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Embriologia das Glândulas Endócrinas

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Colegiado de Medicina – UNIVASF 
Morfologia II - Embriologia 
Profª. Drª. Bruna Del Vechio Koike 
Discente: Acelino Neto de Araújo Holanda 
 
Estudo Dirigido - Desenvolvimento Embriológico das Glândulas 
Endócrinas 
1. Paratireoides inferiores 
 As paratireoides inferiores são formadas a partir da terceira bolsa 
faríngea (bolsas faríngeas possuem revestimento epitelial endodérmico). 
Essa bolsa faríngea se expande e forma uma parte dorsal bulbar 
compacta e uma parte oca, ventral e alongada (a conexão com a faringe 
é um ducto que se degenerará). Por volta da quinta ou sexta semana, o 
epitélio da região dorsal da terceira bolsa se diferencia em glândula 
paratireoide inferior, enquanto a parte ventral se diferencia no timo. Então, 
toda essa estrutura formada migra no sentido medial caudal até que os 
primórdios das glândulas paratireoide inferiores se localizem na região 
dorsal da tireoide (ocorre a separação entre as paratireoides e o timo para 
que isso aconteça). 
*As bolsas faríngeas estão dispostas em quatro pares, com o quinto par 
considerado rudimentar. 
2. Paratireoides superiores 
 As paratireoides são formadas a partir da quarta bolsa faríngea. O 
epitélio dorsal da quarta bolsa faríngea é quem a forma. Quando a 
glândula paratireoide perde contato com a parede da faringe, ela se liga 
à superfície dorsal da tireoide que migra caudalmente e se torna a 
glândula tireoide superior. 
3. Timo 
 O epitélio da porção ventral alongada do terceiro par de bolsas 
faríngeas prolifera, obliterando as suas cavidades. Estes primórdios 
bilaterais do timo se reúnem no plano mediano para formar o timo, que 
desce para o mediastino superior. Os primórdios do timo e das 
paratireoides (formada pelo epitélio dorsal) perdem as suas conexões 
com a faringe e migram para o pescoço. Posteriormente, as paratireoides 
se separam do timo e vão se situar na superfície dorsal da tireoide. 
4. Tireoide 
 A tireoide aparece como uma proliferação epitelial no assoalho da 
faringe entre o tubérculo ímpar e a cópula, no ponto indicado mais tarde 
como cópula. Essa proliferação forma uma saliência denominada de 
divertículo tireóideo. A tireoide em desenvolvimento desce pelo pescoço, 
passando ventralmente ao osso hioide e às cartilagens laríngeas em 
desenvolvimento e, por um curto período, a tireoide fica conectada à 
língua pelo ducto tireoglosso, o qual, posteriormente, desaparece. O 
maciço primórdio tireóideo se divide então em lobos direito e esquerdos, 
que são unidos pelo istmo da tireoide. Na sétima semana, já assume a 
sua forma definitiva e, geralmente, já atingiu sua localização final no 
pescoço. A tireoide é a primeira glândula a se desenvolver no embrião e, 
com cerca de 11 semanas, já começa a secretar hormônios. Vale ressaltar 
que as células parafoliculares da tireoide, as quais secretam calcitonina, 
são formadas a partir do corpo ultimofaríngeo, formado pela quarta bolsa 
faríngea, que se funde à tireoide. 
5. Glândulas salivares 
 As glândulas salivares primitivas começam como brotos epiteliais 
maciços, que se formam na cavidade oral primitiva. As extremidades 
arredondadas destes brotos epiteliais crescem no mesênquima 
subjacente. O tecido conjuntivo das glândulas deriva de células da crista 
neural. Todo o parênquima surge por proliferação de epitélio oral. 
 As parótidas são as primeiras a aparecer e se desenvolvem de 
brotos que surgem do revestimento ectodérmico oral junto aos ângulos do 
estomodeu, os quais crescem em direção às orelhas e ramificam-se para 
formar cordões compactos com extremidades arredondadas (as quais se 
diferenciam em ácinos). Os cordões transformam-se em ductos por volta 
da décima semana. As secreções começam com 18 semanas. A cápsula 
e o tecido conjuntivo surgem do mesênquima circunjacente. 
 As submandibulares aparecem no final da sexta semana. 
Desenvolvem-se a partir de brotos endodérmicos no assoalho do 
estomodeu. Os ácinos começam a formar-se com 12 semanas e a 
atividade secretora, com 16 semanas, enquanto os ácinos mucosos são 
formados após o nascimento. Lateralmente à língua, formam-se um sulco 
