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Laís Flauzino | FISIOLOGIA | 3°M2 MEDICINA UniRV 2 Aula 1: Fisiologia Do Exercício 31/03 Visão geral: Exercício – desafio para homeostasia corporal. · Resposta integrada de diversos sistemas do corpo · Diversas interações entre sistema ainda não é compreendida (complexidade). Condição fisiológica: · Pode ser afetado por doenças · Excesso pode levar a lesões Definições: O exercício pode ser classificado em várias formas diferentes: Em relação ao metabolismo: · Aeróbico – envolvimento direto de O2. (mais usado em Exercícios mais longos) · Anaeróbico – não envolve o uso direto de O2. (mais usado em exercícios mais curtos) Em relação ao movimento (externo ou não): · Isotônico – mesma força em ciclos (nos músculos das pernas, braços ou não). Aumenta a resistência. Ex: corridas, ciclismo, nado livre. · Isométrico – mesmo comprimento de contração (o estiramento mantem uma postura). Aumenta a força. Ex: levantadores de peso, segurar uma sacola de compras, na prancha. Em relação as respostas do corpo: · Agudas – atividades esporádicas · Adaptativa – atividades regulares. Benefícios profiláticos para saúde. Uma atividade física, seja qual for, envolve as mesmas rotas e princípios básicos: · Planejamento e execução pelo SNC · Energia fornecida pelo ATP · Metabolismo aeróbico (lento e duradouro) · Metabolismo anaeróbico (rápido e curto período) · Captação de O2. · Circulação de nutrientes (O2, glicose e outros). De onde vem o ATP? · Pequena quantidade nas fibras musculares · Reservas de ATP e fosfato de creatinina (passo já avançado do processo de formação de ATP). · 15 segundos de reserva energética para exercício intenso · Carboidratos e lipídeos · Metabolismo aeróbico (mais lento, mas dura mais, portanto é mais eficiente) – glicose e ácidos graxos entram na fosforilazaçao oxidativa. · Metabolismo anaeróbico (quando O2 no músculo é insuficiente). O nível de lactato faz liberar mais glicose no fígado até poder fazer glicólise anaeróbica formando ATP. Vantagens: 2,5x mais rápido do que aeróbico Desvantagens: menor eficiência; acidose metabólica De onde vem a glicose? · Glicose plasmática · Gliconeogênese · Estoques intracelulares de glicogênio. · Suficientes para produzir 2.000kcal (corrida de 32 km) · Não é suficiente para atletas de alto rendimento Utilização de glicose e ácidos graxos é dependente da intensidade do exercício. Hormônios: Eleva-se as concentrações plasmáticas de: · Glucagon, cortisol, catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) – elevam os níveis plasmáticos de glicose · Cortisol, catecolaminas e o hormônio de crescimento – conversão dos triacilglicerídeos em glicerol e ácidos graxos. Redução da secreção de insulina. Respostas ventilatórias: Hiperventilação no exercício estimulada por: · Comando centrais (córtex motor) · Receptores periféricos Hiperventilação no exercício – estímulos antecipatórios + retroalimentação sensorial dos receptores periféricos. PO2 e PCO2 em níveis normais: · Quimiorreceptores respondem a alterações em outros fatores (K+). 1. A ventilação aumenta no exercício. Por que a PO2 arterial não aumenta também? 2. O que acontece com a entrega de O2 para as células com o aumento do exercício? 3. Por que a PO2 venosa é reduzida? 4. Por que a PCO2 arterial não aumenta com o exercício? 5. Por que a PCO2 arterial diminui no exercício máximo? Respostas cardiovasculares: O débito cardíaco aumenta: · Indivíduos não treinados (4x) · Indivíduos treinados (6 a 8x) A frequência cardíaca é importante para evitar complicações pelo aumento do retorno venoso. Fluxo sanguíneo: Aumento da PA: Reflexo barorreceptor adapta-se ao exercício (várias teorias) · Córtex motor ajusta o limiar · Inibição pré-sinapica · Sinalização periférica (quimiorreceptores) Respostas ventilatórias e cardio: Captação de oxigênio: Aumentos no DC, na ventilação alveolar e na diferença arterial-venosa de O2 elevam a captação máxima de O2 durante o treinamento. Fatores limitantes do exercício: Quais os fatores que limitam a capacidade de uma pessoa de realizar exercício? · Anaeróbico – exercício de força · Aeróbico – mais complexo · Capacidade metabólica dos músculos? Aumenta eficiência mas não limita · Capacidade respiratória? 90% de DC máximo = 65% ventilação max · Capacidade circulatória? Sim – treinamentos focados em melhorar eficiência cardíaca. Respostas cardiovasculares: Regulação da temperatura: A temperatura pode chegar a 40-42°C durante o exercício. Dois mecanismos regulatórios (potencial prejudicial): · Sudorese: desidratação, aumento da osmolalidade · Aumento de fluxo sanguíneo cutâneo: diminuição da resistência periférica; desvio do fluxo sanguíneo dos músculos. O organismo ajusta a utilização desse mecanismo de acordo com o tipo, intensidade e duração do exercício. Exercício e saúde: · Reduz o risco de doenças cardiovasculares · Benefício na diabetes tipo 2 · Influencia o sistema imune · Efeitos no estresse, depressão (ainda indefinido): indivíduos que exercitam regularmente apresentam menor probabilidade de desenvolver depressão (causalidade e estudos controlados). REFERENCIAS: ROBIN, R. Preston; THAD, E. Wilson.Fisiologia Ilustrada.1. ed.Porto Alegre: Artmed, 2014. Cap 39 SILVERTHORN, D. Fisiologia Humana: Uma Abordagem Integrada, 7ª Edição, Artmed, 2017. Cap 25
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