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Maria Carolina Silva Reis RESUMO PEDIATRIA APGAR O teste de Apgar é uma avaliação feita no primeiro, no quinto e no décimo minuto de vida através de uma escala que busca analisar a adaptação imediata do neonato à vida extrauterina. O escore varia entre 0 a 2 para cada sinal de forma que existem 5 sinais de avaliação e eles são: coloração da pele, pulso, irritabilidade reflexa, esforço respiratório e tônus muscular. TABELA EXPLICATIVA Avaliação de resultados de 0 a 3 – Asfixia grave de 4 a 6 – Asfixia moderada de 7 a 10 – Boa vitalidade, boa adaptação ICTERÍCIA NEONATAL Icterícia é a condição onde há a alteração na coloração da pele e olhos de forma que estes fiquem amarelados devido ao alto nível de bilirrubina no sangue. A bilirrubina é uma substância que resulta da quebra da hemoglobina no baço e é conjugada no fígado para que seja secretada no duodeno e ajude na digestão. Quando há presença de grande quantidade de bilirrubina no sangue, há a apresentação de coloração amarela em direção crânio-caudal e a avaliação disso pode explicar a circunstância a exemplo da icterícia neonatal que é uma condição que pode se apresentar como sinal patológico ou não (icterícia fisiológica). ICTERÍCIA FISIOLÓGICA A icterícia fisiológica é algo considerado normal, se apresenta após 24h do nascimento apresentando o pico entre 3º e 5º dia no RN a termo e entre 5º e 7º dia em pré-termos. Acontece devido a adaptação incompleta do neonato a vida extrauterina, visto que alguns órgãos, como o fígado, ainda estão se acostumando e a meia vida das hemácias é menor do que um adulto. Os motivos para isso acontecer são: Como a meia vida das hemácias do neonato (70 dias) é baixa em comparação ao de um adulto (120 dias), há maior quebra desses glóbulos (hemólise) ocasionando assim o aumento da bilirrubina indireta no sangue. O fígado, órgão que conjuga a bilirrubina, não está totalmente maduro para conjugar toda bilirrubina solta e isso explica o fato de que na icterícia fisiológica os níveis altos são de bilirrubina indireta, justamente por ainda não ter sido conjugada. Ou seja, a icterícia fisiológica pode ser desencadeada por problemas na circulação hepática, deficiências na captação, excreção e conjugação da bilirrubina ou aumento da produção dessa substância. ICTERÍCIA PATOLÓGICA A apresentação de uma icterícia patológica significa que há algum problema que está causando a mudança de coloração. Normalmente quando há alguma patologia associada, a icterícia se apresenta desde o / cefálica, palidez, colúria, acolia fecal, entre outros. Neste caso há o aumento da bilirrubina direta (conjugada). Os possíveis motivos para essa disfunção são: A obstrução de ductos hepáticos faz com que a bilirrubina já conjugada pelo fígado volte para a corrente sanguínea. Rubéola congênita Leite materno Doença hemolítica Maria Carolina Silva Reis É importante lembrar que a icterícia patológica tem várias consequências no organismo como o Kernicterus que é o acometimento de células cefálicas devido ao acúmulo de bilirrubina indireta que acontece de forma crânio-caudal devido a afinidade pela massa marrom. TRATAMENTO Normalmente é feita fototerapia quando a icterícia não regride naturalmente. Esse tratamento consiste em quebra a bilirrubina que é lipossolúvel em uma substância solúvel que pode ser facilmente eliminada. A exanguineotranfusão também é uma opção de tratamento. ZONA DE KRUMER Divisão do corpo do RN que destaca zonas amareladas causadas pela hiperbilirrubinemia identificando assim o grau de icterícia. CUIDADOS IMEDIATOS ADMINISTRAÇÃO DA VITAMINA K A vitamina K é um fator de coagulação natural e esta é passada da mãe para o feto através da placenta durante a gestação, porém a quantidade doada pode não ser suficiente, além disso o nível de armazenamento desta vitamina é