociais (cultura e religião). 
o É importante ter em consideração todos os fatores anteriormente 
mencionados, consoante esses fatores haverá um determinado tipo de 
intervenção 
 
1. Ser-se totalmente honesto! 
2. Quando e como dar a notícia da morte? (“Hoje aconteceu algo muito 
triste… O avô morreu e não estará mais connosco…”) – ser o mais breve 
possível, e como: privilegiar o dar a notícia num contexto intimo e com 
as pessoas significativas e com a linguagem adequada) 
3. Explicar como ocorreu a morte (“Como sabias, o avô estava muito, 
muito doente já há muito tempo… a doença que tinha fez com que ele 
morresse… as pessoas, quando estão muito, muito doentes podem 
morrer… e foi isso que aconteceu ao avô”; conhecimento sobre o local 
onde morreu sendo que hospital é diferente de algo do nada). 
4. Permitir que possam participar nos rituais fúnebres (“O avô morreu e 
as pessoas quando morrem não dão mais beijinhos… quando morrem não 
se mexem mais…”). 
5. Promover a expressão de sentimentos (“É normal chorares; quando 
estamos tristes podemos chorar; chorar não significa que as pessoas 
sejam fracas”). 
 
 
 
 
 
20 
 
CUIDAR EM CUIDADOS PALIATIVOS, CUIDANDO DE NÓS – FREQ 
IMPORT. 
ESTRATÉGIAS DE PROTEÇÃO DAS EQUIPAS EM CP - AUTOCUIDADO 
Caso Prático: como proteger as Equipas? 
 Liderança Eficaz (numa equipa de trabalho é importante haver um líder 
que organize a equipa) 
 Promoção da introspeção e auto-avaliação 
 Desenvolvimento da filosofia individual sobre a vida, morte e doença 
 Preservação de uma atitude positiva e de esperança 
 Comunicação que permita ventilar sentimentos 
 Importância de haver reuniões semanais entre equipas, com o objetivo 
de orientação 
 É importante que os técnicos tenham construído uma rede de suporte 
social e o alargamento dessa rede 
 
INTERVENÇÃO MULTISSITÉMICA EM CONTEXTO ESCOLAR 
A ESCOLA 
Microssistemas do Sistema: são aqueles que são espelhados na imagem de 
capa do PowerPoint, um aluno ou um grupo de alunos, um professor ou um 
grupo de professores, um funcionário ou conjunto de funcionários ou a família 
 
 
 
 
 
 
Junto de elementos em interação dinâmica: A escola interage com os outros 
sistemas, por exemplo família, comunidade em geral, etc 
Não devemos limitar as nossas intervenções apenas àquilo que é visível, mas 
também ao que não é visível 
 
 
Conjunto de elementos em interação dinâmica, não só visíveis, 
mas também simbólicos, tendo em consideração as 
representações mentais que os indivíduos têm da realidade 
(QUESTÃO Frequência) 
21 
 
“Conjunto de elementos em interação dinâmica…” 
o Conflito de ordem e de desordem 
o Conflito de mudança e de resistência à mudança 
 
 
 
Sistema ESCOLA - é visto como um sistema aberto e interativo 
A instituição escola gera continuamente um conflito de ordem e desordem, e 
um conflito de mudança e de resistência à mudança, pois vai surgindo 
dificuldades. Os conflitos repetitivos colocam em casa as finalidades das 
comunidades educativas. 
 
ABORDAGEM SISTÉMICA 
… Poderá permitir uma consciencialização de… 
 
A abordagem sistémica poderá permitir-nos uma maior consciencialização 
sobre aqueles que são os fenómenos interativos (visíveis ou simbólicos) do 
outro lado, quais são os mecanismos envolvidos (múltiplos sistemas que 
podem fazer parte), sendo importante a inserção dos elementos que estão 
envolvidos nas dificuldades para a resolução dessas mesmas dificuldades para 
a transformação social 
 
Dificuldades na concretização das 
finalidades educativas 
 
22 
 
 
TOTALIDADE 
o Todas as crianças compõem o grupo-turma (Todo é a turma) 
o Turma (“microgrupo”): grupo com emergência de características 
peculiares que advém do todo – a escola (“macro grupo”) – São as 
caraterísticas que temos acesso leva–nos à identidade daquela turma 
o Heterogeneidade das turmas (Elevada heterogeneidade de acordo com 
as formas de aprender, os seus hábitos, rituais etc.) 
 
