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Fonte: Porto e Porto, Semiologia Médica Aspectos Gerais Maneiras de fazer uma anamnese Anamnese, se origina do grego aná= trazer de novo + mnesis= memória, ou seja, trazer de volta todos os dados relacionados com a doença e o paciente. Vale destacar que a anamnese é a parte mais importante, é o núcleo no qual se desenvolve a relação médico-paciente, uma anamnese bem-feita exames e tecnologia são apenas complementos e também resulta em decisões diagnosticas e terapêuticas corretas, por isso a anamnese é insubstituível. É uma entrevista, tendo como base a fala, um canal eficiente de comunicação, seja por tradutor ou libras ou até mesma escrita, vai muito além de uma simples conversa, é a reconstituição dos fatos e dos acontecimentos direta ou indiretamente relacionada com a situação anormal do paciente. Ela também permite aventar hipóteses diagnosticas consistentes. Anamnese @Andress.l.c Semiotécnica da Anamnese Atualmente com as inúmeras fontes na internet muitos estão mudando a anamnese de um “relato” para uma “conversa”, independente disso os dados devem ser elaborados, ou seja, a história clínica deve ser o resultado de uma entrevista como objetivo explícito, conduzido pelo examinador e cujo conteúdo é elaborado criticamente pelo mesmo, pode ser feita durante o exame clínico também. Os erros mais comuns são os médicos não se dedicarem a anamnese ou fazer a mesma rápido demais, outro erra é o espírito preconcebido, que tendência natural do examinador, que o especialista perde a visão de conjunto do paciente. A falta de conhecimento sobre os sintomas das doenças também pode afetar a anamnese. Se inicia com perguntas como: “o que o senhor está sentindo?’ “qual é o problema?”. Mas vai muito além de simples perguntas, o médico tem que saber por onde direcionar as perguntas e identificar o que são acontecimentos paralelos e o que é essencial. Por isso Bickley e Szilagyi (2010) sugerem que o examinador utilize uma ou mais das seguintes técnicas: Apoio: desperta segurança no paciente e pode encorajá-lo em alguns momentos; Facilitar: o médico consegue deixar mais fácil o relato do paciente por meio de postura ação ou palavras que em coragem ele, sem especificar o topo o problema que o incomoda; Reflexão: repetição de palavra que o médico considera as mais significativas durante o relato do paciente; Esclarecimento: o médico procura definir de maneira mais clara o que o paciente está relatando; Confrontação: mostrar ao paciente algo acerca de suas próprias palavras um comportamento; Elementos componentes da anamnese Interpretação: uma observação a partir do que vai anotando no relato no comportamento do paciente; Resposta empática: intervenção do médico mostrando empatia, compreensão e aceitação sobre algo relato relatado pelo paciente, pode ser feita por palavras gestos ou atitudes; Silêncio: o entrevistador deve saber o tempo em que se deve permanecer calado quando o paciente se encontra emocionado ou chora por exemplo. Identificação: É o perfil sócio demográfico do paciente permite a interpretação de dados individuais e coletivos, saber o nome de uma pessoa indispensável para se começar um processo de comunicação. Dados de identificação são essenciais para a criação da ficha além da data que é feita a anamnese. É obrigatorio conter: ➢ Nome; ➢ Idade: cada grupo etário tem sua própria doença; ➢ Sexo/ genêro: já que há enfermidades que acontecem em determinado sexo; ➢ Cor/ etnia: é preferível que o registro da corte da pele seja feito como se faz o IBGE seguindo se a nomenclatura de cor branca, cor parda e cor preta. ➢ Estado civil; ➢ Profissão; ➢ Local de trabalho:também é necessário indagar sobre as atividades já exercidas em épocas anteriores, por isso que no prontuário deve constar profissão e local de trabalho atual e ocupações anteriores; ➢ Naturalidade: local onde o paciente nasceu; ➢ Procedência: normalmente se refere a residência anterior do paciente; ➢ Reseidência: endereço atual; ➢ Nome da mãe; ➢ Nome do responsável, cuidador e/ou acompanhante; ➢ Religião; ➢ Filiação a órgão/ instituições previdencárias e planos de saúde. Queixa principal ou motivo da consulta (QD) Registra o motivo que levou o paciente para a consulta, deve se possível deve escrever, repetir as expressões usadas pelo paciente. Normalmente é apens sintomas ou sinais, nas próprias palavras do paciente, não leva em conta o diagnostico, apenas sintomas., caso o paciente já tenha um diagnóstico feito por outro médico, pode segui-lo. História da doença atual (HDA) ou História progresía da molestia atual (HPMA) É um registro cronológico e detalhado do motivo que levou o paciente até a consulta. Possui o sintoma guia, que é o sintoma ou sinal que permite recompror a história da molestia