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TECIDO OSSEO E OSSOS DO CRANIO. 
O sistema esquelético é formado por cartilagem, ossos e articulações e o esqueleto possui diversas funções para o corpo humano, sendo elas: 
1. SUPORTE
2. MOVIMENTAÇÃO
3. PROTEÇÃO
4. DEPOSITO MINERAL
5. FORMAÇÃO DE CELULAS SANGUINEAS
SISTEMA ESQUELETICO: COMPOSIÇÃO.
Assim como outros tecidos conjuntivos, o tecido ósseo consiste de células separadas por uma matriz extracelular. Diferentemente de outros tecidos conjuntivos, o osso tem componentes orgânicos e inorgânicos. Os componentes orgânicos são as células, as fibras e a substância fundamental. Os componentes inorgânicos são os sais minerais que invadem a matriz óssea, fazendo que o tecido ósseo se torne mais rígido.
Matriz extracelular
Assim como outros tecidos conjuntivos, é a composição única da matriz que proporciona ao osso suas propriedades físicas excepcionais. Os componentes orgânicos do tecido ósseo são responsáveis por 35% da massa de tecido. Essas substâncias orgânicas, particularmente o colágeno, contribuem para a flexibilidade e resistência à tração, permitindo que o osso resista ao estiramento e torção. O colágeno é notavelmente abundante no tecido ósseo. O equilíbrio do tecido ósseo consiste de hidroxiapatitas inorgânicas ou sais minerais, principalmente de fosfato de cálcio. Esses sais minerais estão presentes como pequenos cristais que se encontram dentro e ao redor das fibrilas de colágeno na matriz extracelular. Os cristais embalados rigidamente, transformados em osso com sua dureza excepcional, habilitam-no a resistir à compressão.
Células do Tecido Ósseo: 
Três tipos de células no tecido ósseo produzem ou mantêm o tecido: células osteogênicas, osteoblastos e osteócitos.
Células osteogênicas (osteo = osso; gênica = produção) são as células-tronco que se diferenciam em osteoblastos formadoras de osso.
 Células Osteoblastos (blasto = broto) são células que ativamente produzem e secretam os componentes orgânicos da 
matriz óssea: a substância fundamental e as fibras de colágeno. Essa matriz óssea secretada pelos osteoblastos é chamada osteoide (“igual a osso”). Dentro de uma semana, os sais de cálcio inorgânico cristalizam-se dentro do osteoide. Uma vez que os osteoblastos estão completamente cercados pela matriz óssea e não estão mais produzindo um novo osteoide, eles são chamados de osteócitos.
A função dos osteócitos (cito = célula) é manter a matriz óssea saudável. Na verdade, se os osteócitos morrem ou são destruídos, a matriz do osso é reabsorvida.
As células responsáveis pela reabsorção do osso são o quarto tipo de célula encontrado no tecido ósseo, os osteoclastos (clasto = quebrar) ; que são derivados de uma linhagem de células brancas do sangue. Essas células multinucleadas quebram o osso pela secreção de ácido clorídrico (que dissolve o componente mineral da matriz) e de enzimas de lisossomos, que digerem os componentes orgânicos.
ANATOMIA DOS OSSOS: CLASSIFICAÇÃO.
A união de células do tecido ósseo e sua matriz extracelular formam ossos diversificados. Sendo eles: 
1. Ossos longos — como o próprio nome sugere, são ossos consideravelmente mais longos do que largos.
2. Ossos curtos — os ossos curtos têm uma forma ligeiramente cúbica.
3. Ossos planos — os ossos são finos, achatados e, normalmente, ligeiramente curvados.
4. Ossos irregulares — os ossos irregulares têm várias formas que não se enquadram nas categorias anteriores. Exemplos são as vértebras e os ossos do quadril.
OSSOS: SUBSTÂNCIA COMPACTADA E ESPONJOSA
Os ossos do corpo humano possuem em sua composição estrutural substancias diversificadas, a qual possuem uma respectiva função.
