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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 99ª VARA DO TRABALHO DE TERESINA – PI Processo de nº: _____________________ O recorrido ( Restaurante Amargo LTDA), devidamente qualificado nos autos epígrafe, no qual litiga em face do Recorrente ( Renato), vem, tempestivamente, perante Vossa Excelência, por meio de seu advogado infra-assinado apresentar CONTRARRAZÕES AO RECURSO ORDINÁRIO com base no art.900 da CLT, estas que seguem em anexo, para posterior apreciação do Egrégio Tribunal do Trabalho, requerendo o seu recebimento regular e processamento nos termos da lei. Termos em que, Pede-se deferimento. Local... , Data ... NOME DO ADVOGADO(A) OAB-UF/nº EGRÉGIA ___ TURMA DO TRIBUNAL DO TRABALHO REGIONAL DO TRABALHO 22ª REGIÃO – PI Recorrente: Renato Recorrido: Restaurante Amargo Ltda. Origem: 99ª Vara do Trabalho de Teresina – PI Processo Nº: ___________________________ Colenda Turma, Nobres Desembargadores, I - HISTÓRICO PROCESSUAL O recorrente propôs reclamação trabalhista em face do recorrido, mas a sentença prolatada pelo juízo a quo considerou todos os pedidos do obreiro recorrente foram improcedentes e o condenou ao pagamento de custas processuais. O recorrente insatisfeito com a sentença proferida pelo magistrado de 1º grau interpôs recurso, mas sem qualquer documento que comprovasse o pagamento de custas para interpor tal ato processual. Diante de todo exposto, o recorrente deseja que a decisão prolatada pelo juízo de 1º grau seja mantida pelo motivos de direito a seguir elencados. II – DAS PRELIMINARES II.A) DA INTERPESTIVIDADE DO RECURSO ORDINÁRIO O recorrente interpôs ordinário após 15 dias após ser notificado da sentença de improcedência de todos os seus pedidos, ou seja, fora do prazo de 8 (oito) dias pra interposição de Recurso Ordinário, conforme preceitua o art.895, I da CLT. Diante do exposto, requer o não provimento do Recurso Ordinário em razão de intempestividade do Recurso Ordinário. II.B) DA DESERÇÃO Na interposição do Recurso Ordinário, o recorrente não juntou os documentos necessários para comprovar o recolhimento de custas, o que é necessário para ajuizar tal ato processual, haja vista a improcedência de total dos pedidos feitos pela recorrente, nos termos do art.789, §1º da CLT, logo o Recurso Ordinário pelo recorrente encontra-se deserto. Diante disso, requer o não conhecimento do presente do Recurso Ordinário em razão da deserção. II.C) DO CERCEAMENTO DE DEFESA O recorrido requereu a oitiva de testemunha pelo juízo a quo, mas o digno magistrado indeferiu o pleito do recorrido, o qual manifestou sua insatisfação em ata. Dessa maneira, o recorrido entende que teve o seu direito de defesa cerceado, o qual a constituição federal no art.5º, LV, CF/88 lhe garante, frontalmente afrontado. Desse modo, se as outras preliminares não foram acolhidas pelos nobres desembargadores, requer-se que o seja acolhida a preliminar de cerceamento de defesa, com isso, anulando a sentença proferida em 1ª grau e o retorno do processo retornando a sua vara de origem para a vara de origem para ter uma nova instrução e sentença. III – DO MERITO III.A) DAS DIFERENÇAS SALARIAS Não deve prosperar o pedido da parte recorrente, tendo em vista que a categoria profissional a qual o recorrente enquadra-se já ser considerada especial, bem como não ter qualquer singularidade com profissionais que atuam no setor de bares restaurantes, conforme preceitua o art. 511, §3º e §4º da CLT. Dessa maneira, requer que mantenha o indeferimento das diferenças salarias, o qual foi decidido em juízo de 1º grau, quanto ao pedido do recorrente. III. B) DAS DIÁRIAS PARA VIAGEM O recorrente pleiteia que as diárias pagas eventualmente pelo recorrido sejam incorporadas ao seu salário, o que não assiste ao obreiro, pois ele realizou somente 3 (três) viagens para a empresa recorrida em 3 (três) meses diversos. Dessa forma, o pedido do recorrente não deve prosperar, uma vez que, nos moldes do art.457, §2º da CLT, a ajuda de custo não se incorpora a base salarial, bem como não constituem na base de incidência de cálculo de qualquer encargo trabalhista e previdenciário. Diante do exposto, requer que seja mantida a decisão proferida em sede de 1º grau mantendo o indeferimento da integração das diárias na base salarial. III. D) DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL Por fim, o recorrente pleiteou a diferença de salários decorrentes de equiparação salarial com outro motorista, o qual inicialmente trabalhou como “maitre”, mas por força de decisão administrativa do INSS, por limitação física, teve sua função alterada para motorista, mas mantendo o salário de R$ 2.000,00 de sua função anterior. A sentença lavrada pelo juízo a quo deve ser mantida nesse ponto, pois o art.461, § 4º da CLT é cristalino ao dizer que o empregado readaptado não pode servir de parâmetro para equiparação salarial. Assim sendo, requer que a sentença lavrada em sede de 1º grau seja mantida quanto ao pleito de equiparação salarial. IV – DOS PEDIDOS Diante de todo exposto, requer-se a essa Colenda Turma: a) O acolhimento da presente contrarrazões; b) O acolhimento das preliminares de intempestividade e deserção para que não seja conhecido o recurso ordinário; c) O acolhimento de preliminar de cerceamento de defesa para voltar o processo a vara de origem, pra ter nova instrução e sentença, caso não forem acolhidas por essa colenda turma; d) Caso nenhuma preliminar for acolhida, requer que o recurso ordinário não seja provido nenhum pleito do recorrente e que mantenha-se a sentença prolatada pelo magistrado em todo seus termos. Termos em que, Pede-se deferimento Local ... , Data .. NOME DO ADVOGADO(A) OAB/UF-Nº
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