COMUNICAÇÃO 
o Comunicação digital vs Comunicação analógica (Digital – verbalizado; 
Analógica – não verbal) – Através da comunicação podemos compreender 
e situar o contexto de cada turma 
o Contexto de ocorrência dos fenómenos (e.g. práticas, normas, rituais) 
ESCOLA-FAMÍLIA 
o Sucesso educativo = interação escola-família-comunidade (Para que 
haja sucesso educativo é importante que família-escola-comunidade 
estejam a trabalhar no mesmo sentido, assim irá haver maior 
probabilidade de sucesso educativo) 
o Mecanismos de ressonância: transmissão de potencialidades e 
fragilidades (O que se aprende num determinado contexto pode afetar o 
agir noutro) - exemplo: miúdos que nos aparecem com dificuldades 
relacionais com os irmãos, há uma maior probidade de desenvolver esses 
problemas com os colegas) 
o Frequente desvalorização de funções entre a escola e família 
o Criança/adolescentes com elo de ligação entre a família e a escola 
 
 
INTERVIR SISTEMICAMENTE 
Quando verificamos dificuldades no elo de ligação anterior, surge então a 
oportunidade de intervir como um consultor, é importante que elecrie novas 
triangulações terapêuticas para que todos fiquem interligados, deve propor 
novas perspetivas (novas historias e deve possibilitar uma comunicação mais 
saudável, e equilibrada 
 
23 
 
 
 
 
 
 
o Diferenças entre a instituição e o grupo familiar 
o Terapeuta como pertencente ao sistema (terapeuta tem de ter um papel 
ativo, contribuindo para a mudança) 
o Dinâmica de desconstrução/reconstrução/co-construção (Desconstruir o 
que está menos bom, reconstruir de forma a co construir de forma mais 
equilibrada) 
o A importância da co-terapia 
o A formulação do diagnóstico e hipótese sistémica 
o Utilização de estratégias construídas em grupo 
 
Hipótese diagnóstico - critérios: 
1. Estrutura da família (procuramos recolher informação sobre subsistemas, 
limites, regras, hierarquia de poder, modalidade de relação e 
comunicação) 
2. Etapa do ciclo vital em que a família se encontra (procuramos avaliar em 
que etapa a família se encontra e se estão a concretizar as tarefas dessa 
mesma etapa) 
3. Flexibilidade do sistema, (procuramos avaliar a capacidade da família de 
se adaptar a crise) 
4. Ressonância à automatização (procuramos avaliar a capacidade da 
família a promover a autonomia dos seus elementos) 
5. Fontes de suporte e fontes de stress internas e externas 
6. Função ou o valor do sintoma 
 
A questão das expetativas é importante, pois o principal foco não é só a 
intervenção, mas também o ir de acordo com as expetativas do cliente 
 
“É então aqui que surge a oportunidade e a utilidade da entrada do 
interventor e/ou supervisor sistémico que aparecerá como um consultor 
(…) uma outra lente que, criando novas triangulações terapêuticas, 
propondo novas histórias menos saturadas e possibilitando novas 
comunicações, mais funcionais, poderá ajudar o sistema a encontrar as 
suas próprias soluções” 
24 
 
Psicólogo 
Funções do psicológico sistémico em contexto escolar: 
 
 
 
 
 
 
A observação das interações dos vários elementos que façam parte do 
processo. Uma observação implicada dos problemas e dos sintomas poderá 
fazer compreender quais as ocorrências e comportamentos que marcaram, 
reforçam ou diminuem esses mesmos sintomas. Bem como, qual a rede 
submersa que os sustem e dá significado, a esses mesmos comportamentos e 
ocorrências. A nossa estratégia chave é a observação. 
 
