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MARIANA AFONSO COSTA – MEDICINA: 2º PERÍODO ANATOMIA HUMANA II – PROFESSORA: MARIA INÊS BOECHAT REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: NETTER, Frank H. Atlas de anatomia humana. 6ª ed. RIO DE JANEIRO: Elsevier, 2015; MOORE, K. L.; DALEY II, A. F. Anatomia orientada para a clínica. 7ª.edição. Guanabara Koogan. Rio de Janeiro, 2014 SISTEMA RESPIRATÓRIO O sistema respiratório segue do nariz até os alvéolos formando as vias aéreas superior e inferior. Via aérea superior é composta pela CAVIDADE NASAL, FARINGE e LARINGE, e a via aérea inferior é composta pela TRAQUÉIA, PULMÕES, BRÔNQUIOS e alvéolos. As vias aéreas são responsáveis pelo transporte de ar até os pulmões, onde ocorrem as trocas gasosas que irão oxigenar o sangue. Os componentes da via aérea participam ainda, do sistema de fonação e percepção olfatória. NARIZ E CAVIDADE NASAL A parte externa do nariz é a parte visível que se projeta da face e seu esqueleto é praticamente cartilaginosos. O dorso do nariz estende-se da raiz até o ápice – ponta – e sua parte inferior é perfurada pelas aberturas piriformes – narinas – limitadas lateralmente pela asa do nariz. A parte óssea do nariz é formado pelos ossos nasais, os processos frontais das maxilar, parte nasal do osso frontal – espinha nasal anterior, e a parte óssea do septo nasal, composta pelo osso vômer e etmoide. A cavidade nasal possui a função de aquecer, umidificar e filtrar o ar, atuando com uma barreira protetora, além de se relacionar com o olfato. É a primeira região condutora das vias aéreas, comunicando-se posteriormente através das coanas com a nasofaringe. É limitada superiormente pelos ossos frontal, etmoide e esfenoide, inferiormente pelo palato duro – formado pela maxila e os ossos palatinos, e lateralmente pelas conchas nasais e o septo nasal. A cavidade nasal pode ser dividida em três partes: a região vestibular– “entrada” da cavidade revestida por pele e pelos; a região olfatória – “teto” da cavidade onde acontece a percepção do olfato ; e a região respiratória – onde ocorre de fato a umidificação e o aquecimento do ar pela mucosa respiratória. Na parede lateral da cavidade nasal encontra-se as conchas nasais superior, média e inferior – responsáveis pela umidificação e aquecimento do ar, e, entre as conchas, os meatos nasais superior, médio e inferior e o recesso esfenoetmoidal, para onde drenam os seios paranasais: frontal (meato médio), etmoidal (meatos superior e médio), maxilar (meato médio) e esfenoidal (recesso esfenoetmoidal). Além disso o ducto nasolacrimal drena para o meato inferior. Identificar: 1. Conchas: a. Concha Nasal Superior b. Concha Nasal Média c. Concha Nasal Inferior 2. Meatos: a. Meato Superior b. Meato Médio c. Meato Inferior 3. Recesso Esfenoetmoidal 4. Seios Paranasais: a. Seio Frontal b. Seio Etmoidal c. Seio Maxilar d. Seio Esfenoidal FARINGE A faringe se estende da base do crânio até a altura de C6, dividindo-se em NASOFARINGE, OROFARINGE e LARINGOFARINGE. A nasofaringe é a porção superior da faringe que se estende posteriormente ao nariz até a úvula – ou palato mole, e nela encontra-se a tonsila faríngea – quando aumentada é chamada de adenoide – e a prega salpingofaríngea. A faringe se comunica com a cavidade nasal pelas coanas e com o ouvido médio através do óstio faríngeo da tuba auditiva (o que explica a migração de infecções da cavidade para o ouvido). É a única porção da laringe que passa somente ar. A orofaringe se estende da úvula até a epiglote e é estudada com o sistema digestório. A laringofaringe se estende da epiglote até o início do esôfago – altura de C6. Possui uma pequena depressão, chamada de recesso piriforme, por onde passam ramos dos nervos laríngeos. Identificar: 5. Tonsila Faríngea 6. Óstio faríngeo da tuba auditiva 7. Prega salpingofaríngea 8. Recesso Piriforme LARINGE O esqueleto da laringe é formado por 9 cartilagens – 3 pares e 3 ímpares – unidas por membranas e ligamentos e contém as pregas vocais, responsáveis pela fonação. Se une à parte inferior da faringe (laringofaringe) pelo ádito da laringe, ligando-se à traqueia. Tem a função principal de proteger as vias respiratórias, principalmente durante a deglutição, servindo de esfíncter das vias aéreas inferiores. As cartilagens que formam a laringe são: tireóidea, cricóidea, epiglótica (ímpares) e os pares de aritenóidea, corniculada e cuneiforme. A cartilagem tireóidea é a maior e possui uma proeminência laríngea conhecida como pomo de adão, que nos homens é maior, além disso se liga ao osso hioide pelos cornos superiores e articula com a cartilagem cricoidea 1b 2a 2c 3 4a 4d 1a 1c 2 b 7 4c 2b 1b 1c 2c 4b 4a 5 6 Prega salpingofaríngea Vista Anterior – Cartilagens da Faringe Proeminência laríngea 9 9c 10 11 pelos cornos inferiores. A cartilagem aritenoidea é responsável pela movimentação das pregas vocais, e se ligam a epiglote pela prega ariepiglotica. Interiormente a laringe é dividida em 3 regiões: vestíbulo, onde a laringofaringe se comunica com o ádito da laringe – início da laringe; ventrículo, que é o espaço entre a prega