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Marina Puhl Fronza

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Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO 
SUL 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS 
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL 
 
 
 
 
MARINA PUHL FRONZA 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE E TRATAMENTO DE PATOLOGIAS CAUSADAS PELA UMIDADE EM 
EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS TÉRREAS, DEVIDO À FALHA OU AUSÊNCIA DE 
IMPERMEABILIZAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Santa Rosa 
2019 
 
 
 
 
1 
 
 
MARINA PUHL FRONZA 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE E TRATAMENTO DE PATOLOGIAS CAUSADAS PELA UMIDADE EM 
EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS TÉRREAS, DEVIDO À FALHA OU AUSÊNCIA DE 
IMPERMEABILIZAÇÃO 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de curso de Engenharia 
Civil da Universidade Regional do Noroeste do 
Estado do Rio Grande do Sul, apresentado 
como requisito parcial para obtenção do título de 
Engenheira Civil. 
 
 
 
 
 
 
Orientador: Prof. Fernando Wypyszynski 
 
 
 
 
 
 
 
Santa Rosa 
2019 
 
 
 
 
 
 
MARINA PUHL FRONZA 
 
 
 
ANÁLISE E TRATAMENTO DE PATOLOGIAS CAUSADAS PELA UMIDADE 
EM EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS TÉRREAS, DEVIDO À FALHA OU AUSÊNCIA 
DE IMPERMEABILIZAÇÃO 
 
 
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção 
do título de ENGENHEIRO CIVIL e aprovado em sua forma final pelo professor 
orientador e pelo membro da banca examinadora. 
 
Santa Rosa, 25 de novembro de 2019. 
 
Professor Fernando Wypyszynski 
Engenheiro Civil pela PUC - RS – Orientador 
Professor Mauro Fonseca Rodrigues 
Coordenador dos Cursos de Engenharia/UNIJUÍ-SR 
BANCA EXAMINADORA 
Professor Fernando Wypyszynski 
Engenheiro Civil pela PUC - RS – Orientador 
Professora Me. Cláudia Kraemer Legonde 
Arquiteta e Urbanista Mestre pela UNISINOS 
 
 
3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esta conquista à minha família que 
sempre me apoiou e esteve ao meu lado. 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
Quero agradecer primeiramente a Deus por me dar força e sabedoria para a 
realização desse sonho. 
Aos meus pais, meu irmão, meu noivo e a toda família que, com muito carinho e 
apoio, não mediram esforços para que eu chegasse até esta etapa da minha vida. 
Ao meu orientador Professor Fernando Wypyszynski pela confiança, paciência 
e orientação do trabalho. Meus sinceros agradecimentos e admiração. 
A Empresa TKM, em especial ao vendedor Rodrigo Correa, que com atenção e 
paciência me recebeu e me orientou na indicação dos produtos. 
Agradeço também a instituição pelo apoio e conhecimento obtido no decorrer 
desses anos. 
Enfim, agradeço a todas as pessoas que fizeram parte dessa etapa decisiva em 
minha vida. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Sonhos determinam o que você quer. Ação 
determina o que você conquista. 
 
Aldo Novak. 
 
 
 
RESUMO 
FRONZA, Marina Puhl. Análise e tratamento de patologias causadas pela 
umidade em edificações residenciais térreas, devido à falha ou ausência de 
impermeabilização. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia 
Civil, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, 
Santa Rosa, 2019. 
A impermeabilização desempenha um papel muito importante na área da construção 
civil, entretanto, muitas vezes, essa etapa é ignorada durante a fase de execução da 
obra, por vez, para gerar uma redução de custos ou até mesmo por desinformação, 
resultando no aparecimento de manifestações patológicas. Este trabalho tem o intuito 
de analisar as causas e os problemas relacionados à falta de impermeabilização e 
apresentar sugestões de correções. Para isso foi realizada uma pesquisa bibliográfica 
e registros de imagens. Com os dados coletados, foi possível relacionar as 
manifestações patologias encontradas, incluindo, imagem do problema, descrição, 
causas prováveis, local de incidência e indicação de tratamento adequado. O mesmo 
foi desenvolvido com o propósito de esclarecer possíveis dúvidas sobre o assunto. 
 
Palavras-chave: Impermeabilização, manifestações patológicas, umidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 
ABSTRACT 
FRONZA, Marina Puhl. Análise e tratamento de patologias causadas pela 
umidade em edificações residenciais térreas, devido à falha ou ausência de 
impermeabilização. 2019. Trabalho de Conclusão de Curso. Curso de Engenharia 
Civil, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul – UNIJUÍ, 
Santa Rosa, 2019. 
Waterproofing plays a very important role in the area of construction, however, often 
this step is ignored during the execution phase of the work, sometimes to generate 
cost savings or even disinformation, resulting in the appearance of demonstrations. 
pathological. This paper aims to analyze the causes and problems related to the lack 
of waterproofing and make suggestions for corrections. For this, a bibliographic search 
and image records were performed. With the collected data, it was possible to relate 
the manifestations pathologies found, including, image of the problem, description, 
probable causes, place of incidence and indication of appropriate treatment. The same 
was developed with the purpose of clarifying possible doubts on the subject. 
Keywords: Waterproofing, pathological manifestations, humidity. 
 
 
 
 
 
 
 
___________________________________________________________________________
_Marina Puhl Fronza – TCC – Curso Engenharia Civil - UNIJUÍ, 2019 
LISTA DE FIGURAS 
Figura 1 - Ação da umidade na construção ............................................................... 21 
Figura 2 - Capilaridade .............................................................................................. 22 
Figura 3 - Percolação pela esquadria ........................................................................ 23 
Figura 4 - Condensação pela laje do forro ................................................................ 24 
Figura 5 - Aditivo Impermeabilizante para Argamassa .............................................. 35 
Figura 6 - Aplicação de Argamassa Polimérica em forma de pintura ........................ 36 
Figura 7 - Aplicação da Argamassa Polimérica em forma de revestimento .............. 36 
Figura 8 - Aplicação de Cristalizante na forma de pintura ......................................... 37 
Figura 9 - Aplicação da Manta Asfáltica .................................................................... 39 
Figura 10 - Execução da Membrana de asfalto a frio ................................................ 40 
Figura 11 - Execução de Membrana asfáltica a quente ............................................ 40 
Figura 12 - Mofo na laje de cobertura ....................................................................... 46 
Figura 13 - Presença de mofo em muro com exposição à umidade ......................... 47 
Figura 14 - Trincas em parede externa ..................................................................... 48 
Figura 15 - Goteiras devido as trincas ....................................................................... 49 
Figura 16 - Embolhamento e descascamento no forro .............................................. 51 
Figura 17 - Bolhas na pintura .................................................................................... 52 
Figura 18 - Descolamento de Piso ............................................................................ 53 
Figura 19 - Percolação pela esquadria ...................................................................... 54 
Figura 20 - Borracha Líquida ..................................................................................... 55 
Figura 21 - MasterSeal NP1 ...................................................................................... 56 
Figura 22 - MasterSeal 550 ....................................................................................... 57 
Figura 23 - MasterSeal 515 .......................................................................................57 
Figura 24 - MasterEmaco S488Cl ............................................................................. 58 
Figura 25 - MasterEmaco N300Cl ............................................................................. 59 
Figura 26 - DenverFlex Trinca ................................................................................... 60 
Figura 27 - MasterEmaco P122 ................................................................................. 61 
Figura 28 - MasterLife WP300 ................................................................................... 62 
 
 
 
9 
 
 
Análise e tratamento de patologias causadas pela umidade em edificações residenciais 
térreas, devido à falha ou ausência de impermeabilização 
LISTA DE GRÁFICOS 
Gráfico 1 - Principais origens de patologias no Brasil ............................................... 18 
Gráfico 2 - Porcentagem de investimento de construções ........................................ 41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
___________________________________________________________________________
_Marina Puhl Fronza – TCC – Curso Engenharia Civil - UNIJUÍ, 2019 
LISTA DE QUADROS 
Quadro 1 - Origem da umidade nas construções ...................................................... 20 
Quadro 2 - Características do Sistema ..................................................................... 33 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
Análise e tratamento de patologias causadas pela umidade em edificações residenciais 
térreas, devido à falha ou ausência de impermeabilização 
LISTA DE SIGLAS 
ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas 
CAP Cimento Asfáltico de Petróleo 
CM Centímetros 
IBI Instituto Brasileiro de Impermeabilização 
G Gramas 
KG Quilograma 
M² Metros Quadrados 
M Metros 
NBR Norma Técnica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
___________________________________________________________________________
_Marina Puhl Fronza – TCC – Curso Engenharia Civil - UNIJUÍ, 2019 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ................................................................................. 14 
1.1 Contexto ......................................................................................... 14 
1.2 Problema ......................................................................................... 15 
1.2.1 Questões de Pesquisa ..................................................................... 16 
1.2.2 Objetivos de Pesquisa ..................................................................... 16 
1.2.3 Delimitação ...................................................................................... 17 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................... 18 
2.1 Patologias das Edificações ........................................................... 18 
2.2 Origem da Umidade nas Construções ......................................... 20 
2.2.1 Umidades provindas do Solo ........................................................... 22 
2.2.2 Umidades provindas da Atmosfera .................................................. 22 
2.2.3 Umidades provindas da própria Construção .................................... 24 
2.3 Manifestações patológicas causadas pela Umidade .................. 24 
2.3.1 Goteiras e Manchas ......................................................................... 25 
2.3.2 Mofo e Bolor ..................................................................................... 25 
2.3.3 Eflorescências .................................................................................. 26 
2.3.4 Criptoflorescências........................................................................... 27 
2.3.5 Fissuras ........................................................................................... 28 
2.3.6 Descolamento de pisos e azulejos ................................................... 28 
2.3.7 Descolamento da Pintura ................................................................. 29 
2.3.8 Ferrugem ......................................................................................... 30 
2.3.9 Deterioração .................................................................................... 30 
2.4 Impermeabilização ......................................................................... 30 
2.4.1 Sistemas de Impermeabilização ...................................................... 32 
3 METODOLOGIA .............................................................................. 43 
3.1 Classificação da Pesquisa ............................................................ 43 
3.2 Planejamento da Pesquisa ............................................................ 43 
3.3 Coleta e Interpretação de Dados .................................................. 43 
4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS ............... 45 
4.1 Mofo e Bolor ................................................................................... 46 
4.1.1 Caso 1 .............................................................................................. 46 
4.1.2 Caso 2 .............................................................................................. 47 
13 
 
