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Apresentação: Exclusões: a ordem discursiva que (i)legitima saberes História Grega – a produção da verdade no mundo platônico • Epistemologia: Filosofia da Ciência ou Teoria do Conhecimento; • Primeiro momento histórico a constituir um projeto universal de certezas perfeitas; • Questões referentes aos fenômenos espirituais – libertar-se dos aspectos terrenos; • Paradigma fincado na verdade soberana de um ser superior, segundo o qual o mundo dos humanos é apenas a cópia do Mundo das Idéias; • Método de investigação, objetivando chegar no verdadeiro conhecimento – saber contemplativo: espectador passivo. “Para lhe mostrar que no fundo o ser humano é um animal de boa índole, eu lembrarei quão crédulo ele foi por tanto tempo. Somente agora, bem tarde e após ingente auto-superação, ele se tornou um animal desconfiado – sim! O ser humano é agora mais malvado do que nunca.” – Não compreendo isso: por que deveria o ser humano ser mais desconfiado e malvado agora? – “Por que tem, necessita ter uma ciência (NIETZSCHE, 2001, p. 80). A Modernidade: episteme de nossos dias • Episteme: Ordenação e validação dos discursos em uma determinada época. Campo de possibilidades e impossibilidades de nossas vontades de saber. Regras de formação do pensar. Formas de ser, estar e viver no mundo. • Uma ruptura com o passado. Criação de suas orientações normativas (como a moral, p. ex.). Compreensão racional da natureza. Homem como sujeito e objeto das Ciências Humanas. A nossa episteme. O nosso conjunto de regras e normas. A modernidade trouxe consigo: • Ruptura Epistemológica – compreendendo e controlando o mundo através da Ciência; • Racionalização – Observação e experimentação; • Busca pela verdade através do cientista; • Homem ativo – transformando e dominando a natureza; • Desprezo às considerações filosóficas; • Saberes matemáticos – universais, a-temporais e a-históricos; • Busca constante pela modernização e pelo progresso do mundo; • “descobrir ou inventar sólidos de solidez ‘duradoura’, solidez que se pudesse confiar e que tornaria o mundo passível e, portanto, administrável” (BAUMAN, 2001, p. 10) [grifo do autor]. • Único saber válido. Espaço legitimado: convida alguns a falar – uma classe especializada e restrita. Pós modernidade: um tempo de crise? • Suspeita das metanarrativas produtoras da modernidade; • Crítica da verdade/pluralidade de interpretação; • Verdades discursivamente constituídas; • Aceite da humildade diante de questões do conhecimento – fragilidade da ciência; • A ciência como uma, das muitas, maneiras de produzirmos conhecimentos. Uma outra consistência nessa Episteme: a Modernidade Líquida • Gana pela novidade, pela mudança; • Compulsão à mudança: permanente liquidez de idéias (estão sempre em vias de se desfazer); • Avanços de natureza tecnológica; • Descarte. Desapego às coisas, às pessoas; • Um tempo de fluidez. • “Os fluidos se movem facilmente. Eles ‘fluem’, ‘escorregam’, ‘respingam’, ‘transbordam’, ‘vazam’, ‘inundam’, ‘borrifam’, ‘pingam’; são ‘filtrados’, ‘destilados’; diferentemente dos sólidos, não são facilmente contidos” (BAUMAN, p. 2001, p.8) [grifos do autor]. • Margens por vezes mais rígidas, por vezes mais fluidas, delimitando nossas formas de ser, estar e agir no mundo. Apresentação 2: As Bases do Pensamento Moderno: Francis Bacon, René Descartes e Galileu Galilei • Começava uma insatisfação, por alguns estudiosos, das explicações religiosas para os acontecimentos do mundo; • O saber contemplativo da religião e da filosofia de Platão começam a ser colocados em xeque; • Com essa insatisfação nasce um novo conhecimento: o conhecimento científico. • Tal conhecimento teve três grandes pesquisadores que alavancaram seu nascimento. São eles: Francis Bacon, René Descartes e Galileu Galilei. FRANCIS BACON- (1561-1626) O precursor do método científico • Inventor do que hoje chamamos de Método Científico; • Escreveu um livro chamado “Novum Organum” (1620), considerado um novo método, o método baconiano