Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
29/09/2020 ANATOMIA PATOLOGICA – 2º SEMESTRE 2020 PATOLOGIAS DO SISTEMA ENDÓCRINO: · Eixo hipotálamo –hipófise -glândula alvo : - A liberação de hormônios produzidos pelo hipotálamo age nas porções anterior ou posterior da hipófise para liberar hormônios tróficos. - Os hormônios tróficos agem nas glândulas endócrinas específicas, estimulando-as a produzir hormônios que exercem suas ações finais nos tecidos periféricos · HIPÓFISE ANOMALIAS DO DESENVOLVIMENTO · Aplasia de hipófise - Desenvolvimento incompleto da hipófise - Relatada em gado Jersey, Holandês e Guernsey - Disfunção é geneticamente determinada - A anomalia afeta o eixo hipotalâmico-adeno-hipofisário-adrenocortical do feto → resulta em hipoplasia bilateral acentuada do córtex adrenal e consequente falha na produção de cortisol fetal (hormônio essencial no início do trabalho de parto) – diminuição da quantidade do nivel de cortisol no organismo do feto, impedindo a indução do parto na mão, então, o feto entra em estado de estress para produzir cortisol o suficiente para o parto. - Achados clínicos: - Prolongamento da gestação (pois é o feto que induz o parto) - Anomalias resultantes da deficiência adicional de TSH, GH →hipoplasia bilateral da tireoide, defeitos esqueléticos e retardamento no desenvolvimento - Em alguns casos, os fetos continuam crescendo in útero até ultrapassarem a capacidade placentária de nutrição do feto, momento em que ocorre a sua morte – continua vivendo dentro do útero, mas não para de crescer, até o momento em que a placenta não tem mais capacidade de nutrir o feto, levando ele a inanição e consequentemente, a morte. - ALTERAÇÕES PROLIFERATIVAS: · Adenomas da pars intermedia - Neoplasia de hipófise mais comum em cavalos e 2° mais comum e cães - Mais frequência em cavalos idosos e fêmeas - Causa principal da síndrome denominada Disfunção Pituitária da Pars Intermedia (DPPI) – adeno hipofise - Podem ser ativos (cavalos – com sinais clinicos) e inativos (cães – sem sinais clinicos) - Ativos: secreção excessiva de ACTH: · Hiperplasia da cortical da adrenal · Síndrome do excesso de cortisol -Inativos: graus de hipopituitarismo e diabetes insípido devido a compressão da hipófise e do hipotálamo. - Síndrome clínica nos cavalos: - Poliúria, polidipsia, fraqueza muscular, sonolência, febre intermitente, hipertricose (animal não faz a troca de pelo) e geralmente hiper-hidrose e hirsutismo - Hiperglicemia resistente à insulina e glicosúria - Fome extrema – falta energia, então da mais fome - Hipotálamo é o centro principal da regulação homeostática da temperatura corporal, da fome e da renovação clíclica do pelo - Hirsutismo: crescimento exagerado de pelos em locais não comum de nascimento - Síndrome clínica nos cães: - Causa somente um discreto aumento do volume da hipófise - Sinais clínicos não são observadas nos cães, pois são inativos. · Adenomas corticotróficos - É um tumor da adenohipófise endocrinologicamente ativo → é secretor de ACTH - São os mais comuns nos animais domésticos - Comum em cães adultos e senis - Boxer, Boston Terriers e Dachshund - Causa hiperplasia adrenocortical bilateral → resulta em síndrome por secreção excessiva de cortisol (síndrome de Cushing) · Craniofaringiomas - São tumores geralmente benignos - Descrito em cães e gatos – 2 a 4 anos de idade - Pode acometer animais mais jovens – uma das causas do nanismo em cães jovens → redução na secreção de GH antes do fechamento das placas de crescimento - São tumores grandes, com crescimento ventral no cérebro - Podem acometer nervos cranianos, hipotálamo e tálamo – os sinais clínicos vão variar, conforme o nervo que for comprimido. · Neoplasias metastáticas na hipófise - Metástases de tumores originários de locais distintos podem levar a destruição parcial ou completa da