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Maria Eduarda Pontes 20.1 CÉLULAS DA GLIA E NEURÔNIOS NEURÔNIOS: Estruturas básicas: 1. - Corpo celular (soma); - Núcleo. 2. - Axônio; 3. - Dendritos; 4. - Terminações Nervosas; 1.Corpo celular: “ Cérebro do neurônio” Centro metabólico da célula; Estrutura onde se localiza: Os genes (onde se encontram as sequencias de DNA) e os retículos endoplasmáticos (responsáveis pela síntese de proteínas). Geralmente dele se originam vários dendritos, mas apenas um axônio. Unidade de Processamento; 2.Axônio Principais unidades condutoras da célula. Conduz os impulsos nervosos e os repassa para outras células. Transmitem sinais entre distancias que variam entre 0,1mm até 2,0 metros. Lesão axonal difusa – estiramento axonal, que inviabiliza a transmissão dos impulsos nervosos. (Caso: Jules Bianchi- Óbito, morte cerebral.) Maria Eduarda Pontes 20.1 Unidade de Condução; Bainha de mielina Estrutura Lipoproteica. Revestimento isolante que permite que o impulso nervoso seja conduzido em alta velocidade pelo axônio. Oriunda das células da glia: • Sistema nervoso gerada pelos oligodendrócitos. • Sistema nervoso periférico pelas células de schwann. Nodos de Ranvier Intervalos regulares contidos na bainha, desprovidos de isolamento elétrico, onde o impulso nervoso é regenerado. 3.Terminaçoes Nervosas Transmitem informações para outras células. Liberam agentes químicos (neurotransmissores) guardados nas vesículas sinápticas. Unidade de Transmissão; 4.Dendritos Principal estrutura para a recepção de sinais de outras células. Arborização dendrítica. ( ramificação e crescimento, acontece mais no pós parto do que na vida intrauterina). Unidade de Recepção; Maria Eduarda Pontes 20.1 TIPOS DE NEURÔNIOS QUANTO A FUNÇÃO Neurônios aferentes ou sensoriais: - Conduzem as informações da periferia em direção ao sistema nervoso central. Neurônios eferentes ou motores: - Conduzem as informações do centro (sistema nervoso central) para o órgão efetuador ( musculo ou glândula). Neurônios de associação ou interneurônios: - Formam a maior classe. - Podem ser locais (Processam informações dentro de circuitos locais) ou de projeção (conduzindo informações entre as áreas cerebrais). TIPOS DE NEURÔNIOS QUANTO A ESTRUTURA Neurônios Unipolares: - Possui um único prolongamento e muitas ramificações. Neurônios Bipolares: - Possui dois prolongamentos. Um dendrito (que traz as informações ao soma) e um axônio ( que conduz a informação do soma ao SNC). Neurônios Multipolares: - Possui um axônio e vários dendritos, todos originados no corpo do neurônio. Maria Eduarda Pontes 20.1 Tipos de conexão: Divergente: - Processo onde um neuronio é capaz de trasmitir informaçoes a diversos centros. - Comum nos estagios de entrada do sistema nervoso. Convergente: - Possibilita a integração de varias informações, na medida que a celula alvo recebe multiplos sinais. - Comuns nos estagios de saida do sistema nervoso. POTENCIAL DE AÇÃO – IMPULSO ELÉTRICO Características Básicas: - Sinais elétricos (impulsos nervosos) rápidos propagados ao longo do axônio. - São utilizadas pela cérebro para receber, analisar e transmitir a informação. - Ponto de Origem: Cone do Axônio ( zona de gatilho). - Uma das características principais do potencial de ação é seu perfil extremamente estereotipado (padronizado). Maria Eduarda Pontes 20.1 - O que define a informação transmitida não é o tipo do potencial e sim as vias que este transita e a frequência com este se apresenta. - Bomba de sódio (NA) e potássio (K). ( K dentro NA rua). – Equilíbrio Celular. (Transporte ativo). Dentro da célula existe maior concentração de potássio (K) e fora da célula existe maior concentração de sódio(Na). Existe uma carga positiva fora da membrana e uma carga negativa dentro da membrana (Repouso), o potencial de ação despolariza essa membrana, (fica positiva dentro e negativa fora) possibilitando a propagação do impulso nervoso pelo axônio, e o início da membrana já vai se repolarizando novamente. • Despolarização: Membrana torna-se extremamente permeável aos íons Na+. Acúmulo de Na+ = Aumento de carga positiva no interior da célula. • Repolarização: Fechamento dos canais de Na+ e abertura dos canais de K+. • Hiperpolarização: Período de alguns milissegundos em que a célula não reage aos neurotransmissores, pois está com excesso de negatividade em seu interior o que impede a ocorrência de um novo potencial de ação. Potencial de Repouso No potencial de repouso, ocorre a alternância entre o transporte passivo e Maria Eduarda Pontes 20.1 ativo de íons. Há a entrada passiva de íons sódio (Na+), que posteriormente são expulsos ativamente, ao mesmo tempo em que íons potássio (K+) entram ativamente. Em seguida, o K+ sai passivamente da célula, tornando o meio externo positivo em relação ao meio interno. Com isso, a célula fica polarizada. Quando está em repouso, a diferença de potencial (d.d.p.) do neurônio é aproximadamente -75 mV, indicando que o interior da célula está negativo em relação ao meio exterior. O potencial de repouso ocorre quando o potencial de membrana não é alterado por potenciais de ação. Potencial de Ação O potencial de ação consiste em uma variação brusca do potencial de membrana, provocada por um estímulo. Quando uma célula nervosa é excitada por um estímulo que atinja o seu limiar de despolarização (- 65mV), um potencial de ação é gerado dentro da lei do tudo ou nada. O potencial de ação é caracterizado por três etapas diferentes: despolarização, repolarização e hiperpolarização. Despolarização (entrada de sódio) Quando uma célula excitável (neurônio) recebe um estímulo nervoso do tipo limiar ou supra limiar, sua d.d.p. de repouso é elevada até o limitar de despolarização ou o ultrapassa, respectivamente, desencadeando o potencial de ação. Neste momento, na membrana celular abrem canais de sódio (Na+). Com isso, grande quantidade de sódio entra na célula, tornando seu interior mais positivo e seu exterior mais negativo. Este mecanismo é conhecido como despolarização e a d.d.p. nesta fase é aproximadamente +45mv. Maria Eduarda Pontes 20.1 Repolarização (saída de potássio) A entrada de grande quantidade de Na+ na célula estimula o fechamento dos canais de Na+ e a imediata abertura de canais de K+, ocorrendo a saída de K+. Nesta fase, a bomba de sódio-potássio funciona transportando ativamente três moléculas de Na+ para o exterior e recolocando duas moléculas de K+ no interior da célula, tornando seu interior mais negativo e seu exterior mais positivo. O transporte ativo de íons envolve gasto de energia, nesse caso, ocorre o aumento da atividade metabólica celular para a obtenção de maior suprimento energético. Na célula, uma molécula de adenosina trifosfato (ATP) é quebrada, liberando um fosfato inorgânico (Pi), uma molécula de adenosina difosfato (ADP) e energia, necessária para o transporte dos íons. A repolarização faz com que o potencial de membrana volte a ser negativo, retornando a sua d.d.p. normal de potencial de repouso (-75 mV). Hiperpolarização (saída do excesso de potássio) Quando uma célula recebe um estímulo inibitório, ocorre a saída do íon potássio (K+) e a entrada do íon cloro (Cl-), tornando o meio interno da célula mais negativo e o meio externo mais positivo, inibindo a propagação do potencial de ação. A hiperpolarização dura alguns milissegundos e, nesta fase, a d.d.p. pode chegar até a -90mV. Maria Eduarda Pontes 20.1 CÉLULAS DA GLIA Existem cerca de 10 a 50 vezes mais células da glia do que neurônios no SNC. Tipos: - Oligodendrócitos. ( Produção de mielina). - Células de Schwann. (Produção de mielina). -Astrócitos. ( Limpeza). Funções: - Atuam como elementos de sustentação, dando firmeza e estrutura ao sistema nervoso central, sobretudo o encéfalo. - Produzem mielinas. - Atuam como “garis”, promovendo a limpeza após a morte cerebral. - Mantem a concentração de íons de potássio no espaço extracelular. - Guiam a migração dos neurônios e a direção dos axônios durante o desenvolvimento cerebral, impedindo que eles subam para o córtex ( vida intrauterina ainda). - Impedem o acesso de substâncias toxicas ao cérebro (barreira hematoencefálica). - Algumas evidencias apontam que certas células da glia participam da nutrição de células nervosas.
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