 
Análise e tratamento de patologias causadas pela umidade em edificações residenciais 
térreas, devido à falha ou ausência de impermeabilização 
4.2 Trincas e Fissuras.......................................................................... 48 
4.2.1 Caso 3 .............................................................................................. 48 
4.2.2 Caso 4 .............................................................................................. 49 
4.3 Problemas na Pintura .................................................................... 50 
4.3.1 Caso 5 .............................................................................................. 51 
4.3.2 Caso 6 .............................................................................................. 52 
4.4 Descolamento de Pisos e Azulejos .............................................. 53 
4.4.1 Caso 7 .............................................................................................. 53 
4.5 Casos variados .............................................................................. 54 
4.5.1 Caso 8 .............................................................................................. 54 
4.6 Técnicas de utilização dos produtos ........................................... 55 
5 CONCLUSÃO .................................................................................. 63 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 65 
14 
 
____________________________________________________________________________________
Marina Puhl Fronza (mary_fronza@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUÍ, 2019 
1 INTRODUÇÃO 
1.1 Contexto 
De acordo com Souza e Ripper (1998) desde o início da civilização que o homem 
tem se preocupado para que as construções de estruturas fossem habituadas e 
atendessem suas necessidades, sendo elas habitacionais, laborais, ou de infra-estrutura. 
Dessa forma, a humanidade acumulou um grande conhecimento cientifico permitindo que 
a tecnologia da construção tivesse um desenvolvimento e crescimento acelerado, 
todavia, com essas inovações, vieram muitos riscos. 
Um dos principais fatores que contribuíram com a redução da qualidade na 
construção civil, foi a evolução tecnológica dos materiais de construção e das técnicas 
de projeto e execução, ocasionando o aumento do número das manifestações 
patológicas nas construções. Dessa forma, as edificações tornaram-se mais leves, com 
componentes estruturais mais esbeltos e mais solicitados. A economia fez com que as 
obras fossem construídas em grande velocidade e com poucas exigências no controle 
de materiais e serviços,e a maioria dos trabalhadores mais capacitados se introduziram 
aos setores industriais com melhor remuneração nos serviços de mão de obra, causando 
prejuízo nas construções de pequeno porte (SILVA E JONOV, 2018). 
Conforme Verçoza (1991), as características das construções modernas 
beneficiam muito o aparecimento de patologias nas edificações. Hoje, se está à procura 
de construções realizadas com mais economia, reduzindo assim o excesso de 
segurança, em função do conhecimento mais aperfeiçoado e aprofundado dos materiais 
e métodos construtivos. 
Segundo Helene apud Silva, Pimentel e Barbosa (2003), os fenômenos 
patológicos apresentam manifestação externas características, a partir da qual se pode 
deduzir a natureza, a origem e os mecanismos dos fenômenos envolvidos. Certos 
aparecimentos têm maior incidência, em função de alguns cuidados que geralmente são 
ignorados, tanto na fase de projeto quanto na execução e utilização da edificação. 
15 
 
 
Análise e Tratamento de Patologias causadas pela umidade em edificações residenciais térreas, 
devido à falha ou ausência de impermeabilização. 
Quando se conhece os problemas ou defeitos que uma construção pode vir a 
apresentar e suas causas, a chance de se cometer erros reduz muito (VERÇOZA 1991). 
O autor citado menciona que esse conhecimento é tão importante quanto a 
responsabilidade do profissional na realização da obra. Portanto, é indispensável a todos 
que trabalham no ramo da construção civil, desde um operário até um engenheiro e 
arquiteto, ter um conhecimento da Patologia das Edificações. 
De acordo com, Perez (1985) apud Souza (2008), a umidade nas construções é 
um dos problemas mais difíceis de serem resolvidos e corrigidos dentro da construção 
civil, associado à falta de estudos e pesquisas e à dificuldade dos fenômenos envolvidos. 
Ainda hoje essa carência é notada, mais de 30 anos após a citação do autor. 
1.2 Problema 
No tema de patologias, dentro da engenharia, tem-se umidade como sendo 
“qualidade ou estado úmido ou ligeiramente molhado”, KLEIN (1999). 
Os problemas de umidade quando ocorrem nas edificações, sempre trazem um 
grande desconforto e deterioram a construção rapidamente, sendo as soluções 
extremamente caras. Os problemas ocasionados pela umidade são os mesmos já 
citados, decorrentes de características construtivas modernas assim como os novos 
materiais e sistemas construtivos empregados nas últimas décadas. Com o uso do 
concreto armado, as paredes passam a ter a vedação como sua principal função, 
essencial para o conforto térmico e acústico de ambientes. Há também a utilização de 
pré-fabricados e de novos materiais que trouxeram consigo as juntas. Esse conjunto de 
materiais de diferentes tipos nas fachadas e coberturas apresentam o problema de 
desgaste diferencial, pois cada um tem uma durabilidade específica e deste modo o 
envelope externo fica vulnerável (PEREZ, 1985 apud SOUZA, 2008). 
O Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI, 2019), afirma que mesmo com o 
surgimento de novas tecnologias na área, ainda existem diversos problemas, e muitos 
deles estão ligados ao fato de se ignorar o uso obrigatório de produtos 
16 
 
____________________________________________________________________________________
Marina Puhl Fronza (mary_fronza@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUÍ, 2019 
impermeabilizantes em obras, por julgarem desnecessários, uma vez que não ficam 
aparentes depois da obra ser concluída e pelo seu valor econômico. 
Em conformidade com Souza e Ripper (1998), tanto os custos como as 
dificuldades técnicas para a recuperação de falhas causadas, aumentam conforme a 
estrutura vai sendo construída. Desta forma, após a obra finalizada, a falha surgida na 
etapa de concepção, encarecerá muito mais a construção, do que um erro que possa 
aparecer na fase de utilização, no final do processo. 
O valor de uma boa impermeabilização, varia de 1% a 3% em média do custo total 
da obra, porém se os serviços forem executados depois de serem constatados problemas 
com umidade na edificação pronta, o custo com a impermeabilização pode gerar um 
acréscimo de 10% a 15% em média do valor final da obra. (CUNHA, 2008). 
A partir dos problemas apresentados, essa pesquisa tem a finalidade de detectar 
as patologias em edificações causadas pela umidade, fornecendo soluções técnicas para 
seu tratamento com produtos encontrados no mercado, visando um maior esclarecimento 
sobre o assunto. 
1.2.1 Questões de Pesquisa 
Ao concluir esta pesquisa, pretende-se responder as seguintes questões: 
• Quais as principais manifestações patológicas geradas pela umidade em 
edificações residenciais térreas? 
• Quais os locais de maior incidência de patologias de umidade em 
edificações residenciais térreas? 
• Qual seria a forma de recuperação mais adequada para cada patologia 
encontrada? 
1.2.2 Objetivos de Pesquisa 
17 
 
 
Análise e Tratamento de Patologias causadas pela umidade em edificações residenciais térreas, 
devido à falha ou ausência de impermeabilização. 
1.2.2.1 Objetivo Geral 
O objetivo do estudo é verificar e analisar as manifestações patológicas causadas 
pela umidade em edificações residenciais térreas, indicando os locais de maior incidência 
e apresentando soluções técnicas apropriadas para o seu correto tratamento. 
1.2.2.2 Objetivos específicos 
A partir do objetivo principal da pesquisa, foram traçados os objetivos específicos 
a seguir: 
• Revisar as origens da umidade em construções residenciais; 
• Descrever as principais patologias que ocorrem devido a umidade; 
• Estudar conceitos e tipos de impermeabilização; 
• Coletar dados em campo através de registros fotográficos de patologias 
causadas pela umidade; 
• Apresentar as soluções para cada situação; 
• Pesquisar na Empresa TKM de Santa Rosa, os tipos de materiais existentes 
e mais indicados para cada caso; 
• Mencionar as manifestações patológicas encontradas, apresentar uma 
imagem do problema, descrição, causas prováveis, local de incidência, 
produtos sugeridos e indicação de tratamento adequado fornecido pela 
Empresa TKM; 
1.2.3 Delimitação 
O presente estudo foi focado em analisar as manifestações patológicas causadas 
pela umidade nas edificações residenciais térreas, que podem ter sido ocasionadas 
devido a falha ou a inexistência de impermeabilização. A pesquisa limita-se em investigar 
e apresentar o tratamento correto para cada patologia encontrada. 
18 
 
