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MENINGITES NA PEDIATRIA

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Meningites 
na 
Pediatria 
Isabela Hadassa
10 MB
Autoria-
| vervalores
de
{
Referência
Profilaxia ?
 
Tutoria de Pediatria 
→
01-Moleira Alta: A moleira do bebê, também chamada de fontanela, é 
uma membrana fibrosa que ocupa os espaços entre os ossos do crânio. Esta 
membrana fica na frente e atrás da cabeça, para facilitar a passagem do bebê pelo 
canal da vaginal na hora do parto. Além disso, o crescimento cerebral mais 
importante se dá no primeiro ano de vida, e as moleiras existem para comportar 
esse desenvolvimento. A moleira posterior se fecha no segundo mês de vida, e a 
anterior se fecha por volta dos 18 meses. 
*Quando o bebê está deitado, as moleiras são normalmente planas, ou então 
levemente deprimidas quando ele está em posição vertical. Tais áreas podem pulsar 
com movimentos sutis de elevação, o que não deve causar preocupação, pois são 
resultado da pressão arterial do cérebro. 
* Há alguns sinal de alerta, como: 
• Moleira pulsando com mais pressão: ocorre quando a criança apresenta 
cólicas, tosse ou febre. 
• Moleira baixa ou funda: indica que o crescimento do crânio está abaixo do 
esperado, podendo significar desidratação ou patologias. 
• Moleira alta: pode ser resultado de aumento da pressão craniana no bebê ou 
de um quadro de infecção. Nesse caso, é imprescindível levá-lo ao médico. 
02- Sinal de Kernig→ Indica uma flexão involuntária do joelho quando o 
examinador realizava a flexão passiva de 90° graus do quadril com o joelho estendido. 
Quando o sinal é positivo, o paciente sente dor, resistência e incapacidade de estender 
o joelho por completo. Outra definição dada ao sinal de Kernig é a incapacidade do 
paciente em estender o joelho além de 135° graus enquanto mantém o quadril 
flexionado. 
 
 
 
 
 
 
Isabela Hadassa e 
Mariana Martins
03- Sinal de Brudzinski→ Indica a flexão de ambas as pernas e coxas em resposta a 
flexão passiva do pescoço. O examinador coloca uma das mãos abaixo da cabeça do 
paciente e flexiona o pescoço; uma flexão espontânea dos quadris e joelhos 
bilateralmente indica sinal positivo. Na meningite, a reflexão passiva do pescoço 
estica as raízes nervosas pelas meninges inflamadas, causando dor e movimento 
involuntário dos membros inferiores. 
 
 
 
 
 
04- Sufusões hemorrágicas→ Região em que há extravasamento (ação de 
extravasar) de um líquido orgânico para os tecidos vizinhos. [Por Extensão] 
Excesso de sangue que se espalha sobre a pele; afluxo de sangue em determinadas 
partes do corpo. 
05-LMN→ Linfomononucleares 
06-PMN→ Polimorfonucleares 
07-Opalescente→ Que apresenta opalescência, reflexos irisados, com as cores do 
arco-íris. Com a aparência da opala, pedra dura com reflexos irisados, muito usada 
em joalheria; opalino. 
08-Pandy→ O teste de Pandy é um teste semiquantitativo onde o fenol reage 
principalmente com globulinas. Em infecções crônicas como neurossífilis e na 
esclerose múltipla a elevação de globulinas torna o teste de Pandy positivo. 
Contaminação do líquor com sangue pode acarretar falso-positivo 
09-Nonne→ O exame de Nonne-apple, reação é indicado para diagnosticar infecções 
crônicas, a exemplo da neurossífilis e na esclerose múltipla, que podem ser 
identificadas por meio do aumento de globulinas tornando esse teste positivo. 
→ 
01-Definir a etiologia correlacionando com o quadro clínico: 
 
→ETIOLOGIA: 
 
Linfócitos e Maaofágos
Eosinófilos / Bascofios, Neutrófilos
*Qualquer bactéria pode produzir meningite num indivÌduo suceptÌvel. Haemophilus 
influenzae tipo b, Neisseria meningitidis (meningococo) e Streptococcus pneumoniae 
(pneumococo) são os agentes responsáveis por aproximadamente 95% dos casos de 
meningite bacteriana após os dois meses de idade, com incidência predominante dos 
dois últimos nos locais onde a vacina contra Hib é usada de rotina. 
 