hipófise - Linfoma (neoplasia maligna, com grande caráter metastático) – bovinos, caninos e equinos - Melanoma maligno – equinos e caninos - Tumor venéreo transmissível (baixo potencial metastático) – cães - Adenocarcinoma mamário – cães - Sinal clínico mais comum: diabetes insipidus · DISTÚRBIOS DA NEURO-HIPÓFISE · DIABETES INSÍPIDO (INSIPIDUS) - É uma doença decorrente da síntese ou da secreção insuficiente de ADH [diabetes insipidus central (DIC)] ou da falta de resposta renal a esse hormônio [diabetes insipidus nefrogênica (DIN)] - Cães e gatos - O resultado, em ambos os casos, é a inabilidade (parcial ou completa) do organismo de conservar água e concentrar urina (vai urinar mais, com uma densidade urinaria baixa) - Sinais clínicos típicos da doença: poliúria e polidipsia compensatória, com baixa densidade urinária e hipostenúria (dificuldade do rim de concentrar a urina) - ADH: hormônio antidiurético hipostenúria: Dificuldade do rim em concentrar a urina - Sinais clínicos: - Poliúria intensa - Polidipsia compensatória (quanto mais urinar, mais agua vai precisar ingerir) - Alguns animais perdem peso devido ao forte desejo de beber água que supera a sensação de fome – animal fica tão alucinado de cede, que vai preferir beber agua do que comer - Sinais neurológicos (desorientação, cegueira, comportamentos bizarros, convulsões) – se houver tumor hipofisário - Incontinência urinária (relato do tutor) – sinal errôneo, pois o que realmente está acontecendo é uma poliúria intensa (urinar com muito mais frequência, não ficar vazando xixi) · Diabetes insipidus central (DIC) - Leva a interrupção da síntese ou secreção de ADH - É resultante da compressão e destruição da neuro-hipófise, do pedúnculo infundibular ou do hipotálamo - Pode ser causada por um grande neoplasma hipofisário, infecções, infestações parasitárias, cistos e, raramente, traumatismo grave na região da neuro hipofise - Quando nenhuma lesão pode ser demonstrada nas regiões neurohipofisária e/ou hipotalâmica, a doença é dita idiopática (não se sabe o que está levando o animal a desenvolver essa DIC) · Diabetes insipidus nefrogênica (DIN) - É caracterizada por níveis normais ou elevados de ADH e por incapacidade da célula alvo nos túbulos distais e nos ductos coletores renais de responder a esse hormônio - Pode ser primária ou adquirida - Forma primária: é um distúrbio congênito (animal nasce com isso) raro em cães e cavalos - Os sinais clínicos típicos de poliúria e polidipsia quase sempre se tornam aparentes entre 2 e 3 meses de idade - Forma adquirida: está associada a várias doenças enquadradas em três categorias que resultam na inabilidade adquirida de concentrar a urina: - Doença renal – pielonefrite – causa destruição das células renais, consequentemente, não tem absorção do ADH. - Distúrbios metabólicos - hiper e hipoadrenocorticismo (destruição do córtex adrenal e comprometimento das células dos túbulos renais), piometra (tendem a desenvolver doença renal aguda), hipercalcemia - Diabetes insipidus induzida por medicamentos (forma iatrogênica – provocado pelo homem) – glicocorticoides (usados para controlar crises alérgicas ou doenças auto-imunes), anticonvulsivantes (p. ex., fenobarbital) e levotiroxina. 06/10/2020 · TIREOIDE - Responsável pela produção de triiodotironina (T3) e a tetraiodotironina (T4) - Estes hormônios controlam como cada célula do corpo gasta energia – metabolismo - A produção do T3 e T4 é regulada pelo hormônio TSH (hormônio tireóideo estimulante), que é produzido na glândula hipófise - Quando faltam T3 e T4 no sangue, o TSH sobe - para tentar normalizar os níveis destes hormônios - Quando T3 e T4 estão elevados no sangue o TSH diminui e seus níveis no sangue caem - ALTERAÇÕES INFLAMATÓRIAS: · Tireoidite: - Inflamação da glândula tireoide - Causas: infecciosas e imunomediadas · Tireoidite infecciosa - Menos frequente - Relacionado a imunossupressão - Aguda ou crônica - Relatado em cão com Leishmaniose – a análise histopatológica da tireoide revelou infiltrado intenso de macrófagos contendo amastigotas no citoplasma, acompanhado por necrose e perda de folículos seguida de atrofia -> necrose e atrofia indicam cronicidade no caso em especifico. - Alterações intensas: hipotireoidismoprimário (falta de excreção de T3 e T4 – atrofia da tireoide) · Tireoidite linfocitária - Também conhecida como tireoidite linfocítica ou tireoidite de Hashimoto (usado para humanos) - Enfermidade autoimune – o próprio organismo começa a tacar a tireoide - Alteração mais comumente associada (mais de 50%) aos casos de hipotireoidismo canino - A patogênese da doença em cães não é bem caracterizada - Organismo produz anticorpos anti-tireoglobulina (por ser uma doença autoimune, esses anticorpos vão atacar a ttireoide) - Estudos científicos sugerem predisposição hereditária - Beagle, Doberman, Dogue Alemão, Setter e Sheepdog - Histologia: - Caracterizada por infiltrado difuso de linfócitos, plasmócitos e macrófagos no interstício e também no coloide, juntamente com células epiteliais degeneradas - Ocasionalmente, nódulos linfoides com centros germinativos podem estar presentes entre os folículos - Estágios avançados: a estrutura normal da glândula é substituída por tecido conjuntivo fibroso (tentativa de recuperação da tireoide, porém, o tecido de cicatrização não tem a mesma função do tecido original, diminuindo a função do órgão em questão). - ALTERAÇÕES PROLIFERATIVAS · Hiperplasia e hipertrofia da tireoide - Aumento da glândula não neoplásico e não inflamatório - Ocorre em todos os animais domésticos - Aumento pode ser difuso ou nodular - Geralmente reflete comprometimento na síntese de hormônio tireoidiano - O grau de aumento tireoidiano é proporcional ao nível e a duração da deficiência dos hormônios tireoidianos · Bócio hiperplásico difuso - Deficiência de iodo na dieta provoca hiperplasia difusa na glândula sem evidência de formação de nódulos - Ocorria com mais frequência antigamente – antes da adição de iodo ao sal utilizado na cozinha. - Bocígenos (substâncias indutoras do bócio): - Tiouracil (usado para tratar hipertireoidismo), sulfonamidas, a planta Leucaena leucocephala (para ruminantes), plantas da família Brassicaceae (repolho, nabo, couve-flor) e da família Euphorbiaceae (mandioca) · Bócio disormonogênico - Causa mais provável: diminuição congênita na biossíntese da tireoglobulina - Ovinos, caprinos e bovinos - A causa é um defeito genético autossômico de expressão recessiva – homozigoto - Poucos relatos na literatura - Sinais clínicos: - Crescimento subnormal do feto ou neonato - Falha no desenvolvimento normal da lã - Fraqueza - Muitos cordeiros com bócio congênito morrem logo após o nascimento - A glândula se apresenta simetricamente aumentada em consequência da hiperplasia intensa e difusa dos folículos tireóideos - NEOPLASIAS TIREOIDEANAS: · Adenoma de células foliculares - Nódulo benigno, sólido, pequeno, branco a marrom-claro - Destacado do parênquima adjacente - encapsulado - Separação: tecido conjuntivo fibroso - Alguns adenomas foliculares adquirem autonomia após sofrerem mutações no receptor de TSH, tornando-se hiperfuncionantes - O hipertireoidismo resultante pode ser subclínico – animal esta doente, mas sem sinais clínicos propriamente clínicos (sem manifestação da doença) · Paratireoides - ALTERAÇÕES PROLIFERATIVAS · Hiperparatireoidismo - O hiperparatireoidismo é uma doença que provoca a produção exagerada do hormônio PTH - liberado pelas glândulas paratireoides - PTH: responsável pelo equilíbrio do cálcio, vitamina D e fósforo presente no sangue e nos tecidos que precisam desses nutrientes (ossos) - Classificado como primário ou secundário · Hiperparatireoidismo primário - Associado à hiperplasia primária da glândula paratireoide ou ao crescimento de um tumor benigno (adenoma) em uma ou mais das glândulas paratireoides - Ocorrência rara em todas as espécies - Distúrbio hereditário (possivelmente de caráter recessivo autossômico) - Descrito em filhotes de Pastor Alemão - Animais afetados apresentam hipercalcemia, normo ou hipofosfatemia e níveis elevados de PTH - Sinais clínicos: Crescimento reduzido, fraqueza muscular, poliúria e redução generalizada da densidade óssea - Achados macro e microscópicos descritos: hiperplasia difusa das células principais da paratireoide, hiperplasia nodular das células C da tireoide, osteodistrofia fibrosa, nefrocalcinose e extensa mineralização do parênquima pulmonar e da mucosa gástrica – hipercalcemia com consequente acumulo nos órgãos, ou seja, a grande quantidade de cálcio no sangue, faz com que ele fique aderido nos órgãos · Hiperparatireoidismo secundário - Ocorre quando o excesso de produção do PTH é devido a hipocalcemia, decorrente de alguma condição subjacente, como: - Deficiência severa de cálcio: síndrome de má absorção - Deficiência severa de vitamina D - Excesso de fósforo - Insuficiência renal crônica (IRC) – muito comum nos cães: a vitamina D só pode atuar no organismo quando é convertida pelos rins. Quando há IRC, pode haver hipocalcemia, já que a vitamina D está envolvida nesse processo (vitamina D faz com que o organismo consiga absorver o cálcio) - A regulação do cálcio sérico é feita pelo paratormônio (PTH) e pela vit D - Em situações de hipocalcemia, a secreção de PTH afeta diretamente a mobilização e retenção de cálcio dos ossos - Já a vit D estimula a absorção de cálcio pelo intestino - Como o calcitriol é produzido pelo rim, em insuficientes renais seus níveis estarão diminuídos, contribuindo ainda mais para a hipocalcemia, e aumentando indiretamente a liberação do PTH - Sinais clínicos: - A elevação da reabsorção osteoclástica dos ossos resulta em adelgaçamento do osso cortical, proliferação de tecido conectivo fibroso e deposição de osteoide pobremente mineralizado (osteodistrofia fibrosa) - Alteração em todo o esqueleto – mais acentuada em maxila, mandíbula e ossos longos – o cálcio sai dos ossos e vai para circulação, mas ele tenta retornar aos ossos, só que não consegue entrar dentro do osso novamente, então fica depositado na periferia dos ossos, deixando-os com aspecto esponjoso. - Fraturas, claudicação, perda dos dentes, “cara inchada”, mandíbula de borracha, aumento de volume da maxila. - SÍNDROMES CLÍNICAS - Hipotireoidismo e hipertireoidismo · HIPOTIREOIDISMO - É uma deficiência de hormônios tireoidianos - Diminuição do nível sérico de T3 e T4 e TSH aumentado!!!! - Suscetíveis: cães adultos, raríssimo ver gatos com hipotireoidismo - Raças mais predispostas: Golden Retriever, Dobermann, Dachshund, Pastor de Shetland, Setter irlandês, Schnauzer miniatura, Cocker Spaniel, Airedale Terrier, Pinscher - Causas - Fator genético – HISTÓRICO FAMILIAR É IMPORTANTISSIMO!!! - Tireoidite linfocitária - Atrofia idiopática da glândula tireoide – etiologia desconhecida - Causas iatrogênicas: tratamento com iodo, a administração de fármacos antitireoideanos (se o animal tem hipertireoidismo e a dosagem de medicação não for ajustada corretamente, pode ocasionar o hipotireoidismo) e a tireoidectomia cirúrgica. - Sinais clínicos: - Diminuição da atividade metabólica: obesidade, letargia, intolerância ao exercício – SINAIS CLINICOS PRINCIPAIS!! - Alterações cutâneas: alopecia na cauda (“cauda de rato”, pois o animal perde o pelo na região), pescoço, parte ventral do tórax e face lateral do abdome; hiperpigmentação (coloração escura, onde o animal tinha a pele clara e ficou escura de repente, onde a pigmentação parece de tinta); hiperqueratose (área espessa de