baseado em explicações indutivas; • Indução: partimos de observações, formulamos conclusões genéricas (hipóteses), que a ciência (através da indução), comprovará ou não tais conclusões. • Procedimentos planejados para investigar fenômenos naturais. GALILEU GALILEI- (1564-1642) Pai da ciência moderna • Autor fundamental na Revolução Científica do séc. XVII; • Contribuições importantíssimas para a Astronomia e para Física; • Escreve Mensageiro das Estrelas (1610); Discurso sobre as coisas que estão sobre a água, ou que nela se movem (1612); Diálogo sobre os dois principais sistemas do mundo (1632). • Neles apóia o modelo heliocêntrico (a Terra gira em torno do sol); • Por suas ideias irem de encontro à Igreja Católica, que acreditva no modelo geocêntrico (a Terra é o centro do universo) é condenado a inquisição em 1632. RENÉ DESCARTES- (1596-1650) Racionalidade e filosofia moderna • Inventor do que chamamos de Análise dos fenômenos; • Inventor do Racionalismo; • Escreveu o livro “Discurso do Método”(1637) que prevê quatro princípios fundamentais para desenvolver investigações científicas: 1- Duvidar de tudo; 2- Dividir em partes menores (análise: partir do grande e dividi-lo); 3- Do simples ao complexo e 4-Enumerar tudo. • Coloca TUDO em dúvida até que a Ciência consiga provar sua existência a partir da razão • O Racionalismo diz que a razão, portanto, é plenamente autossuficiente na obtenção do conhecimento sobre a realidade. A CIÊNCIA E O MÉTODO CIENTÍFICO • A palavra “método” indica uma fórmula minuciosa e por vezes até mesmo secreta, sendo possível de utilizá-la apenas cientistas extremamente competentes. Mas isto não é verdade! • Muitas das ações fundamentais do Método Científico faz parte das nossas vidas: a curiosidade, as indagações, a busca por respostas • O método científico é algo que todos nós, que tenhamos interesse na Ciência, podemos utilizar. Basta conhecermos seus procedimentos e etapas. ETAPAS DO MÉTODO CIENTÍFICO 1- Observe 2- Pergunte 3- Formule uma hipótese 4- Conduza uma experiência 5- Aceite ou Rejeite e hipótese formulada 1. Observação: As investigações científicas começam com a OBSERVAÇÃO de algo que desperta nossa curiosidade e, com isso, nos gera uma questão. Vejamos um exemplo muito corrente em aulas de Ciências que utilizam a experimentação a partir do Método Científico: a germinação do feijão. 2. Formulação de uma pergunta Se formula uma pergunta para olhar com mais precisão algo que nos inquieta, analisando o problema em termos específicos. Lembremo-nos: observamos a germinação do feijão. Na continuidade do método, devo agora formular uma pergunta. Podem ser muitas. Formulo aqui uma para continuarmos exemplificando: Como o feijão se desenvolve? 3. Formulação da hipótese Regra básica da Ciência: Perguntas feitas buscam sempre respostas! O terceiro passo do Método Científico é indicar uma possível resposta (que no desenvolvimento da pesquisa será comprovada ou não). A isso chamamos de HIPÓTESE. Podemos entendê-la como um “palpite” do cientista. Em geral esse palpite se baseia nas informações que o pesquisador tem disponível sobre esse determinado assunto pesquisado. Continuemos exemplificando com a germinação do feijão: O feijão precisa de água para germinar 4. Experimentação Essa talvez seja a etapa mais demorada do Método Científico. Darwin, por exemplo, passou quase 20 anos analisando os dados que recolheu antes de agir em relação a eles. Aqui, o cientista coloca em exame aquilo que pesquisa. Utilizando o Método Científico, ele experiencia o seu objeto. Voltemos ao exemplo da germinação do feijão: é hora do cientista colocar o feijão a germinar, entendendo o que é necessário para que isto ocorra. 5. Aceite ou Rejeite a Hipótese É hora do cientista verificar, atravésda experiência realizada, se sua hipótese inicial é comprovada ou rejeitada. Lembremos de nossa hipótese inicial: para germinação do feijão é necessário aguá- lo. Hipótese comprovada, após a realização da experiência!
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