→De acordo com a faixa etária: 
 
→QUADRO CLÍNICO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*Os sintomas de MENINGITE MENINGOCÓCICA são indistinguíveis daqueles 
associados com meningite causada por outras bactérias (Pneumococo, 
Haemophillus influenzae tipo b). 
*Na meningite além dos sintomas de febre e mialgia, podem ocorrer também náuseas 
e vômitos. A tríade de febre, rigidez de nuca e alteração do estado mental estão 
presente em cerca de 27% dos pacientes, e se acrescentarmos o rash, cerca de 89% 
dos pacientes apresentam pelo menos dois desses quatro sinais/sintomas. 
*Além desses, irritabilidade e convulsões podem aparecer. Nos casos graves e fatais 
de meningite meningocócica, o aumento da pressão intracraniana está presente já no 
início do quadro. 
*Os sintomas clássicos (rash hemorrágico, meningismo e alteração da consciência) 
costumam aparecer tardiamente, tornando o diagnóstico precoce difícil. 
*A ocorrência maior no final do inverno faz com que muitos casos sejam confundidos 
no início com Gripe. (Diagnóstico Diferencial) 
*O quadro clínico apresenta um espectro variado, dependendo da idade e duração 
da doença. Podem estar presentes sintomas inespecíficos, como manifestações 
respiratórias, mialgia, artralgia, taquicardia, hipotensão. As manifestações cutâneas 
comuns são petéquias, púrpura e exantema maculopapular. 
*O diagnóstico nos lactentes é baseado na suspeita clínica diante de um quadro 
inespecífico, como febre e irritabilidade. Manifestações como hipotermia, letargia ou 
hipoatividade, recusa alimentar, vômitos, diarreia, dificuldade respiratória, fontanela 
abaulada, convulsões e alterações do nível de consciência fazem parte do diagnóstico 
clínico, na ausência de sinais meníngeos. 
*Em crianças maiores ocorre febre, prostração, anorexia, fotofobia, cefaleia, 
vômitos, bradicardia, aumento da pressão arterial, convulsões, alterações do nível de 
consciência. 
*Sinais de irritação meníngea, como rigidez de nuca, dor lombar, sinal de Kernig e 
Brudzinski estão presentes. Pode haver convulsões, e os sinais focais ocorrem em 10 
a 20% dos casos. 
* O diagnóstico clínico da hipertensão intracraniana fundamenta-se na presença de 
vômitos, cefaleia, abaulamento de fontanela, paralisia de abducente, anisocoria, 
hipertensão arterial, bradicardia e bradipneia, que podem evoluir para decorticação, 
coma e herniação. 
*A doença meningocócica apresenta-se frequentemente como quadro súbito de 
choque, púrpura, coagulação intravascular disseminada (CIVD), rebaixamento do 
nível de consciência e progressão para coma em 24 h. A forma que se apresenta como 
sepse, sem sinais meníngeos e liquor normal, está associada a um pior prognóstico. 
*O quadro mais insidioso de febre por alguns dias, sintomas respiratórios ou 
gastrointestinais inespecíficos, letargia e irritabilidade é menos comum. 
→FATORES DE RISCO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
02-Entender os exames complementares para o diagnóstico, incluindo 
a ECG, diferenciando bacteriana e viral 
→EXAMES COMPLEMENTARES: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* Exame físico minucioso e sem roupas deve ser realizado à procura de lesões 
cutâneas, e os locais onde foram aplicadas pressões (medida de pressão arterial, 
garrotes) são localizações privilegiadas para aparecimento de petéquias. 
*Os sinais vitais mostram hipotensão com taquicardia, que responde inicialmente a 
hidratação endovenosa. Isso pode levar a um retardo do diagnóstico e do início 
precoce da terapia antimicrobiana e de suporte. 
*Devemos realizar os testes de Kernig e Brudzinki para avaliar irritação meníngea, 
no entanto, a ausência destes sinais não exclui meningococcemia. Em lactentes 
esses sinais são de difícil avaliação, porém contamos com o exame da fontanela, que 
pode estar tensa e abaulada. 
*Sinais de gravidade são dor nas pernas, mãos e pés frios, coloração anormal da pele 
(palidez ou manchas). 
*Manifestações menos comum são a conjuntivite, pneumonia, bacteremia oculta, 
artrite séptica e meningococcemia crônica. Esta última é definida por septicemia por 
meningococosem evidência de meningite, cuja febre persiste por mais de 1 
semana antes do início de qualquer antimicrobiano em um paciente que não 
aparenta estar toxêmico. 
*Os sintomas que acompanham a febre costumam ser calafrios, rash, artralgia e 
cefaleia. Tem uma duração média de 6-8 semanas até o diagnóstico. 
 