O PSICÓLOGO VAI TRABALHAR COM A(S) EQUIPA(S) 
INSTITUCIONAL(IS) 
o Psicólogo + Grupo de Professores/ Grupo de Alunos/ Alunos e 
Professores/ Funcionários + Famílias 
o Objetivos dos diferentes grupos de intervenientes (De acordo com cada 
grupo, há diversos objetivos que por vezes não são mesmos entre grupos) 
o Circularidade (Ferramenta sistémica; colocarmos a mesma questão com 
todos os que estão dentro do grupo/do processo) 
 
 
 
 
o Clarificar e negociar a metodologia de 
intervenção 
o Sublinhar a importância da linguagem do corpo 
o Delinear o que considera necessário abranger 
25 
 
LEITURA SISTÉMICA - DE CADA SISTEMA 
o Tipo de sistema e subsistemas 
o Relações intersistémicas 
o Redes de comunicação 
o Regras 
o Grau de coesão 
o Potencialidades e dificuldades 
o Modalidades de resolução 
 
CONOTAÇÃO POSITIVA – (REFORÇAR – NÃO É RIGIDA) 
o Utilização da criatividade e do humor 
o Reenquadramento sistémico (Quando nós damos uma nova perspetiva 
sobre as coisas com um intuito mais positivo) 
 
 
 
SUPRASSISTEMA EDUCATIVO 
Espaço/Tempo 
Espaço (traduz-se nos contactos, nas fusões; equivale às relações entre 
sistemas): 
o Contatos, colaborações, fusões 
o Organigrama afetivo (permite conhecer através de símbolos e relações 
a história da situação problema, permite-nos às normas formais e 
informais, permite aceder aos canais de comunicação regularmente 
comunicados, às modalidades de relações, permite-nos aceder a rede de 
suporte social entre cada sistema, permite-nos aceder às 
potencialidades e recursos de cada sistema, permite-nos aceder às 
limitações e dificuldades de cada sistema e à sua possibilidade de 
transformação/mudança) 
 
 
 
 
 
Dos comportamentos 
disfuncionais, sintomas, problemas 
 
As intervenções devem apresentar um 
registo que permitia dimensionar a história 
do processo 
26 
 
Tempo: 
o Marcado pelo afetivo e pelo social 
o Significado à mudança 
o O tempo da narrativa 
 
o “Que tempo se prevê para esta intervenção?” 
o “Como são geridos os intervalos entre as sessões?” 
o “Que formas de contato possível se podem estabelecer para as 
ausências?” 
Contrato: 
O(s) sinalizador(es)… 
o Identificação do problema 
o Estratégias previamente utilizadas e respetivos resultados 
o Expetativas 
Síntese… 
o Objetivos 
o Participantes 
o Tempos da intervenção 
Tempo (cont.): 
o Tipo de autonomia 
o Expetativas sobre o papel a ser desempenhado 
o Formas de comunicação entre interventor e escola 
Prevenção: 
o Reflexão sobre as práticas educativas 
o Reflexão sobre aspetos formativos da intervenção 
 
 
 
 
 
 
 
CONTRATO 
Intervalo 
entre as 
Sessões 
27 
 
 
 
28 
 
 
 
RESILIÊNCIA FAMILIAR EM CONTEXTO DE LUTO E TRAUMA 
RESILIÊNCIA – CONCEITO 
o Capacidade de sobreviver e evoluir através de eventos de vida 
disruptivos. 
o Envolve um processo dinâmico de adaptação positiva. 
o Pressupõe processos-chave ao longo do tempo. 
RESILIÊNCIA FAMILIAR 
A resiliência pressupõe um reconhecimento das competências parentais e o 
desenvolvimento da família ao longo do seu ciclo de vida. 
CRISE NA FAMÍLIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Resiliência* 
Crise
Stress
Adaptação*
29 
 
CRISE FAMILIAR 
 
 RESILIÊNCIA FAMILIAR – PERSPETIVA ECOLÓGICA 
o Identificação de indicadores comuns numa situação de crise. 
o Identificação de respostas eficazes. 
 
