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Legislação Tributária - Tributação Simplificada

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA – UNEB
LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA – TRIBUTÁRIO III
TRIBUTAÇÃO SIMPLIFICADA
1. Conceito de Pequena Empresa (ME/EPP)
A Constituição Federal (Arts. 170, IX, e 179) assegura às pequenas organizações empresárias tratamento jurídico favorecido, favorecendo inclusive a opção ao regime simplificado de tributação (supersimples).
Considera-se microempresa (ME) e empresa de pequeno porte (EPP) organizações econômicas, civis ou empresárias, cujo faturamento anual bruto não ultrapasse a R$ 360.000,00 e R$ 4.800.000,00 (embora para fins de adesão à tributação simplificada os Estados podem instituir sublimites; o sublimite da Bahia é de R$ 3.600.000,00, não havendo Estado com sublimite superior). 
	EMPRESAS QUE GOZAM O TRATAMENTO FAVORECIDO:
	PESSOA NATURAL (FIRMA INDIVIDUAL REGISTRADA NA JUNTA COMERCIAL)
	PESSOA JURÍDICA (SOCIEDADE EMPRESARIAL ou SOCIEDADE SIMPLES
	RENDA BRUTA ANUAL 
	MICROEMPRESA
	EMPRESA DE PEQUENO PORTE
	ATÉ R$ 360.000,00
	ACIMA R$ 360.000,00 
ATÉ R$ 3.600.000,00 (sublimite da Bahia)
2. Enquadramento
O enquadramento se dá mediante declaração do empresário (individual ou sociedade empresária) perante a Junta Comercial ou, no caso das sociedades simples (civis) junto ao Cartório das Pessoas Jurídicas, dispensando-se as certidões que são exigidas das demais pessoas (inexistência de condenação criminal, prova de dívida tributária e previdenciária). 
As pequenas empresas deverão, independentemente de qualquer alteração contratual, adotar em seguida ao seu nome empresarial a expressão ME ou EPP, conforme o enquadramento na Junta Comercial/Cartório das Pessoas Jurídicas. 
As empresas em constituição (novas) farão o enquadramento conforme estimativa, mas será verificada o faturamento proporcional no final do exercício (31.12 do ano de fundação).
3. Desenquadramento/Perda da Condição
Quando os faturamentos excedem ou não são alcançados daqueles inicialmente previstos na inscrição da ME/EPP, ou seja, a ME passa à condição de EPP (quando o faturamento exceder a R$ 360.000,00 ao ano) e a EPP é excluída do regime (se o faturamento anual ultrapassar a R$ 4.800.000,00 ou sublimitre para efeito da tributação simplificada) ou retornará à condição de ME (quando o faturamento se tornar igual ou inferior a R$ 360.000,00). 
A comunicação deverá ser feita no prazo de 30 (trinta) dias, a contar da ocorrência.
Haverá perda da condição quando ocorrer desenquadramento/reenquadramento durante dois anos consecutivos ou três anos alternados num período de cinco anos.
O atual Estatuto das Pequenas Empresas (Lei Complementar nº 123/2006) unificou as três esferas de tributação simplificada para os microempresários e empresários de pequeno porte.
4. Tributação Simplificada
O pagamento simplificado dos tributos é um regime OPCIONAL das ME´s/EPP´s. Optando, o SUPERSIMPLES -Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições implica na consolidação (mensal) dos seguintes tributos:
Imposto de Renda das Pessoas Jurídicas 
Imposto sobre Produtos Industrializados- IPI
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido-CSLL
Contribuição para Financiamento da Seguridade Social-COFINS
Contribuições Previdenciárias Patronais
PIS/PASEP
Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços-ICMS
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza-ISS
O SUPERSIMPLES não é acessível ao todos os pequenos empreendedores, sen-
do vedado para certas pessoas/atividades:
	possua sócio domiciliado no exterior 	
	administração de ativo financeiro/factoring
	serviço de comunicação
	sócio vinculado à administração pública
	transporte intermunicpal e interestadual de passageiros
	importação ou fabericação de automóveis ou motocicletaS
	INDÚSTRIA OU ATACADO DE BEBIDAS ALCÓLICAS OU CIGARROS
	INDÚSTRIA DE PRODUTOS TRIBUTADOS COM IPI ACIMA DE 20% 
	PROFISSÃO INTELECTUAL OU DESPORTIVA
	LOCAÇÃO DE MÃO-DE-OBRA
	CONSULTORIA
	INCORPORADORA DE IMÓVEIS
5. Critérios para Apuração do Supersimples
Para calcular o tributo devido, o contribuinte deve considerar o faturamento acumulado nos últimos 12 meses (anteriores ao mês de apuração) e depois aplicar a alíquota sobre o faturamento específico do mês.
Faturamento de uma ME (optante), atividade comercial:
Dez/2017
Faturamento no Mês (Dez/2017): R$ 20.000,00. 
Faturamento Acumulado (Dez/2016 a Nov/2017): R$ 200.000,00
Alíquota: 7,3% (faixa de R$ 180.000,01 até R$ 360.000,00). 
Base de Cálculo: R$ 20.000,00 (jan/2010) X 7,3% = R$ 1.460,00
6. Tabelas do Supersimples
BIBLIOGRAFIA BÁSICA
CARVALHO, Paulo de Barros. Curso de Direito Tributário. São Paulo: Saraiva, 1991.
C OELHO, Sacha Calmon Navarro. Curso de Direito Tributário. Rio de Janeiro: Forense, 1999.
MACHADO, Hugo Brito. Curso de Direito Tributário. São Paulo: Malheiros, 1995.
MARTINS, Ives Gandra da Silva. Sistema Tributário na Constituição de 1988. São Paulo: Saraiva
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR PARA PESQUISA
ATALIBA, Geraldo. Apontamentos da Ciência das Finanças, Direito Financeiro e Tributário. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1969.
BALEEIRO, Aliomar. Uma Introdução à Ciência das Finanças. Rio de Janeiro: Forense, 1981.
CARRAZZA, Roque Antônio. Curso de Direito Constitucional Tributário. São Paulo: Malheiros, 1993.
HARADA, Kiyoshi. Direito Financeiro e Tributário. São Paulo: Atlas, 2007.
NASCIMENTO, Carlos Valder. Isenção do Imposto de Renda dos Trabalhadores da Ativa em razão de Doença Grave. Belo Horizonte: Ed. Fórum, 2011.
TORRES, Ricardo Lobo. Normas de Interpretação e Integração do Direito Tributário. Rio de Janeiro: Forense, 1991.
LEGISLAÇÃO PRINCIPAL E SUBSIDIÁRIA
Constituição Federal 
Código Tributário Nacional 
Código de Processo Civil/Código Civil
(junho/2020)
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