____________________________________________________________________________________
Marina Puhl Fronza (mary_fronza@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUÍ, 2019 
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 
A seguir será listado um estudo bibliográfico que intenciona esclarecer sobre o 
assunto abordado. 
2.1 Patologias das Edificações 
Conforme Vieira (2016) o conjunto de deterioração precoce no qual uma edificação 
está exposta diariamente, gera diferentes tipos de irregularidades nas edificações, 
podendo ter diferentes causas, como seu envelhecimento natural, acidentes e 
irresponsabilidades profissionais - que optam pela utilização de materiais indevidos, entre 
outras causas. Preocupados com essa deterioração prematura das edificações surgiu a 
necessidade de se estudar esse problema de maneira científica, abordando seu 
comportamento, suas origens, seus sintomas e seus agentes causadores. 
De acordo com a NBR 15575 (ABNT, 2013) as obras devem ter uma vida útil 
estrutural de no mínimo 50 anos, porém, muitas vezes as edificações começam a 
apresentar problemas bem antes desse prazo, devido a diversos fatores que podem ser 
observados no Gráfico 1, mostrando as principais causas de incidência de patologias no 
Brasil. 
Gráfico 1 - Principais origens de patologias no Brasil 
 
Fonte: Silva e Jonov (2018) 
19 
 
 
Análise e Tratamento de Patologias causadas pela umidade em edificações residenciaistérreas, 
devido à falha ou ausência de impermeabilização. 
Ao analisar o Gráfico 1, pode-se concluir que as principais causas do aparecimento 
de patologias em estruturas de concreto estão na fase de falhas de Gerenciamento e 
Execução com 51%. 
Segundo Souza e Ripper (1998), as possíveis causas de falhas que podem 
acontecer durante a etapa de estudo da edificação, são consequências de um estudo 
preliminar deficiente, ou de anteprojetos equivocados, ao mesmo tempo que as falhas 
geradas na realização do projeto final, normalmente são as responsáveis pelo 
aparecimento dos problemas patológicos sérios e podem ser por diversos fatores, como: 
• projetos inadequados (deficiência no cálculo da estrutura, avaliação da 
resistência do solo, má definição do modelo analítico, etc.); 
• falta de compatibilidade entre a estrutura e a arquitetura, bem como os 
demais projetos civis; 
• especificação inadequada de materiais; 
• detalhamento errado ou insuficiente; 
• detalhes construtivos inexecutáveis; 
• falta de padronização das convenções; 
• erros de dimensionamento. 
Pedro et al. (2002), classifica as origens das patologias como a seguir: 
• Congênitas – originadas ainda na fase de projeto, e ocorrem pela falta de 
adequação às normas técnicas, também por falhas e descuidos dos 
profissionais na execução inadequada das construções; 
• Construtivas – surgem na etapa de construção da obra, e tem ocorrência 
no emprego de mão-de-obra desqualificada e materiais não certificados; 
• Adquiridas – aparecem durante a vida útil da edificação e são causadas 
pela exposição ao meio em que se inserem; 
• Acidentais – são as patologias causadas pela ocorrência de algum 
fenômeno atípico. 
20 
 
____________________________________________________________________________________
Marina Puhl Fronza (mary_fronza@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUÍ, 2019 
Os maiores problemas das manifestações patológicas encontradas em edificações 
em fase de uso e operação na construção civil, geralmente, cerca de 60% são causados 
pela umidade e podem levar a prejuízos de caráter funcional, de desempenho, estéticos 
e estruturais podendo reproduzir riscos à segurança dos usuários (SOUZA, 2008). 
2.2 Origem da Umidade nas Construções 
O minidicionário Luft (2001), p.658 define umidade sendo como: 
“Qualidade ou estado de úmido”. 
Já a definição de úmido é: 
“Levemente molhado ou impregnado de água, líquido ou vapor”. 
A palavra umidade dentro da temática da engenharia, relacionado com as 
patologias, de acordo com Klein apud Souza (2008) é: qualidade ou estado úmido ou 
ligeiramente molhado. 
Analisando o quadro 1 a seguir, pode ser verificado a relação das origens da 
umidade com os locais onde podem ser encontradas. 
Quadro 1 - Origem da umidade nas construções 
Origens Presentes na: 
Umidade proveniente da execução da 
construção 
Confecção do concreto 
Confecção da argamassa 
Execução de pinturas 
Umidade oriunda das chuvas Cobertura (telhados) 
Paredes 
Lajes de terraços 
Umidade trazida por capilaridade 
(umidade ascensional) 
Terra, através do lençol freático 
Umidade resultante de vazamento de 
redes de água e esgotos 
Paredes 
Telhados 
Pisos 
Terraços 
Umidade de condensação Paredes, forros e pisos 
Peças com pouca ventilação 
Banheiros, cozinha e garagem 
Fonte: Adaptado de Klein apud Silva e Jonov (2018) 
21 
 
 
Análise e Tratamento de Patologias causadas pela umidade em edificações residenciais térreas, 
devido à falha ou ausência de impermeabilização. 
Da mesma forma, Verçoza (1987), apresentou outra classificação, mais didática, 
para as origens da umidade: 
• Umidades provindas do solo; 
• Umidades provindas da atmosfera; 
• Devidas à chuva; 
• Devidas a condensação; 
• Umidades provindas da própria construção; 
• Devidas a reservatórios e instalações hidráulicas; 
• Devidas ao material empregado. 
Na figura 1, pode ser observada a ação da umidade sobre a edificação, em suas 
diversas maneiras de apresentação e como atinge a obra. 
Figura 1 - Ação da umidade na construção 
 
Fonte: Luís (2014) 
 
22 
 
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2.2.1 Umidades provindas do Solo 
Todo solo contém umidade, até mesmo o solo rochoso. Se tratando da umidade 
por capilaridade, Verçoza (1991) afirma que é a umidade decorrente do solo úmido 
(umidade ascensional). A umidade contida no solo poderá possuir uma pressão com a 
capacidade de romper a tensão superficial da água. Com isso, se houver uma estrutura 
porosa em contato com essa água presente no subsolo, a mesma percola pela estrutura 
através da capilaridade e permeabilidade até obter um equilíbrio. Quanto mais próxima 
for do lençol freático, maior será a pressão. 
De acordo com o autor citado acima, não é recomendado que os tijolos ou rebocos 
entrem em contato com o terreno, pois se uma alvenaria porosa entrar em contato com 
o solo a parede irá umedecer através da capilaridade. A umidade do subsolo traz consigo 
sais perniciosos que podem separar as argamassas e tijolos e também ocorrer o 
aparecimento de manchas. A altura da umidade capilar não costumar ultrapassar 0,80 
m, como pode ser observado na figura 2. 
Figura 2 - Capilaridade 
 
Fonte: Luís (2014) 
2.2.2 Umidades provindas da Atmosfera 
As umidades oriundas da atmosfera podem se manifestar através de duas formas: 
infiltração das águas da chuva e condensação. 
23 
 
 
Análise e Tratamento de Patologias causadas pela umidade em edificações residenciais térreas, 
devido à falha ou ausência de impermeabilização. 
O agente mais comum causador da umidade é a chuva, ela penetra nos prédios e 
construções através da percolação e pressão hidrostática, entretanto, não é em todas as 
chuvas que as patologias aparecem pois dependem da velocidade e direção do vento, 
da quantidade de precipitação e da umidade do ar. A água poderá causar problemas 
através de goteiras em telhados e calhas, má vedação em esquadrias (observado na 
figura 3), porém, nesses casos não é problema de impermeabilização e sim mecânico. 
Ou ainda atravessam as paredes por percolação, caso essas paredes não tenham sido 
impermeabilizadas devidamente, ocasionando o aparecimento de manchas, mofos e 
outras manifestações patológicas (VERÇOZA 1987). 
Figura 3 - Percolação pela esquadria 
 
Fonte: Luís (2014) 
Acrescentando, o autor menciona que a condensação é muito comum em peças 
enterradas, subsolos, onde as paredes geralmente estão frias e com pouca ventilação. 
Então a água se condensa nas paredes e não existe ventilação para secá-las, nesse 
caso, o ambiente deve ser projetado com aberturas permanentes que force a circulação 
de ar, ocorrendo a uniformidade de temperatura entre paredes e ambiente e também 
evaporação mais rápida, como pode ser visto na figura 4. 
24 
 
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DCEENG/UNIJUÍ, 2019 
Figura 4 - Condensação pela laje do forro 
 
Fonte: Luís (2014) 
2.2.3 Umidades provindas da própria Construção 
A umidade oriunda pela execução da construção é aquela necessária para a obra, 
mas que desaparece com o tempo (cerca de seis meses). Elas se encontram dentro dos 
poros dos materiais, como as águas utilizadas para concretos e argamassas, pinturas, 
etc (VERÇOZA (1991) e KLEIN (1999)). Logo, deve-se levar em consideração a umidade 
do próprio material para a construção, pois ela poderá ser a causa de futuras 
manifestações patológicas. Como exemplo, pode-se citar o manchamento das paredes 
causados pela água de assentamento do piso. 
Num geral as manifestações patológicas derivadas da umidade podem ser 
provocadas pela água dachuva, capilaridade, condensação ou vazamentos em 
elementos do sistema hidráulico e elementos para a captação de água (SOUZA, 2008). 
2.3 Manifestações patológicas causadas pela Umidade 
Os problemas causados pela umidade não estão relacionados somente a uma 
única causa e podem se manifestar em diversos componentes da edificação, como 
paredes, pisos, fachadas, elementos de concreto armado, entre outros (SOUZA 2008). 
25 
 
