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Alterações fisiológicas na gestação (Livro Vitolo) )@raquel_figueiredoqs

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Materno - infantil 
Alterações fisiológicas na gestação (Vitolo) 
 
▸ Características gerais: 
➢ Período gestacional → 40 semanas → heterogêneo em seus aspectos 
fisiológicos, metabólicos e nutricionais 
1º trimestre: 
➢ Grandes modificações biológicas devido a intensa divisão celular 
➢ A saúde do embrião: depende da condição pré-gestacional da mãe (reservas 
energéticas, vitaminas, minerais e oligoelementos) 
➢ Mulheres em idade fértil: atenção especial dos programas governamentais 
p/ uma gestação saudável desde o ínicio 
2º e 3º trimestre: 
➢ O meio externo vai exercer influência direta na condição nutricional do feto. 
• Ganho de peso ideal e adequado 
• Ingestão de energia e nutrientes 
• Fator emocional 
• Estilo de vida 
 
➢ São aproximadamente 28 semanas (período relativamente curto) pela 
importância que assume quanto às condições de morbimortalidade materna 
e fetal. 
➢ A disciplina relacionada aos hábitos 
de vida e qualidade de assistência pré-
natal da gestante serão responsáveis 
pelas consequências imediatas e 
futuras para mãe e feto. 
➢ O feto ganha o total de 1kg até 28 
semanas e, nas duas semanas 
seguintes 2,5kg. 
 
 
 
@nutricomgab 
Determinantes p/ o 
crescimento e 
desenvolvimento normal 
do feto 
CURIOSIDADE 
De acordo a um estudo canadense 
publicado em 2002, alerta para o alto 
consumo de ácidos graxos tranas por 
gestantes através de produtos que não são 
vistos como fontes de gorduras (biscoitos, 
bolos, tortas industrializadas)... 
Os resultados segundo os autores mostram 
ocorrer inibição do metabolismos dos 
ácidos graxos das famílias ômega 3 e 6, que 
são importantes para o desenvolvimento 
do sistema nervoso, na presença de 
elevados níveis dos ác graxos trans. 
▸ Placenta: 
➢ Órgão de complexidade metabólica 
➢ Estrutura esponjosa, oval, com diâmetro de 15 a 16cm e pesa 
aproximadamente 500g na estação a termo. 
➢ O aumento do tamanho da placenta é proporcional ao período da gestação. 
➢ Responsável pela produção de hormônios necessários para a manutenção, 
regulação e desenvolvimento de todo o complexo 
gestacional (materno e fetal). 
• Hormônio gonadotrofina coriônica (HCG) 
• Estrógeno 
• Progesterona 
• Lactogênio placentário 
 
➢ Transporta oxigênio e nutrientes da mãe para o feto para 
suprir as altas demandas nutricionais destes. 
➢ Elimina os produtos originários do metabolismo fetal. 
 
 
 A insulina materna não atravessa a membrana placentária e nas primeiras 14 
semanas gestacionais, o pâncreas do feto ainda não produz a sua própria, a 
placenta então produz temporariamente uma proteína que exerce a função 
semelhante à insulina. 
 
➢ Mudanças nas condições nutricionais ou metabólicas maternas interferem 
no processo de transporte dos principais substratos energéticos como 
glicose, lipídios e aminoácidos. 
➢ O transporte de glicose é facilitado (depende de um carreador para 
atravessar a placenta), no entanto seu transporte líquido funciona de acordo 
com o gradiente de concentração, ou seja: 
➢ Níveis elevados de glicose durante a gestação → maior transporte 
placentário de glicose para o feto 
➢ O transporte de lipídios maternos é mais complexo e a placenta é capaz de 
regular a captação, estocagem e liberação deles por múltiplos mecanismos, 
controlando a composição dos lipídios plasmáticos fetais. 
➢ Altos níveis de colesterol materno interferem no metabolismo lipídico da 
placenta e a sua alta captação por esse órgão pode causar esteroidogênese, 
pois o colesterol é precursor para síntese de progesterona. 
 
 
10-12 semanas = 51g 
12-14 semanas = 66g 
14-16 semanas = 85g 
16-18 semanas = 
110g 
18-20 semanas = 
141g 
Fonte: IOM,2009 
 Principais vias de transporte 
placentário de gases e nutrientes 
Mecanismos de transporte placentário Substâncias transportadas 
Difusão passiva Oxigênio, dióxido de carbono, ácidos 
graxos, esteroides, nucleosídeos, 
eletrólitos, vitaminas lipossolúveis 
Difusão facilitada Glicose 
Transporte ativo Aminoácidos, cálcio, ferro, iodo, 
fosfato, vitaminas hidrossolúveis 
 
