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Potencial de ação

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Gráfico de Potencial de Ação: (Transcrição de vídeo-aula)
Na membrana celular a carga elétrica do meio extracelular é a mesma carga elétrica do meio intracelular, porém há uma concentração das cargas negativas mais próximas da membrana no meio intracelular, e a concentração de cargas positivas mais próximas da membrana no meio extracelular, isso da a característica para a membrana de ter parte de sua positividade do lado externo e sua negatividade do lado interno.
	Quando a membrana está em repouso e portanto o potencial elétrico está em equilíbrio, nós temos em geral um potencial elétrico por volta dos -65 mV. Por alguma razão, a membrana celular pode ser perturbada e essa perturbação causa a abertura de alguns canais, em especial os canais de sódio e os canais de potássio. A abertura desses dois canais começam no mesmo momento mais cada um tem uma velocidade diferente, o sódio tem uma velocidade mais alta de condução quando comparado ao potássio, dizemos então que a condutância do sódio é maior do que a do potássio. Portanto, se os dois canais abrirem ao mesmo tempo, o sódio vai passar pro outro lado mais rápido do que o potássio. 
	Como o sódio está concentrado no meio extracelular, quando o canal se abre esse íon vai passar para o meio intracelular, e isso faz com que a carga elétrica que estava inicialmente negativa comece a ficar positiva. Quando o valor da carga elétrica chega a um ponto, chamado limiar; ao chegar a esse ponto, essa variação de potencial é capaz de promover a abertura de muito mais canais iônicos voltagem dependente (dependem de variação elétrica para se abrirem) e assim muito mais sódio entra na célula, fazendo com que o potencial fique positivo. Esse momento de perturbação da membrana, que consequentemente gera uma alteração do seu potencial elétrico, é chamado DESPOLARIZAÇÃO DA MEMBRANA, que está totalmente associada ao aumento do influxo de sódio (Na+) (aumento da passagem de sódio).
	Porém, o potássio começa a aumentar a sua passagem (K+ muito concentrado no meio intracelular começa a passar pro meio extracelular), e quando ele sai do meio intracelular para o extracelular (o potássio também tem carga positiva) ele começa a levar o potencial elétrico novamente para baixo, isso faz com que a membrana celular tenda a entra na fase de REPOLARIZAÇÃO (fase que está altamente associada com uma movimentação mais alta de potássio).
 Só que da mesma forma que o potássio é lento para sair ele também é lento para começar a parar de sair (o Na+ é mais rápido para entrar e para parar de entrar). Portanto, o evento que está relacionado à entrada de Na+ (a despolarização) acaba no momento que o sódio para de entrar e o potássio começa a sair. Só que o evento que está atrelado à saída do K+, ele também acaba quando o potássio para de sair, só que o K+ é mais lento para parar de sair, então ele continua saindo por um bom tempo e ai o potencial de membrana desce abaixo do potencial de repouso, que no início foi visto como algo em torno de -65 mV. 
Se a saída de potássio faz com que o valor do potencial elétrico caia abaixo do potencial de repouso (-65 mV), então assim estamos passando do repouso deixando a célula HIPERPOLARIZADA, mas ela fica nesse estado por um pequeno intervalo de tempo e logo volta para o nível de repouso.
EM RESUMO: 
DESPOLARIZAÇÃO: Entrada de sódio (Na+);
REPOLARIZAÇÃO: Saída de potássio (K+);
HIPERPOLARIZAÇÃO: Período refratário da saída de K+;
OBS.: No momento da hiperpolarização se a membrana for perturbada novamente, vão acontecer dois momentos: 1)Período refratário absoluto: Não importa a magnitude do estímulo que vai perturbar a membrana, a célula não vai despolarizar; 2)Período refratário relativo: se o estímulo perturbador da membrana for um estímulo supra limiar (maior do que o limiar de ação), ele será capaz de despolarizar a membrana ainda que ele não esteja repolarizada na sua plenitude.
	Durante todo o evento a bomba de sódio-potássio está trabalhando “a todo vapor” fazendo o transporte ativo desses íons. O sódio entra para despolarizar e o potássio sai para repolarizar, mas o sódio (Na+) não tem que ficar dentro, tem que ficar fora, e o potássio (K+) não tem que ficar fora, ele tem que ficar dentro. Então a bomba de sódio-potássio fica fazendo esse papel, de “jogar” o sódio para o meio extracelular e “jogar” o potássio de volta para o meio intracelular. Como o sódio (Na+) tem maior condutância do que o potássio (K+), a bomba de sódio-potássio lança três sódios para fora e dois íons de potássio para dentro.
	Todas as fases desse evento constituem o potencial de ação, que a capacidade de mobilização de íons. Quando se está no repouso, tem-se o potencial de repouso. Esse fenômeno é responsável pela comunicação de praticamente todas as células do nosso organismo, seja para entre sist. nervoso-sist. nervoso, sist. nervoso-sist. muscular, sist. nervoso-sist. musc. estriado cardíaco ou sist. nervoso-sist. musc. estriado esquelético.

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