atual. Próximo passo importante é a época em que aquele sintoma teve início, depois identificar a maneira como evoluiu os sintomas. A meta é obter uma história com começo meio e fim. Os elementos que compõem o esquema para análise de qualquer sintoma são elucidados no Quadro 6.3, a saber: ➢ Início; ➢ Características do sintoma; ➢ Fatores de melhora ou piora; ➢ Relação com outras queixas; ➢ Evolução; ➢ Situação atual. Interrogatório sistematico (IS) ou interrogatório sobre difersos aparelhos (ISDA) ou Revisão do sistema É um complemento da história da doença atual, documentar a existência ou ausência de sintomas comuns relacionados com cada um dos principais sistemas corporais. Tem como principal utilidade prática o fato de permitir ao médico levantar a possibilidade de reconhecer enfermidades que não guardam relação com o quadro sistematológico registrado na HDA. Outra utilidade é a promoção a saúde esclarecendo ao paciente sobre maneiras de prevenir doenças e evitar riscos à saúde. Sendo possível registrar o sintomas presente e os negados pelo paciente. Sistematização do interrogatório sistema teológico deve ser feito de forma o crânio caudal. Sintomas gerais ➢ Febre. Sensação de aumento da temperatura corporal acompanhada ou não de outros sintomas (cefaleia, calafrios, sede). ➢ Astenia. Sensação de fraqueza. ➢ Alterações do peso. Especificar perda ou ganho de peso, quantos quilos, intervalo de tempo e motivo (dieta, estresse, outras condições). ➢ Sudorese. Eliminação abundante de suor. Generalizada ou predominante nas mãos e pés. ➢ Calafrios. Sensação momentânea de frio com ereção de pelos e arrepiamento da pele. Relação com febre. ➢ Cãibras. Contrações involuntárias de um músculo ou grupo muscular. Pele e fâneros ➢ Alterações da pele. Cor, textura, umidade, temperatura, sensibilidade, prurido, lesões. ➢ Alterações dos fâneros. Queda de cabelos, pelos faciais em mulheres, alterações nas unhas. ➢ Promoção da saúde. Exposição solar (hora do dia, uso de protetor solar) ; cuidados com pele e cabelos (bronzeamento artificial, tinturas). Cabeça e pescoço ❖ Crânio, face e pescoço ➢ Dor. Localizar o mais corretamente possível a sensação dolorosa. A partir daí, indagasse sobre as outras características semiológicas da dor. ➢ Alterações do pescoço. Dor, tumorações, alterações dos movimentos, pulsações anormais. ❖ Olhos ➢ Dor ocular e cefaleia. Bem localizada pelo paciente ou de localização imprecisa no globo ocular. ➢ Sensação de corpo estranho. Sensação desagradável quase sempre acompanhada de dor. ➢ Prurido. Sensação de coceira. Queimação ou ardência. Acompanhando ou não a sensação dolorosa. ➢ Lacrimejamento. Eliminação de lágrimas, independentemente do choro. ➢ Sensação de olho seco. Sensação de secura, como se o olho não tivesse lágrimas. ➢ Xantopsia, iantopsia e cloropsia. Visão amarelada, violeta e verde, respectivamente. ➢ Diminuição ou perda da visão.Uni ou bilateral, súbita ou gradual, relação com a intensidade da iluminação, visão noturna, correção (parcial ou total) com óculos ou lentes de contato. ➢ Diplopia. Visão dupla, constante ou intermitente. ➢ Fotofobia. Hipersensibilidade à luz. ➢ Nistagmo. Movimentos repetitivos rítmicos dos olhos, tipo de nistagmo. ➢ Escotomas. Manchas ou pontos escuros no campo visual, descritos como manchas, moscas que voam diante dos olhos ou pontos luminosos. ➢ Secreção. Líquido purulento que recobre as estruturas externas do olho. ➢ Vermelhidão. Congestão de vasos na esclerótica. ➢ Alucinações visuais. Sensação de luz, cores ou reproduções de objetos. ➢ Promoção da saúde. Uso de óculos ou lentes de contato, último exame oftálmico. Orelhas ➢ Dor. Localizada ou irradiada de outra região. ➢ Otorreia. Saída de líquido pelo ouvido. ➢ Otorragia. Perda de sangue pelo canal auditivo, relação com traumatismo. ➢ Distúrbios da acuidade auditiva. Perda parcial ou total da audição, uni ou bilateral; início súbito ou progressivo. ➢ Zumbidos. Sensação subjetiva de diferentes tipos de ruídos (campainha, grilos, apito, chiado, cachoeira, jato de vapor, zunido). ➢ Vertigem e tontura. Sensação de estar girando em torno dos objetos (vertigem subjetiva) ou os objetos girando em torno de si (vertigem objetiva). ➢ Promoção da saúde. Uso de aparelhos auditivos; exposição a ruídos ambientais; uso de equipamentos de proteção individual (EPI); limpeza do pavilhão auditivo (cotonetes, outros objetos, pelo médico). ❖ Nariz e cavidades paranasais ➢ Prurido. Pode resultar de doença local ou sistêmica. ➢ Dor. Localizada no nariz ou na face. Verificar todas as características semiológicas da dor. ➢ Espirros. Isolados ou em crises. Indagar em que condições ocorrem, procurando detectar substâncias ou locais relacionados com os espirros. ➢ Obstrução nasal. Rinorreia; aspecto do corrimento (aquoso, purulento, sanguinolento) ; cheiro. ➢ Corrimento nasal. Aspecto do corrimento (aquoso, purulento, sanguinolento). ➢ Epistaxe. Hemorragia nasal. ➢ Dispneia. Falta de ar. ➢ Diminuição do olfato. Diminuição (hiposmia) ou perda total (anosmia). ➢ Aumento do olfato. Transitório ou permanente. ➢ Alterações do olfato. Percepção anormal de cheiros. ➢ Cacosmia. Consiste em sentir mau cheiro, sem razão para tal. ➢ Parosmia. Perversão do olfato. ➢ Alterações da fonação. Voz anasalada (rinolalia). ➢ Cavidade bucal e anexos ➢ Alterações do apetite. Polifagia ou hiperorexia; inapetência ou anorexia; perversão do apetite (geofagia ou outros tipos). ➢ Sialose. Excessiva produção de secreção salivar. ➢ Halitose. Mau hálito. ➢ Dor. Dor de dente, nas glândulas salivares, na língua (glossalgia), na articulação temporomandibular. Trismo. ➢ Ulcerações/sangramento. Causa local ou doença do sistema hemopoético. ➢ Promoção da saúde. Escovação de dentes e língua (vezes/dia) ; último exame odontológico. Faringe ➢ Dor de garganta. Espontânea ou provocada pela deglutição. Verificar todas as características semiológicas da dor. ➢ Dispneia. Dificuldade para respirar relacionada com a faringe. ➢ Disfagia. Dificuldade de deglutir localizada na bucofaringe (disfagia alta). ➢ Tosse. Seca ou produtiva. ➢ Halitose. Mau hálito. ➢ Pigarro. Ato de raspar a garganta. ➢ Ronco. Pode estar associado a apneia do sono. Laringe ➢ Dor. Espontânea ou à deglutição. Verificar as outras características semiológicas da dor. ➢ Dispneia. Dificuldade para respirar. ➢ Alterações da voz. Disfonia; afonia; voz lenta e monótona; voz fanhosa ou anasalada. ➢ Tosse. Seca ou produtiva; tosse rouca; tosse bitonal. ➢ Disfagia. Disfagia alta. Pigarro. Ato de raspar a garganta. ➢ Promoção da saúde. Cuidados com a voz (gargarejos, produtos utilizados). Tireoide e paratireoides ➢ Dor. Espontânea ou à deglutição. Verificar as outras características semiológicas. ➢ Outras alterações. Nódulo, bócio, rouquidão, dispneia, disfagia. ➢ Vasos e linfonodos ➢ Dor. Localização e outras características semiológicas. ➢ Linfadenomegalias. Localização e outras características semiológicas. ➢ Pulsações e turgência jugular. Tórax Parede torácica ➢ Dor. Localização e demais características semiológicas, em particular a relação da dor com os movimentos do tórax. ➢ Alterações da forma do tórax. Alterações localizadas na caixa torácica como um todo. ➢ Dispneia. Relacionada com dor ou alterações da configuração do tórax. ➢ Mamas ➢ Dor. Relação com a menstruação e outras características semiológicas. ➢ Nódulos. Localização e evolução; modificações durante o ciclo menstrual. ➢ Secreção mamilar. Uni ou bilateral, espontânea ou provocada; aspecto da secreção. ➢ Promoção da saúde. Autoexame mamário; última mamografia/ultrassonografia (USG) (mulheres ≥ 40 anos). Traqueia, brônquios, pulmões e pleuras ➢ Dor. Localização e outras características semiológicas. ➢ Tosse. Seca ou com expectoração. Frequência, intensidade, tonalidade, relação com o decúbito, período em que predomina. ➢ Expectoração. Volume, cor, odor, aspecto e consistência. Tipos de expectoração: mucoide, serosa, purulenta, mucopurulenta, hemoptoica. ➢ Hemoptise. Eliminação de sangue pela boca, através da glote, proveniente dos brônquios ou pulmões. Obter os dados para diferenciar a hemoptise da epistaxe e da hematêmese. ➢ Vômica. Eliminação súbita, através da glote, de quantidade abundante de pus ou líquido de aspecto mucoide ou seroso. ➢ Dispneia. Relação com esforço ou decúbito; instalação súbita ou gradativa; relação com tosse ou chieira; tipo de dispneia. ➢ Chieira. Ruído sibilante percebido pelo paciente durante a respiração; relação com tosse e dispneia; uni ou bilateral; horário em que predomina. ➢ Cornagem. Ruído grave provocado pela passagem do ar pelas vias respiratórias altas reduzidas de calibre. ➢ Estridor. Respiração ruidosa, algo parecido com cornagem. ➢ Tiragem. Aumento da retração dos espaços intercostais. ➢ Diafragma e mediastino ➢ Dor. Localização e demais características semiológicas. ➢ Soluço. Contrações espasmódicas do diafragma, concomitantes com o fechamento da glote, acompanhadas de um ruído rouco. Isolados ou em crises. ➢ Dispneia. Dificuldade respiratória. ➢ Sintomas de compressão. Relacionados com o comprometimento do simpático, do nervo recorrente, do frênico, das veias cavas, das vias respiratórias e do esôfago. ➢ Promoção da saúde. Exposição a alergênios (quais). Coração e grandes vasos ➢ Dor. Localização e outras características semiológicas; dor isquêmica (angina do peito e infarto do miocárdio) ; dor da pericardite; dor de origem aórtica; dor de origem psicogênica. ➢ Palpitações. Percepção incômoda dos batimentos cardíacos; tipo de sensação, horário de aparecimento, modo de instalação e