baixo, ou seja, há um risco de hemorragia. A doença hemorrágica do RN (HDN) pode ser evitada com a administração imediata da vitamina K ao nascer. ADMININSTRAÇÃO DO COLÍRIO A prática de pingar nitrato de prata ao nascer foi iniciada devido a necessidade de prevenção da conjuntivite gonocócica, causada pela bactéria gonococo que pode ser transmitida da mãe através do contato vaginal no nascimento. PRÉ-NATAL O pré-natal é um processo que busca assegurar a saúde da mãe e do feto através de cuidados específicos, além de preparar a mãe para maternidade. Este momento viabiliza também a detecção de patologias ou complicações, proporcionando assim a redução de riscos a partir de um tratamento precoce. Nele a gestante é encaminhada para realizar exames, vacinas e ecografias. É indicado: 6 consultas durante toda a gravidez. Iniciar nos primeiros 3 meses de gestação. É necessário ressaltar a importância do acompanhamento do pai da criança durante as consultas, pois isso aumenta o vínculo familiar, dá mais segurança a mãe durante todo esse processo e efetiva informações sobre os cuidados pós-natal. Caso não tenha possibilidade da presença do pai, algum familiar deve acompanhar a gestante em apoio a este momento. No pré-natal é fornecido: Cartão da gestante com a identificação preenchida e orientação sobre o mesmo; Calendário vacinal; Solicitação de exames de rotina; Orientações sobre a sua participação nas atividades educativas – reuniões em grupo e visitas domiciliares; Agendamento de consulta médica para pesquisa de fatores de risco. TRIAGEM NEONATAL O teste do pezinho, como é mais conhecido, busca identificar precocemente doenças congênitas, permitindo assim a prevenção de sequelas associadas. É indicado que este seja feito entre 3º e 7º dia de vida. As doenças que podem ser identificadas com o teste são fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme, fibrose cística e deficiência de biotinidase. Prevenir a deficiência mental e a evolução de outras doenças graves no bebê representa para a família, evitar problemas sociais, econômicos, emocionais, Maria Carolina Silva Reis e, para a comunidade e o Estado, a redução de grandes recursos especializados que deverão ser colocados à disposição, por toda uma vida de excepcionalidade. ANÁLISE INICIAL PC: 33 a 38 cm Comprimento: 50cm Peso: AIG: Adequado para idade gestacional (2,5 a 4kg) PIG: Pequeno para idade gestacional (abaixo de 2,5kg) GIG: Grande para idade gestacional (acima de 4kg) REFLEXOS Moro Preensão palmar Preensão plantar Galant Marcha Sucção Cutâneo plantar REFERÊNCIAS Bases da pediatria Rotinas em obstetrícia – Freitas Tratado de pediatria Icterícia: http://www.scielo.br/pdf/rbsmi/v4n4/a04v04n4.pdf http://www2.ebserh.gov.br/documents/214336/1108363/Cap %C3%ADtulo-21-Icter%C3%ADcia- Neonatal.pdf/93af6ada-769b-460b-8f7e-7b586b21cb04 Vitamina K: https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/1465185 8.CD002776/epdf/full MÉTODO DE CAPURRO É de suma importância saber a idade gestacional, porém muitas vezes há falta de conhecimento da DUM pela mãe ou houve ausência de pré- natal/ultrassonografia, assim há conhecimento desse valor, então foram desenvolvidos métodos para estimar essa IG e Capurro é um destes. Esse método avalia textura da pele, pregas plantares, glândulas mamárias, formação do mamilo e formação da orelha. A partir da soma (P) dessa avaliação, aplica-se a equação IG = (P+204)/7. tendo assim a informação da idade gestacional com uma margem de erro de duas semanas. PUERICULTURA http://www.scielo.br/pdf/rbsmi/v4n4/a04v04n4.pdf http://www2.ebserh.gov.br/documents/214336/1108363/Cap%C3%ADtulo-21-Icter%C3%ADcia-Neonatal.pdf/93af6ada-769b-460b-8f7e-7b586b21cb04 http://www2.ebserh.gov.br/documents/214336/1108363/Cap%C3%ADtulo-21-Icter%C3%ADcia-Neonatal.pdf/93af6ada-769b-460b-8f7e-7b586b21cb04http://www2.ebserh.gov.br/documents/214336/1108363/Cap%C3%ADtulo-21-Icter%C3%ADcia-Neonatal.pdf/93af6ada-769b-460b-8f7e-7b586b21cb04 