 
Análise e Tratamento de Patologias causadas pela umidade em edificações residenciais térreas, 
devido à falha ou ausência de impermeabilização. 
De acordo com Verçoza (1987), o não uso de impermeabilizantes nas áreas 
molhadas podem causar os seguintes problemas: goteiras, manchas, mofo, 
apodrecimento, ferrugem, eflorescências, criptoflorescências, gelividade e deterioração. 
2.3.1 Goteiras e Manchas 
As goteiras são umidades excessivas que se concentram em um ponto da 
superfície, que cai através da gravidade depois de atingir um determinado volume. 
Manchas, são uma parte da superfície, com cor diferente do restante da mesma, em que 
se apresenta cheio de água (RIGHI 2009). 
Goteiras e manchas são defeitos muito comuns causados pela infiltração, estes 
são raramente aceitos, e se permanentes, deterioram e sempre desvalorizam uma 
construção (VERÇOZA 1987). 
De acordo com Verçoza (1991), as manchas são a consequência da saturação de 
água em um material. E as goteiras são oriundas de vazamentos ou infiltrações em 
marquises, telhados, terraços ou de água de chuva. 
As manchas podem vir acompanhadas ou não de eflorescências e vesículas. Para 
ocorrer a eflorescência, é necessário haver a presença de sais. As vesículas são 
causadas pela presença de impurezas na argamassa, tais como, a existência de pedras 
de cal não completamente extintas, matérias orgânicas contidas nos agregados, torrões 
de argila, ou outras impurezas (SILVA E JONOV 2018). 
É possível acabar com esses problemas fazendo uma impermeabilização correta. 
2.3.2 Mofo e Bolor 
O mofo e bolor são fungos vegetais que se proliferam em ambientes que contém 
a presença de umidade, na madeira destilam enzimas ácidas que a corroem. Em 
alvenarias também causam danos, porque eles ali se aderem, escurecendo as 
superfícies e com o tempo desagregando-as (VERÇOZA 1987). 
26 
 
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DCEENG/UNIJUÍ, 2019 
O desenvolvimento desses microrganismos em revestimentos internos ou de 
fachada causam alterações estéticas de tetos e paredes pela formação de manchas 
escuras, indesejáveis, pretas, marrons ou verdes, ou ocasionalmente manchas claras 
esbranquiçadas ou amarelada. A multiplicação desses fungos pode causar com o tempo 
a deterioração da construção e o desencadeamento de alergias respiratórias e asmas 
em pessoas (SILVA E JONOV 2018). 
Hussein (2013) explica que o mofo se prolifera com facilidade em paredes 
expostas à umidade e com pouca luz. A incidência dessa patologia é muito comum em 
ambientes com excesso de umidade ou calor, com pouca circulação de ar, vazamentos 
nos encanamentos ou infiltrações, à umidade interna da parede adquirida pela 
capilaridade, por erro ou falta de impermeabilização, ou ainda por erros construtivos. 
A eliminação do mofo não é fácil, é preciso eliminar as raízes. Portanto, para evitar 
que o mesmo apareça, é indispensável a eliminação da umidade, o que se consegue 
com impermeabilizações e ventilação que removem os organismos e sequem as 
superfícies (VERÇOZA 1987). 
De acordo com Letícia (2009), antes de tomar alguma medida para a eliminação 
do mofo, em casos mais graves, é necessário verificar se existem vazamentos ou 
infiltrações na construção, caso não exista nenhum deles, é essencial fazer a retirada da 
pintura para a aplicação do produto selador. Após a secagem é possível fazer a pintura 
novamente. Já para casos mais leves, a superfície pode ser limpa com produtos 
desinfetantes que evitam a proliferação destes fungos novamente. 
2.3.3 Eflorescências 
Segundo Verçoza (1987) as eflorescências são formações de sais nas superfícies 
das paredes, trazidos do seu interior pela umidade. Elas dão um mau aspecto na 
edificação, causando machas e até mesmo o descolamento da pintura. 
A eflorescência surge quando a água atravessa uma parede que contenha sais 
solúveis, esses sais podem estar presentes no cimento, concreto, areia, tijolos, 
27 
 
 
Análise e Tratamento de Patologias causadas pela umidade em edificações residenciais térreas, 
devido à falha ou ausência de impermeabilização. 
argamassa, etc. Assim, se dissolvidos pela água, são trazidos à superfície, onde a água 
evapora e os sais se solidificam e se depositam na superfície. (VERÇOZA 1987). 
Complementando, Verçoza (1987) menciona alguns sais causadores das 
eflorescências: nitratos alcalinos (formam cristais brancos), carbonato de cálcio (resulta 
em um pó branco), sulfatos (configuram uma névoa esbranquiçada), sais de ferro 
(apresentam cor ferruginosa), sulfoaluminato de cálcio (figuram uma crosta 
esbranquiçada). Além disso, esses sais também podem estar presentar na atmosfera. 
Quando situadas entre a parede e o reboco, as eflorescências formam um plano 
capilar onde a umidade sobe, aumentando a força de repulsão ao reboco (VERÇOZA 
1987). 
No caso de utilizar tintas impermeáveis, a eflorescência pode se depositar entre a 
camada de tinta e de reboco, comprometendo a aderência entre ambas, podendo ocorrer 
a formação de bolhas, que resultam na percolação da água através da alvenaria 
acumulando entre o revestimento e a tinta (SILVA E JONOV 2018). 
Souza (2008) descreveu, que o procedimento para reparar essa patologia é 
realizar a limpeza do local onde a mesma se encontra, com a ajuda de uma escova de 
aço e água em abundância. Caso isso não resolva, será necessário utilizar um elemento 
químico na solução. 
2.3.4 Criptoflorescências 
Assim como as eflorescências, as criptoflorescências também são formações 
salinas, porém, agora os sais formam grandes cristais que se fixam no interior da própria 
parede ou estrutura. O seu maior causador é o sulfato, que ao entrar em contato com a 
água aumenta muito de volume, podendo formar rachaduras e até mesmo a queda de 
paredes (VERÇOZA 1987). 
 
 
28 
 
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2.3.5 Fissuras 
De acordo com Hussein (2013) as fissuras podem ser causadas por vários 
motivos, como por movimentações térmicas, sobrecarga, recalque de fundações, 
movimentações higroscópicas, ou ainda, por produtos que causam retração à base de 
cimento. 
As trincas ou fissuras provocadas por variação de umidade dos materiais de 
construção, podem manifestar uma mudança de abertura entre um caso e outro, por 
consequência das propriedades higrotérmicas dos materiais e da capacidade de variação 
de temperatura e umidade (SILVA E JONOV 2018). 
Segundo Silva e Jonov (2018), por consequência da presença de umidade, as 
fissuras provocadas pelas mesmas podem aparecer em qualquer local da alvenaria, mas 
principalmente junto às bases das paredes. Onde os componentes da alvenaria se, em 
contato direto com o solo absorvem a umidade, tendo movimentações diferentes das 
outras fiadas que estão expostas ao sol e a perda de água por evaporação, ocasionando 
assim o aparecimento dessa patologia. No entanto esse tipo de trinca, quase sempre 
aparece acompanhada da eflorescência, facilitando seu diagnóstico. 
Sendo assim, uma forma de garantir maior capacidade de deformação seria 
adicionar polímeros ou fibras às argamassas que serão utilizadas, ou fazer uso de uma 
argamassa flexível própria de recuperação. Além disso Letícia (2009) recomenda o uso 
datela metálica, para auxiliar a argamassa. Ainda que, as origens das fissuras serem 
diversas, normalmente elas são recuperadas da mesma forma. 
2.3.6 Descolamento de pisos e azulejos 
A umidade também é responsável por degradar vários materiais em uma 
construção, inclusive pinturas, madeiras, revestimentos cerâmicos, papéis de parede, 
entre outros. Esses materiais são afetados tanto pela ação direta da água quanto pelos 
sais presentes. 
29 
 
 
Análise e Tratamento de Patologias causadas pela umidade em edificações residenciais térreas, 
devido à falha ou ausência de impermeabilização. 
Silva e Jonov (2018), afirmam que através da água que é absorvida pelos poros 
dos materiais, acontece o fenômeno de dilatação higroscópica, provocando modificações 
na estrutura desse material, aumentando seu volume e ocasionando em consequência 
disso, o descolamento da argamassa. Mesmo fenômeno citado acima no caso das 
fissuras. 
 Para Assis (2009) apud Hussein (2013), a solução do descolamento da cerâmica 
seria fazer a retirada de todo revestimento, até chegar ao emboço, para refazer o serviço 
de modo correto. Mas antes do serviço ser refeito, deve-se verificar se não existe 
vazamento na tubulação, somente depois disso a superfície deve ser limpa, para 
começar a aplicação da argamassa de assentamento e novamente ser colocada a 
cerâmica. 
2.3.7 Descolamento da Pintura 
O Fórum da Construção (2019), explana que a pintura não é somente uma 
operação de decoração, a tinta realiza a proteção dos elementos construtivos e 
consequentemente aumenta a durabilidade da construção, tornando-se muito mais que 
um simples acabamento estético, sendo indispensável na edificação. 
Conforme Hussein (2013), os problemas com a pintura, o surgimento de bolhas, 
manchas e descascamento, podem surgir por vários motivos, como a má aplicação da 
tinta, o tempo de espera de secagem do reboco e o excesso de umidade. 
Segundo Valle (2008), as únicas patologias que não aparecem logo após a 
aplicação da tinta são as causadas pela umidade. Se manchas ou bolhas aparecem no 
meio da parede ou no forro, são indicação de infiltração causados por vazamentos na 
tubulação hidráulica, se os mesmos existirem, devem ser consertados. Já os problemas 
causados por infiltração de umidade do solo podem ser evitados com uma correta 
impermeabilização da viga baldrame. 
 