desaparecimento; relação com esforço ou outros fatores ➢ desencadeantes. ➢ Dispneia. Relação com esforço e decúbito; dispneia paroxística noturna; dispneia periódica ou de Cheyne•Stokes. ➢ Intolerância aos esforços. Sensação desagradável ao fazer esforço físico. ➢ Tosse e expectoração. Tosse seca ou produtiva; relação com esforço e decúbito; tipo de expectoração (serosa, serossanguinolenta). ➢ Chieira. Relação com dispneia e tosse: horário em que predomina. ➢ Hemoptise. Quantidade e características do sangue eliminado. Obter dados para diferenciar da epistaxe e da hematêmese. ➢ Desmaio e síncope. Perda súbita e transitória, parcial ou total, da consciência; situação em que ocorreu; duração; manifestações que antecederam o desmaio e que vieram depois. ➢ Alterações do sono. Insônia; sono inquieto. ➢ Cianose. Coloração azulada da pele; época do aparecimento (desde o nascimento ou surgiu tempos depois) ; intensidade; relação com choro e esforço. ➢ Edema. Época em que apareceu; como evoluiu, região em que predomina. ➢ Astenia. Sensação de fraqueza. ➢ Posição de cócoras.O paciente fica agachado, apoiando as nádegas nos calcanhares. ➢ Promoção da saúde. Exposição a fatores estressantes; último check-up cardiológico. Esôfago ➢ Disfagia. Dificuldade à deglutição; disfagia alta (bucofaríngea); disfagia baixa (esofágica). ➢ Odinofagia. Dor retroesternal durante a deglutição. ➢ Dor. Independente da deglutição. Pirose. Sensação de queimação retroesternal; relação com a ingestão de alimentos ou medicamentos; horário em que aparece. ➢ Regurgitação. Volta à cavidade bucal de alimento ou de secreções contidas no esôfago ou no estômago. ➢ Eructação. Relação com a ingestão de alimentos ou com alterações emocionais. ➢ Soluço. Horário em que aparece; isolado ou em crise; duração. ➢ Hematêmese. Vômito de sangue; características do sangue eliminado; diferenciar de epistaxe e de hemoptise. ➢ Sialose (sialorreia ou ptialismo). Produção excessiva de secreção salivar. Abdome O interrogatório sobre os sintomas das doenças abdominais inclui vários sistemas, mas, por comodidade, é melhor nos restringirmos aos órgãos do sistema digestório. Os outros órgãos, localizados no abdome devem ser analisados separadamente, reunindo•se o sistema urinário com os órgãos genitais, o sistema endócrino e o hemolinfopoético. Parede abdominal ➢ Dor. Localização e outras características semiológicas. ➢ Alterações da forma e do volume. Crescimento do abdome; hérnias; tumorações. ➢ Estômago ➢ Dor. Localização na região epigástrica; outras características semiológicas. ➢ Náuseas e vômitos. Horário em que aparecem; relação com a ingestão de alimentos; aspecto dos vômitos. ➢ Dispepsia. Conjunto de sintomas constituído de desconforto epigástrico, empanzinamento, sensação de distensão por gases, náuseas, intolerância a determinados alimentos. ➢ Pirose. Sensação de queimação retroesternal. ➢ Intestino delgado ➢ Diarreia. Duração; volume; consistência, aspecto e cheiro das fezes. ➢ Esteatorreia. Aumento da quantidade de gorduras excretadas nas fezes. ➢ Dor. Localização, contínua ou em cólicas. ➢ Distensão abdominal, flatulência e dispepsia. Relação com ingestão de alimentos. ➢ Hemorragia digestiva. Aspecto “em borra de café” (melena) ou sangue vivo (enterorragia). ❖ Cólon, reto e ânus ➢ Dor. Localização abdominal ou perianal; outras características semiológicas; tenesmo. ➢ Diarreia. Diarreia baixa; aguda ou crônica; disenteria. ➢ Obstipação intestinal. Duração; aspecto das fezes. ➢ Sangramento anal. Relação com a defecação. ➢ Prurido. Intensidade; horário em que predomina. ➢ Distensão abdominal. Sensação de gases no abdome. ➢ Náuseas e vômitos. Aspecto do vômito; vômitos fecaloides. ❖ Fígado e vias biliares ➢ Dor. Dor contínua ou em cólica; localização no hipocôndrio direito; outras características semiológicas. ➢ Icterícia. Intensidade; duração e evolução; cor da urina e das fezes; prurido. ❖ Pâncreas ➢ Dor. Localização (epigástrica) e demais características semiológicas. ➢ Icterícia. Intensidade; duração e evolução; cor da urina e das fezes; prurido. ➢ Diarreia e esteatorreia. Características das fezes. ➢ Náuseas e vômitos. Tipo de vômito. ➢ Promoção da saúde. Uso de antiácidos, laxantes ou “chás digestivos”. Sistema geniturinário Rins e vias urinárias ➢ Dor. Localização e demais características semiológicas. ➢ Alterações miccionais. Incontinência; hesitação; modificações do jato urinário; retenção urinária. ➢ Alterações do volume e do ritmo urinário. Oligúria; anúria; poliúria; disúria; noctúria; urgência; polaciúria. ➢ Alterações da cor da urina. Urina turva; hematúria; hemoglobinúria; mioglobinúria; porfirinúria. ➢ Alterações do cheiro da urina. Mau cheiro. ➢ Dor. Dor lombar e no flanco e demais características semiológicas; dor vesical; estrangúria; dor perineal. ➢ Edema. Localização; intensidade; duração. ➢ Febre. Calafrios associados. ❖ Órgãos genitais masculinos ➢ Lesões penianas. Úlceras, vesículas (herpes, sífilis, cancro mole). ➢ Nódulos nos testículos. Tumor, varicocele. Distúrbios miccionais. Ver Rins e vias urinárias. ➢ Dor. Testicular; perineal; lombossacra; características semiológicas. ➢ Priapismo. Ereção persistente, dolorosa, sem desejo sexual. ➢ Hemospermia. Sangue no esperma. Corrimento uretral. Aspecto da secreção. ➢ Disfunções sexuais. Disfunção erétil; ejaculação precoce; ausência de ejaculação, anorgasmia, diminuição da libido, síndromes por deficiência de hormônios testiculares (síndrome de ➢ Klinefelter, puberdade atrasada). ➢ Promoção da saúde. Autoexame testicular; último exame prostático ou dosagem do antígeno prostático específico (PSA); uso de preservativos. ❖ Órgãos genitais femininos ➢ Ciclo menstrual. Data da primeira menstruação; duração dos ciclos subsequentes. ➢ Distúrbios menstruais. Polimenorreia; oligomenorreia; amenorreia; hipermenorreia; hipomenorreia; menorragia; dismenorreia. ➢ Tensão pré-menstrual. Cólicas; outros sintomas. ➢ Hemorragias. Relação com o ciclo menstrual. ➢ Corrimento. Quantidade; aspecto; relação com as diferentes fases do ciclo menstrual. ➢ Prurido. Localizado na vulva. ➢ Disfunções sexuais. Dispareunia; frigidez; diminuição da libido; anorgasmia. ➢ Menopausa e climatério. Idade em que ocorreu a menopausa; fogachos ou ondas de calor; insônia. ➢ Alterações endócrinas. Amenorreia; síndrome de Turner. ➢ Promoção da saúde. Último exame ginecológico; último Papanicolaou; uso de preservativos; terapia de reposição hormonal. ❖ Sistema hemolinfopoético ➢ Astenia. Instalação lenta ou progressiva. ➢ Hemorragias. Petéquias; equimoses; hematomas; gengivorragia; hematúria; hemorragia digestiva. ➢ Linfadenomegalias. Localizadas ou generalizadas; sinais flogísticos; fistulização. ➢ Febre. Tipo da curva térmica. ➢ Esplenomegalia e hepatomegalia. Época do aparecimento; evolução. ➢ Dor. Bucofaringe; tórax; abdome; articulações; ossos. ➢ Icterícia. Cor das fezes e da urina. ➢ Manifestações cutâneas. Petéquias; equimoses; palidez; prurido; eritemas; pápulas; herpes. ❖ Sintomas osteoarticulares. ❖ Sintomas cardiorrespiratórios. ❖ Sintomas gastrintestinais. ❖ Sintomas geniturinários. ❖ Sintomas neurológicos. ❖ Sistema endócrino O interrogatório dos sintomas relacionados com as glândulas endócrinas abrange o organismo como um todo, desde os sintomas gerais até o psíquico, mas há interesse em caracterizar um grupo de manifestações clínicas diretamente relacionadas com cada glândula para desenvolver a capacidade de reconhecimento, pelo clínico geral, dessas enfermidades. ❖ Hipotálamo e hipófise ➢ Alterações do desenvolvimento físico. Nanismo, gigantismo, acromegalia. ➢ Alterações do desenvolvimento sexual. Puberdade precoce; puberdade atrasada. ➢ Outras alterações. Galactorreia; síndromes poliúricas; alterações visuais. ➢ Tireoide ➢ Alterações locais. Dor; nódulo; bócio; rouquidão; dispneia; disfagia. ➢ Manifestações de hiperfunção. Hipersensibilidade ao calor; aumento da sudorese; perda de peso; taquicardia; tremor; irritabilidade; insônia; astenia; diarreia; exoftalmia. ➢ Manifestações de hipofunção. Hipersensibilidade ao frio; diminuição da sudorese; aumento do peso; obstipação intestinal; cansaço facial; apatia; sonolência; alterações menstruais; ➢ ginecomastia; unhas quebradiças; pele seca; rouquidão; macroglossia; bradicardia. ❖ Paratireoides ➢ Manifestações de hiperfunção. Emagrecimento; astenia; parestesias; cãibras; dor nos ossos e nas articulações; arritmias cardíacas; alterações ósseas; raquitismo; osteomalacia; tetania. ➢ Manifestações de hipofunção. Tetania; convulsões; queda de cabelos; unhas frágeis e quebradiças; dentes hipoplásicos; catarata. ❖ Suprarrenais ➢ Manifestações por hiperprodução de glicocorticoides. Aumento de peso; fácies “de lua cheia” ; acúmulo de gordura na face, região cervical e dorso; fraqueza muscular; poliúria;➢ polidipsia; irregularidade menstrual; infertilidade; hipertensão arterial. ➢ Manifestações por diminuição de glicocorticoides. Anorexia; náuseas e vômitos; astenia; hipotensão arterial; hiperpigmentação da pele e das mucosas. ➢ Aumento de produção de mineralocorticoides. Hipertensão arterial; astenia; cãibras; parestesias. ➢ Aumento da produção de esteroides sexuais. Pseudopuberdade precoce; hirsutismo; virilismo. ➢ Aumento de produção de catecolaminas. Crises de hipertensão arterial, cefaleia, palpitações, sudorese. ❖ Gônadas ➢ Alterações locais e em outras regiões corporais indicativas de anormalidades da função endócrina. ❖ Coluna vertebral, ossos, articulações e extremidades Neste item, além do sistema locomotor, serão analisados órgãos pertencentes a outros sistemas pela