 
 
 
*A coleta de secreção de nasofaringe está CONTRA-INDICADA pois o 
meningococo é frequentemente identificado em pessoas normais (portadores sãos). 
*Outros exames como o hemograma, sódio sérico, coagulograma, gasomentria, 
enzimas hepáticas podem estar alterados, mas pouco acrescentam ao diagnóstico, 
no entanto devem ser avaliados conforme indicados pela gravidade do caso para 
correção das alterações. 
*Outros testes laboratoriais como hemoculturas (50% de positividade), hemograma 
completo, eletrólitos, glicose, função renal e da coagulação, devem ser realizados para 
auxílio no diagnóstico e avaliação do comprometimento sistêmico. 
*Leucopenia, trombocitopenia, hiponatremia e acidose metabólica severa são sinais 
de gravidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
* Na doença invasiva está indicada a coleta de culturas de sangue e líquor. Em alguns 
casos a realização do exame de Gram nas lesões cutâneas pode identificar a bactéria. 
*Outra forma possível de diagnóstico é a detecção no líquor do antígeno do 
meningococo, ou também a pesquisa do material genético através de técnica 
molecular (reação em cadeia da polimerase) em centros que possuam essa tecnologia 
(sensibilidade e especificidade em torno de 91% no líquor). Esses testes são 
auxiliares quando o paciente já está em uso de antimicrobianos, neste caso a 
sensibilidade da hemocultura cai para menos de 5%. 
*O exame do líquido cefalorraquidiano é o teste laboratorial mais importante para o 
diagnóstico de meningite. 
*Em algumas circunstâncias, como em crianças menores de 12-18 meses o quadro 
clínico é atípico e o exame liquórico deverá ser realizado diante dos primeiros 
sintomas sugestivos de meningite ou comprometimento sistêmico grave. 
*São contra-indicações à punção lombar a infecção cutânea no sítio da punção, sinais 
sugestivos de hipertensão intracraniana, sinais neurológicos focais. instabilidade 
cardiorrespiratória, plaquetopenia. 
*O uso de antibióticos até 2 dias antes da punção lombar, não altera 
significativamente a análise do líquor. 
* O exame do líquor compreende os seguintes procedimentos: 
Citologia: em crianças maiores de 1 mês, a meningite apresenta uma quantidade 
variável de leucócitos, tipicamente acima de 1000 células/mL de líquor. 
*O exame diferencial revela predomínio de polimorfonucleares. A alteração liquórica 
é dependente da fase da doença. 
*Na evolução da doença para a cura, os neutrófilos são substituídos por células 
linfomonocitárias. 
Exame Químico: 
*Hipoglicorraquia e Hiperproteinorraquia: a concentração normal de glicose no 
líquor é de cerca de dois terços da glicemia sérica, na meningite aguda o nível de 
glicose está bastante reduzido (<40mg/dL em 50% dos casos).A ausência de 
normalização após dois ou três dias de antibioticoterapia tem alto valor 
prognóstico negativo. 
*Já as proteínas estão elevadas no líquor, geralmente acima de 100 mg/dL. A 
elevação das proteínas decorre basicamente do processo inflamatório do SNC e a 
regressão do processo inflamatório deve reduzir a concentração proteica em 
poucos dias após a antibioticoterapia, constituindo fator preditivo de resposta 
terapêutica. 
Bacterioscopia: Através da técnica do Gram, pode sugerir rapidamente o agente 
etiológico em até 90% dos casos, sendo portanto essencial para orientação 
terapêutica. 
*Enquanto o uso prévio de antibióticos reduz em 75% a positividade das culturas 
liquóricas, a bacteroscopia sofre influência de apenas 10% sensibilidade em detectar 
bactérias em tais circunstâncias. 
*O uso de aglutinação ao látex, neste caso, pode auxiliar no diagnóstico 
Cultura: ainda que demorada, e sujeita a interferência de antimicrobianos 
administrados previamente, é o exame de maior confiabilidade. O isolamento da 
bactéria permite a feitura de testes de sensibilidade antimicrobiana in vitro 
(antibiograma). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→DIFERENCIAÇÃO PELOS RESULTADOS DO LCR SE MENINGITE 
BACTERIANA OU VIRAL: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Neutrófilos linfócitos e
Monócitos
Neuroimagem: 
*Indicações para uma tomografia computadorizada de crânio antes da punção lombar: 
coma, “shunt” do fluído cerebroespinhal, hidrocefalia, trauma ou neurocirurgia 
recente, papiledema, déficit neurológico focal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ESCALA DE COMA DE GLASGOW NA PED: 
*A ECG é utilizada no ATLS (Advanced Trauma Life Support) para classificação dos 
traumatismo cranioencefálicos; 
13 ou mais= lesão cerebral leve 
9 a 12 = lesão moderada 
8 ou menos= lesão cerebral grave (com necessidade de intubação orotraqueal pelas 
perdas dos reflexos de proteção da via aérea) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
03-Conhecer o manejo adequado da meningite, relacionando com os 
critérios de gravidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*No manejo da doença meningocócica as prioridades são o tratamento do choque na 
meningococcemia e do aumento da pressão intracraniana na meningite grave. 
*No tratamento empírico da meningococcemia deve se iniciar uma cefalosporina de 
terceira geração como: ceftriaxona (100mg/Kg/ dia a cada 12 ou 24h, dose máxima 
2g 12/12h) ou cefotaxima (200-300 mg/kg/dia a cada 4 a 6h, máximo 12g/dia). 
*Com a confirmação etiológica, devemos restringir o espectro para penicilina G 
cristalina (300.000 UI/Kg/dia, máximo de 12 milhões de UI/dia, a cada 4 ou 6h) ou 
ampicilina (200-400 mg/kg/dia a cada 6h, máximo 12g/dia), visto a resistência a 
estas drogas para o Meningococo ser raríssima. A resistência do meninogoco as 
penicilinas é rara. 
*Em pacientes com alergia grave a penicilinas (anafilaxia), cloranfenicol é a droga 
de escolha. Caso este não esteja disponível, usa-se meropenem, visto que reação 
cruzada com penicilinas chega no máximo em 2-3%. A duração recomendada é de 7 
dias para a doença meningocócica. 
*Na meningococcemia acompanhada por choque, a ressuscitação volumétrica, o 
uso precoce de inotrópico e ventilação mecânica pode reduzir a mortalidade. 
*Com relação à síndrome inflamatória pós-infecciosa, o tratamento com anti-
inflamatórios não esteroides é recomendado. 
*Após o atendimento inicial, com estabilização cardiorrespiratória (oxigênio, acesso 
venoso, reposição volêmica) a antibioticoterapia deve ser iniciada imediatamente 
após punção lombar ou já na chegada de caso fortemente suspeito, caso esta não 
possa ser realizada na primeira hora de atendimento. 
*Como raramente o organismo causador da meningite bacteriana é conhecido desde 
o início da terapia, um plano de tratamento empírico geralmente precisa ser 
formulado. Uma vez que os resultados das culturas estejam disponíveis, o 
tratamento deve ser modificado para seguir as diretrizes para patógenos específicos. 
 