https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD002776/epdf/full https://www.cochranelibrary.com/cdsr/doi/10.1002/14651858.CD002776/epdf/full Maria Carolina Silva Reis Consulta médica periódica que busca avaliar o crescimento neuropsicomotor desde o nascimento da criança. Esse é um momento de orientação, promoção de saúde, prevenção de doenças e observação de riscos e vulnerabilidades. Fatores de risco: Características individuais, exposição a fatores ambientais e circunstâncias sociais. Vulnerabilidade: Características de comportamentos individuais (baixo peso ao nascer, obesidade, deficiência imunológia), dinâmica familiar e modo como a criança se expressa (agressividade, agitação, timidez), ambientes em que convive... A OMS classifica: Recém-nascido: 0 a 28 dias de vida Lactente: 29 dias a 2 anos de idade Pré-escolar: 2 a 7 anos de idade Escolar: 7 a 10 anos de idade Adolescente: 10 aos 20 anos incompletos. Consultas: Do nascimento até 6 meses: 1 p/ mês Se 6 meses a 1 ano: 1 a cada 2 meses 2º ano: 2 consultas A partir do 2º ano: consultas anuais Anamnese completa: Antecedentes pessoais Desenvolvimento neuropsicomotor Antecedentes vacinais História da formação da família Habilitação Hábitos atuais da criança Exame físico Apresentar instrumentos Dados antropométricos (peso, comprimento, PC) Rastreamento de displasia evolutiva do quadril Ausculta cardíaca Avaliação de visão e audição Aferição da PA Rastreamento da criptoquirdia Exame orofaringe e otoscopia – sempre por ultimo CEVADA = crescimento, estado nutricional, vacinação, alimentação, desenvolvimento e ambiente físico e emocional. ALEITAMENTO O leite materno permite maior crescimento e desenvolvimento de todo o sistema estomatognático e neurológico, estimula respiração nasal e promove fatores psicoafetivo entre mãe e filho. Benefícios para criança: Benefícios para mãe: ALEITAMENTO MATERNO EXCLUSIVO (AME) Chama-se de AME aquela dieta que se restringe apenas ao leite materno, não incluindo água, Maria Carolina Silva Reis nem qualquer outro alimento. Esse tipo de aleitamento é indicado até os 6 meses. A introdução de outros alimentos antes dos 6 meses não tem nenhum benefício. Na verdade, ela aumenta as chances de diarreias e outras doenças, visto que agrega substâncias e quantidades inadequadas para o bebê no momento. SOBRE O CASO Durante o debate do gt foi pontuado sobre a troca de peito durante o aleitamento. Sabe-se que o leite posterior é composto com mais calorias, o que é benéfico à saúde do bebê em relação a um ganho de peso saudável. A troca de peito faz com que o bebê não faça a sucção do leite posterior, então é indicado que o bebê mame até o final na mesma mama. PROJETO TERAPEUTICO SINGULAR O PTS são propostas de conduta terapêutica baseadas na discussão de caso clínico (reunião de matriciamento) com objetivo de promover a atuação integrada da equipe multiprofissional em uma determinada situação seja de esta individual ou coletiva. 4 momentos do PTS: Diagnóstico Definição de metas Divisão de responsabilidades Reavaliação CADERNETA DE SAÚDE DA CRIANÇA A caderneta busca acompanhar o desenvolvimento da criança de forma que sua evolução seja anotada, assim há uma avaliação completa dos registros em cada consulta. Portanto o objetivo desta é promover saúde e educação, prevenir agravos, assistir a criança e acompanhar de forma contínua. SISVAN O Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional foi desenvolvido pelo DATASUS e promove informação contínua sobre condições nutricionais da população. A classificação do estado nutricional pode ser feita com base nos achados antropométricos e o SISVAN tem como missão produzir um elenco básico de indicadores capazes de sinalizar os eventos de maior