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GIOVANA NUNES Sistema excretor É composto pelos rins, ureter, bexiga e uretra; Rins: Filtram o sangue e produzem urina; Bexiga: Consegue conter um grande volume de urina. Possui o esfíncter vesical, que impede a passagem de diurese para o meio externo. Processo de micção O funcionamento da bexiga é integrado ao sistema nervoso autônomo; As funções vesicais são integradas no tronco cerebral em um centro presente na ponte, chamado centro pontino da micção. Centro pontinho: Exerce uma influência sobre o sistema nervoso cortical e, normalmente, é informada a situação de como esteja a bexiga (seca ou vazia), para, posteriormente, “julgar” o momento apropriado socialmente para iniciar o processo de micção. Se ele julgar inapropriado: o córtex passa uma mensagem negativa para o centro pontino da micção e, dessa forma, a urina é retida por mais um período até que a bexiga se distenda mais e aumente os estímulos no centro pontino e ele passe uma nova informação ao sistema nervoso central. Avaliação histológica da bexiga Bexiga é formada por um epitélio, o urotélio; Nervos sensoriais (terminações nervosas) subepiteliais: Fica localizado entre o epitélio e o músculo liso; São responsáveis por passar para a medula e depois para o centro pontinho da micção, a informação de como a bexiga está. OBS: Quanto mais distensão da bexiga, mais mediadores químicos. OBS: Em casos de AVC/ Parkinson/ Alzheimer, a incontinência urinária se deve a um dano no centro pontinho de micção. O músculo liso/ músculo detrusor: Localizado abaixo do epitélio; Existe dois esfíncteres: Uretral interno e uretral externo. Enervação do Sistema Nervoso Autônomo simpático: Age mediante a presença de receptores α- adrenérgicos, por meio da noradrenalina, determinando de maneira autônoma a contração do esfíncter. (atua no enchimento vesical) Enervacão do Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático: É estimulado durante o processo de micção. A acetilcolina causa contração do músculo detrusor. Enervação do Sistema Nervoso Somático: Atua junto com SNS na contingência. OBS:À medida que vai distendendo, a distensão vai promovendo uma maior liberação de Cálcio para o plasma. Manobra de Valsava: Quando faz força para contrair a bexiga. Sintomas urinários Disúria: Dor ou desconforto ao urinar, muito relacionado a infecção urinária baixa, com problema de cistite. Noctúria: hábito de urinar a noite, mais do que duas vezes a noite, e se for causada por alguma patologia, chama-se noctúria. Polaciúria: Aumento das idas (frequência) ao banheiro, normalmente acompanhado por volumes urinários menores do que o habitual para aquele indivíduo. Urgência miccional: Quando a bexiga está muito cheia, tem-se essa informação consciente e se procura o banheiro. Na urgência miccional, é necessário fazer um deslocamento muito rápido, se não pode ocorrer perdas urinárias não desejadas. Esforço urinário: Ao iniciar o processo de micção, é necessário um grande esforço na musculatura abdominal para urinar. Ocorre pelo aumento da próstata. Alteração do jato urinário: Situação mais perceptível ao homem e é caracterizado por um jato entrecortado, início/parada/início do jato urinário. Nota-se uma força reduzida ou menor distância do jato urinário. Pode ocorrer por processos obstrutivos. Retenção urinária: Pode ocorrer por processos obstrutivos na uretra, grande destaque para as doenças na próstata. Às vezes será necessário o uso da sondagem vesical. Incontinência urinária: Perda involuntária da urina. OBS: Quando a perda é acompanhada pelo processo de urgência é chamado de “urge incontinência”. Pneumatúria: Pacientes com alguma conexão da bexiga com uma víscera oca (por exemplo, vagina ou alça intestinal), normalmente ocasionada por processos patológicos, que levam à formação de fistulas urinárias. Tem-se a sensação de urinar e sair um “flato” pela uretra. Hematúria: Sangramentos da urina, com coloração vermelha da urina. Poliúria/ Oligúria: Alterações no volume urinário, sendo