 
 
 
RESILIÊNCIA FAMILIAR- PERSPETIVA DESENVOLVIMENTAL 
o Tempo individual e familiar. 
o Desafios emergentes ao longo do tempo. 
RESILIÊNCIA FAMILIAR 
“Desafios emergentes ao longo do tempo” … 
o Eventos stressantes: não são os únicos nem breves no tempo 
Promoção de novas/distintas estratégias de coping 
 
RESILIÊNCIA FAMILIAR – AVALIAÇÃO 
Evento Stressor … 
o Natureza do stressor. 
o Grau de dificuldade. 
o Outros desafios acarretados. 
o Experiência prévia da família face a situações de crise. 
o Experiências da infância dos adultos da família. 
 
Família
(Todo)
Membros 
da Família
(Individual)
Perspetivas, recursos e desafios da família 
30 
 
RESILIÊNCIA FAMILIAR – INTERVENÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 PERDA/TRAUMA, RECUPEÇÃO E RESILIÊNCIA 
A Perda numa Perspetiva Sistémica … 
o Perturba o equilíbrio da família. 
o Modifica a estrutura familiar. 
o Envolve uma multiplicidade de perdas. 
 
 
 
 
 
 
 
Gestão da Adversidade 
Processos Familiares Eficazes 
Qualidade nos cuidados 
Comprometimento nas relações 
Sistema de Crenças
• Significados da
adversidade.
• Perspetiva positiva.
• Transcendência e
espiritualidade.
Padrões de Organização
• Coesão.
• Flexibilidade.
• Recursos
socioeconómicos.
Comunicação e 
Estratégias de Resolução 
de Problemas
• Clareza.
• Expressão emocional
aberta.
• Estratégias
colaborativas.
- Elemento perdido. 
- Relação com/entre cada membro. 
- Função na família. 
- Unidade familiar intacta. 
31 
 
PERDA/TRAUMA, RECUPEÇÃO E RESILIÊNCIA – INTERVENÇÃO 
Papel do Terapeuta face à Perda … 
 
 
 
 
 
PROCESSOS-CHAVE DA FAMÍLIA … SISTEMA DE CRENÇAS 
o Atribuição de significado à perda: 
 Tentativa dos membros da família de compreenderem a perda (o 
evento traumático), tornando-a(o) mais suportável. 
o Transcendência e Espiritualidade: 
 Conexão espiritual, recordações, histórias e ações. 
 Expressão criativa: escrita, música, artes plásticas. 
 
PROCESSOS-CHAVE DA FAMÍLIA … PADRÕES DE ORGANIZAÇÃO 
o Conexão Familiar: 
 Fortalecimento da coesão e suporte mútuo. 
 Tolerância e respeito pelas diferenças individuais. 
o Flexibilidade Familiar: Reorganização da família. 
PROCESSOS-CHAVE DA FAMÍLIA … COMUNICAÇÃO 
o Partilha da Experiência de Perda: 
 Comunicação aberta. 
 Tolerância. 
 Empatia. 
Perdas Prévias e Legados Inter-geracionais … 
Experiências de resiliência – histórias familiares prévias, de crescimento e 
adaptação positivos, podem inspirar as histórias atuais. 
RESILIÊNCIA FAMILIAR – INTERVENÇÃO 
GRUPOS MULTI FAMILIARES … INTERVENÇÃO PRECOCE 
1. Contextualização e normalização do sofrimento. 
- Função do elemento falecido na família. 
- Dinâmica familiar em torno da perda. 
- Rede social da família. 
32 
 
2. Exploração de forças e estratégias de resolução de problemas. 
3. Mobilização de apoio familiar e social. 
GRUPOS MULTI FAMILIARES … PROFISSIONAIS 
o Consultor/Interventor. 
o Incentivas a agentes de mudanças. 
GRUPOS MULTI FAMILIARES … FAMÍLIA/COMUNIDADE 
o Diversidade de competências, talentos, faixas etárias. 
GRUPOS MULTI FAMILIARES … IDOSOS 
o Recordações e ensinamentos de adversidades prévias. 
 