 Principais hormônios e suas funções na gestação 
▸ HCG: 
▪ Papel fundamental no inicio da gravidez enquanto a placenta não é capaz de 
produzir progesterona e estrógeno suficientes p/ a evolução dessa nova 
condição fisiológica 
▪ Detectada no sangue 8 dias após a fecundação e 15 dias na urina 
▪ Hormônio utilizado para confirmação da gravidez nos testes de farmácia 
▸ Progesterona (placenta): 
▪ Principal ação é relaxar a musculatura lisa do útero 
▪ Interfere no intestino, diminuindo a motilidade possibilitando maior tempo 
para absorção dos nutrientes porém desencadeia um quadro de constipação 
intestinal. 
▪ Favorece a deposição de gordura 
▪ Aumenta a excreção de sódio 
▪ Reduz PCO₂ arterial e alveolar 
▪ Afeta o metabolismo do ácido fólico 
▪ Participa da mamogênese 
▪ O desequilíbrio em sua produção pode contribuir para o processo de ganho 
de peso na gestação 
▸ Estrógeno (placenta): 
▪ Principal ação é aumentar a elasticidade da parede uterina e do canal cervical 
▪ Reduz as proteínas séricas 
▪ Interfere no metabolismo do ácido fólico 
▪ Afeta a função tireoidiana 
▪ Participa da mamogênese 
▸ Hormônio lactogênio placentário: 
▪ Antagoniza a ação da insulina 
▪ Ação semelhante a do hormônio de crescimento 
▪ Intensa função anabólica e lipolítica 
▪ Acredita-se que inicia o processo de produção de leite (lactogênese), nos 
alvéolos das glândulas mamárias. 
▸ Insulina (pâncreas): 
▪ A gestação é considerada um estado hiperinsulinêmico, pois se caracteriza 
pela maior sensibilidade à insulina 
▪ Os níveis glicêmicos em jejum tendem a ser menos elevados, entretanto os 
níveis pós-brandias são mais elevados. Principalmente nas gestantes em que 
não há aumento adequado da produção de insulina 
▪ A medida que o período gestacional avança, é necessário mais insulina para 
transportar a mesma quantidade de glicose 
▸ Tiroxina (tireoide): 
▪ Esse hormônio regula as reações oxidativas envolvidas na produção de 
energia 
▪ Progesterona e estrógeno participam de mecanismos homeostáticos que 
envolvem a tiroxina e o TSH 
▪ A hiperventilação promovida pela progesterona garante maior suprimento 
de oxigênio para a produção de energia, logo não sobrecarrega a função da 
tireoide 
 
Adaptações fisiológicas 
➢ Devido as adaptações fisiológicas que afetam o sistema materno e suas vias 
metabólicas → parâmetros laboratoriais plasmáticos e urinários são 
“alterados” em relação as mulheres não grávidas 
 
➢ Fatores fisiológicos que exercem maior força sobre essas alterações são os 
níveis elevados de estrógeno e progesterona 
 
➢ Além do aumento de 50% do volume plasmático (alcança o pico por volta de 
30 a 34 semanas) 
 
➢ 20% no conteúdo total de hemoglobina 
 
➢ O impacto dessas alterações fisiológicas recai sobre os lipídios, colesterol, 
caroteno, vitamina E e fatores coaguladores sanguíneos 
➢ A quantidade de eritrócitos aumenta 18% por ocasião do parto s/ 
suplementação de ferro e 30% c/ suplementação 
 
➢ Porém, o aumento dos componentes plasmáticos não é proporcional a 
expansão do volume total, promovendo → hemodiluição 
 
➢ Essa diluição fisiológica → queda de 20% da concentração de hemoglobina 
plasmática e 15% no hematócrito → VCM e o HCM permanecem inalterados 
em pacientes não anêmicas. 
 
➢ O débito cardíaco aumenta de 30 a 50% desde o inicio da gestação devido as 
mudanças no volume plasmático e hormonais e permanece aumentado até o 
fim da gestação 
 
➢ De acordo a gestação avança → fluxo sanguíneo aumenta no útero, rins e 
pele 
 
➢ O metabolismo basal no final da gestação está de 15 a 20% maior em razão 
do aumento de peso, da demanda maior de O₂ e da maior produção 
hormonal 
 
➢ Ocorrem vários ajustes nos macronutrientes para que o feito receba os 
devidos suprimentos para o seu crescimento 
 
➢ Quando os níveis glicêmicosmaternos caem → diminuição da taxa de 
transferência de glicose p/ o feto → ácidos graxos tornam-se a principal 
fonte de energia → explicando o motivo pelo qual no final da gravidez há 
maior acumulo de gordura em forma de triglicerídeos (principalmente coxas 
e subescapular) → servir de reserva imediata de energia em períodos de 
jejum prolongado. 
 
➢ A medida que a gestação avança → resistência insulínica → ação do 
hormônio é de 50 a 60% menor no final da gestação 
 
➢ Progesterona e estrógeno → aumentam a sensibilidade e vascularização dos 
centros respiratórios → hiperventilação → pode conferir desconforto nasal 
→ ao final da gestação respiração torácica substitui a abdominal → menor 
movimento do diafragma por causa da expansão uterina → diafragma 
movimenta-se mais vezes com menor profundidade → “respiração 
ofegante” da gestante. 
 
➢ A função renal sofre alterações com aumento de cerca de 70% do fluxo 
plasmático renal 
➢ Filtração glomerular aumentada em 50% → por conta disso → níveis séricos 
de ureia e creatinina diminuem 
 
➢ Aumenta a reabsorção de sódio pelos túbulos renais em função 
principalmente da aldosterona e do estrógeno 
 
➢ Em consequência da diluição da albumina sérica (promovida pelo aumento 
do volume plasmático) e do aumento da filtração glomerular, ocorre a 
eliminação mais eficiente de creatinina, ureia e ácido úrico, produtos da 
excreção do metabolismo proteico fetal e materno. 
 
➢ Alterações fisiológicas nas funções gustativas e olfativas → alterações 
hormonais (principalmente no 1 trimestre) interferem no paladar e no olfato 
→ aumento do consumo de sal (pela diminuição da sensibilidade a essa 
substância) → a maior capacidade olfativa causa: hiperêmese, náuseas e 
vômito. 
 
➢ As alterações gastrointestinais: diminuição do tônus e motilidade do 
estômago; redução na produção de HCI; esvaziamento gástrico mais lento e 
menor motilidade do intestino. 
 
➢ A desnutrição durante o período gestacional e no inicio da vida pós-natal 
está associada a prejuízos durante toda a infância 
 
➢ Crianças que nascem a termo e com peso adequado para a idade gestacional 
possuem mais adipócitos e mais massa magra do que aquelas consideradas 
pequenas para a idade gestacional.

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