Quase todos os ossos do esqueleto têm uma camada exterior densa que parece lisa e sólida. Tal camada é a substância compacta (osso compacto) Na parte interna está a substância esponjosa (osso esponjoso), também chamado osso trabecular, que tem o aspecto de um favo de mel de pequenas peças planas em formato de agulha chamadas de trabéculas (trabéculas = “vigas pequenas”). Nessa rede, os espaços entre as trabéculas são preenchidos com medula óssea vermelha ou amarela.
Estrutura de um osso longo típico: 
DIIAFÍSE E EPÍFISE: A diáfise tubular, ou haste, forma o eixo longitudinal de um osso longo: as epífises são as extremidades ósseas.
A superfície de articulação de cada epífise é coberta com uma fina camada de cartilagem hialina, a cartilagem articular. Entre a diáfise e cada epífise de um osso longo adulto existe uma linha epifisial, um resquício da lâmina epifisial, comumente chamada placa de crescimento, um disco de cartilagem hialina que cresce durante a infância para alongar o osso.
Vasos sanguíneos: Ao contrário da cartilagem, os ossos são bem vascularizados. Na verdade, em qualquer momento, entre 3% e 11% do sangue do corpo está no esqueleto. Os vasos principais que nutrem a diáfise são uma artéria nutrícia e uma veia nutrícia. Juntas, elas atravessam um orifício na parede da diáfise, o forame nutrício (forame = abertura). A artéria nutrícia penetra essa abertura para abastecer a medula óssea e a substância esponjosa. Em seguida, ramificações destas estendem-se para fora, para abastecer o osso compacto. Várias artérias epifisiais e veias nutrem cada epífise da mesma maneira.
Cavidade Medular: O interior de todos os ossos consiste em grande parte de substância esponjosa. Contudo, o centro da diáfise de ossos longos não contém nenhum tecido ósseo e é denominado cavidade medular (medular = meio) ou cavidade para a medula óssea. Como o próprio nome indica, em adultos, essa cavidade é preenchida com medula óssea amarela. Lembre-se -se de que os espaços entre as trabéculas do osso esponjoso também estão preenchidos com essa mesma medula.
Membranas: Uma membrana de tecido conjuntivo denominado periósteo (periósteo = em torno do osso) cobre toda a superfície exterior de cada osso, exceto nas extremidades da epífise, onde está presente a cartilagem articular.
Essa membrana tem duas subcamadas: uma superficial de tecido conjuntivo denso não modelado, que resiste à tensão colocada em um osso durante uma flexão, e outra profunda, que se encosta na substância compacta. A camada profunda é osteogênica, contendo células de depósito de osso (osteoblastos) e células destruidoras de osso (osteoclastos). Essas células remodelam as superfícies ósseas ao longo de toda a nossa vida.
ESTRUTURA MICROSCOPICA DOS OSSOS:
Osso Compactado: 
Visto a olho nu, o osso compacto parece sólido. O exame microscópico, no entanto, revela que ele é crivado com passagens para os vasos sanguíneos e os nervos. Um importante componente estrutural do osso compacto é o osteo.
Ósteons são estruturas cilíndricas longas, orientadas paralelamente ao longo eixo do osso e de principal compressão. Funcionalmente, os ósteons podem ser vistos como miniaturas de pilares de sustentação de peso.
Através do centro de cada ósteon corre um canal central, ou Canal de Havers , que como todas as cavidades ósseas internas, ele é forrado com endósteo. O canal central contém seus próprios vasos sanguíneos, que fornecem nutrientes às células ósseas do ósteon, e as suas próprias fibras nervosas. O endósteo que reveste o canal central é uma camada osteogênica.
Canais perfurantes, também chamados de Canais de Volkmann, encontram -se em ângulo reto com os canais centrais e conectam o suprimento sanguíneo e nervoso do periósteo ao dos canais centrais e da cavidade medular.
Osso esponjoso:
A anatomia microscópica do osso esponjoso é menos complexa do que a do osso compacto. Cada trabécula contém várias camadas de lamelas e osteócitos, mas é muito pequena para conter ósteons ou vasos próprios. Os osteócitos recebem seus nutrientes dos capilares do endósteo, que circunda a trabécula via conexões através dos canalículos.