interesse, tais como: disponibilidade de alimentos, aspectos qualitativos e quantitativos da dieta consumida, práticas de amamentação e perfil da dieta complementar pós desmame, distribuição do peso ao nascer, prevalência da desnutrição energético proteica, de anemias, do sobrepeso, das deficiências de iodo e de vitamina A e das demais carências de micronutrientes relacionadas às enfermidades crônicas não- transmissíveis. NEW BALLARD Método de avaliação da IG do RN até as 96h através de 6 parâmetros neurológicos: Postura Ângulo de flexão do punho Retração do braço Ângulo poplíteo Sinal de xale Calcanhar orelha E 6 parâmetros físicos: Pele Lanugo Superfície plantar Glândula mamária Olhos/orelhas Genital masculino Genital feminino TERATÓGENOS Teratógenos são fatores genéticos, ambientais ou multifatoriais que interferem no desenvolvimento embrionário/fetal possibilitando uma deformidade congênita (patogênese). Esses teratógenos podem Maria Carolina Silva Reis levar a diferentes consequências de acordo com o período gestacional e o tempo da exposição. ANORMALIDADES CROMOSSÔMICAS: Fenótipos específicos – características morfológicas Erro de divisão celular/ Não disjunção FATORES AMBIENTAIS: Podem ser microrganismos, drogas ou fármacos Durante as 2 primeiras semanas não há efeitos congênitos e sim aborto devido a ainda ser momento de clivagem do zigoto e implantação do blastocisto O desenvolvimento do embrião pode ser prejudicado mais facilmente quando os tecidos e órgãos estão em formação. Período da organogênese (4ª a 8ª semana): Defeitos congênitos importantes Período fetal (9ª semana ao nascimento): Defeitos fisiológicos – Orelhas e deficiência mental Agentes infecciosos que causam má formação congênita: Citomegalovírus, Herpes, Toxoplasmose... Outros fatores: Radiação, Medicamentos, Drogas ilícitas, Álcool, Tabagismo, Hormônios, Doença materna, Deficiência nutricional... Organogênese: 3 folhetos germinativos (ectoderma, mesoderma e endoderma) se diferenciam e dão origem aos órgãos. TABAGISMO: Restrição do crescimento intrauterino (RCIU) Prematuridade Baixo peso Defeitos cardíacos conotruncais e de septo átrio ventricular Doenças neurocomportamentais leves Retardo no desenvolvimento Conotruncais: Alteração nas vias de saída coração. Abrange cerca de 20% a 50% das cardiopatias congênitas em RNs. Agentes infecciosos são os causadores dos defeitos congênitos, como vírus e outros microrganismos, a exemplo da rubéola. RUBÉOLA CONGÊNITA- RUBIVÍRUS/ TOGAVIRIDAE Maior risco de má formação nos 3 primeiros meses Tríade: Defeitos oculares (retinopatia do tipo sal e pimenta, catarata), surdez e defeitos cardíacos (ducto arterioso permeável, defeito ventriculoseptal, miocardite...) Para diagnóstico perguntar sobre contato com portador de rubéola, vacinação e doença eruptiva. Confirmar com exame laboratorial através do aumento da IgM As anomalias neurológicas são comuns e podem progredir após o nascimento RCIU Pode causar aborto Transmissão vertical: Transferência de uma infecção ou doença da mãe para o seu feto no útero ou recém-nascido durante o parto ou aleitamento. Deve haver investigação prévia para identificar a condição. RUBÉOLA: Doença aguda de alta contagiosidade EPIDEMIOLOGIA Muito comum em criança, já foi endêmica no mundo inteiro. Depois da vacinação houve queda de mais de 99% de incidência no mundo No Brasil houve surto de 1999 a 2001. O última caso confirmado foi em 2008. Em 2015 o país conseguiu o atestado de país livre da rubéola. SINTOMAS: Maria Carolina Silva Reis Exantema maculopapular e puntiforme difuso, febre baixa e linfadenopatiaretroauricular, occiptal e cervical posterior. No período prodrômico há febre baixa, cefaleia, dores generalizadas (artralgias e mialgias), conjuntivite, coriza e tosse. A leucopenia é comum e raramente ocorrem manifestações hemorrágicas. A vacina é a única