PERDA/TRAUMA, RECUPERAÇÃO E RESILIÊNCIA – INTERVENÇÃO 
DESAFIOS TERAPÊUTICOS … 
 
 
 
 
 
 
RESILIÊNCIA FAMILIAR – INTERVENÇÃO 
DIRETRIZES PARA FORTALECER A RESILIÊNCIA FAMILIAR … 
o Honrar a dignidade de cada um dos membros da família. 
o Transmitir convicção no potencial da família para ultrapassar as 
adversidades. 
o Utilizar uma linguagem de respeitabilidade para um com o outro. 
o Demonstrar disponibilidade para a partilha da dor, de preocupações, de 
desafios. 
o Identificar e sublinhar as forças da família. 
o Mobilizar recursos ampliados de parentesco, sociais, comunitários, 
culturais e espirituais. 
- Não confundir padrões comuns de resposta à perda com padrões normativos. 
- Não assumir que as diferenças no luto são, necessariamente, patológicas. 
- Recomendar a elaboração e a discussão de testamentos, testamentos em vida e diretivas de 
todos os adultos na família. 
- Incentivar a programar e participar em rituais memoráveis significativos. 
33 
 
o Perspetivar os desafios como oportunidades de aprendizagem, de 
crescimento. 
o Modificar o foco: Problemas/fragilidades – Soluções/potencialidades. 
 
RESILIÊNCIA FAMILIAR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESILIÊNCIA FAMILIAR EM CONTEXTO DE LUTO E TRAUMA 
 
 
 
 
 
REAÇÕES NEGATIVAS VS. REAÇÕES POSITIVAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Não se vai direto ao topo, faz-se um 
plano que se ajusta aos contornos da 
montanha, aos rigores da subida e às 
suas próprias habilidades”. 
Sluzki 
Contexto de Luto 
Reações 
COGNITIVA 
EMOCIONAL 
SOCIAL 
PSICOLÓGICA 
Dimensões 
34 
 
 
 
 
 
 
O QUE PODE AJUDAR? 
 Conversar/Passar tempo com outras pessoas; 
 Envolver-se em atividades distrativas positivas; 
 Manter a rotina; 
 Manter uma boa higiene do sono; 
 Manter uma alimentação saudável; 
 Praticar exercício físico; 
 Relembrar episódios positivos com o ente querido falecido; 
 Participar num grupo de apoio; 
 Utilizar técnicas de relaxamento; 
 Procurar ajuda psicoterapêutica. 
 
O QUE PODE NÃO AJUDAR? 
 Evitamento extremo; 
 Abuso de álcool ou outras substâncias; 
 Abuso de comida ou privação alimentar; 
 Centração extrema na área profissional; 
 Violência e conflito; 
 Isolamento familiar e social; 
 Fuga de atividades prazerosas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Contexto de Luto 
Estratégias 
Adaptativas 
35 
 
 
 
 
 
 
 Se o seu filho… Como ajudar? 
… se preocupa que alguma coisa de 
mal aconteça aos pais 
- Relembre à criança e a si mesmo que 
já está seguro; 
- Se ainda não está seguro, fale em 
como está a proceder para a manter 
segura; 
- Faça um plano de quem poderá cuidar 
dela caso alguma coisa lhe aconteça. 
Isto poderá ajudá-la a preocupar-se 
menos. 
 
 
 Se o seu filho… Como ajudar? 
… tem problemas em comer, ou come 
em demasia ou recusa a alimentar-se. 
- Não force a criança a comer; 
- Façam refeições juntos e torne esse 
momento em algo alegre e agradável; 
- Mantenha snacks saudáveis por perto 
- Se está preocupado ou se a criança 
perder muito peso, consulte o médico 
pediatra 
 
 
 Se o seu filho… Como ajudar? 
… não é capaz de fazer coisas que já 
fazia. 
…não fala como habitualmente. 
- Evite criticar. Isso irá preocupar a 
criança e fazê-la penar poderá nunca 
aprender; 
- Ao invés de se focar na competência, 
ajude-a sentir-se compreendida, aceite, 
amada e apoiada; 
- À medida que se vai sentindo mais 
segura, vai recuperar a competência 
perdida. 
Contexto de Trauma 
Estratégias interventivas 
Bebés e Crianças pequenas 
36 
 
