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Técnicas de Mediação e Negociação

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Universidade Estácio de Sá
Professora Antonia de La Cruz
Apostila elaborada por Antonia de La Cruz – Curso de Direito
AULA 10
TÉCNICAS DE NEGOCIAÇÃO E MEDIAÇÃO. 
MEDIAÇÃO
Meio alternativo de solução de conflitos, onde as partes se mantêm autoras de suas próprias soluções.
Constitui-se em importante recurso de resolução alternativa de disputas nas situações que envolvem conflitos de interesses, aliados à necessidade de negociá-los.
É um processo orientado a possibilitar que as pessoas nele envolvidas sejam co-autoras da negociação e da resolução dos seus conflitos.
CONCEITUAÇÃO DE MEDIAÇÃO SEGUNDO VEZZULLA,1995
Técnica de resolução de conflitos não adversarial que, sem imposições de sentenças ou laudos e com um profissional devidamente formado, auxilia as partes a acharem seus verdadeiros interesses e preservá-los num acordo criativo, onde as duas partes ganham. 
CONFLITO
Desentendimento entre duas ou mais pessoas sobre um tema de interesse comum.
O conflito surge ante a dificuldade de se lidar com as diferenças nas relações e diálogos, associada a um sentimento de impossibilidade de coexistência de interesses, necessidades e pontos de vista.
Manifestação de insatisfação, ou de divergência, de idéias, percepções e opiniões.
MEDIAÇÃO - OBJETIVO
Estabelecer ou restabelecer diálogo entre as partes, para que delas surjam alternativas e a escolha de soluções.
Prevista para ser célere, informal e sigilosa, atua propiciando redução de custos financeiros, emocionais e de tempo em função de, em curto espaço de tempo, promover a instalação de um contexto colaborativo em lugar de adversarial.
 
MEDIAÇÃO – PROPOSTA
Dar voz e vez àqueles que dela participam.
Instrumento de negociação de interesses articula, durante todo o seu percurso, a necessidade de cada um com a possibilidade do outro, desde que dentro dos limites da Ética e do Direito.
Possibilitar mudanças relacionais e conseqüente dissolução da lide.
MEDIADOR, O QUE É?
É um terceiro imparcial que, por meio de uma série de procedimentos próprios, auxilia as partes a identificar os seus conflitos e interesses, e a construir, em conjunto, alternativas de solução, visando o consenso e a realização do acordo.
Atua como facilitador do diálogo entre partes, identificando e desconstruindo impasses de diferentes naturezas.
Seu principal instrumento de intervenção são as perguntas.
EM QUE CONTEXTO PODE SER APLICADA?
Em qualquer contexto capaz de produzir conflitos que envolvam questões tais como:
Comerciais;
Trabalhistas;
Comunitárias;
Meio ambiente;
Saúde;
Família.
“GÊNERO MEDIAÇÃO” ≠ “ESPÉCIE MEDIAÇÃO”
O “gênero mediação” ou heterocomposição envolve desde métodos impositivos de resolução de conflitos (como a via judicial e a arbitragem), até métodos “amigáveis” (como a conciliação e a mediação propriamente dita).
MÉTODOS BÁSICOS DE RESOLUÇÃO DE CONFLITOS
Via judicial => o juiz aplica a lei à lide. Ele decide e impõe sua decisão às partes. 
Arbitragem => o árbitro decide e impõe sua decisão às partes. O processo é mais flexível (adaptável ao caso) que no judiciário.
Conciliação => o conciliador conduz as partes na analise de seus direitos e deveres legais, buscando um acordo. As partes é que decidem os termos do acordo, mas o conciliador pode fazer sugestões e opinar quanto ao mérito da questão. Seu objetivo é o acordo.
Mediação => o mediador facilita o dialogo entre as partes em ambiente de confidencialidade. O mediador busca o entendimento das partes pelas próprias partes. Ele não deverá opinar sobre o mérito da questão. O objetivo da mediação é a pacificação das partes.
“ESPÉCIE MEDIAÇÃO”
Método amigável de resolução de conflitos, com características processuais peculiares não obstante guarde grande grau de flexibilidade, que lhe permite adaptar-se às necessidades das partes caso a caso.
A maioria dos conflitos não envolvem apenas direitos e deveres regulados por lei, mas muitos outros fatores que a lei não pode regular e que são de grande importância para a satisfação das partes. A proposta do mediador leva em conta estes fatores alheios ao ordenamento jurídico.
CHAVE MESTRA DA MEDIAÇÃO => ACOLHIMENTO
O mediador:
 acolhe
Respeita
Revaloriza
Reconhece
Considera, dá crédito.
Compreende ( “não teve oportunidade de ser diferente”)
Intervém e não exclui
ETAPAS DA MEDIAÇÃO
Entrevistas individuais;
Identificação do problema;
Determinação das necessidades subjacentes;
Busca de opções e implicações;
Construção de compromisso moral, redação e assinatura de acordo.
As sessões individuais são utilizadas para o “desarme” (psicológico) do sujeito, 
Nesta etapa o mediador procura dar conotações positivas para o conflito
É primordial, neste momento, escutar o que está oculto nas entrelinhas.
JUSTIÇA RESTAURATIVA
É um conceito novo de solução de conflitos que começa a ganhar corpo no Brasil. Constitui um novo paradigma criminológico, que reformula o modo convencional de definir crime e justiça, com grande potencial transformador do conflito na medida que intervêm de modo mais efetivo na pacificação das relações sociais.
Mudança de foco. 
Na Justiça Restaurativa a questão central, ao invés de versar sobre culpados, é sobre quem foi prejudicado pela infração. Ao contrário da Justiça Tradicional, que se ocupa predominantemente da violação da norma de conduta em si, a Justiça Restaurativa ocupa-se das conseqüências e danos produzidos pela infração. 
A Justiça Restaurativa valoriza a autonomia dos sujeitos e o diálogo entre eles, criando espaços protegidos para a auto-expressão e o protagonismo de cada um dos envolvidos e interessados - transgressor, vítima, familiares, comunidades.
Partindo daí, fortalece e motiva as pessoas para a construção de estratégias para restaurar os laços de relacionamento e confiabilidade social rompidos pela infração.
Enfatiza o reconhecimento e a reparação das conseqüências, humanizando e trazendo para o campo da afetividade relações atingidas pela infração, de forma a gerar maior coesão social na resolução do problema e maior compromisso na responsabilização do infrator e no seu projeto de ajustar socialmente seus comportamentos futuros.
Ressignificação de papéis.
Como na Justiça Restaurativa o foco muda do culpado para as conseqüências da infração, embora o ambiente de respeito para com a dignidade - capacidade e autonomia - do infrator, é a vítima quem assume um papel de destaque. Além disso, objetiva-se sempre a participação da comunidade. Procura-se mobilizar o máximo de pessoas que se mostrem relacionadas às partes envolvidas no conflito ou que possam contribuir na sua solução, abrindo espaço à participação tanto de familiares, amigos ou pessoas próximas do infrator ou da vítima, bem como de representantes da comunidade atingida direta ou indiretamente pelas conseqüências da infração. 
Valores Restaurativos.
A ética restaurativa é uma ética de inclusão e de responsabilidade social, e promove o conceito de responsabilidade ativa, essencial à aprendizagem da democracia participativa, ao fortalecer indivíduos e comunidades para que assumam o papel de pacificar seus próprios conflitos e interromper as cadeias de reverberação da violência.
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