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1 Lesões malanocíticas da mucosa oral 1. INTRODUÇÃO: Hiperpigmentação na mucosa oral pode ser devido: medicamentos, origem fisiológica ou maligna (melanoma), por distúrbios endócrinos, focal/benigna. Pode ser de origem exógena ou endógena. Não melanocítica: de origem vascular ou por pigmentação exógena (tatuagem por amálgama). Melanina: é um termo usado para falar de pigmentos de estruturas e tem origem diversa derivados da oxidação e da polimerização da tirosina em em animais ou de compostos fenólicos em outros microrganismos. É o grupo de pigmento prevalente, resistente, heterogêneo e antigo. A melanina pode ser: eumelanina, feomelanina, neuromelanina, alomelanina, piomelanina. Melanogênese é o processo de síntese da melanina - formada por melanócitos (originados dos melanoblastos - células embrionárias da crista neural, que são não pigmentadas). O melanócito é uma célula dendrítica - tem melanossomos dentro, que são responsáveis pela produção, estão na camada basal da epiderme e nos folículos pilosos. A melanina pode estar na pele (para proteger da radiação solar) ou nas mucosas (função desconhecida). 2. LESÕES MELANOCÍTICAS FOCAIS: MÁCULA MELANÓTICA ORAL OU MELANOSE FOCAL: é uma alteração de cor na mucosa, plana, marrom, focal, se dá pelo + na deposição de melanina e pode estar associada ao aumento de melanócitos. A etiologia é desconhecida, mas independe da exposição solar (mas se for no vermelhão do lábio pode ter alguma relação). É a mais comum. Acontecem mais em mulheres, são lesões solitárias e bem circunscritas, mais na 4° e 5° década de vida, mais no palato, lábio e gengiva. O tamanho é constante, menor que 7mm, assintomática, bem delimitada e marrom. 2 No histológico vemos um aumento da deposição de melanina na camada basal do epitélio. O pigmento pode cair no TC e vemos a presença de macrófagos englobando o pigmento, são os melanófagos. Tratamento: se for de início recente, tamanho grande, pigmentação irregular, com duração desconhecida e aumento de tamanho é bom fazer uma biópsia incisional. ASPECTO CLÍNICO HISTOPATOLÓGICO DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL MELANOACANTOMA ORAL: Proliferação de melanócitos dendríticos em outras camadas do epitélio, além da basal. É rara e benigna, a etiologia é o trauma, é de crescimento rápido. Acomete mais mulheres, negros, na 3° e 4° década de vida, pode estar na mucosa julgal, lábios, gengiva e palato. Pode simular um melanoma por isso é bom conhecer. No histopatológico vemos uma acantose do epitélio com a proliferação de melanócitos dendríticos, que estão ao longo de todo o epitélio. Pode fazer coloração especial para marcar essas células. Tratamento: dificilmente vamos saber o diagnóstico logo, então fazemos a biópsia e encaminhamos para o histopatológico. 3 DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL NEVO MELANOCÍTICO ORAL: nevo é uma malformação da pele que é considerada uma neoplasia benigna, pode ser congênito ou adquirido, é o que chamamos comumente de sinal. Pode ser nevo melanocítico adquirido, congênito ou azul. São muito comuns na pele, na mucosa oral é mais raro. Foto 05: Células tipo C. 4 Tem essa coloração azulada porque como estão muito profundos tem o efeito tyndall. O subtipo azul é muito raro. São mais comuns no palato, mais em crianças e adultos jovens, e em mulheres. O diagnóstico diferencial para o nevo azul é: melanoma, tatuagem por amálgama e lesões vasculares. Já o tratamento: excisão cirúrgica conservadora, a recidiva é mínima, a transformação maligna é improvável. MELANOMA ORAL: é um tumor maligno agressivo de origem melanocítica que ocorre mais na pele, na mucosa são raras. Pode ser precedido por pigmentação na mucosa oral presente por anos, mas isso é muito difícil. A etiologia é desconhecida. Diferentemente das outras lesões melanocíticas, o melanoma é mais comum nos homens. Na 5° e 7° década de vida. Pode se apresentar como uma lesão nodular ulcerada, tumoral não pigmentada (melanoma amelanótico - dificuldade diagnóstica), mancha. Coloração pode ser enegrecida/acastanhada. A localização mais comum é no rebordo alveolar, palato e gengiva. HISTOPATOLÓGICO Inicialmente tem um crescimento radial (para as laterais), depois um crescimento vertical (em profundidade). Tratamento: excisão cirúrgica radical, o prognóstico não é bom porque provoca metástase linfonodal e a distância (osso, cérebro, fígado e pulmões), tem uma sobrevida global muito baixa. 3. CONDUTA CLÍNICA: 5
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