*Um regime empírico apropriado deve incluir a cobertura para S. pneumoniae e N. 
Meningitidis, as duas causas mais comuns de meningite bacteriana em lactentes e 
crianças. Devemos saber a resistência local ao pneumococo, pois em alguns países, 
a vancomicina é associada inicialmente. 
Crianças de 1 a 3 meses: ampicilina (400 mg/kg/dia EV, divididos de 6/6 horas) e 
cefalosporina de terceira geração, sendo : ceftriaxona (100 mg/kg/dia EV divididos 
de 12/12 horas) como medicação de escolha; cefotaxima (300 mg/kg/dia EV divididos 
de 6/6 horas). 
Crianças > 3 meses a 7 anos: ceftriaxona (100mg/kg/dia em 1 ou 2 doses). 
Crianças > 7 anos: ceftriaxona 100mg/kg/dia (máximo 4g/dia) ou penicilina G 
endovenosa 300.000UI/kg/dia (cada 4 ou 6hs) se sensibilidade determinada. 
Vancomicina 60mg/kg/dia (máximo 4g/dia). 
Dexametasona: reduz as complicações e a mortalidade, efeito observado em 
meningite por hemófilos e em adultosna meningite pneumocócica. Iniciar 1h antes 
do antibiótico, na dose de 0,6mg/kg/dia dividido em 4 doses, por 2 a 4 dias. 
*A resposta a terapêutica é monitorada clinicamente. 
*Febre e os sintomas clínicos começam a regredir após um a três dias do início da 
antibioticoterapia. A meningite meningocócica é a que mais rapidamente evolui para 
a cura. 
→CRITÉRIOS DE GRAVIDADE: (para uti-convulsões?) 
 