 
30 
 
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2.3.8 Ferrugem 
Oxidação é a transformação de um metal em óxidos, no caso do ferro e do aço 
esse fenômeno recebe o nome de ferrugem. A ferrugem é um sal de pouca aderência, 
de aspecto ruim e de volume maior que o ferro e o que causa o seu aparecimento é a 
umidade. Se a mesma penetrar até a armadura e enferruja-la, consequentemente a irá 
aumentar de volume e rebentar o recobrimento do concreto armado, por este motivo é 
importante fazer uso do concreto impermeável (VERÇOZA 1987). 
Para Souza (2008), o cobrimento é de fundamental importância para que as 
armaduras não sofram oxidação, é necessário levar em consideração os graus de 
agressividade devido a cada local da edificação. 
Entretanto, Verçoza (1987) cita que é ainda mais grave quando o concreto tem 
substâncias que se tornam oxidantes ao contato com a água. Um exemplo é o cloreto de 
cálcio, usado como aditivo acelerador de pega do contato, que se entrar em contato com 
a água corrói aceleradamente as armaduras. 
2.3.9 Deterioração 
De acordo com Verçoza (1987), todos os defeitos apresentados são causados pela 
água, esses defeitos com o tempo vão deteriorando os materiais da obra, podendo 
comprometer seu visual e sua estrutura. Portanto a impermeabilização também é uma 
exigência de duração da obra, e não exclusivamente de aparência ou acabamento. 
Então é muito importante o conhecimento dessas patologias e as manifestações 
causadas pela umidade para a realização de um diagnóstico correto, a fim de propor 
soluções adequadas e correta impermeabilização. 
2.4 Impermeabilização 
Desde muito tempo procuram-se soluções para prolongar a vida útil dos imóveis, 
no constante trabalho para resistir os problemas causados pela umidade. A 
31 
 
 
Análise e Tratamento de Patologias causadas pela umidade em edificações residenciais térreas, 
devido à falha ou ausência de impermeabilização. 
impermeabilização é uma técnica que se baseia na aplicação de produtos específicos, 
com o intuito de proteger o imóvel das diversas ações da água (IBI, 2019). 
Os problemas causados pela umidade podem estar presentes em todas as fases 
de uma edificação, desde o projeto até a manutenção. É indicado que sejam corrigidos 
ainda na fase de projeto, pois a prevenção é a melhor solução (SILVA E JONOV 2018). 
De acordo com Hussein (2013) a impermeabilização modifica a vida útil de uma 
construção, pois protege as estruturas contra a ação nociva da umidade. Sua função é 
proteger os matérias de uma edificação, impedindo a propagação da umidade e evitando 
infiltrações. Assim sendo, prevenindo o descolamento de azulejos, aparecimento de 
manchas de bolor, surgimento de goteiras entre outras patologias. 
A impermeabilização é indispensável na durabilidade das construções, pois os 
poluentes que existem no ar e os agentes presentes na água podem causar danos 
irreversíveis para a estrutura e prejuízos financeiros não calculados difíceis de serem 
contornados (RIGHI, 2009). 
O Manual Técnico de Impermeabilização da Vedacit (2012) cita as principais 
funções da impermeabilização 
• aumentar a vida útil das estruturas; 
• impedir a corrosão das armaduras do concreto; 
• proteger as superfícies da umidade, manchas, fungos, etc. 
• ambientes salubres; 
• preservar a edificação contra o intemperismo. 
As principais Normas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) sobre 
Impermeabilização são: 
• NBR 9575: 2010 – Seleção e Projeto; 
• NBR 9574: 2008 – Execução de Impermeabilização. 
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DCEENG/UNIJUÍ, 2019 
Segundo a NBR 9575 ABNT (2010), geralmente a impermeabilização é composta 
por um conjunto de camadas com funções específicas. A norma diz que o projeto de 
impermeabilização se divide em dois, projeto básico e executivo. O primeiro tem 
informações para que a impermeabilização seja executada corretamente e proteja a 
construção da umidade. Já o projeto executivo, une as informações do projeto básico 
com o projeto arquitetônico e projetos complementares, se trate de um projeto que tenha 
o detalhamento de cada sistema de impermeabilização para ser utilizada em cada local 
da obra. 
Já a NBR 9574 ABNT (2008), tem como principal objetivo estabelecer as 
exigências e recomendações em relação ao projeto de impermeabilização, atendendo às 
condições mínimas de proteção contra a passagem de fluídos na construção, a 
salubridade, segurança e conforto, garantindo a proteção das peças construtivas 
necessárias. 
Ainda a NBR 9574 ABNT (2008) determina que o executante da 
impermeabilização deve receber documentos técnicos para fazer a aplicação da mesma, 
para que não haja nenhum problema futuramente. 
• memorial descritivo e justificativo; 
• desenhos e detalhes específicos; 
• especificações dos materiais a serem utilizados e dos serviços a serem 
executados; 
• planilha de quantidade de serviços a serem realizados; 
• estimativa de custo dos serviços a serem realizados; 
• indicar a forma de medição dos serviços a serem realizados. 
2.4.1 Sistemas de Impermeabilização 
Conforme Cunha e Neumann (1979), existem três tipos principais de 
impermeabilização: 
• rígidas; 
33 
 
 
Análise e Tratamento de Patologias causadas pela umidadeem edificações residenciais térreas, 
devido à falha ou ausência de impermeabilização. 
• plásticas ou elásticas; 
• laminares. 
Contudo, Hussein (2013) especifica que os produtos se classificam em apenas 
dois grupos: rígidos e flexíveis, mostrado no Quadro 2. 
Quadro 2 - Características do Sistema 
 RÍGIDOS FLEXÍVEIS 
Aplicações 
indicadas 
Sua aplicação é 
recomendada para as 
partes mais estáveis da 
edificação. São locais 
menos sujeitos ao 
aparecimento de trincas e 
fissuras, que poderiam 
comprometer a 
impermeabilização. Por 
isso, sua principal 
utilização ocorre em 
fundações, pisos internos 
em contanto com o solo, 
contenções e piscinas 
enterradas. 
A elasticidade 
desses produtos faz com 
que eles sejam mais 
indicados para estruturas 
sujeitas a movimentações, 
vibrações, insolação e 
variações térmicas 
(dilatações e contrações). 
Portanto, são mais usados 
em lajes (térreo e 
cobertura), banheiros, 
cozinhas, terraços e 
reservatórios elevados. 
Como são 
vendidos 
Como aditivos para 
argamassa ou como 
argamassa industrializada. 
Também são encontradas 
misturas aplicadas em 
forma de pintura, formando 
um revestimento 
impermeável. 
Os sistemas 
flexíveis são encontrados 
na forma de mantas, 
aderidas ou não à 
estrutura. Também fazem 
parte desse grupo 
misturas moldadas no 
local, que, depois de 
secas, formam uma 
membrana elástica 
protetora. 
Exemplos • Argamassas 
impermeabilizantes; 
• Cimentos poliméricos; 
• Cristalizantes; 
• Resinas Epóxi. 
Mantas asfálticas; 
Membranas 
asfálticas moldadas no 
local (a quente ou a frio); 
Mantas de PEAD, 
PVC, EPDM; 
Membranas de 
poliuretano, de poliureia, 
resinas acrílicas, etc. 
Fonte: Adaptado de Hussein, 2013 
34 
 
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DCEENG/UNIJUÍ, 2019 
Borges et al (2002) menciona os processos de impermeabilização mais utilizados 
na construção civil. 
a) Impermeabilização rígida: 
Vedacit (2012) comenta que os impermeabilizantes rígidos têm a função de tornar 
a área trabalhada impermeável pela inclusão de aditivos químicos e agregados. Os 
impermeabilizantes rígidos não funcionam junto com a estrutura, por esse motivo não é 
indicado a sua aplicação em locais sujeitos a movimentação da estrutura, variações 
térmicas e vibração e exposição solar. Este tipo de impermeabilização é indicado para 
lugares como: 
• reservatórios, piscinas e caixas de água, todos enterrados; 
• fundações (alicerces); 
• poços de elevadores; 
• subsolos; 
• pisos em contato com o solo; 
• paredes de encosta; 
• muros de arrimo. 
Ainda de acordo com Vedacit (2012), este sistema compreende três tipos de 
impermeabilização: 
• argamassa com aditivo impermeabilizante: 
É um tipo de impermeabilização não industrializada, feito com cimento, areia, 
aditivo impermeabilizante e água, conforme figura 5. A aplicação da argamassa aditivada 
deve ser feita com a superfície limpa e áspera para ter melhor aderência, ser aplicada 
duas ou três demãos, com uma camada de chapisco entre a segunda e terceira camada, 
cada camada deve conter aproximadamente 1 cm de espessura (Vedacit, 2012). 
Conforme Denver (2019) a sua utilização é ideal em impermeabilizações de 
fundações, argamassas de revestimento de paredes e contrapisos de locais úmidos, 
argamassas de assentamento de blocos e tijolos para evitar umidade ascendente, 
35 
 
