AULA 04 - ACIDENTES DOMESTICOS

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URGENCIA E EMERGENCIA
Profa: Lorena B. Feijó
CONCEITO
Os acidentes residenciais também são causas comuns de urgência e emergência.
Assim como os acidentes de trânsito, também causam morte ou deixam sequelas graves, se não atendidos adequadamente e a tempo.
As vítimas mais comuns desses acidentes são as crianças e idosos.
Entre pediatras e especialistas da área de cuidados com as crianças, é senso comum que, se os responsáveis tivessem mais orientações ou tomassem mais cuidado com os ambientes em que as crianças permanecem, grande parte dos acidentes não aconteceria.
ACIDENTES MAIS COMUNS
Queda da própria altura ou de locais com até dois metros de altura como muros;
Afogamentos;
Esmagamento de membros, imprensados em portas ou algo semelhante;
Asfixia ou sufocamento;
Choque elétrico;
Introdução de corpos estranhos em ouvidos ou nariz;
Desmaios;
Ferimentos de pele;
Intoxicações e envenenamentos;
Mordedura de cão;
Queimaduras;
Atropelamento.
ACIDENTES MAIS COMUNS
CARACTERÍSTICAS DOS ACIDENTES
Queda da própria altura: ocorre frequentemente com crianças e idosos, caracterizando quedas, propriamente ditas, podendo trazer ou não sequelas;
Afogamentos: caracterizado por obstrução das vias aéreas por uma quantidade excessiva de ingestão de líquidos. Ocorre frequentemente com crianças e jovens;
Esmagamento: pode ocorrer em um membro ou parte dele, causado por queda de grandes objetos (tanques soltos, muros) ou prensamento em máquinas. Os esmagamentos podem ser fatais para determinados membros, podendo ocorrer sua amputação total ou parcial.
Asfixia: é a obstrução das vias aéreas, causada por alimentos que fazem falso trajeto, ou seja, entram na traqueia e não no esôfago;
Choque elétrico: pode ser ocasionado por qualquer fonte de eletricidade em contato com o organismo. Comum principalmente com crianças ou adultos;
Corpo estranho: introdução de objetos como feijão, peças pequenas de qualquer espécie no nariz ou nos ouvidos. Crianças são as maiores vítimas.
Ferimentos em geral: são decorrentes de algum acidente causado anteriormente.
CARACTERÍSTICAS DOS ACIDENTES
TIPOS DE FERIMENTOS
Puntiformes: causados por objetos pontiagudos como agulhas, pregos; chaves de fenda. Apresentam pouco sangramento; dependendo da profundidade com que foi introduzido, pode causar lesão de órgãos; agride pouco a pele, devido à sua elasticidade;
Cortantes: causados por objetos que possuem corte, como faca, navalha, lâmina de bisturi. Apresentam sangramento moderado; o comprimento da lesão é maior que a profundidade.
Perfurocortantes: causados por objetos de ponta e afiados, como estilete, canivete, tesoura, punhal, espada. Apresentam sangramento abundante; agride a pele por penetração e perfuração;
Perfuro-contundentes: causados por objetos que perfuram e agem por ação de explosão, como arma de fogo. Apresentam sangramento moderado, de acordo com a área lesada; agride a pele e tecidos, podendo também atingir ossos.
TIPOS DE FERIMENTOS
Corto-contusos: causados por objetos cortantes, agem por ação de contusão, como machado, enxada, foice. Apresentam sangramento abundante; lesão profunda e pode gerar fraturas.
TIPOS DE FERIMENTOS
CARACTERÍSTICAS DOS ACIDENTES
Intoxicações:
Também conhecidas como envenenamento, são caracterizadas por ingestão de alguma substância ou produto tóxico, que podem levar à morte. 
Podem ser exógenas ou endógenas. 
As exógenas ocorrem quando o agente agressor vem de fora do organismo, como álcool, drogas, medicamentos em excesso e acaba se intoxicando.
As endógenas ocorrem quando o fígado não consegue devolver a sua função e compromete o rim, não havendo eliminação das toxinas. 
CARACTERÍSTICAS DOS ACIDENTES
Mordedura de cão: caracterizada pela mordedura propriamente dita de cão, podendo trazer complicações, como a raiva ou o tétano, se não tratada adequadamente. Pode ocorrer com qualquer indivíduo. As crianças são mais susceptíveis.
Queimaduras: caracterizadas pelas lesões causadas através do fogão (principalmente durante o preparo das refeições), eletricidade (tomadas, fios) e ferro de passar roupas.
Atropelamento: causado através do atravessamento de crianças menores de 10 anos nas ruas sem a supervisão de um adulto.
INTERVENÇÃO EXTRA-HOSPITALAR
Nas quedas da própria altura:
Fazer uma rápida análise do que agravou a queda;
Verificar se houve ferimentos graves;
Procurar não movimentar a vítima a não ser que não tenha ocorrido nada grave;
Tomar cuidado especial com idosos, devido à fragilidade óssea que apresentam;
Lavar os ferimentos com água e sabão;
Procurar orientação médica.
Nos afogamentos:
Retirar a vítima do local onde sofreu o afogamento, carregá-la em pé nos ombros (caso de adultos), ou deitada nos braços (caso de crianças);
Colocá-la deitada na posição dorsal;
Verificar a respiração, caso esteja em parada respiratória, proceder à respiração boca a boca; se ocorrer parada cardiorrespiratória, proceder à ressuscitação cardiorrespiratória.
