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FARMACOLOGIA DROGAS ANTIPSICÓTICAS Psicose: · As psicoses são caracterizadas por uma ou mais das seguintes manifestações: · perda de encadeamento lógico do pensamento · incapacidade de julgamento, · percepção incorreta da realidade, · alucinações, ilusões, excitação extrema · comportamento violento. Esquizofrenia – excesso de dopamina: 1. Sintomas positivos – Sintomas psicóticos, como alucinações, geralmente auditivas; delírios; discurso e comportamento desorganizado AUMENTO DA NEUROTRANSMISSACAO DOPAMINÉRGICA MESOLÍMBICA 2. Sintomas negativos – Diminuição do alcance emocional, pobreza de fala e perda de interesses e motivação; a pessoa com esquizofrenia tem tremenda inércia, autisto, apatia DEFICIENCIA NEUROTRANSMISSAO DOPAMNERGICA MESOCORTICAL 3. Sintomas cognitivos – déficits neurocognitivos (por exemplo, déficits na memória operacional e na atenção e nas funções executivas, como a capacidade de organizar e abstrair); os pacientes também acham difícil entender as nuances e sutilezas das pistas e relações interpessoais 4. Sintomas de humor – Os pacientes geralmente parecem alegres ou tristes de uma maneira que é difícil de entender; eles geralmente estão deprimidos · Influência da genética parentes de 1º grau · Hiperfunção da dopamina sintomas positivos · Hipofuncao glutamatérgica · Ação dos receptores da serotonina (5HT2 – controla a liberação de dopamina) INDICAÇÕES · Psiquiátrica: · Esquizofrenia, transtorno bipolar, depressão psicótica, depressão resistente ao tratamento, transtornos esquizoafetivos, doença e Alzheimer · Psicoses senis, psicoses orgânicas, psicoses induzidas por substâncias · Comportamento de violência impulsiva · Síndrome de tourrete · Doença de Huntington (coreia) · Tratamento dos soluços incoercíveis (clorpromazina) · Pre-medicacao cirúrgica (bdz são preferidos) · Neuroleptoanalgesia (droperidol mais fentanil) · Efeito antiemético, controle de náuseas e vômitos (em medidas drásticas, quando não há outra opção, por conta do efeitos toxicos) · Bloqueio dos receptores de dopamina, tanto central como perifericamente MECANISMO DE AÇÃO: · Melhora o humor, reduz a ansiedade e distúrbios do sono, porém não é indicado para pacientes não psicóticos No agente psicótico há um neuroléptico que provoca elevada incidência de efeitos colaterais extrapiramidais (EEP) em doses clinicamente efetivas · Antagonista dopaminérgico · Sintomas extrapiramidais: Agudos: síndrome parkinsoniana (rigidez, bradicinesia, tremor), acatisia, distonia aguda Crônicas: discinecia tardia, distonia crônica · VIAS DOPAMINÉRGICAS DE IMPORTANCIA: 1. Via dopaminérgica mesolimbico: · Sistema positivos e agressivos 2. Via dopaminérgico mesocortical: · Sintomas negativos ou cognitivos 3. Via dopaminérgica nigroestriatal · Controla movimentos voluntários do corpo 4. Via dopaminérgica túbero infundibular: · Aumento da prolactina FÁRMACOS: · Derivados alifáticos (clorpromazina) e derivados da piperadina (tioridazina) menos eficazes, produzem mais sedação e ganho de peso · Derivados da piperazina são mais potentes (efetivos em doses mais baixas, porém não necessariamente mais eficazes). · Butirofenona fármaco antipsicótico típico mais usado, apesar do elevado EEP · Antipsicóticos glutamatérgicos bitopertina, um inibidor do receptor do transportador de glicina 1 (GlyT1); usada de modo adjuvante com antipsicóticos convencionais melhora significativamente os sintomas negativos da esquizofrenia. · Classificação: TÍPICOS/ 1ª GERAÇÃO: · Antagonistas dos receptores dopaminérgicas · inibem fortemente a dopamina (D2), por isso causam mais sintomas extrapiramidais (SEP) e aumento da prolactina · não são seletivos: afinidade