 
Análise e Tratamento de Patologias causadas pela umidade em edificações residenciais térreas, 
devido à falha ou ausência de impermeabilização. 
concretos de peças sujeitas à intensa umidade e revestimentos impermeáveis de 
reservatórios. 
Figura 5 - Aditivo Impermeabilizante para Argamassa 
 
Fonte - Vedacit, 2019 
De acordo com Righi (2009), a única desvantagem desse sistema é que deve ser 
aplicado juntamente com outro método impermeabilizante, e a vantagem é a facilidade 
de sua aplicação. 
• argamassa polimérica: 
Conforme Vedacit (2012), a argamassa polimérica é constituída de agregados 
minerais inertes, cimento e polímeros, formando um revestimento com características 
impermeáveis. Misturar os dois componentes com um agitador mecânico, aplicar 2 a 4 
demãos cruzadas da argamassa polimérica na superfície limpa e úmida, com um intervalo 
de 6 horas entre cada aplicação. 
A mesma pode ser executada na forma de pintura com broxa ou trincha (figura 6), 
ou pode ser aplicada como forma de revestimento final com desempenadeira (figura 7), 
nesse caso precisa diminuir a quantidade do componente líquido da mistura (SAYEGH, 
2001 apud RIGHI 2009). 
36 
 
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De acordo com Denver (2019), a utilização da argamassa polimérica é indicada 
para impermeabilização de áreas como: banheiros, cozinhas e áreas de serviço (áreas 
térreas), baldrames, paredes de subsolos, piscinas, tanques e caixas d’água enterrados, 
tratamento de umidade em rodapés, paredes internas e externas. 
Figura 6 - Aplicação de Argamassa Polimérica em forma de pintura 
 
Fonte – Sayegh, 2001 apud Righi, 2009 
Figura 7 - Aplicação da Argamassa Polimérica em forma de revestimento 
 
Fonte – Sayegh, 2001 apud Righi, 2009 
• cristalizantes: 
Conforme Borges et al (2002), esse tipo de impermeabilização é preparado com a 
utilização de cimento cristalizado, compostos de aditivos químicos minerais, com pega 
37 
 
 
Análise e Tratamento de Patologias causadas pela umidade em edificações residenciais térreas, 
devido à falha ou ausência de impermeabilização. 
rápida e ultrarrápida, sua penetração acontece pela porosidade da estrutura, que assim 
cristalizam-se com a presença da umidade. 
O mesmo autor ainda menciona, que para a sua aplicação, a superfície deverá ser 
muito bem molhada e após deve se aplicar uma demão do produto impermeabilizante, 
aplicado com uma trincha, como pode ser observado na figura 8. Após a espera de 30 
minutos, deve ser sobreposta mais duas demãos, sempre no sentido cruzado da demão 
antecedente. 
Seu uso é indicado em rodapés (evita umidade ascendente), paredes em sub-solo 
(evita infiltração por lençol freático-pressão negativa). 
Figura 8 - Aplicação de Cristalizante na forma de pintura 
 
Fonte - Nakamura, 2006 
b) Impermeabilização Flexível: 
Já os impermeabilizantes flexíveis, de acordo com Vedacit (2012), compreendem 
o conjunto de materiais ou produtos aplicáveis nas partes construtivas que podem 
acontecer fissuras, existem dois tipos de sistemas flexíveis, sistema flexível moldado no 
local e o sistema flexível pré-fabricado. 
38 
 
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O autor citado acima, indica ainda que esse sistema de impermeabilização pode 
ser aplicado em estruturas sujeitas a: 
• movimentação; 
• forte exposição solar; 
• variações térmicas e vibração, como: 
o lajes de cobertura; 
o terraços; 
o calhas de concreto; 
o área frias, banheiros, cozinhas; 
o áreas de serviço; 
o reservatórios elevados. 
Esse sistema compreende os seguintes tipos de impermeabilização mais 
utilizados: 
• manta asfáltica: 
Segundo Vedacit (2012), as mantas asfálticas são feitas à base de asfaltos 
modificados com polímeros, e estes são os responsáveis pela impermeabilização, e são 
armados com estruturantes especiais, podendo ser eles: véu de poliéster, véu de fibra de 
vidro, filme de polietileno, filme de poliéster. 
Borges et al (2002) menciona que sua utilização é recomendada para áreas 
molhadas, lajes de subsolos e coberturas, floreiras, terraços, piscinas, contrapiso, 
paredes em contato com subsolo, baldrames,etc. 
Ainda conforme Borges et al (2002), após realizar a limpeza do local a ser 
impermeabilizado, aplica-se uma demão de “primer”, com rolo ou pincel, aguardando 4 
horas para que o produto possa secar completamente. Em seguida é feita a aplicação da 
manta, que deverá ser aquecida com o auxílio de um maçarico, assim realizando a sua 
colagem. Após a colocação da primeira peça de manta, as demais deverão ser 
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Análise e Tratamento de Patologias causadas pela umidade em edificações residenciais térreas, 
devido à falha ou ausência de impermeabilização. 
sobrepostas uma a outra tendo um transpasse de 10 cm nas bordas, assim gerando uma 
continuidade na superfície impermeabilizada, conforme pode ser observado na figura 9. 
Figura 9 - Aplicação da Manta Asfáltica 
 
Fonte - Viapol, 2019 
Vedacit (2012), recomenda que para ser evitada qualquer tipo de infiltração, após 
a colagem, é indicado realizar o reaquecimento das emendas dando o acabamento. 
• membranas asfálticas: 
Sabbatini et al (2003), cita que a aplicação desse tipo de impermeabilização pode 
ser tanto a quente, quanto a frio. Esses materiais são derivados do CAP (Cimento 
Asfáltico de Petróleo), e podem ser divididos em relação ao tipo de asfalto utilizado. 
No sistema de utilização a frio, podem ser aplicadas como se fosse uma pintura, 
com o auxílio de trincha, rolo ou escova. A primeira demão deve ser aplicada em cima da 
superfície limpa e seca, e a segunda demão deve ser em sentido cruzado, e assim 
sucessivamente, aguardando os intervalos de secagem entre as demãos, até atingir o 
consumo recomendado (SABBATINI ET AL, 2003). A figura 10 demonstra a aplicação a 
frio. 
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Marina Puhl Fronza (mary_fronza@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUÍ, 2019 
Figura 10 - Execução da Membrana de asfalto a frio 
 
Fonte - Vedacit, 2019 
No entanto, para sua utilização a quente (figura 11), as membranas asfálticas 
requerem mão de obra especializada, pois é necessário o uso de caldeira. 
Figura 11 - Execução de Membrana asfáltica a quente 
 
Fonte - Lwart, 2009 apud Righi 2009 
Essas membranas são adequadas para serem usadas em fundações de concreto 
e baldrames, além de agirem como bloqueadores de umidade quando utilizadas em 
contrapisos que receberão pisos de madeira ou primer para mantas asfálticas (DENVER, 
2019). 
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Análise e Tratamento de Patologias causadas pela umidade em edificações residenciais térreas, 
devido à falha ou ausência de impermeabilização. 
• membranas acrílicas: 
É um impermeabilizante desenvolvido através de resinas acrílicas dispersas, 
geralmente utilizado na impermeabilização de lajes de coberturas, telhados, marquises, 
entre outros, que estão expostos a intempéries (DENVER, 2019). 
Recomenda-se, para iniciar o composto impermeabilizante, realizar a aplicação de 
uma camada de argamassa polimérica em sentido cruzado para operar como camada 
primária, melhorando a aderência e o consumo. É aplicado as demãos cruzadas, 
colocando uma tela industrial de poliéster como reforço entre a 1ª e a 2ª demão. Após 
continuar a aplicação das demais demãos até atingir o recomendado, sempre 
obedecendo os intervalos de secagem (DENVER, 2019). 
Segundo Righi (2009), a realização da correta impermeabilização é de extrema 
importância na durabilidade da construção, pois as consequências trazidas pela água e 
os poluentes do ar, podem causar danos na estrutura e prejuízos financeiros. 
Gráfico 2 - Porcentagem de investimento de construções 
 