Aquecer a vítima;
Procurar o socorro médico.
INTERVENÇÃO EXTRA-HOSPITALAR
Nas afixias:
Fazer uma rápida análise do que causou a asfixia;
Se não conseguir retirar o que causou a asfixia, coloque a vítima inclinada abaixo do peito e tentar, com os dedos, retirar o objeto.
Não havendo sucesso, fazer a manobra de “Heimlich”
Verificar o estado da vítima após a expulsão do objeto que causou a asfixia. Ela pode desmaiar e ocorrer parada respiratória. Se isso ocorrer, fazer a respiração artificial;
Procurar o socorro médico.
Prof. Dr. Douglas David de Oliveira
INTERVENÇÃO EXTRA-HOSPITALAR
Nos corpos estranhos:
Tentar descobrir que tipo de objeto foi introduzido e em que local;
Inspecionar o local. Se o objeto puder ser retirado manualmente, fazê-lo com cuidado;
Não tentar retirar o objeto introduzido com outros objetos pontiagudos, pois a situação pode ser agravada;
Em caso de corpo estranho nos olhos, lavar com água em abundância;
Procurar orientação e socorro médicos.
INTERVENÇÃO EXTRA-HOSPITALAR
Nas intoxicações e envenenamentos:
Verificar o que causou a intoxicação;
Fazer uma rápida análise do que ocorreu e do estado geral da vítima;
Se ocorreu intoxicação por algum tipo de gás ou há fumaça no local, retirar a vítima, analisar sua respiração, fazer respiração artificial se for necessário, afrouxar suas roupas;
Se ocorreu ingestão de alguma substância tóxica ou medicamento em excesso, procurar orientação médica.
INTERVENÇÃO EXTRA-HOSPITALAR
Nas intoxicações e envenenamentos:
Só provocar vômito quando o medicamento ingerido não for atuante no sistema nervoso central, quando produtos de limpeza não forem corrosivos e em caso de raticidas e inseticidas. Caso contrário, o vômito não é aconselhável.
Esteja certo de que a vítima que você está atendendo é a única intoxicada; no caso de crianças, verificar se estava só ou brincava com outras, que também devem ser avaliadas.
Procurar o socorro médico.
INTERVENÇÃO EXTRA-HOSPITALAR
INTERVENÇÃO EXTRA-HOSPITALAR
Nas mordeduras de cão:
Afastar o animal do local;
Lavar o local do ferimento com água e sabão, para remover a saliva do animal;
Avaliar o ferimento;
Procurar orientação médica, mesmo no caso de o ferimento ser leve;
Observar o cão e seu comportamento por dez dias, pois nesse período o cão pode desenvolver raiva.
Nos atropelamentos
Garanta que o local fique seguro para a vítima;
Avalie o nível de consciência.
Mantenha-a imobilizada, segurando a cabeça dela e impeça que ela se levante, sente ou se vire;
Se houver sangramento, comprima o local com um pano limpo e seco;
Aguarde o atendimento de emergência. Não pegue a 	vítima no colo nem e a transporte no seu carro para não agravar uma possível lesão.
Não ofereça líquidos ou qualquer medicamento
Cubra a vítima para manter a temperatura e protegê-la.
INTERVENÇÃO EXTRA-HOSPITALAR
Nas queimaduras:
Mantenha a criança longe da cozinha e do fogão, principalmente durante o preparo das refeições.
Cuidado, também, com o ferro de passar, fiose tomadas elétricas;
Nos atropelamentos:
Não permita que uma criança menor de 10 anos atravesse a rua sozinha. A supervisão de um adulto é vital até que a criança demonstre habilidades e capacidade de julgamento do trânsito;
Prof. Dr. Douglas David de Oliveira
PREVENÇÃO
Evitar os acidentes residenciais depende muito das condições de moradia e do interesse que cada indivíduo tem por sua própria vida e de seus semelhantes;
Os acidentes residenciais são vulneráveis a qualquer um, independente da idade, sendo as crianças e os idosos os mais susceptíveis, porém alguns cuidados são básicos e importantes para que os acidentes sejam evitados.
Cuidados especiais com crianças que estão aprendendo a andar. 
Ficar sempre atento e não deixá-las sozinhas;
Proteger as escadas e as rampas com corrimão e piso antiderrapante.
Prof. Dr. Douglas David de Oliveira
PREVENÇÃO
Orientar as crianças e os jovens para não nadar em locais desconhecidos e ficar atento as crianças em beira de piscina e mar.
Não largar espalhados pela casa objetos e brinquedos com peças pequenas;
Encapar e proteger tomadas e fios descobertos;
Não deixar medicamentos, qualquer que seja a espécie, em local de acesso fácil a crianças, ou a pessoas portadoras de deficiência mental, pois elas podem ingerir com facilidade.
Prof. Dr. Douglas David de Oliveira
PREVENÇÃO
Não deixar crianças brincarem com animal desconhecido e mesmo com os que são de casa; ter cuidado especial, pois a criança pode provocá-lo e o animal acabar sendo traiçoeiro.
Velas, isqueiros e fósforos não devem ser manipulados por crianças;
Ferro de passar e eletrodomésticos, dificultar o acesso da criança;
Frasco de álcool produtos químicos devem ser mantidos fora do alcance das crianças.
PREVENÇÃO