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Mariana – 4º Termo B – Parasito 1 18/08/2020 AMEBÍASE ETIOLOGIA - Entamoeba histolyticaI MORFOLOGIA: Protozoário: passa por duas formas – Trofozoítos (dentro do intestino grosso): uninucleado, sem uma forma certa tem pseudópodes para se movimentar. Tem pouca resistência fora do ambiente do hospedeiro. - Cisto: tem 4 núcleos, sobrevive mais tempo fora do hospedeiro Ciclo Evolutivo: · Monoxenico · A pessoa se infecta quando ingere cisto (na água, alimento), há uma ruptura do cisto, tornam-se trofozoítos e no intestino grosso, se reproduzem e colonizam. · Depois de um tempo, sofrem um encistamento, os núcleos se dividem e viram cistos, eliminados nas fezes. · Pode ser comensal – sem dano ao hospedeiro, ficam só na luz do intestino se alimentando de restos ou patológicas – cepas agressivas, que penetram na mucosa. Patogenia: O trofozoídeo sofre mutações e se multiplica na mucosa do intestino ciclo patogênico = causa lesão. Pode ir para outros órgãos como fígado ou pulmão. Isso depende da virulência da cepas e fatores que determinam a capacidade agressiva da ameba: presença de bactérias como Shiguella, Salmonella, etc, alto índice lipídico e se já passou por vários hospedeiros. Mecanismo de invasão: fatores de virulência · Amebaporos (proteínas formadoras de poros) – lise osmótica, se introduz na membrana, forma poros e faz com que a célula sofra lise osmótica. · Lectinas amebianas (proteínas da membrana da ameba) – na membrana na célula alvo tem células que reconhecem as lectinas e causam citólise · Cisteíno-proteases – lesão do epitélio, degradam as enzimas da matriz celular e Imunoglobulinas. Amebíase intestinal: · onde a ameba penetra causa e aparenta microulcerações · se reproduz na submucosa por divisão binária · pode ocorrer necrose e até perfuração intestinal nos tecidos adjacentes. Manifestações Clínicas: · Formas assintomáticas: Entamoeba dispar (?), muito semelhante à histolytical e mais prevalente. · Na forma sintomática- Colite não disentérica: evacuações amolecidas, desconforto abdominal e cólicas (de pequena intensidade). · Forma disentérica (a mais grave): evacuações diarreicas, fezes com muco e sangue, cólicas intensas, náuseas, vômitos, febre moderada e tenesmo. Amebíase Extraintestinal: · Formas mais agressivas de cepas · Trofozoítos caem na circulação · Fígado: causa lesões necróticas, abcesso amebiano hepático · A partir da lesão hepática pode chegar aos pulmões · Pode até mesmo causar lesões de pele na parede abdominal · Raros casos no cérebro Manifestações Clínicas: · Amebíase hepática: dor, febre elevada, hepatomegalia, anorexia, perda de peso, fraqueza geral. · Amebíase pulmonar: febre, dor torácica, tosse com expectoração de secreção cor de chocolate Diagnóstico Laboratorial: Amebíase intestinal: · Pesquisa de trofozoítos: fezes diarréicas · pesquisa de cistos: fezes pastosas · Pesquisa de coproantígenos (antígeno do protozoário nas fezes). Consegue diferenciar: · Entamoeba histolytica/Entamoeba dispar · Amebas comensais (é relatado no laudo) = paciente está sofrendo contaminações fecais. Amebíase hepática (extraintestinal): · Punção · Diagnóstico por imagem: ver os abcessos · Diagnóstico sorológico: pesquisar anticorpos contra Entamoeba hystolitical, só encontrados depois da penetração nos tecidos. Epidemiologia: · Distribuição geográfica mundial: maior prevalência nas regiões tropicais e subtropicais (relacionado a condições socioeconômicas e sanitárias) · Transmissão oral através da ingestão de cistos: água e alimentos, pessoa a pessoa, veiculados por insetos · Cistos viáveis por 20 dias · Diferentes cepas em diferentes locais influindo na patogenicidade Profilaxia: · Diagnóstico e tratamento dos doentes e portadores assintomáticos · exame de fezes periódico dos manipuladores de alimentos · saneamento básico · lavar e desinfetar os alimentos consumidos crus · proteger os alimentos de moscas e baratas
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