para o D2 (qt maior a afinidade maior a eficacia) · ALTA POTENCIA: haloperidol e clopixol BAIXA POTENCIA: clorpromazina, levomepromazina, periciazinha · FENOTIAZINICOS: clorpromazina, flufenazina, trifluperazina, tioridazina · BUTIROFENONAS: haloperidol · TIOXANTENOS: clorprotixeno, tiotexeno · Desencadeia: · ótimo para sintomas positivos · produzem efeito de apatia e menor iniciativa · não há perda acentuada da função intelectual · as tendências agressivas são fortemente inibidas · como bloqueiam os receptores e os sintomas negativos são desencadeados por hipofuncao da via mesocortical, acaba ocasionando sintomas negativos. · Efeitos extrapiramidais: sintomas relacionados a movimentos voluntários, desencadeia sintomas neurológicos · Aumento dos níveis de prolactina devido a via túbulo infundibular · Efeitos neurológicos: · Distonia aguda: rigidez, tremores, (transtorno do movimento caracterizado por contrações musculares involuntárias e sustentadas, que produzem posturas anormais e movimentos repetitivos). As distonias agudas consistem em movimentos involuntários, tremor e rigidez que provavelmente são consequentes ao bloqueio dos receptores de dopamina nigroestriais. ◦ risco máximo - 1 - 5 dias · Discinesia tardia: geralmente 1 a 2 anos depois do uso de antipsicoticos e é irreversível. caracteriza-se principalmente por movimentos involuntários da face e dos membros, aparecendo dentro de vários meses ou anos depois do tratamento antipsicótico. sintomas ◦ movimentos coreiformes rápidos, involuntários e repetitivos da face, olhos, boca, língua, tronco e extremidades ◦ Atetose (movimentos lentos com posições retorcidas) ◦ posturas distônicas sustentadas · Acatisia: transtorno do movimento hipercinético caracterizado por impulso irresistível de se mover. sintomas - sensação subjetiva de aflição e desconforto, necessidade de ficar em movimento ◦ risco máximo - 5 - 60 dias ◦ tratamento ◦ redução da dose ◦ benzodiazepínicos e propranolol · Parkinsonismo: sintomas leves – reajusta a dose; sintomas graves – faz uso de fármacos antiparkinsonismo, quando houver controle suspende o fármaco. sintomas – acinesia ( a perda parcial ou total da função motora), rigidez muscular, máscara facial, marcha arrastada ◦ risco máximo - 5 - 30 dias ◦ incidência - 15 % dos pacientes · Síndrome neuroléptica maligna: o mais garve dos efeitos. parece uma forma grave de Parkinsonismo com catatonia, tremores e instabilidade do sistema autonômico (alterações na PA e FC), em casos graves diminui a sudorese e provoca febre alta, tratamento: anticolinérgicos de ação central ATÍPICOS/ 2ª GERAÇÃO: · Bloqueio dos receptores D2 (receptor mais comum na via mesolimbica) e 5-HT (receptor mais comum na via mesocortical, nigroestriatal e túbulo infundibular) · inibem “menos” a dopamina, causam menos efeitos extrapiramidais e hiperprolactinemia · maior ação em sintomas negativos, cognitivos e depressivos · efeito negativos: síndrome metabólica · antagonistas de dopamina e serotonina equilíbrio dos efeitos colaterais · antagonista de D2 com rápida dissociação, agonista parciais de D2, agonista parciais de serotonina · Clozapina, asenapina, olanzapina, quetiapina, paliperidona, risperidona, sertindol, ziprasidona, zotepina e aripiprazol. · Menor risco de efeitos neurológicos · Eficaz em pacientes que não respondem aos típicos · Podem causar agranulocitose manter o controle, pedir o hemograma · Sintomas positivos podem ser tratados tanto pelo de 1ª geração (maior afinidade) quanto pela de 2ª geração · Sintomas negativos respondem mais favoravelmente às drogas antipsicoticos atípicos/ 2ª geração · Seleção: · Necessidade de evitar algum efeito adverso · Se o paciente apresenta distúrbios