forma de prevenção VACINAS Influenza: a dose da vacina da influenza pode ser prescrita em qualquer mês da gravidez ou em até 45 dias após o nascimento do bebê, para aquelas que não tomaram durante os nove meses, em uma dose única. Tríplice (dTpa-difteria, tétano e coqueluche): período entre a 27ª e a 36ª semanas Hepatite B: deve ser administrada em três doses, preferencialmente a partir do segundo trimestre da gestação. Se a gestante já foi vacinada anteriormente, não há necessidade de reforço. RESTRIÇÃO DO CRESCIMENTO INTRAUTERINO (RCIU) A RCIU é caracterizada pelo RN ser pequeno para idade gestacional (PIG) isto que essa identificação é feita quando o peso fetal se encontra abaixo do percentil 10 para IG. Sabe-se que podem existir RN PIGs devido a uma questão genética, ou seja, não é algo patológico e a curva crescerá proporcionalmente e o neonato é considerado saudável. Essa restrição está associada ao aumento da morbimortalidade perinatal, onde RN com RCIU tem esse risco multiplicado em cinco vezes devido a maior probabilidade de hipóxia, aspiração de mecônio, hipoglicemia, hipocalcemia, policitemia, hipotermia, hemorragia pulmonar e prejuízo no desenvolvimento neuropsicomotor. O neonato que nasce PIG tem também maior chance de desenvolver déficit nutricional, diabetes, aterosclerose e doenças cardiovasculares no futuro. A RCIU acontece por diversos fatores e o principal deles é o déficit na passagem de nutrientes e O2 da placenta para o feto. Em sumam, existem os fatores maternos, fetais e placentários: Fatores maternos: idade, raça, altura, baixo nível socioeconômico e cultural, má adaptação cardiovascular, transtornos do estado nutricional, baixo peso pré- gestacional, duração da gestação, tabagismo, entre outros.. Fatores fetais: infecções (toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus, herpes, sífilis e malária), potencial genético presentes em síndromes como de Down, de Edwards, de Patau, de Turner.. Fatores placentários: aumento da resistência, diminuição de superfície de trocas e insuficiência vascular, anormalidade uterina, placenta prévia, placenta circunvalada, tumores (corioangioma), síndrome de transfusão fetal, mosaico placentário e infartos da placenta. A preocupação com RCIU se baseia também nos problemas a longo prazo, portanto essa condição deve ser avaliada e acompanhada durante toda a vida do RN acometido, além de dever se fazer uma identificação prévia em mães com fatores contribuintes para que os cuidados comecem a ser tomados desde a fase fetal. CAISM Maria Carolina Silva Reis O Centro de Atenção Integral a Saúde da Mulher foi inaugurado em março de 1986 pela Unicamp e atende através do SUS sendo considerado o maior centro voltado a saúde da mulher e do neonato de São Paulo e referenciado nacionalmente no tratamento de câncer ginecológico e mamário. REFERÊNCIAS: Bases da pediatria Rotinas em obstetrícia - Freitas Diagnóstico e tratamento em pediatria – CURRENT Embriologia médica – Langman RCIU: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/etiologia_restricao_cr escimento.pdf RUBÉOLA: http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/publicacoes/Exantema s-Miolo-Visualizacao.pdf file:///C:/Users/DELL/Desktop/RUB%C3%89OLA%20CO NG%C3%8ANITA.pdf SARAMPO Doença exantemática infecciosa imunoprevinível através da vacina tríplice dada aos 12 e 15 meses. É importante salientar que esta é de notificação compulsória. D Gênero: Morbilivirus D Família: Paramoxiviridae D Transmissão por gotículas de 7 dias após a exposição e 4 dias após a aparição do exantema. EPIDEMIOLOGIA Antigamente era uma doença endêmica mundial e isso durou até até a introdução da vacina. Surtos acontecem devido à falta de vacinação. BRASIL Não existem casos autóctones desde 2001, porém de 2013 a 2015 houve surto no Ceará e Pernambuco através da “importação” da doença. Em 