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Haemophilus 1 Haemophilus Haemophilus influenzae Introdução → Isolado pela primeira vez em 1890 em doentes com faringite por ocasião de uma pandemia de gripe → É encontrado nas mucosas das vias respiratórias superiores dos seres humanos → Importante causa de meningite em crianças e mais raramente, infecções das vias respiratórias tanto em crianças quanto em adultos Morfologia e coloração Bacilos ou coco-bacilos gram negativos → parece um halter Cultura Só crescem na presença de fatores de crescimento X e V presente no sangue aquecida → Ex: ágar chocolate Fatores de virulência Algumas cepas de Haemophilus influenzae produzem: → Cápsula polissacarídica: ação antifagocitária e lise de proteínas do sistema complemento → IgA protease: degrada a IgA secretora, facilitando a adesão à mucosa respiratória → Não há produção de exotoxina, apenas endotoxinas → A endotoxina da neisseria formava as petéquias (diferencial em meningite de crianças). → Já aqui, dificilmente haverão petéquias, essa endotoxina não é tão forte quanto da neisseria → Após se ligar no trato respiratório superior, o microrganismo pode atingir a corrente sanguínea e disseminar-se até as meninges Patogenicidade → A maioria das infecções em crianças ocorre com idade entre dois meses a 6 anos, com maior incidência na faixa etária de seis meses a 2 anos Isso ocorre devido: → Diminuição na quantidade de IgG materna na criança. → Incapacidade de a criança gerar anticorpos suficientes contra antígeno capsular polissacarídico até́ atingir a idade aproximada de dois anos. Haemophilus 2 → O sorotipo “B” é o mais importante e causa 95% das infecções graves invasivas, como meningite e sepse. → De modo geral, as doenças causadas pelos H. influenzae são precedidas de uma infecção viral das vias áreas superiores. → É uma das três bactérias piogênicas encapsulados mais importantes, juntamente com os pneumococos e meningococos. → Normalmente a bactéria encontra-se na nasofaringe, sem despertar manifestações clinicas. Portadores assintomáticos. → As doenças mais frequentes causadas pôr esta bactéria são: → Meningite, epiglotite e laringite obstrutiva → Bacteremia, septicemia, sinusite, otite e pneumonia, artrite Diagnóstico laboratorial → Para diagnóstico presuntivo, fazer o Gram. → Meningite bacteriana: fazer cultura do L.C.R (Agar chocolate) → Septicemia: coleta de sangue para Hemocultura. → P.C.R → A identificação sorológica Epidemiologia → A incidência do estado de portador do H. influenzae tipo B nas vias respiratórias superiores era de 2 a 4% antes da implementação da vacina Hib, sendo hoje menos de 1%. → Antes de 2002 era a maior causa de meningite em crianças → As amostras não capsuladas são encontradas na maioria dos indivíduos (50 a 80%). → Sem cápsula dificilmente causa uma doença grave; mais preocupante em recém nascidos e pessoas imunocomprometidas Vacina → Hib: Protege as crianças contra a meningite causada pelo Haemophilus influenzae tipo B. → Desde de 2012: pentavalente → Administrado em bebês e crianças com menos de cinco anos → Primeira vacina aos dois meses de idade. → Três vacinas adicionais são necessárias aos quatro meses, seis meses e 15 meses de idade (reforço). → Imunização de mulheres no 8º mês de gravidez, resultando na produção de anticorpos (imunização passiva) Procedimentos durante internação Haemophilus 3 Isolamento até 24 horas do início da antibioticoterapia. → Corticoterapia e Antibioticoterapia → Precauções com gotículas, aerossóis etc → Medidas de suporte. → Medicação de apoio. → Monitorização dos dados vitais Tratamento Corticoterapia: dexametasona 12/12h por 2 dias Primeira