 
 
 
 
04-Identificar as principais complicações na meningite de acordo com 
a etiologia 
*“A doença tem tratamento e cura, com cerca de 10% de óbitos e até 40% de 
complicações como sequelas que podem causar atraso do desenvolvimento, perda de 
movimento e de audição”. 
*A meningite pode causar vários tipos de sequelas, que atingem, tanto a capacidade 
física, quanto intelectual e psicológica, sendo comum surgir falta de equilíbrio, 
perdas de memória e problemas de visão. 
*Em geral, a meningite bacteriana provoca sequelas com mais frequência e 
gravidade que a meningite viral, mas as duas formas da doença podem trazer 
complicações e afetar a qualidade de vida, especialmente em crianças. 
 
↳ Respiração de kussmaul
*Sequelas neurológicas, incluindo surdez, deficiência mental, espasticidade e/ou 
paresia e convulsões ocorrem em 15 a 25 % dos sobreviventes. Crianças que foram 
tratadas para meningite bacteriana devem ser submetidas a avaliação auditiva no 
momento da ou logo após a alta. 
*A efusão subdural ocorre em 10 a 30% dos casos, sendo causa de febre persistente. 
*A febre pode ser causada por infecção hospitalar de etiologia bacteriana ou viral 
secundária, tromboflebite, reação a drogas, pericardite, artrite ou disseminação 
bacteriana. 
*O prognóstico desfavorável ocorre principalmente na MBA pneumocócica em 
menores de 6 meses, com convulsões com duração maior que 4 dias, sinais focais ou 
coma na apresentação e perda auditiva. A MBA é a principal causa pós-natal de 
desordens do desenvolvimento, incluindo paralisia cerebral e retardo mental. 
*Podem começar a pensar em complicações se o quadro neurológico persistir, deve 
ser considerada a possibilidade de terapêutica inadequada ou complicações 
supurativas. 
*Em pacientes com obnubilação prolongada, irritabilidade, convulsões (>72 horas 
após o início do tratamento), alterações neurológicas focais, aumento da 
circunferência da cabeça ou outras complicações neurológicas (empiema subdural, 
abscesso cerebral, trombose vascular cerebral, dilatação ventricular) deve ser 
considerada a realização de neuroimagem. 
*Disturbios eletroliticos e ácido-basicos→ Respiração de Kussmaul? 
 
 
 
05-Compreender como é feita a profilaxia de contactantes e isolamento 
 
→ISOLAMENTO DE CONTACTANTES: 
* Isolamento com uso de máscaras nas primeiras 24hs de antibioticoterapia para 
meningite causada por meningococo ou hemófilos. 
→PROFILAXIA DE CONTACTANTES: 
*A vacinação existente em nosso meio é a maneira de prevenção da meningite por 
pneumococo (cepas disponíveis), hemófilos tipo B e meningococo tipo C. 
*Com a imunização de rotina com vacina contra H. influenzae tipo b, praticamente 
houve erradicação da meningite por esse agente. 
*A introdução das vacinas PCV7 e PCV10 reduziu a incidência de meningite por 
pnemococo em menores de 5 anos e entre não vacinados pelo efeito rebanho. Para a 
imunização de meningococo, existem as vacinas C,A-C e A, C, W135, Y. 
 
Critério de Alta
& Não
LCXR → vepek
Me/hora do Quadro
clínico
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
→NOTIFICAÇÃO COMPULSÓRIA:

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