vestibular e a prega vocal; e a região infraglótica, que fica abaixo das cordas vocais – o espaço entre as cordas vocais é chamado de glote. Os músculos da laringe são divididos em extrínsecos e intrínsecos. Os intrínsecos possuem inserções no esqueleto da laringe e entre eles temos: cricotireoideos, aritenoideo transverso e aritenoideo obliquo. Já os músculos extrínsecos se estendem até estruturas vizinhas, promovendo a fixação e elevação da laringe. A inervação do músculo criotireoideo é feita pelo nervo laríngeo superior e, todos os outros músculos intrínsecos, responsáveis pela movimentação das cordas vocais, são inervados pelo nervo laríngeo recorrente (ou inferior). Identificar: 9. Cartilagem Tireóidea a. Corno superior b. Corno inferior c. Proeminência laríngea 10. Cartilagem Cricoidea 11. Cartilagem Epiglótica 12. Cartilagens Aritenoideas a. Prega ariepiglotica 13. Cartilagens Corniculadas 14. Cartilagens Cuneiformes 15. Prega vestibular 16. Pregas vocais 17. Glote 18. Músculos Intrínsecos: a. Cricotireoideos b. Aritenoideo Transverso c. Aritenoideo Oblíquo Vista Posterior – Cartilagens da Faringe 9a 9b 12 10 13 11 Vista Lateral – Faringe Prega Ariepiglotica Prega Vocal Prega Vestibular Ventrículo da laringe 12a 15 16 Vista Superior – Cordas Vocais Inspiração Fonação 12a 15 16 17 8 Vista Posterior – Músculos da Faringe 12a 18c 18b 18a 10 Músculo Traqueal 21 Carina Vista Anterior – Árvore Traqueobronquial 22 20 19 TRAQUÉIA A traqueia é a primeira parte da via aérea inferior, formada por um tubo fibrocartilagenoso, que se estende da laringe até o tórax. Possui um epitélio rico em cílios, capaz de expulsar o muco contendo resíduos e poluente para a faringe, de onde é expelido para fora ou deglutido. É formada por anéis traqueais de cartilagens em formato de C – incompletos posteriormente – (cerca de 16 a 20 anéis), os quais a mantém aberta e cuja abertura posterior é coberto pelo músculo traqueal involuntário. A ligação dos aneis cartilagenosos é feita pelos aneis anulares. Internamente, onde se divide para formar os bronquios, existe a chamada carina. Identificar: 19. Anéis traqueais 20. Ligamentos Anulares 21. Músculo traqueal 22. Carina PULMÕES O pulmão é um órgão duplo essencial à vida, que realiza as funções de ventilação e hematose, permitindo aoxigenação do sangue. O mediastino promove a separação entre os pulmões direito e esquerdo. Em relação à forma, ambos os pulmões apresentam ápice – superiormente – e base – acima do diafragma. Cada pulmãopode ser dividido em três faces: Face Mediastinal – porção em contato com o mediastino; Face Diafragmática – segmento apoiado ao diafragma (base do pulmão); e Face Costal – em contato com as costelas. O pulmão direito possui duas fissuras que o divide em três lobos: o lobo direito superior é separado pela fissura horizontal do lobo médio, que, se separa do lobo direito inferior pela fissura oblíqua. Já o pulmão esquerdo possui apenas a fissura obliqua esquerda, que o divide em 2 lobos: superior esquerdo e inferior esquerdo. Além disso, o lobo superior do pulmão esquerdo possui a lingula, causada pela impressão cardíaca no pulmão esquerdo. Os pulmões possuem uma região chama hilo pulmonar que se caracteriza pela região de entrada da arteria pulmonar, veias pulmonares e brônquios principais. Identificar: 23. Ápice dos Pulmões 24. Base dos Pulmões – Face Diafragmática 25. Pulmão Direito: a. Fissura Obliqua b. Fissura hirizontal c. Lobo Superior Direito d. Lobo Médio e. Lobo Inferior Direito 26. Pulmão Esquerdo: a. Fissura Obliqua b. Lobo Superior Esquerdo c. Lobo Inferior Esquerdo d. Lingula 27. Hilos dos Pulmões 27 Vista Medial – Pulmão Direito 23 24 25a 25a 25b 25c 25d 25e Vista Medial – Pulmão Esquerdo 23 24 26a 26b 26c 26d 27 26a BRÔNQUIOS Inferiormente, a traqueia se bifurca nos brônquios principais direito e esquerdo na carina. O brônquio principal direito é mais retificado e possui um diâmetro maior, sendo o principal brônquio a ser acometido em situações de corpo estranho ou broncoaspiração. Se bifurca inferiormente em brônquio lobar superior, médio e inferior, os quais vão em direção aos 3 lobos presentes no pulmão direito. Já o brônquio principal esquerdo é mais horizontalizado e com menor diâmetro, o que diminui as chances de ser acometido pelas eventualidades e se divide em brônquio lobar superior e inferior, já que o pulmão esquerdo possui apenas 2 lobos. Os brônquios lobares dão origem então aos brônquios segmentares, que continuam nos intrasegmentares e, por fim, nos bronquíolos e sáculos alveolares. A partir dos brônquios intrasegmentares, a estrutura cartilagenosa perde sua continuidade, desaparecendo em definitivo nos bronquíolos. Identificar: 28. Brônquios Principais Direito e Esquerdo 29. Brônquios Lobares Direitos: a. Brônquio Lobar Superior b. Brônquio Lobar Médio c. Brônquio Lobar Infeiror 30. Brônquio Lobares Esquerdos: a. Brônquio Lobar Superior i. Divisão superior ii. Divisão Inferior para a Lingula b. Brônquio Lobar Inferior Vista Anterior – Árvore Traqueobronquial 30a 30ai 30aii 30b e 29c 29b 29a 28
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