sua localização nas extremidades. ❖ Coluna vertebral ➢ Dor. Localização cervical, dorsal, lombossacra; relação com os movimentos; demais características semiológicas. ➢ Rigidez pós•repouso. Tempo de duração após iniciar as atividades. ❖ Ossos ➢ Dor. Localização e demais características semiológicas. ➢ Deformidades ósseas. Caroços; arqueamento do osso; rosário raquítico. ❖ Articulações ➢ Dor. Localização e demais características semiológicas. ➢ Rigidez pós•repouso. Pela manhã. ➢ Sinais inflamatórios. Edema, calor, rubor e dor. ➢ Crepitação articular. Localização. ➢ Manifestações sistêmicas. Febre; astenia; anorexia; perda de peso. ➢ Bursas e tendões ➢ Dor. Localização e demais características semiológicas. ➢ Limitação de movimento. Localização; grau de limitação. ❖ Músculos ➢ Fraqueza muscular. Segmentar; generalizada; evolução no decorrer do dia. Dificuldade para andar ou para subir escadas. ➢ Atrofia muscular. Localização. ➢ Dor. Localização e demais características semiológicas; cãibras. ➢ Cãibras. Dor acompanhada de contração muscular. ➢ Espasmos musculares. Miotonia; tétano. ❖ Artérias, veias, linfáticos e microcirculação ❖ Artérias ➢ Dor. Claudicação intermitente; dor de repouso. ➢ Alterações da cor da pele. Palidez, cianose, rubor, fenômeno de Raynaud. ➢ Alterações da temperatura da pele. Frialdade localizada. ➢ Alterações tróficas. Atrofia da pele, diminuição do tecido subcutâneo, queda de pelos, alterações ungueais, calosidades, ulcerações, edema, sufusões hemorrágicas, bolhas e gangrena. ➢ Edema. Localização; duração e evolução. ❖ Veias ➢ Dor. Tipo de dor; fatores que a agravam ou aliviam. ➢ Edema. Localização. Duração e evolução. ➢ Alterações tróficas. Hiperpigmentação, celulite, eczema, úlceras, dermatofibrose. ❖ Linfáticos ➢ Dor. Localização no trajeto do coletor linfático e/ou na área do linfonodo correspondente. ➢ Edema. Instalação insidiosa. Lesões secundárias ao edema de longa duração (hiperqueratose, lesões verrucosas, elefantíase). ❖ Microcirculação ➢ Alterações da coloração e da temperatura da pele. Acrocianose; livedo reticular; fenômeno de Raynaud; eritromegalia; palidez. ➢ Alterações da sensibilidade. Sensação de dedo morto, hiperestesia, dormências e formigamentos. ➢ Promoção da saúde. Cuidados com a postura; hábito de levantar peso; movimentos repetitivos; uso de saltos muito altos; prática de ginástica laboral. ❖ Sistema nervoso ➢ Distúrbios da consciência. Obnubilação; estado de coma. ➢ Dor de cabeça e na face. Localização e outras características semiológicas. ➢ Tontura e vertigem. Sensação de rotação (vertigem); sensação de iminente desmaio; sensação de desequilíbrio; sensação desagradável na cabeça. ➢ Convulsões. Localizadas ou generalizadas, tônicas ou clônicas; manifestações ocorridas antes (pródromos) e depois das convulsões. ➢ Ausências. Breves períodos de perda da consciência. ➢ Automatismos. Tipos. ➢ Amnésia. Perda da memória, transitória ou permanente; relação com traumatismo craniano e com ingestão de bebidas alcoólicas. ➢ Distúrbios visuais. Ambliopia; amaurose; hemianopsia; diplopia. ➢ Distúrbios auditivos. Hipocusia; acusia; zumbidos. ➢ Distúrbios da marcha. Disbasia. ➢ Distúrbios da motricidade voluntária e da sensibilidade. Paresias, paralisias, parestesias, anestesias. ➢ Distúrbios esfincterianos. Bexiga neurogênica; incontinência fecal. ➢ Distúrbios do sono. Insônia; sonolência; sonilóquio; pesadelos; terror noturno; sonambulismo; briquismo; movimentos rítmicos da cabeça; enurese noturna. ➢ Distúrbios das funções cerebrais superiores. Disfonia; disartria; dislalia; disritmolalia; dislexia; disgrafia; afasia; distúrbios das gnosias; distúrbios das praxias. ➢ Promoção da saúde. Uso de andadores, bengalas ou cadeira de rodas; fisioterapia. ❖ Exame psíquico e avaliação das condições emocionais ➢ Consciência. Alterações quantitativas (normal, obnubilação, perda parcial ou total da consciência) e qualitativas. ➢ Atenção. Nível de atenção e outras alterações. ➢ Orientação. Orientação autopsíquica (capacidade de uma pessoa saber quem ela é), orientação no tempo e no espaço. Dupla orientação, despersonalização, dupla personalidade, perda ➢ do sentimento de existência. ➢ Pensamento. Pensamento normal ou pensamento fantástico, pensamento maníaco, pensamento inibido, pensamento esquizofrênico, desagregação do pensamento, bloqueio do ➢ pensamento, ambivalência, perseverança, pensamentos subtraídos, sonorização do pensamento, pensamento incoerente, pensamento prolixo, pensamento oligofrênico, pensamento ➢ demencial, ideias delirantes, fobias, obsessões, compulsões. ➢ Memória. Capacidade de recordar. Alterações da memória de fixação e de evocação. Memória recente e remota. Alterações qualitativas da memória. ➢ Inteligência. Capacidade de adaptar o pensamento às necessidades