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Mecanismos de ação das drogas: Introdução aos receptores farmacológicos FARMACOLOGIA Gustavo Mendes – Acadêmico de Odontologia Centro Universitário Christus “Um fármaco é uma substância química que, quando aplicada a um sistema fisiológico, afeta seu funcionamento de modo específico” - Rang & Dale Farmacologia, 2020. O fármaco modifica a função tecidual já existente. Por isso, é necessário o entendimento do processo normossistemico para entender as alterações. FUNÇÃO DO FÁRMACO Modificar a função celular/tecidual Não é capaz de criar função. OBS: o efeito de um fármaco irá depender das funções que a célula é capaz de executar. OBS: Após a administração do fármaco, em via oral, ele passa pelo fígado no sistema porta hepático para ser primeiro metabolizado e despois encaminhado para a corrente sanguínea e assim exercer sua função e em seguida ser excretado pelos rins. Fármaco medicamento Substância sintetizada. Utilizado para combater sintoma ou doença. farmacêutica farmacocinética farmacodinâmica Liberação do fármaco no organismo. Via (oral, venosa ...) Processo que metaboliza o do fármaco. Corpo > fármaco. Função do fármaco no organismo. Fármaco > corpo. ADMINISTRAÇÃO ELIMINAÇÃO CIRCULAÇÃO TECIDOS absorção distribuição metabolização Farmacologia fisiologia Mecanismos de ação das drogas: Introdução aos receptores farmacológicos FARMACOLOGIA Gustavo Mendes – Acadêmico de Odontologia Centro Universitário Christus COMO OS FARMACOS INTERAGEM COM AS CÉLULAS Receptores Os fármacos ligam-se nessas proteínas (sítio) desencadeando uma resposta. Canais iônicos Os canais iônicos são estruturas responsáveis pela entrada e saída de íons como Na+, K+, Ca++, os quais são importantes para contração muscular causada pelos impulsos, nervosos. Alguns fármacos conseguem inativar esses canais para que não ocorra essa condução em excesso. -EX- (anticonvulsivantes e anestésicos locais). Enzimas Enzimas são tipos de proteína, do tipo catalizadoras, responsáveis pela redução da energia de ativação. Desse modo, elas aceleram a metabolização do produto. Muitos fármacos vão agir também com inibidores dessa enzima por meio da competição pelos seus sítios de ligação. -Ex- (anti-inflamatórios). Proteínas transportadoras. Essas proteínas são responsáveis pela entrada e saída de moléculas (macromoléculas) na célula. Alguns fármacos vão alterar o funcionamento dessas proteínas. -Ex- (fármacos para Diabetes). RECEPTORES Comunicação intra e extracelular. Alvo de maioria dos fármacos. “alvo farmacológico” Geralmente encontrados nas membranas das células. “Corpora non agunt nisi fixata” – (um fármaco não agirá, a menos que esteja ligado). - Resposta a proteínas de mediadores solúveis. Ex de não solúveis: receptores de LDL e de transferrina. EPINEFRINA Receptor B1 – adrenérgico. Aumento da frequência cardíaca (FC) Vasodilatador em vasos internos e vasoconstritor em superficiais. Broncodilatador Ativador de enzimas para ação de enzimas (tônus da parede dos vasos) Mecanismos de ação das drogas: Introdução aos receptores farmacológicos FARMACOLOGIA Gustavo Mendes – Acadêmico de Odontologia Centro Universitário Christus ESPECIFIDADE DOS FARMACOS EFEITOS COLATERAIS: “Nenhum fármaco é completamente específico em sua ação. Em muitos casos, ao aumentar a dose de um fármaco, a substância pode afetar outros alvos além de seu alvo principal, e esse fato pode levar ao aparecimento de efeitos colaterais.” - Rang & Dale Farmacologia, 2020. Além da quantidade da dose, devido a não total especificidade dos fármacos, eles podem interagir com outros receptores do corpo. Ex antidepressivos tricíclicos que bloqueiam proteínas transportadoras causando xerostomia ao indivíduo. Na prática clínica quanto maior a dose maior o risco de ter efeitos colaterais. Entretanto, com doses muito baixas não se tem efeito algum. Por esse motivo, as doses devem ser ajustadas conforme alguns critérios de idade e peso. Os fármacos como a angiotensina é específico para atuar na musculatura lisa vascular e no túbulo renal. Contudo, se houver alterações em seus aminoácidos/códons, esse peptídeo pode não mais se ligar aos sítios que usualmente interage. Assim, pode ser vista a sensibilidade e especificidade do corpo quanto aos fármacos. INTERAÇÃO FARMACO-RECEPTOR. Sabendo da importância entre o fármaco e o receptor, é percebida a sua atuação dentro do organismo por meio da atividade fisiológica existente no corpo. Contudo, a ligação entre fármaco-receptor não é tudo, pois a ativação desta ligação é o ato mais importante para que o fármaco exerça sua função. Ativação: capacidade da molécula ligada ao receptor e afetá-lo de modo que desencadeie resposta tecidual. Determinada s classes de drogas Alvo específico especificidade Drogas Alvo específico Da dose da droga Fora do alvo Efeito desejado Efeito adverso Até 45kg e 12 anos, as doses devem ser calculadas conforme peso, com o fito de se ter efeito desejado e não sobrecarre gar os órgãos do indivíduo. “Em geral, quanto menor a potência de um fármaco e maior a dose necessária, maior a probabilidade de que outros pontos de ação, diferentes do local primário, ganhem importância” - Efeito rebote Ocorre quando o fármaco tem afinidade com outros receptores dependend o também da quantidade. Mecanismos de ação das drogas: Introdução aos receptores farmacológicos FARMACOLOGIA Gustavo Mendes – Acadêmico de Odontologia Centro Universitário Christus Afinidade: tendência de um fármaco ligar- se ao receptor. Eficácia: tendencia de um fármaco ativar o receptor. “Distinção entre ligação dos fármacos e ativação do receptor. O ligante A é um agonista, pois, quando se liga, o receptor (R) tende a se tornar ativado, enquanto o ligante B é um antagonista, pois sua ligação não conduz a ativação. É importante levar em conta que, para a maioria dos fármacos, a ligação e a ativação são processos reversíveis e dinâmicos. As constantes de velocidade K+1, K–1, α e β para as etapas da ligação, separação e ativação variam entre fármacos. Para um antagonista que não ative o receptor, β = 0.” - Rang & Dale Farmacologia, 2020. INTERAÇÃO FARMACO-RESPOSTA. REFERÊNCIAS 1. RITTER, James M. et al. Rang & Dale Farmacologia. Grupo GEN, 2020. Agonista Antagonista Ativa o receptor Pode ter efeito ou total ou parcial. Dependente a especificidade Inibe o receptor Pode ter efeito ou total ou parcial. Antagonista competitivo Antagonista não competitivo Agonista e antagonista competem pelo mesmo receptor. Maior quantidade maior a afinidade Inibição do fármaco devido a condição do receptor estar em ambiente que não permita sua ativação. Ex: pH, condição imunológica, entre outros. Tipos Antagonismo químico Antagonismo farmacocinético Antagonismo por bloqueio receptor-efetor Antagonismo fisiológico.
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