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UFNT Cálculo Diferencial de Diferentes Variáveis Prof. Rogério Aluno: Wellington da Silva da Costa Resumo Sobre Integrais Múltiplas (p. 284 a 306) As Integrais Múltiplas incluem duas ou mais variáveis cujas aplicações se dá no cálculo de áreas, volumes e em definições de grandezas físicas. Primeiramente temos as Integrais Definidas que podem resultar em Integrais Duplas ou Múltiplas, onde se assemelha a derivadas parciais, pois uma das variáveis se mantém constante enquanto a outra é utilizada no cálculo. Dessa forma a integração parcial resulta em uma função de duas ou mais variáveis que em seguida será utilizada para a integração da outra variável que anteriormente foi considerada como constante, segundo a regra abaixo que considera a integração em relação a x primeiro: ∫ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 = 𝑔(𝑥, 𝑦) ∫ 𝑔(𝑥, 𝑦)𝑑𝑦 = ∬ 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 𝑑𝑦 Da mesma maneira pode-se integrar primeiro em relação a y e tratar x como constante para que em seguida a função gerada ser utilizada para integrar em relação a x. Em sequência, para funções de duas ou mais variáveis onde cada valor de y for fixo e a função ser integrada em x, forma-se a Integral Definida: ∫ 𝑎(𝑦) 𝑏(𝑦) 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑥 Nesse sentido, uma integral parcial definida parte do Teorema fundamental do Cálculo (TFC- fornece relação entre integral e derivada) para cálcular uma das variáveis mantendo as outras constantes. Exemplo: ∫ 0 𝑥 5𝑥𝑦 𝑑𝑦 = 5𝑥 𝑦2 2 { 𝑦 = 𝑥 𝑦 = 0 = 5𝑥 ( 𝑥2 2 ) − 5𝑥 ( 02 2 ) = ( 5𝑥3 2 ) Pode-se calcular a integral definida com a mudança de variável, mudando, porém, os limites de integração. Assim, quando é obtido funções que dependem somente de x ou somente de y temos as funções F(x) e G(y) respectivamente, que são integráveis: ∫ 𝑥=𝑐 𝑥=𝑑 𝐹(𝑥) 𝑑𝑥 = ∫ 𝑥=𝑐 𝑥=𝑑 [∫ 𝑔(𝑥) ℎ(𝑥) 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑦] 𝑑𝑥 ∫ 𝑦=𝑐 𝑦=𝑑 𝐺(𝑦) 𝑑𝑦 = ∫ 𝑦=𝑐 𝑦=𝑑 [∫ 𝑎(𝑦) 𝑏(𝑦) 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑥] 𝑑𝑦 São conhecidas como Integrais Duplas ou Integrais Iteradas. INTEGRAL DUPLA SOBRE UMA REGIÃO Assim como a integral definida de uma variável que precisa de uma função e um intervalo, onde é definida a área negativa ou positiva de uma região plana limitada pelo gráfico, a Integral Definida de duas variáveis se assemelha pela presença de um intervalo em duas dimensões para as variáveis, obtendo uma região D no plano, Figura 1. Figura 1: Região D no plano Fonte: Cálculo para um curso de Química Volume 2, p.293. Assim, para uma função de duas variáveis, que definirá a Integral Dupla de 𝑓(𝑥, 𝑦) sobre a região D, é demonstrada, de forma genérica, da seguinte forma: ∬ 𝐷 𝑓(𝑥, 𝑦)𝑑𝐴 Com base na equação genérica, se 𝑓(𝑥, 𝑦) ≥ 0 em D, então obteremos o volume do sólido delimitado em cima pelo gráfico f, em baixo pela região D e nos lados pelo cilindro, como mostra a Figura 2: Figura 2: Porções da região D, figuras sólidas. Fonte: Cálculo para um curso de Química Volume 2, p.294. Há diferentes situações para que o cálculo de uma Integral Dupla sobre uma região D seja analisado e efetuado. Situação 1: Região D retangular: 𝐷 = {(𝑥, 𝑦) ∈ ℝ2 ∶ 𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏 𝑒 𝑐 ≤ 𝑦 ≤ 𝑑}. Figura 3: Região D retangular Fonte: Cálculo para um curso de Química Volume 2, p.294. A equação generalizada se demonstra como: ∫ 𝑐 𝑑 [∫ 𝑎 𝑏 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑥] 𝑑𝑦 Situação 2: x variando entre valores constantes e y entre funções contínuas. 𝐷 = {(𝑥, 𝑦) ∈ ℝ2 ∶ 𝑎 ≤ 𝑥 ≤ 𝑏 𝑒 𝑦1(𝑥) ≤ 𝑦 ≤ 𝑦2(𝑥)}. Em que 𝑦1 𝑒 𝑦2 são funções contínuas em [a, b]. Figura 4: x constante e y variando entre funções contínuas. Fonte: Cálculo para um curso de Química Volume 2, p.297. A equação dessa situação se dá da seguinte forma: ∫ 𝑎 𝑏 ∫ 𝑦1(𝑥) 𝑦2(𝑥) 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑦𝑑𝑥 Situação 3: y variando entre valores constantes e x entre funções contínuas. 𝐷 = {(𝑥, 𝑦) ∈ ℝ2 ∶ 𝑒 𝑥1(𝑦) ≤ 𝑥 ≤ 𝑥2(𝑦) 𝑒 𝑐 ≤ 𝑦 ≤ 𝑑}. Em que 𝑥1 𝑒 𝑥2 são funções contínuas em [a, b]. Figura 5: y constante e x variando entre funções contínuas. Fonte: Cálculo para um curso de Química Volume 2, p.300. A equação generalizada da situação 3 é demonstrada da seguinte forma: ∫ 𝑐 𝑑 ∫ 𝑥1(𝑦) 𝑥2(𝑦) 𝑓(𝑥, 𝑦) 𝑑𝑥𝑑𝑦 Algumas observações importantes: 1. Quando f for contínuo em D, a ordem da integração é irrelevante, pois o resultado será o mesmo, porém a integral mais externa deve sempre estar com os valores constantes. 2. É importante esboçar o gráfico da região de integração antes de tentar calcular uma integral dupla. 3. A natureza da função f(x,y) determina as vezes a ordem de integração. Se inverter a ordem para calcular uma integral pode ser extremamente mais fácil do que a primeira ordem de realização do cálculo.
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