do momento presente ou de adquirir novos conhecimentos. Déficit intelectual. ➢ Sensopercepção. Capacidade de uma pessoa apreender as impressões sensoriais. Ilusões. Alucinações. ➢ Vontade. Disposição para agir a partir de uma escolha ou decisão; perda da vontade; negativismo; atos impulsivos. ➢ Psicomotricidade. Expressão objetiva da vida psíquica nos gestos e movimentos; alterações da psicomotricidade; estupor. ➢ Afetividade. Compreende um conjunto de vivências, incluindo sentimentos complexos; humor ou estado de ânimo; exaltação e depressão do humor. ➢ Comportamento. Importante questionar comportamentos inadequados e antissociais. Idosos podem apresentar comportamentos sugestivos de quadros demenciais. ➢ Outros. Questionar também sobre alucinações visuais e auditivas, atos compulsivos, pensamentos obsessivos recorrentes, exacerbação da ansiedade, sensação de angústia e de medoconstante, dificuldade em ficar em ambientes fechados (claustrofobia) ou em ambientes abertos (agorafobia), onicofagia (hábito de roer as unhas), tricofagia (hábito de comer cabelos) tiques e vômitos induzidos. Antecedentes Pessoais e Famíliares Antecedentes Pessoais É a avaliação do estado de saúde passado e presente do paciente conhecendo fatores pessoais familiares que influenciam o seu processo saúde-doença Antecedentes pessoais fisiológicos A avaliação dos antecedentes pessoais fisiológicos inclui os seguintes itens: gestação e nascimento, desenvolvimento psicomotor e neural e desenvolvimento sexual. ❖ Gestação e nascimento. Neste item, incluem-se os seguintes fatores (ver Capítulo 179, Semiologia da Infância): ➢ Como decorreu a gravidez ➢ Uso de medicamentos ou radiações sofridas pela genitora ➢ Viroses durante a gestação ➢ Condições de parto (normal, fórceps, cesariana) ➢ Estado da criança ao nascer ➢ Ordem do nascimento (se é primogênito, segundo filho etc.) ➢ Número de irmãos. ❖ Desenvolvimento psicomotor e neural. Este item abrange os seguintes fatores (ver Capítulo 179, Semiologia da Infância): ➢ Dentição: informações sobre a primeira e segunda dentições, registrando-se a época em que apareceu o primeiro dente ➢Engatinhar e andar: anotar as idades em que essas atividades tiveram início ➢ Fala: quando começou a pronunciar as primeiras palavras ➢ Desenvolvimento físico: peso e tamanho ao nascer e posteriores medidas. Averiguar sobre o desenvolvimento comparativamente com os irmãos ➢ Controle dos esfíncteres ➢ Aproveitamento escolar. ❖ Desenvolvimento sexual. Este item inclui os seguintes fatores (ver Capítulo 180, Semiologia da Adolescência): ➢ Puberdade: estabelecer época de seu início ➢ Menarca: estabelecer idade da 1ª menstruação ➢ Sexarca: estabelecer idade da 1ª relação sexual ➢ Menopausa (última menstruação): estabelecer época do seu aparecimento ➢ Orientação sexual: atualmente, usam-se siglas como HSM; HSH; HSMH; MSH; MSM; MSHM, em que: H, homem; M, mulher e S, faz sexo com. Antecedentes pessoais patológicos A avaliação dos antecedentes pessoais patológicos compreende os seguintes itens: doenças sofridas pelo paciente, alergia, cirurgias, traumatismo, transfusões sanguíneas, história obstétrica, vacinas e medicamentos em uso. ➢ Doenças sofridas pelo paciente. Começando-se pelas mais comuns na infância (sarampo, varicela, coqueluche, caxumba, doença reumática, amigdalites) e passando às da vida adulta (pneumonia, hepatite, malária, pleurite, tuberculose, hipertensão arterial, diabetes, artrose, osteoporose, litíase renal, gota, entre outras). Pode ser que o paciente não saiba informar o diagnóstico, mas consegue se lembrar de determinado sintoma ou sinal que teve importância para ele, como icterícia e febre prolongada. Faz-se, então, um retrospecto de todos os sistemas, dirigindo ao paciente perguntas relativas às doenças mais frequentes de cada um. ➢ Alergia. Quando se depara com um caso de doença alérgica, essa investigação passa a ter relevância especial, mas, independentemente disso, é possível e útil tomar conhecimento da existência de alergia a alimentos, medicamentos ou outras substâncias. Se o paciente já sofreu de afecções de fundo alérgico (eczema, urticária, asma), esse fato merece registro. ➢ Cirurgias e outras intervenções. Anotam-se as intervenções cirúrgicas, referindo-se os motivos que a determinaram. Havendo possibilidade, registrar a data, o tipo de cirurgia, o diagnóstico que a justificou e o nome do hospital onde foi realizada. ➢ Traumatismo. É necessário indagar sobre o acidente em si e sobre as consequências deste. Em medicina trabalhista, este item é muito importante por causa das implicações periciais decorrentes dos acidentes de trabalho. A correlação entre um padecimento atual e um traumatismo anterior pode ser sugerida pelo paciente sem muita consistência. Nesses casos, a investigação