Fonte: Vedacit 2012 (pag. 6) 
Conforme pode ser observado no gráfico 2, o custo da implantação da 
impermeabilização numa edificação representa em torno de 1 a 3% do custo total da 
obra. Realizá-la durante a obra, é mais fácil e econômico, o ideal seria incluir a 
impermeabilização no projeto, do que executá-la depois quando surgirem os inevitáveis 
problemas junto com a umidade (VEDACIT 2012). 
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DCEENG/UNIJUÍ, 2019 
Para Yazigi (2009), a impermeabilização deve ser posta em prática segundo é 
requerida nos documentos técnicos da obra, e se caso for executada de forma incorreta 
pode acarretar patologias na edificação, como a presença excessiva da umidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Análise e Tratamento de Patologias causadas pela umidade em edificações residenciais térreas, 
devido à falha ou ausência de impermeabilização. 
3 METODOLOGIA 
O presente estudo tem como objetivo a coleta de dados de manifestações 
patológicas da umidade em edificações residências térreas, indicando os locais onde as 
mesmas ocorrem e apresentando soluções técnicas mais adequadas, utilizando os 
métodos descritos a seguir. 
3.1 Classificação da Pesquisa 
A pesquisa pode ser classificada como exploratória, pois visa proporcionar maior 
proximidade com os problemas em questão, fazendo isso através de revisão bibliográfica 
e estudos de caso. 
3.2 Planejamento da Pesquisa 
Definiu-se a primeira fase da pesquisa a partir das revisões bibliográficas 
relacionadas ao tema, de forma a entender e adquirir informações e conhecimentos sobre 
o assunto proposto. 
Organizou-se da seguinte maneira: 
1) Pesquisa bibliográfica e documental 
2) Coleta de dados fotográficos 
3) Classificação e identificação dos dados levantados 
4) Estudo sobre as possíveis causas e correções a serem utilizadas 
5) Explanação dos resultados 
3.3 Coleta e Interpretação de Dados 
Foram coletados os dados textuais para a pesquisa, através de fontes 
bibliográficas, sendo elas por meio de artigos, obras literárias, meio eletrônico (internet), 
manuais técnicos de produtos e em contato direto com profissionais da Empresa TKM de 
Santa Rosa, que atuam na área de impermeabilização das edificações. 
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Marina Puhl Fronza (mary_fronza@hotmail.com). Trabalho de Conclusão de Curso. Santa Rosa 
DCEENG/UNIJUÍ, 2019 
As imagens fotográficas foram obtidas através de registro “in loco” nas cidades de 
Tuparendi/RS e Santa Rosa/RS. Cada imagem registrada foi filtrada, organizada e 
separada devido sua manifestação patológica. 
Após esta organização fez-se então a análise de cada manifestação patológica, 
contendo imagem do problema, descrição, origem, local de incidência, e será proposta a 
solução que tenha o melhor desempenho frente aos aspectos técnicos, econômicos, 
obtidos através do estudo no embasamento teórico e indicados pelos profissionais da 
Empresa TKM. 
A Empresa TKM Distribuidora nasceu com o objetivo de trazer soluções 
rápidas e eficientes para a construção civil, está a mais de 10 anos atuando no 
mercado. Foi fundada pelo Engenheiro Civil Mogar Sincak, apresenta uma linha de 
produtos adequados para diversas necessidades da construção. A equipe é 
preparada para fornecer um atendimento completo, que inclui orientação técnica 
sobre os produtos e logística que contribui para o cumprimento do cronograma.. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Análise e Tratamento de Patologias causadas pela umidade em edificações residenciais térreas, 
devido à falha ou ausência de impermeabilização. 
4 APRESENTAÇÃO E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS 
As patologias resultantes do excesso de umidade podem ser notadas através de 
alguns danos que as construções apresentam. As mais comuns, podem ser analisadas 
sem a necessidade de um estudo aprofundado de um profissional especializado 
(HUSSEIN, 2013). 
Mediante a revisão bibliográfica, foi possível apontar as principais patologias que 
podem ser encontradas numa edificação, sendo elas: 
• Goteiras e Manchas; 
• Mofo e Bolor; 
• Eflorescências;• Criptoflorescências; 
• Fissuras; 
• Descolamento de pisos e azulejos; 
• Ferrugem; 
• Descolamento de Pinturas; 
De acordo com Hussein (2013), fissuras, mofos, bolhas nas paredes e 
deslocamento de pisos e azulejos, são exemplos mais visíveis e fáceis de diagnosticar. 
Os registros fotográficos foram realizados somente em edificações residenciais 
térreas localizadas nas cidades de Tuparendi e Santa Rosa. Foi requerido permissão 
para fotografar alguns locais críticos das edificações que apresentassem problemas 
visíveis e que aparentemente fossem resultantes do excesso de umidade. 
Após a determinação dos locais mais afetados pela umidade na edificação, foi 
efetuada uma pesquisa de soluções técnicas e produtos indicados para cada problema. 
É importante destacar, que as indicações de soluções desenvolvidas a seguir, foram 
obtidas através de conversas com consultores da Empresa TKM, embasamento teórico, 
de páginas da internet e folhetos explicativos. As soluções são apenas indicativas. 
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DCEENG/UNIJUÍ, 2019 
4.1 Mofo e Bolor 
Foi possível constatar a presença de mofo e bolor em diversos locais nas 
edificações, conforme podemos observar na Figura 12 (Caso 1) e Figura 13 (Caso 2). Os 
mesmos são fungos que crescem em locais onde tem umidade, pouca ventilação e luz 
natural. Além de causarem danos à saúde deixam a edificação com um aspecto repulsivo. 
4.1.1 Caso 1 
Figura 12 - Mofo na laje de cobertura 
 
Fonte - Autoria Própria, 2019 
Descrição: manchas escuras e mofo na laje de cobertura. 
Causas prováveis: excesso de umidade no ar, ou infiltração nas telhas e lajes de 
cobertura. 
Local de incidência: laje de cobertura (forro). 
Produtos indicados: Argamassa Polimérica, Selante de Poliuretano de Alto 
Desempenho, Argamassa Cimentícia de Recuperação, Pintura Impermeabilizante 
(Borracha Líquida). 
Indicação de tratamento adequado: verificação do local por onde está infiltrando 
água. Por recomendação da Empresa TKM, se o problema estiver no telhado, deverá ser 
executada sua limpeza. Em seguida efetuar a calafetação de todos os pregos ou 
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Análise e Tratamento de Patologias causadas pela umidade em edificações residenciais térreas, 
devido à falha ou ausência de impermeabilização. 
parafusos com o Selante de Poliuretano de Alto Desempenho MasterSeal NP1, e por fim 
aplicar a Borracha Líquida da HM Rubber diretamente na cobertura. Esse mesmo produto 
pode ser aplicado em lajes expostas. 
Se o problema for em cima da laje, deverá ser aplicado o Masterseal 550, 
(argamassa polimérica) estruturada com uma tela poliéster. É contra-indicado o uso 
desse produto em lajes expostas, pois precisa de uma proteção mecânica. 
Então após descobrir a origem da infiltração e resolve-la, pode ser recuperada a 
parte interna, observada na Figura 12, onde deverá ser retirada a camada de pintura e 
aplicada uma argamassa cimentícia de recuperação. Pode ser utilizada a Masteremaco 
S488 ou a Masteremaco N300 por fim pode ser refeita a pintura. 
4.1.2 Caso 2 
Figura 13 - Presença de mofo em muro com exposição à umidade 
 
Fonte - Autoria Própria, 2019 
Descrição: manchas escuras, mofo (bolor) e formação vegetal esverdeada. 
Causas prováveis: respingos da chuva ou ocorrência direta de chuva. 
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DCEENG/UNIJUÍ, 2019 
Local de incidência: parte inferior externa de paredes e muros em contato direto 
com o solo. 
Produtos indicados: manta de drenagem, argamassa polimérica. 
Indicação de tratamento adequado: para muros de divisa sem contato com o solo. 
Por recomendação da Empresa TKM, é necessário fazer a remoção do reboco, em 
seguida executar a impermeabilização com Masterseal 515 (argamassa polimérica). Por 
fim, pode ser refeito o reboco e a pintura. 
4.2 Trincas e Fissuras 
Em uma construção foi possível identificar fissuras causadas pela umidade, 
conforme Figura 14 (Caso 3) e Figura 15 (Caso 4). As fissuras que são provocadas por 
consequência da existência da umidade, podem aparecem em qualquer lugar da 
alvenaria, porém é mais comum em locais que tem contato direto com o solo, 
principalmente junto às bases das paredes (SILVA E JONOV 2018). 
4.2.1 Caso 3 
Figura 14 - Trincas em parede externa 
 
Fonte - Autoria Própria 
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Análise e Tratamento de Patologias causadas pela umidade em edificações residenciais térreas, 
devido à falha ou ausência de impermeabilização. 
Descrição: trincas e manchas escuras em paredes externas cobertas. 
Causas prováveis: sucessivos ciclos de umedecimento e secagem do material da 
parede, (umidade oriunda das chuvas). 
Local de incidência: alvenarias externas. 
Produtos indicados: pintura impermeabilizante (borracha líquida), argamassa 
polimérica. 
Indicação de tratamento adequado: nesse caso as trincas são superficiais. A 
Empresa TKM recomenda que seja realizada a retirada da pintura e impermeabilizado 
com a borracha líquida. Finalmente, pode ser refeita a pintura. 
A Empresa reforça que em casos mais graves, é recomendado fazer a remoção 
do reboco. Em seguida executar a impermeabilização com Masterseal 515 (argamassa 
polimérica), para depois refazer o reboco e a pintura. 
4.2.2 Caso 4 
Figura 15 - Goteiras devido as trincas 
 
Fonte - Autoria Própria, 2019 
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Descrição: goteiras. 
Causa prováveis: infiltração no telhado da edificação, e gotejamento através das 
trincas (umidade oriunda das chuvas). 
Local de incidência: laje de cobertura (forro). 
Produtos indicados: selante elastomérico a base de poliuretano, selante acrílico, 
pintura impermeabilizante (borracha líquida), argamassa cimentícia de recuperação. 
Indicação de tratamento adequado: verificação do local por onde está infiltrando 
água. Por recomendação da Empresa TKM, se o problema estiver no telhado, deverá ser 
executada sua limpeza. Em seguida efetuar a calafetação de todos os pregos ou 
parafusos com o Selante de Poliuretano de Alto Desempenho MasterSeal NP1, e por fim 
aplicar a Borracha Líquida da HM Rubber diretamente na cobertura. Esse mesmo produto 
pode ser aplicado em lajes expostas. 
Sugere ainda que após acabar com a infiltração, é essencial promover a 
recuperação das trincas. Se forem pequenas, deverá ser feita a abertura das mesmas, 
seladas com o selante de poliuretano Masterseal NP1 ou o selante acrílico Denverflex 
Trinca. Por fim, pode ser refeita a pintura. Porém se o reboco estiver danificado por causa 
da infiltração, o mesmo deverá ser removido e aplicado uma argamassa cimentícia de 
recuperação. Podendo ser utilizada a Masteremaco S488Cl ou a Masteremaco N300. 
Para finalizar, refazer a pintura. 
4.3 Problemas na Pintura 
Foram diversos os problemas encontrados na pintura, dentre eles os considerados 
mais comuns foram bolhas, manchas e descascamento, tendo ocorrência na maioria das 
edificações visitadas, em conformidade com a Figura 16 (Caso 5) e Figura 17 (Caso 6). 
 