poliúria mais que 400ml/kg/dia e oligúria menos de 400 ml/dia (podendo estar relacionado as insuficiências renais). Diagnóstico diferencial da disúria Infecção do trato urinário baixo Infecção restritas à bexiga, não chegam ao ruim; Dor e sensação constate de bexiga cheia (devido à inflamação); Nictúria e urgência miccional; A prevalência da mulher no caso de infecção do trato urinário baixo ocorre pela proximidade da via urinária com as porções terminais do trato digestivo; Ex: Bactéria prolifera na bexiga do indivíduo, quando ocorre a contração vesical é muito provável ter dor e desconforto durante a micção; A prevalência da mulher no caso de infecção do trato urinário baixo ocorre pela proximidade da via urinária com as porções terminais do trato digestivo. Ocorre muitas vezes por má higienização. Neoplasia de próstata/ hiperplasia prostática benigna/ neoplasia da bexiga Próstata de tamanho aumentado: Comum em idosos; Neoplasia de bexiga: Comum em pacientes tabagistas (uma das substâncias presentes no cigarro é eliminada na urina); Pode impedir a saída da bexiga, causar o aumento do volume prostático e disúria. Litíase (cálculos) urinária vesical (dentro da bexiga) ou na porção do terço distal do ureter DSTS/ Clamídia/ Corrimento vaginal: É uma infecção genital que pode dar sintomas e simular uma infecção do trato urinário baixo; No exame de urina apresenta presença de leucócitos, sugerindo processo infeccioso Urocultura: é o exame de cultura da urina para as bactérias gram- negativas entéricas (as principais causas da infecção urinária). É negativa, pois não coloca meio de cultura para IST que causa corrimento vaginal Tem prurido vagina, corrimento com odor e dispauneuria, dor intensa que ocorre durante o ato sexual (normalmente infecções urinárias não causam esses sintomas) Tríada da clamídia: Inflamação da uretra, do colo uterino (cervicite) e olho vermelho (uvenite). Importância do exame de urina Infecção urinária no sumário de urina: presença de piócitos (leucócitos ativados) ou leucócitos em quantidade excessiva, acompanhada de uma reação de fita positiva para infecção urinária. Infecções urinarias: Linfócitos íntegros são degradados e liberam ésteres na urina. Éster positivo: Indicativo de infecção urinaria ou doenças autoimunes que levam a inflamação do rim. Presença de nitrito na fita reativa: Indicativo de infecção bacteriana (geralmente bactérias gram-negativas que causam infecção urinária). Sumário de urina na infecção urinaria: Alteração em até 90 por cento dos casos. (geralmente quando a criança tem febre e esse sumário de urina é normal, é descartado a infecção urinária. E se permanecer dúvida deve pedir urocultura). IPSS “Escore Internacional de Sintomas Prostáticos” A graduação desse escore leva a decisões clínicas, como por exemplo, dar medicação ou operar o paciente. É muito utilizada em homens idosos que tem doença prostática. A avaliação é feita no seguinte sentido: “No último mês, quantas vezes ficou com a sensação de não esvaziar completamente a bexiga? ” – Um sintoma urinário que é correlacionado com a disúria, chamado de tenesmo vesical. “Quantas vezes teve de urinar novamente menos de 2 horas após ter urinado? ” – Um sintoma chamado de polaciúria. “Quantas vezes observou que ao urinar parou e recomeçou várias vezes? ” – Jato entrecortado. “Quantas vezes foi difícil conter a urina? ” – Urgência miccional ou incontinência. “Quantas vezes o jato urinário estava fraco? ” “Quantasvezes teve de fazer esforço para urinar? ” – Esforço urinário. Retenção urinária Dificuldade somente para saída da diurese: Doenças que envolvem a uretra ou o meato uretral interno, neoplasias de bexiga ou doenças prostáticas. Ocorre o espessamento das paredes vesicais que fica visível no ultrassom, pois o paciente faz muita força para urinar e acaba hipertrofiando o músculo. A obstrução aguda, que pode ocorrer por um tumor, dilata a bexiga, aumentando a pressão vesical, uretral, pélvica e renal. Chega um momento que o rim para de produzir diurese. Processo