anamnésica necessita ser detalhada para que o examinador tire uma conclusão própria a respeito da existência ou não da correlação sugerida. ➢ Transfusões sanguíneas. Anotar número de transfusões, quando ocorreu, onde e por quê. ➢ História obstétrica. Anotar número de gestações (G), de partos (P), de abortos (A), de prematuros e de cesarianas (C) (G_ P_ A_ C_). Neste item, caso o paciente seja do sexo ➢ masculino, indagasse o número de filhos, enfatizando-se a importância da paternidade. ➢ Vacinas. Anotar as vacinas (qual; época da aplicação). ➢ Medicamentos em uso. Anotar nome(s), posologia, motivo, quem prescreveu. Antecedentes Familiares Começa com a menção do estado de saúde (quando vivos) dos pais e irmãos do paciente. Caso seja casado inclui o cônjuge e os filhos. também não podemos esquecer dos avós tios e primos paternos e maternos do paciente. e caso algum familiar tem alguma doença esclarecer a natureza da enfermidade. Em caso de falecimento também indaga a causa do óbito e a idade em que ocorreu. Hábito de vida Alimentação Deve-se questionar principalmente sobre o consumo de alimentos à base de carboidratos, proteínas, gorduras, fibras, bem como água e outros líquidos. ➢ Alimentação quantitativa e qualitativamente adequada ➢ Reduzida ingesta de fibras ➢ Insuficiente consumo de proteínas, com alimentação à base de carboidratos ➢ Consumo de calorias acima das necessidades ➢ Alimentação com alto teor de gorduras ➢ Reduzida ingesta de verduras e frutas ➢ Insuficiente consumo de proteínas sem aumento compensador da ingestão de carboidratos ➢ Baixa ingestão de líquidos ➢ Reduzida ingesta de carboidratos ➢ Reduzido consumo de gorduras ➢ Alimentação puramente vegetariana ➢ Alimentação láctea exclusiva. Ocupação atual e a ocupações anteriores Vai além do que pediu na identificação procura-se obter informações sobre a natureza do trabalho desempenhado, com que substâncias entrou em contato, quais as características do meio ambiente e qual o grau de ajustamento ao trabalho, ou seja, a história ocupacional. Atividade Física Deve ser questionado qual o tipo de exercício físico realiza, a frequência, duração e o tempo em que pratica. Uma classificação prática é a que se segue: ➢ Pessoas sedentárias ➢ Pessoas que exercem atividades físicas moderadas ➢ Pessoas que exercem atividades físicas intensas e constantes ➢ Pessoas que exercem atividades físicas ocasionais. Hábitos ➢ Consumo de tabaco: registra se o tipo, quantidade, frequência, duração do vício e abstinência caso já tenha tentado; ➢ Consumo de bebidas alcoólicas: o tipo de bebida, quantidade habitualmente ingerida, bem como a frequência, duração do vício e a abstinência se já tentou; Anamnese em Pediatria ➢ Uso de anabolizantes e anfetaminas; ➢ Consumo de drogas ilícitas: deve-se questionar o tipo de droga, quantidade habitualmente ingerida, frequência, duração do vício e abstinência. Condições socioeconômicas e cultural Avalia situação financeira, vínculos afetivos familiares, filiação religiosa e crenças espirituais do paciente, além de avaliar também a condição de moradia e o grau de escolaridade. Habitação: é importante questionar as condições de moradias: se mora em casa ou apartamento; se a casa é feita de alvenaria ou não; qual a quantidade de cômodos se conta com saneamento básico, com coleta regular de lixo; se abriga animais doméstico, entre outros, além de indagar também sobre o contato com pessoas doentes e caso tenha ocorrido a duração; Condições socioeconômicas: caso necessário indagar sobre renda mensal, situação profissional, dependência econômica de parentes ou instituições; Condições culturais: grau de escolaridade, religiosidade, tradições, crenças, mitos, medicina popular, comportamentos e hábitos alimentares; Vida conjugal e relacionamentos familiares. A obtenção de informações é feita por intermédio da mãe ou de outro familiar ou responsável, pessoa que convive com a criança. Uns familiares gostam de “intermediar” as manifestações infantis em vez de relatá-las objetivamente. Outra característica é que é esta tende a ser totalmente dirigida, não havendo possibilidade de deixar a criança relatar espontaneamente suas queixas. O médico deve ter cuidado ao observar o comportamento da mãe procurando compreender e surpreender seus traços psicológicos. Na identificação tem que anotar os dados dos pais e/ou responsáveis; Existe dois tipos: Passiva: sempre que possível; Ativa: médico deve controlar e orientar o informante por meio de perguntas objetivas. Deve-se observar também as expressões de dor da criança, durante o exame físico, dados vitais, condições de higiene, fala, avaliações de órgão e sistemas e medidas antropométricas, igual em adulto muda apenas os dados numéricos.
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