dose 15 a 30 minutos antes do início da antibioticoterapia: → Melhora o fluxo sanguíneo cerebral. → Diminui edema cerebral. (diminui a PIC) → Diminui febre e sequelas neurológicas A taxa de mortalidade de indivíduos acometidos por meningite por H. influenzae sem tratamento pode atingir 90%. Mesmo com uso de antibacterianos apropriados: → Taxa de mortalidade +/- 5%. → Sequelas neurológicas permanentes entre 10 a 15%. → Ceftriaxona E.V durante 7 a 10 dias. Obs: O tratamento deve ser rápido: → Alta taxa de letalidade. → Alta taxa de sequelas. Quimioprofilaxia → É feita em todos os contactantes próximos do indivíduo doente. → Visa a eliminação da bactéria da nasofaringe dos portadores evitando a ocorrência de novos casos. → Eficácia de 90 a 95% quando aplicado nas primeiras 24 horas. Crianças → Rifampicina: V.O, 2 vezes ao dia durante 02 dias Adultos → Ciprofloxacina: V.O, dose única Haemophilus ducreyi Características → Causador do “cancro mole ou cancroide” → É uma ulceração do revestimento cutaneomucoso dos órgãos genitais (LESÃO) → Aparece de 03 a 06 dias após as relações sexuais. → A bactéria entra pela mucosa ou ruptura de pele. Morfologia Haemophilus 4 → São bacilos ou coco-bacilos gram negativos. → Aparecem ao lado de leucócitos PMN (neutrófilos) formando pequenos grupos ou cadeias dispostas paralelamente Caracteres culturais → O bacilo de ducreyi não cresce em meios comuns de cultura. → A cultura deve ser feita em Agar Chocolate (com fatores X e V), contendo vancomicina (inibe bacilos gram positivos) Aspecto clínico (lesões) → Período de incubação é de 03 a 06 dias. → A lesão começa com uma pápula vesículo dolorosa que logo rompe formando a ulcera (cancro mole). → As lesões geralmente múltiplas devido a auto inoculação. → As infecções secundárias são muitos comuns. (Estafilococos e Estreptococos) Diferenciação do cancro duro e cancro mole Cancro mole: h. ducreyi Cancro duro: treponema pallidum Lesões cancro mole: doloridas e múltiplas Lesões cancro duro: lesão única (maioria), indolor O tipo de lesão é idêntica! Precisamos verificar se tem dor ou não, se é mais de uma. Se tiver dúvida entre os dois, fazer o gram e tratar Aspecto clínico (bubões) → Em 30 a 50% dos casos o bacilo pode atingir os linfonodos regionais, formando bubão inguinal (enfartamento ganglionar) → O bubão costuma ser unilateral e surge de 1 a 2 semanas após as úlceras do cancro mole. → bubão da clamídia demora mais para surgir → Dor na região inguinal e pode formar fistulas em 50% dos casos e drenar secreções. → paciente pode se referir a uma íngua dolorosa Locais das infecções (lesões cancro mole) Órgãos genitais externos, sobretudo nos locais onde há traumas durante o ato sexual. No homem: Glande e prepúcio Na mulher: Grande e pequenos lábios e períneo Diagnóstico laboratorial Coleta do material da lesão no órgão genital ou aspiração do Bubão inguinal: → Exame bacterioscópico (GRAM): bacilos gram negativos acompanhados de neutrófilos Haemophilus 5 → Cultura em Agar Chocolate com vancomicina Tratamento → Azitromicina 1g, VO, dose única; ou Tianfenicol 5 g, VO, dose única → O tratamento sistêmico deve ser sempre acompanhado com medidas de higiene local. (lesão) → Drenagem e limpar as fistulas com antissépticos. Recomendações → Acompanhar o tratamento do paciente até a cura total das Lesões e Bubão. → Deve ser indicada a abstinência sexual até a cura da doença. → O tratamento dos parceiros sexuais é recomendado, mesmo que a doença clínica não seja demonstrada, pela possibilidade de existirem portadores assintomáticos, principalmente entre mulheres Nathália Farias @medicinathy
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