 
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Análise e Tratamento de Patologias causadas pela umidade em edificações residenciais térreas, 
devido à falha ou ausência de impermeabilização. 
4.3.1 Caso 5 
Figura 16 - Embolhamento e descascamento no forro 
 
Fonte - Autoria Própria, 2019 
Descrição: embolhamento e descascamento de tinta em forro. 
Causa prováveis: umidade retira em excesso na pintura, que ao tentar sair em 
forma de vapor, causa bolhas, (umidade de condensação ou umidade oriunda das 
chuvas). 
Local de incidência: laje de cobertura(forro). 
Produtos indicados: argamassa cimentícia de recuperação. 
Indicação de tratamento adequado: a Empresa TKM recomenda fazer a remoção 
de toda a tinta e argamassa danificada na laje. Verificar se há ferrugem nas armaduras. 
Se as mesmas estiverem enferrujadas é necessário utilizar o MasterEmaco P122, para 
garantir a sua proteção. Em seguida, aplicar a argamassa cimentícia de reparo. Podendo 
ser utilizada a Masteremaco S488Cl ou a Masteremaco N300. Para encerrar corrigir a 
pintura. 
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DCEENG/UNIJUÍ, 2019 
4.3.2 Caso 6 
Figura 17 - Bolhas na pintura 
 
Fonte - Autoria Própria, 2019 
Descrição: bolhas na pintura em parte interna de paredes. 
Causa prováveis: umidade retira em retida em excesso na pintura, que ao tentar 
sair em forma de vapor, causa bolhas. Ou ascensão da água no solo por capilaridade, 
conduzido pelas vigas de fundação. (umidade de condensação ou umidade trazida por 
capilaridade). 
Local de incidência: parte inferior das alvenarias internas e externas. 
Produtos indicados: argamassa polimérica, tela de poliéster. 
Indicação de tratamento adequado: a Empresa TKM sugere que seja feita a 
retirada do reboco de toda parte danificada até chegar no tijolo. Executar um salpico fino 
na parede. Aplicar o impermeabilizante Masterseal 515 (argamassa polimérica), com tela 
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Análise e Tratamento de Patologias causadas pela umidade em edificações residenciais térreas, 
devido à falha ou ausência de impermeabilização. 
de poliéster como reforço nos cantos. Para concluir refazer o reboco e a pintura. É 
recomendado realizar esse procedimento 30 cm acima da patologia. 
4.4 Descolamento de Pisos e Azulejos 
Essa manifestação patológica também foi constatada em algumas edificações, 
conforme Figura 18 (Caso 7), geralmente sendo causada pela água absorvida pelos 
poros dos materiais, assim ocorrendo o fenômeno de dilatação higroscópica. 
4.4.1 Caso 7 
Figura 18 - Descolamento de Piso 
 
Fonte - Autoria Própria, 2019 
Descrição: descolamento de piso. 
Causas prováveis: ascensão da água contida no solo, (umidade trazida por 
capilaridade). 
Local de incidência: contrapiso, podendo atingir carpetes e pisos de madeira 
(laminado, parquet, etc). 
Produtos indicados: argamassa polimérica, aditivo hidrófugo. 
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DCEENG/UNIJUÍ, 2019 
Indicação de tratamento adequado: primeiramente a Empresa TKM recomenda 
ser feita a retirada do revestimento comprometido, limpar bem a superfície e remover o 
contrapiso se o mesmo estiver danificado pela umidade. Em seguida, o local deve ser 
preenchido com argamassa feita com o aditivo MasterLife WP300, utilizado para 
aumentar a plasticidade e trabalhabilidade para concretos e argamassas. Por fim, deve 
ser feita a impermeabilização com o Masterseal 515 (argamassa polimérica) e o piso 
pode ser colocado novamente. 
4.5 Casos variados 
Outro problema de infiltração bastante comum foi encontrado nas esquadrias de 
madeira, conforme Figura 19 (Caso 8). 
4.5.1 Caso 8 
Figura 19 - Percolação pela esquadria 
 
Fonte - Autoria Própria, 2019 
Descrição: percolação pela esquadria. 
Causa prováveis: ineficiência ou falta da pingadeira, solicitada pela percolação de 
água da chuva pela fachada (umidade oriunda das chuvas). 
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Análise e Tratamento de Patologias causadas pela umidade em edificações residenciais térreas, 
devido à falha ou ausência de impermeabilização. 
Local de incidência: parte inferior interna da parede, abaixo das janelas. 
Produtos indicados: selante elastomérico a base de poliuretano. 
Indicação de tratamento adequado: a Empresa TKM indica que seja feita a 
vedação da esquadria, utilizando o selante de poliuretano Masterseal NP1. Não é 
necessário realizar nenhum acabamento. 
4.6 Técnicas de utilização dos produtos 
De acordo com o fabricante a Borracha Líquida HM Rubber é um produto mono 
componente, que pode ser aplicado com pincel ou rolo. A superfície a receber o produto, 
deve estar limpa, sem nenhuma saliência, ninho, buracos ou mudanças bruscas de 
elevação da superfície. Recomenda-se a sua aplicação com tela de reforço, em locais 
onde ocorram intersecções de paredes e lajes, interferências como ralos ou 
encanamentos. Seu rendimento é entre 1,6 a 2,2 kg/m². A espessura desejada é 
conseguida pela aplicação de várias camadas finas. Normalmente o produto é curado 
dentro de poucas horas, podendo variar dependendo da temperatura e umidade relativa. 
Vendido na Empresa TKM a R$635,00 uma embalagem de 15 kg, Figura 20. 
Figura 20 - Borracha Líquida 
 
Fonte - Autoria Própria, 2019 
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Segundo a Basf, o MasterSeal NP1 é um selante elástico monocomponente à base 
de poliuretano. É um produto de fácil utilização, possui elevada durabilidade, permite 
aplicações internas e externas, se adere a diversos materiais e já vem pronto para uso. 
Para a execução, cortar a ponta de saída do produto e rosquear o bico aplicador, 
cortando-o em ângulo de 45º. Seu rendimento varia de acordo com o comprimento e 
profundidade do local a ser selado. Vendido na Empresa TKM a R$ 39,00 uma 
embalagem com 350g, Figura 21. 
Figura 21 - MasterSeal NP1 
 
Fonte - Autoria Própria, 2019 
Conforme citado pela Basf, o MasterSeal 550 e MasterSeal 515 são produtos pré 
dosados, bicomponentes, elaborados para permitir um revestimento impermeável com 
excelente aderência e resistência mecânica. A única diferença entre eles é que o 
MasterSeal 550 é flexível e o MasterSeal 515 é semi-flexível. A sua preparação deve ser 
em um recipiente limpo e de material não absorvente, adicionar o componente A (sólido) 
com o componente B (líquido) e agitar de forma contínua para homogeneizar a mistura. 
A sua aplicação pode ser feita com brocha ou pincel, de forma uniforme, com no mínimo 
duas demãos cruzadas com espessura de 1mm cada uma, com um intervalo de 4 horas 
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Análise e Tratamento de Patologias causadas pela umidade em edificações residenciais térreas, 
devido à falha ou ausência de impermeabilização. 
entre as demãos. Também pode ser aplicado com desempenadeira, porém seu preparo 
deve ser feito apenas com 90% do componente B, para obter uma consistência mais 
pastosa. Seu rendimento é de 13,5 kg/m². Vendido na Empresa TKM a R$186,00 o kit do 
MasterSeal 550, Figura 22, e R$ 79,80 o kit do MasterSeal 515, Figura 21, ambos 
embalagem de 18kg. 
Figura 22 - MasterSeal 550 
 
Fonte - Autoria Própria, 2019 
Figura 23 - MasterSeal 515 
 
Fonte - Autoria Própria, 2019 
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DCEENG/UNIJUÍ, 2019 
O MasterEmaco S488Cl, conforme ficha técnica da Basf, é uma argamassa 
cimentícia, com fibras sintéticas e inibidor de corrosão integrado, monocomponente. 
Misturado com água, produz uma argamassa de altas resistências, com retração 
compensada, elevada aderência, resistente a sulfatos, longo tempo de trabalhabilidade 
e sem segregação. É recomendada para reparos estruturais profundos em concreto com 
espessura final de até 10cm. Na preparação do produto deve ser utilizado um misturador 
mecânico e a cada 20kg do mesmo, devem ser adicionados de 2,7 a 3,8 litros de água, 
misturados até obter uma massa homogênea. Para a aplicação a superfície deve estar 
limpa e úmida. A execução é feita com desempenadeira. Vendido

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