 Se o seu filho… Como ajudar? 
… agride-o. - Faça saber que a criança está errada; 
- Agarre-lhes as mãos para que não 
possa agredir e sente-a; 
- Ajude-a a expressar a zanga de outras 
formas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reação/Comportamento Respostas 
Confusão acerca do que aconteceu - Dar explicações concretas acerca do 
que aconteceu sempre que a criança 
questionar; 
- Corrigir informação errada sobre a sua 
perceção do perigo; 
- Relembre-a de que há pessoas a 
trabalhar para a segurança da sua 
família e que a família pode receber 
mais ajuda se necessitar. 
 
 
Reação/Comportamento Respostas 
Queixas somáticas - Procurar se há alguma razão clínica. Se 
não houver providenciar conforto e 
assegure à criança que está tudo bem; 
- Procurar uma atitude prática. 
 
 
Contexto de Trauma 
Estratégias interventivas 
Crianças em Idade Escolar 
37 
 
Reação/Comportamento Respostas 
Preocupações com outros 
sobreviventes e famílias 
- Ajudar a criança a identificar projetos 
que sejam úteis e apropriados para a 
idade dela. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reação/Comportamento Respostas 
Isolamento/Vergonha/Culpabilização - Providenciar tempo para discutir com o 
adolescente o acontecimento 
traumático e os sentimentos resultantes 
dele; 
- Normalizar os seus sentimentos 
corrigindo a culpabilização com 
explicações realísticas sobre o que podia 
realmente ser feito. 
 
Reação/Comportamento Respostas 
Ter comportamentos não habituais - Ajudar o adolescente a compreender 
que estes tipos de comportamentos são 
uma forma perigosa de expressarem os 
seus sentimentos sobre o que 
aconteceu; 
- Limitar o seu acesso dos adolescentes 
a álcool e outras substâncias; 
- Conversas sobre o risco de relações 
sexuais desprotegidas 
 
 
Contexto de Trauma 
Estratégias interventivas 
Adolescentes 
38 
 
Reação/Comportamento Respostas 
Mudanças abruptas nos 
relacionamentos interpessoais 
- Explicar ao adolescente que a tensão 
na relação é expectável; 
- Encorajar a tolerância, os tempos de 
recuperação dos diferentes membros da 
família; 
- Aceitar a responsabilização pelos seus 
próprios sentimentos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Reações/Comportamento Respostas 
Grande ansiedade/ativação 
fisiológica 
- Técnica de relaxamento; 
- Controlo respiratório. 
Preocupação ou culpa pelas 
próprias reações 
- Partilha com um membro da 
família ou outro significativo; 
- Análise de evidências. 
Sentir-se “esmagado” - Identificação de prioridades; 
- Elaboração de um plano realístico 
das tarefas. 
 
Reações/Comportamento Respostas 
Medo que a situação volte a 
acontecer 
- “Estou triste porque me estou a 
recordar da situação, mas o 
acontecimento não está a ocorrer de 
novo e eu estou seguro”; 
- Limitar a visualização das notícias à 
aquisição da informação de que 
necessita- 
Problemas de sono - Assegurar boas rotinas de sono. 
 
Contexto de Trauma 
Estratégias interventivas 
Adultos 
39 
 
Exercício Prático 
Exercício I 
“Um menino de 7 anos foi 
encontrado sozinho a vaguear 
pelas ruas. Não verbaliza muito, 
apenas diz que se chama André 
e encontra-se assustado.” 
 
 
Exercício II 
“No abrigo vê uma senhora 
sozinha muito chorosa. Um 
trabalhador presente no abrigo 
diz-lhe que acabaram de a 
notificar da morte do marido 
num incêndio. Quando a aborda, 
ela não consegue falar porque 
não consegue parar dechorar.”

Continue navegando