2016 o Brasil recebeu o certificado de país livre do sarampo, mas em 2017 a imigração Venezuela causou um surto em Roraima. SINTOMAS Fase prodrômica: Febre, Conjuntivite, Coriza Tosse Criança com facie sarampêntica: Vias aéreas obstruídas, respiração pela boca e cansaço. Sinal patognomônico: Manchas de KopliK Exantema maculopapular morbiliforme (formação de placas a partir de máculas e pápulas) que se inicia atrás do pavilhão auricular e dura 1 semana. Quando o exantema está no fim, há a furfurácea (descamação) COMPLICAÇÕES https://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/etiologia_restricao_crescimento.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/artigos/etiologia_restricao_crescimento.pdf http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/publicacoes/Exantemas-Miolo-Visualizacao.pdf http://www.dive.sc.gov.br/conteudos/publicacoes/Exantemas-Miolo-Visualizacao.pdf file:///C:/Users/DELL/Desktop/RUBÃ�OLA%20CONGÃ�NITA.pdf file:///C:/Users/DELL/Desktop/RUBÃ�OLA%20CONGÃ�NITA.pdf Maria Carolina Silva Reis Cegueira, encefalite, diarreia grave (que pode provocar desidratação), otite ou infecções respiratórias graves, como pneumonia. D Além da própria infecção, o sarampo pode fazer o corpo “esquecer” a melhor maneira de combater outras doenças, comprometendo o sistema imune a longo prazo VACINA Sabe-se que a vacinação é de grande importância sendo muitas vezes a única forma de prevenção de algumas doenças. CIRCULAÇÃO MATERNO-FETAL A troca de nutrientes e gases entre a mãe e o feto acontece através da placenta (órgão materno-fetal). As vilosidades coriônicas ramificadas proporcionam um ambiente onde a membrana placentária faz as trocas de materiais. As artérias umbilicais levam o sangue pobre em oxigênio do feto para placenta. Essas artérias se dividem em várias artérias coriônicas que se dispõem na placa coriônica e então entram nas vilosidades coriônicas formando um complexo sistema arteriocapilar-venoso e é nesse ponto que as trocas acontecem. O sangue oxigenado volta para o feto através da veia umbilical, que leva esse sangue para o ducto venoso até chegar ao átrio direito pela veia cava inferior, então parte do sangue passa para o átrio esquerdo pelo forame oval e o resto vai para o ventrículo direito e depois artéria pulmonar. Durante a fase fetal há uma ligação chamada ducto arterial que liga a artéria pulmonar a aorta, diminuindo assim o fluxo de sangue no pulmão visto que o pulmão ainda não faz trocas gasosas então tem uma necessidade de sangue apenas para suprir o tecido do órgão. O sangue oxigenado que é bombeado para o corpo pelo ventrículo esquerdo volta desoxigenado pelas artérias umbilicais e refazem o processo de troca na placenta. Nesse processo de troca materno-fetal, muitas vezes pode acontecer de alguns antígenos menores conseguirem passar pela placenta e acometer o feto, isso é chamado de transmissão vertical e as consequências normalmente dependem da IG em que o feto está sendo acometido. Devido a isso é de suma importância que a mãe receba o acompanhamento e as vacinas necessárias durante a gestação. No Brasil acrescentasse: Zicavírus, tuberculose, malária e chagas. Maria Carolina Silva Reis A transmissão vertical também inclui o contágio do bebê através do aleitamento, porém quando a nutriz apresentar sintomas de uma doença, geralmente já expôs seu filho ao agente patogênico, e a orientação geral é manter o aleitamento. Se a mãe suspende a amamentação quando surgem os sintomas da doença, a proteção ao lactente fica diminuída, aumentando a chance da criança adoecer, pois ela deixará de receberanticorpos específicos e demais fatores de proteção do leite humano. SINAN O Sistema de Informação de Agravos de Notificação busca coletar, transmitir e disseminar dados gerados pelo Sistema de Vigilância Epidemiológica brasileiro. Esse sistema avalia