linear que logo se fecha para formar o ducto submandibular. 
 As glândulas sublinguais aparecem na oitava semana. Elas de 
desenvolvem de muitos brotos epiteliais endodérmicos no sulco 
paralingual. Estes brotos se ramificam e se canalizam para formar 10 a 
12 ductos que se abrem independentemente no assoalho da boca. 
6. Pâncreas 
 O pâncreas desenvolve-se a partir dos brotos ventral e dorsal, 
ambos originados de células endodérmicas que crescem na porção 
caudal do intestino primitivo. O broto pancreático dorsal aparece primeiro 
e cresce rapidamente entre as camadas do mesentério dorsal. O broto 
pancreático ventral se desenvolve próximo à entrada do ducto biliar no 
duodeno e cresce entre as camadas do mesentério ventral, assim, é 
levado dorsalmente pelo movimento do duodeno. Desse modo, o broto 
ventral se localiza posteriormente ao broto dorsal, ao qual se fundirá. 
 Quando os brotos pancreáticos se fundem, os seus ductos se 
anastomosam: o ducto pancreático principal se forma do ducto do broto 
ventral e da porção distal do ducto do broto dorsal; o ducto pancreático 
acessório, que se abre na papila duodenal menor, frequentemente 
permanece, com formação a partir da porção proximal do ducto do broto 
dorsal. A secreção da insulina começa no início do período fetal. 
7. Suprarrenais 
 O córtex e a medula adrenal possuem origens diferentes: o córtex 
se desenvolve do mesoderma e a medula se diferencia de células da 
crista neural. O córtex já é evidente a partir na sexta semana do 
desenvolvimento, as suas células formadoras são derivadas do mesotélio 
que reveste a parede abdominal posterior. As zonas glomerulosa e 
fasciculada já estão presentes no nascimento, mas a zona reticulada 
somente é reconhecida a partir do terceiro ano. Vale ressaltar que o córtex 
fetal da adrenal é muito grande e tornam-se menores rapidamente após 
o nascimento. A medula adrenal é formada por células derivadas do 
gânglio simpático adjacente, que é derivado das células da crista neural. 
8. Pineal 
 O diencéfalo, que se desenvolve a partir do prosencéfalo, é 
formado por uma placa do teto e duas alares. A placa do teto consiste em 
uma única camada de células ependimárias recorbertas por mesênquima 
vascular. A porção mais caudal dessa placa se desenvolve em corpo 
pineal. Esse corpo aparece como um espessamente epitelial na linha 
média, mas, até a sétima semana, começa a se evaginar até se tornar um 
órgão sólido no teto do mesencéfalo. 
9. Hipófise 
 A hipófise se divide em duas partes com origens embriológicas 
distintas: adeno-hipófise e neuro-hipófise. Na quarta semana, um 
divertículo (bolsa de Rathke) é projetada do teto do estomodeu, o qual 
torna-se adjacente ao assoalho do diencéfalo. Quando esta bolsa se 
alonga e sofre constrição em sua ligação com o epitélio oral, entra em 
contato com o infundíbulo, invaginação ventral do diencéfalo. Essas 
partes da hipófise que se original do ectoderma do estomodeu formam a 
adeno-hipófise. 
 Células da parede anterior do divertículo hipofisiário proliferam e 
dão origem à parte distal da hipófise. Mais tarde, a parte tuberal cresce 
em torno da haste infundibular. As células da parede posterior da bolsa 
hipofisiária dão origem à parte intermediária. A parte da hipófise que se 
origina do neuroectoderma é a neuro-hipófise. O infundíbulo dá origem à 
iminência média, à haste infundibular e à parte nervosa. 
10. Mamas 
 Aparecem inicialmente como faixas bilaterais de epiderme 
espessada chamadas de linhas mamárias. Grande parte dessas linhas 
desaparecem, mas algumas permanecem e penetram no mesênquima 
subjacente. Assim, são formadas ramificações que originam brotos 
menores e sólidos. No final da vida pré-natal, os brotamentos epiteliais 
são canalizados e formam ductos lactíferos,que se abrem em pequenas 
fossas. Essas fossetas formarão os mamilos por proliferação do 
mesênquima subjacente após o nascimento. Somente na puberdade os 
alvéolos surgirão. 
Referências 
1. MOORE, K.L.; PERSAUD, T.V.N. Embriologia Clínica. 10.ed. Rio de 
Janeiro: Elsevier, 2016. 
2. SADLER, Thomas W. Langman. Embriologia Médica, 13ª edição. 
Guanabara Koogan, 03/2016.

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