clínicos ou psiquiátricos concomitantes para ver se pode utilizar a combinação · Histórico do paciente: 1 vez que usa?? Já tem tolerância?? · Iniciar com a menor dose possível · BRASIL – disponível no SUS: clorpromazina, haloperidol e risperidona (lembrar para prova!!) Risperidona – 2 geracao, mais acessível Diretrizes do ministério da saúde consideram antipsicoticos de 2 geracao como terapia para esquizofrenia refrataria Clozapina: pacientes que obtiveram falha terapêutica com dois ou três antipsicóticos nas máximas doses toleráveis (cardiotoxicidade/miocardite, agranulocitose), maiorefeito adverso 1. Surto psicóticos/ controle de manifestações agudas · Controle do surto, geralmente durante 7 dias · Uso de fármacos de 1 geracao para pacientes nunca tratados: Via intramuscular: pacientes agitados Via oral: titulação lenta da dose · Redução da agitação. Hostilidade, ansiedade e agressão, normalização dos padrões de sono e alimentação · Causa apatia outras reacoes adversas neurológicas muda para fármacos de 2 geracao · Se não causa efeitos adversos mantem o de 1 geracao 2. Estabilização: · Objetivo: reintroduzir o individuo na sociedade, melhorar a socialização, os hábitos e cuidados pessoais e o humor · Se falha em 8 a 12 semanas, alterar a estratégia de tratamento 3. Manutenção: · Se não causa efeitos adversos mantem os fármacos · Deve prosseguir por no mínimo 12 meses, porem o tratamento continuo é necessário para a maioria dos pacientes, podendo alcançar 5 anos se houver controle, realizar o desmame (gradual) FARMACOCINÉTICA: · ABSORÇÃO: rápida, incompleta, via oral, exceção da asenapina que é sublingual · DISTRIBUIÇÃO: alta distribuição lipossolúveis, liga-se as proteínas 92 a 99%, longa duração · METABOLISMO: · Hepática · metabolismo de primeira passagem significativo diminui a disponibilidade do fármaco; · clorpromazina e tioridazina disponibilidade sistêmica de 25 a 35%, · haloperidol disponibilidade sistêmica de 65%; < metabolismo de primeira passagem · Metabolizados por oxidação ou desmetilação catalisados por enzimas microssômicas hepáticas do microssomo P450 CUIDADO COM INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS que inibem as enzimas do citocromo P450, como o cetoconazol · EXCREÇÃO: renal · RECIDIVA: · A recidiva dos sintomas psicóticos é muito variável · O tempo médio de recidiva é de 6 meses em pacientes estáveis com esquizofrenia · A clozapina é uma exceção · Recidiva rápida e grave · Nunca deve ser interrompida de modo abrupto, a não ser que ocorra os efeitos colaterais, como miocardite e agranulocitose FARMACODINÂMICA: · Efeitos adversos: ENTÃO, COMO ESCOLHER O FÁRMACO?? · Baseia-se nas diferenças entre os efeitos colaterais e a eficácia · Custo e disponibilidade · Sintomas positivos: fármacos típicos e atípicos possuem igual eficácia esquizofrenia e transtorno bipolar · Sintomas negativos, cognição, risco diminuído de discinesia tardia e outras formas de EEP, elevações menos acentuadas dos níveis de prolactina: fármacos atípicos NO ENTANTO!! · Alguns dos fármacos antipsicóticos atípicos produzem mais ganho de peso e aumento dos lipídeos em comparação com alguns fármacos antipsicóticos típicos · A ziprasidona é o fármaco atípico que produz o menor ganho de peso · A clozapina e a olanzapina resultam em maiores aumentos do peso corporal e dos lipídeos. · Desenvolvimento de diabetes melito, com mais frequência observado no uso de clozapina e olanzapina ASSIM, esses fármacos devem ser considerados como de segunda linha, a não ser que exista alguma indicação específica · A clozapina é o único fármaco antipsicótico atípico indicado para a redução do risco de suicídio. 1
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