doenças de notificação compulsória previstas na lei, as quais estão inclusas: Cólera; Coqueluche; Dengue; Difteria; Doença de Chagas (casos agudos); Doença Meningocócica e Outras Meningites; Febre Amarela; Febre Tifóide; Hanseníase; Hantavirose; Hepatite B; Hepatite C; Leishmaniose Visceral; Leptospirose; Malária (em área não endêmica); Meningite por Haemophilus influenzae; Poliomielite; Paralisia Flácida Aguda; Peste; Raiva Humana; Rubéola; Síndrome da Rubéola Congênita; Sarampo; Sífilis Congênita; Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (Aids); Tétano; Tuberculose. SISTEMA IMUNE “O Sistema imunológico de um bebê não está totalmente desenvolvido, até cerca de seis meses de idade. Gestantes transmitem imunoglobulinas da sua corrente sanguínea, através da placenta para o feto. Esses anticorpos IgG são parte essencial do sistema imunológico do feto e recém-nascido. Eles identificam substâncias nocivas, tais como bactérias, vírus e fungos que entram no organismo o que desencadeia junto a outras células do sistema imunológico destruição da substância estranha. A Imunoglobulina G (IgG) é o único anticorpo que atravessa a placenta para o feto durante a gravidez correspondendo à 75-80% de todos os anticorpos no organismo do RN. Eles estão presentes em todos os fluidos do corpo e são considerados os mais importantes anticorpos na luta contra infecções bacterianas e virais na vida extra-uterina. Os lactentes que são amamentados continuam recebendo anticorpos através do leite materno. O leite materno contém todos os cinco tipos de anticorpos, incluindo a imunoglobulina A (IgA), Imunoglobulina D (IgD), imunoglobulina E (IgE), IgG e imunoglobulina M (IgM). Isso é chamado de imunidade passiva porque a mãe está "passando" seus anticorpos para seu filho o que ajuda a impedir que o bebê desenvolva doenças e infecções. Durante os próximos meses de vida, os anticorpos transferidos pelo leite materno diminuem, porém, lactentes saudáveis após dois a três meses de idade Maria Carolina Silva Reis começam a produzir seus próprios anticorpos pelo sistema imunológico intestinal (GALT). Ao redor dos 6 seis meses de idade, os anticorpos são produzidos em ritmo normal e o recém-nascido apresenta níveis satisfatórios de anticorpos. O sistema imunológico intestinal conhecido por sua sigla em inglês GALT (Gut Associated Linphoyd Tissue-tecido linfoide associado ao intestino) têm importantes funções imunomoduladoras.” REFERÊNCIAS Placenta: Livro que esqueci o nome – capitulo7 Transmissão vertical: http://www.epi.uff.br/wp-content/uploads/2013/08/material- consulta-DTV-epi4-2016.pdf http://www.scielo.br/pdf/jped/v80n5s0/v80n5s0a10.pdf Sarampo: https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content& view=article&id=5633:folha-informativa- sarampo&Itemid=1060 Imunidade: http://formsus.datasus.gov.br/site/resultado_detalhe.php?id_ aplicacao=16603&id_aplicacao_campo=582105&pagina=6 &num_por_pagina=10 http://www.epi.uff.br/wp-content/uploads/2013/08/material-consulta-DTV-epi4-2016.pdf http://www.epi.uff.br/wp-content/uploads/2013/08/material-consulta-DTV-epi4-2016.pdf http://www.scielo.br/pdf/jped/v80n5s0/v80n5s0a10.pdf https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5633:folha-informativa-sarampo&Itemid=1060 https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5633:folha-informativa-sarampo&Itemid=1060 https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=5633:folha-informativa-sarampo&Itemid=1060 http://formsus.datasus.gov.br/site/resultado_detalhe.php?id_aplicacao=16603&id_aplicacao_campo=582105&pagina=6&num_por_pagina=10 http://formsus.datasus.gov.br/site/resultado_detalhe.php?id_aplicacao=16603&id_aplicacao_campo=582105&pagina=6&num_por_pagina=10 http://formsus.datasus.gov.br/site/resultado_detalhe.php?id_aplicacao=16603&id_aplicacao_campo=582105&pagina=6&num_por_pagina=10