pele, perguntar ao tutor se isso já acontecia antes ou se foi visto a pouco tempo); seborreia. - Anormalidade reprodutiva: falha no ciclo estral; perda da libido; aborto ou neonatos abaixo do peso; machos com redução na quantidade de esperma e baixa libido (ainda não comprovado) · Hipotireoidismo secundário (hipofisário) - O problema é na hipófise, não na tireoide - Causas: - Diminuição na secreção de TSH devido a hipoplasia ou disfunção hipofisária (menos de 5% dos casos); - Destruição hipofisária (neoplasia hipofisária - rara) ou à supressão da função tireotrópica por hormônios ou drogas (glicocorticóides – comum) - Malformações da hipófise · Hipotireoidismo terciário - O ocorre devido à deficiência na secreção do hormônio liberador de tireotropina(TRH) por neurônios do hipotálamo - A ausência da secreção de TRH pode ocasionar deficiência na secreção de TSH e atrofia folicular secundária na tireoide - Descrito em cão, não se viu em nenhuma outra espécie ainda (possivelmente não se foi diagnosticado em outras espécies) · Hipertireoidismo - Suscetíveis: gatos idosos, raríssimo ver cães com hipetireoidismo - Aumento do nível sérico de T3 e T4 - Patogenia da doença é desconhecida - São possíveis fatores genéticos, nutricionais e ambientais - Fatores de risco: Consumo de comidas enlatadas para gatos, que elevam o risco comparado a comida seca; idade avançada; sexo (mais comum em fêmeas); uso de areia e granulado higiênico – necessitam de mais estudos -> não se sabe ainda o porquê dessas características influenciarem no desenvolvimento do hipertireoidismo. - Sinais clínicos: - Perda de peso (apesar de apetite normal ou aumentado); hiperatividade; inquietação; irritabilidade; poliúria e polidipsia; arritmia cardíaca e taquicardia (resultante de hipertrofia ventricular esquerda); dificuldade respiratória (associada a perda de musculatura torácica); frequência e volume de fezes aumentadas (aumento da motilidade intestinal) · Adrenal • Zona glomerulosa: produção de aldosterona • Zona fasciculata: produção de glicocorticoides • Zona Reticular: produção de esteroides sexuais •Parte Medular: produção de adrenalina e noradrenalina - CORTISOL - Benefícios ou malefícios do cortisol vai depender da dose -Funções: Anti-inflamatório; Imunossupressor; Hiperglicemiante; Efeito anti-insulínico - Regulação da secreção adrenocortical: - ALTERAÇÕES PROLIFERATIVAS · Hiperplasia nodular do córtex da adrenal - Comum em cães, cavalos e gatos velhos - Os nódulos podem medir até 2 cm de diâmetro; são bem delimitados; estão no interior do córtex ou aderidos à cápsula - Quase sempre são múltiplos, bilaterais, amarelos e não encapsulados · Neoplasias - Adenoma cortical: É a proliferação benigna das células das camadas do córtex adrenal - Maior frequência em cães idosos - Esporadicamente em gatos, cavalos, bovinos, caprinos e ovinos - Macroscopia: - Nódulos amarelos (em razão do conteúdo lipídico), bem delimitados, podendo ser únicos, uni ou bilaterais. - Nódulos maiores podem ter áreas avermelhadas na superfície de corte. - Carcinoma adrenocortical: É a proliferação maligna das células epiteliais corticais da adrenal - Menos frequente que o adenoma - Ocorrência em bovinos e cães idosos - Macroscopia: - Maiores que o adenoma, e podem ser uni ou bilaterais - A superfície de corte do tumor é caracterizada por tecido friável e variegado, com áreas vermelho-escuro entremeadas de amarelo - Podem ter mineralização e invadir tecidos adjacentes (veia cava caudal) - Feocromocitoma: É o tumor mais comum da medula adrenal em animais - Caracteriza-se pela proliferação neoplásica das células cromafins (secretoras de adrenalina e noradrenalina) - Maior frequência em bovinos e cães - Macroscopia: - Podem atingir até 10 cm de diâmetro e incorporar toda a adrenal; uni ou bilaterais; superfície de corte é multilobular e