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FICHAMENTO 6 CP MONTESQUIEU


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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA – UESB
Docente: Profa. Dra. Marcela Pessoa
Discente: Anne Santana Barbosa de Aguiar 
Ciência Política 
Fichamento do texto organizado por Francisco C. Weffort, Os Clássicos da Política.
Capítulo 5- Montesquieu: sociedade e poder (J. A. Guilhon Albuerque)
“[...] Com traços de enciclopedismo, várias disciplinas lhe atribuem o caráter de precursor, ora aparecendo como pai da sociologia, ora como inspirador do determinismo geográfico, e quase sempre como aquele que, na ciência política, desenvolveu a teoria dos três poderes, que ainda hoje permanece como uma das condições de funcionamento do Estado de direito.” (Pos.89).
“[...] Sua obra trata da questão do funcionamento dos regimes políticos, questão que ele encara dentro da ótica liberal, ambas problemáticas consideradas típicas de um período posterior.[...]”( Pos.89).
“[...] A moderação é a pedra de toque do funcionamento estável dos governos, e é preciso encontrar os mecanismos que a produziram nos regimes do passado e do presente para propor um regime ideal para o futuro.” (Pos.90)
“Essa busca das condições de possibilidade de um regime estável, busca que aponta para os mecanismos de moderação, está presente em dois aspectos da obra de Montesquieu: a tipologia dos governos, ou a teoria dos princípios e da natureza dos regimes; e a teoria dos três poderes, ou a teoria da separação dos poderes.[...]”(Pos.90).
“[...] Até Montesquieu, a noção de lei compreendia três dimensões essencialmente ligadas à idéia de lei de Deus.[...]”(Pos.90).
“[...] Finalmente, as leis tinham uma conotação de expressão da autoridade. As leis eram simultaneamente legítimas (porque expressão da autoridade), imutáveis (porque dentro da ordem das coisas) e ideais (porque visavam uma finalidade perfeita).”(Pos.90).
“Definindo lei como "relações necessárias que derivam da natureza das coisas", [...]” (Pos.90).
“[...] Com isso, ele rompe com a tradicional submissão da política à teologia. [...]”(Pos.90).
“Montesquieu está dizendo, em primeiro lugar, que é possível encontrar uniformidades, constâncias na variação dos comportamentos e formas de organizar os homens, assim como é possível encontrá-las nas relações entre os corpos físicos.[...]” (Pos.90).
“Vimos que Montesquieu está fundamentalmente preocupado com a estabilidade dos governos (expressão que corresponderia ao que chamamos de regime, ou modo de funcionamento das instituições políticas).[...]”(Pos.91).
“Montesquieu constata que o estado de sociedade comporta uma variedade imensa de formas de realização, e que elas se acomodam mal ou bem a uma diversidade de povos, com costumes diferentes, formas de organizar a sociedade, o comércio e o governo. [...]” (Pos.91).
“Assim, ele vai considerar duas dimensões do funcionamento político das instituições: a natureza e o princípio de governo.[...]” (Pos.91).
“[...] As análises minuciosas de Montesquieu sobre as "leis relativas à natureza do governo" deixam claro que se trata de relações entre as instâncias de poder e a forma como o poder se distribui na sociedade, entre os diferentes grupos e classes da população.”(Pos.92).
“O princípio de governo é a paixão que o move, é o modo de funcionamento dos governos, ou seja, como o poder é exercido. São três os princípios, cada um correspondendo em tese a um governo.[...]”(Pos.92).
“A honra é uma paixão social. Ela corresponde a um sentimento de classe, a paixão da desigualdade, o amor aos privilégios e prerrogativas que caracterizam a nobreza.[...]”(Pos.92).
“Só a virtude é uma paixão propriamente política: ela nada mais é do que o espírito cívico, a supremacia do bem público sobre os interesses particulares. É por isso que a virtude é o princípio da república.[...]”(Pos.92).
“[...] Não esqueçamos que, para Montesquieu, república e despotismo são iguais num ponto essencial, pois em ambos os governos todos são iguais. A diferença é que nos regimes populares o povo é tudo e, no despotismo, nada é.”(Pos.92).
“A combinação do princípio com a natureza do regime permite-nos entender melhor a teoria dos três governos. Já sabemos que o despotismo é menos que um regime, não possui instituições, é impolítico. É um governo cuja natureza é não ter princípio.”(Pos.92).
“Na sua versão mais divulgada, a teoria dos poderes é conhecida como a separação dos poderes ou a equipotência. De acordo com essa versão, Montesquieu estabeleceria, como condição para o Estado de direito, a separação dos poderes executivo, legislativo e judiciário e a independência entre eles. [...]” (Pos.93).
“Trata-se, dentro dessa ordem de idéias, de assegurar a existência de um poder que seja capaz de contrariar outro poder. Isto é, trata-se de encontrar uma instância independente capaz de moderar o poder do rei (do executivo). É um problema político, de correlação de forças, e não um problema jurídico-administrativo, de organização de funções.” (Pos.94).
“Em outras palavras, a estabilidade do regime ideal está em que a correlação entre as forças reais da sociedade possa se expressar também nas instituições políticas. Isto é, seria necessário que o funcionamento das instituições permitisse que o poder das forças sociais contrariasse e, portanto, moderasse o poder das demais.” (Pos.94).
“[...] Ela se inscreve na linha direta das teorias democráticas que apontam a necessidade de arranjos institucionais que impeçam que alguma força política possa a priori prevalecer sobre as demais, reservando-se a capacidade de alterar as regras depois de jogado o jogo político.” (Pos.94).
Referências bibliográficas:
ALBUERQUE, J. A. Montesquieu: sociedade e poder. In: WEFFORT, Francisco (Org.). Os Clássicos da Política. Maquiavel, Hobbes, Locke, Montesquieu, Rousseau, “O federalista”. São Paulo: Ática, 2000. Volume 1. E-book Kindle.
Disponível em: https://lelivros.love/book/download-os-classicos-da-politica-colecao-fundamentos-vol-1-francisco-c-weffort-em-epub-mobi-e-pdf/ Acesso em 25 mar. 2021

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