de obstrução urinária leva: 1. Espessamento das paredes vesicais (podendo as vezes palpar a bexiga no exame físico, que causa dor e aumenta a vontade de urinar); 2. Dilatação dos ureteres e da pelve renal, levando ao 3. Fechamento do parênquima renal (hidronefrose), que pode ser vista no ultrassom Divertículo urinário: Essa pressão aumentada dentro da bexiga faz com que, através das fibras do detrusor, escape um pouco da mucosa vesical. Tratamento: desobstruir, com uma sondagem vesical de demora, ou com uma punção de uma cistostomia – que é uma sonda de punção suprapúbica. A identificação de hidronefrose, bexiga de paredes espessadas e divertículo urinário é relacionado com obstruções urinárias. Noctúria Existem hábitos de algumas pessoas, que não são doenças, e que justificam essa diurese noturna. Por exemplo Indivíduos que tem hábito de ingerir grandes quantidades de líquidos à noite: Se antes de dormir houver ingesta de mais de 1 litro de água será inevitável a ida ao banheiro de noite. Muitas vezes esse aumento de idas ao banheiro é um processo fisiológico; Consumo de cerveja, principalmente, à noite: o consumo de qualquer bebida alcoólica inibe a produção do hormônio antidiurético, o qual diminui a produção de diurese. Quando há a inibição do ADH, haverá aumento do volume urinário. Assim, quando parar de beber vai parar de urinar; Além desses processos fisiológicos, há também: Uma situação que pode ser associado a um processo de iatrogenia, ou seja, um dano causado pelo médico, que seria a prescrição de medicamentos antihipertensivos diuréticos à noite. Motivos patológicos que lavam à noctúria Doença prostática: Neoplasia ou hiperplasia prostática benigna. A próstata aumentada de tamanho pode levar a um estímulo contínuo de irritação à parede vesical, o que levaria a justificação de alguns sintomas noturnos para urinar; Insuficiência cardíaca descompensada: indivíduo possui um excesso de volume, o coração insuficiente não consegue bombear sangue suficientemente para perfundir o rim. Isso causa retenção de sal e água, por isso que os pacientes com insuficiência cardíaca normalmente possuem edema. À noite, quando o indivíduo se deita para dormir, os órgãos abdominais fazem um certo peso sobre a veia cava que levará à diminuição de volume da veia cava. Assim, chega mais sangue ao coração e ele consegue bombear mais forte. O coração vai perfundir melhor o rim. É por isso que durante à noite esse paciente pode passar a urinar mais Doença renal crônica: é uma condição caracterizada por fibrose dos túbulos renais. Quando o tecido renal é substituído por fibrose, uma das características que o rim saudável pode perder é a capacidade de concentrar a urina, ou seja, normalmente a urina liberada será mais diluída. Mesmo perdendo líquido através da respiração e do suor, ele não consegue concentrar a urina e, por isso, terá noctúria Um dos motivos de as pessoas urinarem pouco à noite é a falta de ingesta de água enquanto se dorme, somado ao fato de a respiração e suor continuam a ocorrer, ou seja, no período noturno o ser humano passa por um certo grau de desidratação. Isso faz com que a urina fique concentrada, consequentemente, levando a uma diminuição do volume de diurese. Enurese É a perda involuntária de urina durante a noite, É muito frequente na fase de desfralde das crianças ou, até mesmo, em idades mais avançadas, por questões comportamentais, mesmo sem se tratar de um estado patológico. Pode ser um problema quando ocorre após os 9 anos de idade, devendo haver avaliação pediátrica. Nictúria ou noctúria não são sinônimos de enurese. Incontinência urinária Existem 4 tipos: Incontinência de urgência: Pode ocorrer por processos vesicais, obstrução ou por infecção urinária. Após o enchimento da bexiga, há uma vontade exacerbada de urinar e por não conseguir chegar no banheiro, a urina é perdida ainda na roupa, o que caracteriza os dois sintomas (incontinência e urgência) Incontinência por transbordamento
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