variegada; áreas marrom e/ou amarelas; pode haver áreas de hemorragia e necrose e invasão para a veia cava caudal - Metástases: difícil de acontecer, mas não improvável - Carcinoma mamário, pulmonar, prostático; Melanoma maligno; Hemangiossarcoma; Linfoma - MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS · Hiperadrenocorticismo - Sinônimos: doença ou síndrome de Cushing - Endocrinopatia de curso longo associada a elevação natural ou iatrogênica do cortisol - Etiologia: - Forma iatrogênica (exógena) – mais comum nos cães – forma que os humanos provocam nos animais. - Forma hipófise-dependente (HHD) - Forma adrenal-dependente (HAD) - Mais comum em cães – Poodle (campeão) e Dachshund - Forma iatrogênica: não tem idade ou sexo relacionado - Demais formas: idosos - Sinais clínicos: Poliúria / Polidipsia; Polifagia; Obesidade central (animal magro, mas barrigudo); Astenia muscular; Claudicação; Dispneia; Atrofia testicular / Anestro; Hepatomegalia; Alopecia simétrica; Piodermite crônica e recorrente; Hipotonia cutânea; Telangiectasia (pele bem fina, com aspecto de pergaminho); Atrofia folicular; Hiperpigmentação; Comedões; Calcinose cutânea (acumulo de cálcio na pele) – POSSIVEIS SINAIS CLINICOS, nem sempre todos são observados em um mesmo animal. – tudo isso acontece decorrente a alta quantidade de cortisol no sangue. · Hipoadrenocorticismo - Sinônimo: Doença de Addison - Rara - Ocorre por insuficiência da adrenocortical (atrofia e/ou destruição) - Suscetíveis: cadelas jovens ou de meia idade - Raças mais acometidas: Poodle, Labrador, Cocker e Collie - Produção deficiente de todo e qualquer tipo de corticosteroides - Acomete todos os tipos de corticoides do organismo: Mineralocorticoides, glicocorticoides e esteroides sexuais adrenais - Observa-se aumento do ACTH em razão da falta do feedback negativo do cortisol endógeno Sinais clínicos: Anorexia; Letargia; Fraqueza; Depressão; Vômito; Hemorragia gastrointestinal; Tremores; Emagrecimento; Poliúria; Dor abdominal; Choque. - Não se costuma observar sinais clínicos dermatológicos (lesões cutâneas) · PÂNCREAS ENDÓCRINO (ILHOTAS DE LANGERHANS) - MANIFESTAÇÃO CLÍNICA · Diabetes mellitus (melito) - É caracterizada por um aumento de açúcar no sangue (hiperglicemia) - Ocorre devido a deficiência relativa ou absoluta de insulina - Com a diminuição de produção de insulina pelo organismo, o quantidade de açúcar no sangue aumenta (glicosúria), causando mais sede (polidipsia), com consequentemente mais urina (poliuria), por esse açúcar não estar dentro das células, acontece perda de peso e energia, ocasionando maior fome (polifagia). -Predisposição: - Cães: entre 4 e 14 anos - pico de incidência nos 7 a 9 anos - Fêmeas: duas vezes mais afetadas que os machos - Raças: Poodle, Dachshund, Schnauzer e Beagle - Classificação: - Diabetes Mellitus tipo 1: insulinodependente: Causado pela destruição das células β com perda progressiva e eventualmente completa da secreção de insulina - Este é o mais comum em cães - Diabetes Mellitus tipo 2: não dependente de insulina: Caracteriza-se por uma resistência à insulina e/ou por disfunção das células β. A secreção da insulina é insuficiente para superar a resistência à insulina nos tecidos - Mais frequente em gatos - Diabetes Mellitus secundária: Caracteriza-se por ser transitório e induzido por uma variedade de fatores e endocrinopatias. Pancreatite, hiperadrenocorticismo, medicamentos ou gestação. - Neuropatia diabética: a causa ainda não é compreendida – está relacionada com um mau funcionamento das células de Schwann, afetando a mielinização das fibras dos axônios - Sintoma clínico em gatos: posição plantígrada, não conseguir saltar, possuir tremores e fraqueza – pois o estimulo nervoso não passa pelos neurônios. - Ao invés de andar apoiando os dígitos, anda apoiando toda a perna.
Compartilhar