DESENVOLVIMENTO E CRESCIMENTO ÓSSEO: 
Osteogênese e ossificação são nomes para o processo de formação de tecido ósseo. A osteogênese começa no embrião, passa pela infância e adolescência à medida que o esqueleto cresce e, então, a uma taxa mais lenta, acontece no adulto como partede uma remodelação contínua do esqueleto totalmente desenvolvido. Antes da 8ª semana, o esqueleto do embrião humano é composto apenas de cartilagem hialina e algumas membranas de mesênquima, um tecido conjuntivo embrionário.
O tecido ósseo aparece pela primeira vez na 8ª semana e, eventualmente, substitui a maior parte da cartilagem e as membranas mesenquimais no esqueleto. Alguns ossos, chamados ossos de origem intramembranosa, desenvolvem -se a partir de uma membrana mesenquimal por meio de um processo chamado ossificação intramembranosa (intra = dentro). Outros ossos desenvolvem-se a partir de cartilagem hialina, que é substituída por um processo chamado ossificação endocondral (endo = dentro; condro = cartilagem). Esses ossos são chamados de ossos de origem endocondral ou ossos de substituição da cartilagem.
Os ossos de origem intramembranosa formam-se diretamente do mesênquima sem antes serem modelados em cartilagem. Todos os ossos do crânio, exceto uns poucos em sua base, são dessa categoria. As clavículas são os únicos ossos formados por ossificação intramembranosa que não estão no crânio.
A ossificação intramembranosa prossegue da seguinte maneira: durante a 8ª semana do desenvolvimento embrionário, células mesenquimais agrupam-se dentro da membrana de tecido conjuntivo e transformam -se em osteoblastos de formação óssea
Essas células começam a secretar a parte orgânica da matriz óssea, denominada osteoide, que então se torna mineralizada. Uma vez rodeados por sua própria matriz, os osteoblastos são chamados de osteócitos. O novo tecido ósseo forma -se por entre os vasos sanguíneos embrionários, que se distribuem como uma rede aleatória. O resultado é tecido ósseo em formação com trabéculas dispostas em redes. Esse tecido embrionário carece de lamelas que ocorrem no osso esponjoso maduro. Durante essa mesma fase, mais mesênquima se condensa imediata mente externamente ao osso membranoso em desenvolvimento e transforma -se no periósteo.
Para completar o desenvolvimento de um osso de origem intramembranosa, as trabéculas na periferia crescem mais espessas até que placas ósseas compactas estejam presentes em ambas as superfícies. No centro do osso de origem intramembranosa, as trabéculas permanecem separadas, e osso esponjoso surge. 
Ossificação endocondral
Todos os ossos da base do crânio para baixo, exceto as clavículas, são ossos endocondrais, que são primeiro modelados em cartilagem hialina, que depois é gradualmente substituída por tecido ósseo. A ossificação endocondral começa no fim do segundo mês de desenvolvimento e não é concluída até que o esqueleto pare de crescer no início da idade adulta. Os ossos de origem endocondral em crescimento aumentam tanto em comprimento como em largura. As etapas seguintes esboçam apenas o aumento do comprimento, usando um osso longo e grande como exemplo.
1. Um colar ósseo forma-se ao redor da diáfise. No final da fase embrionária (8ª semana), o osso de origem endocondral começa como um pedaço de cartilagem denominado modelo cartilaginoso. Como todas as cartilagens, ele é envolvido por um pericôndrio. Então, no final da 8ª semana de desenvolvimento, o pericôndrio em torno da diáfise é invadido por vasos sanguíneos e torna-se periósteo de um osso em formação. Os osteoblastos nesse novo periósteo estabelecem um colar de tecido ósseo em torno da diáfise.
2. A cartilagem calcifica-se no centro da diáfise. Ao mesmo tempo que o colar ósseo se forma, os condrócitos no centro da diáfise aumentam (hipertrofia) e sinalizam que a matriz da cartilagem ao redor irá se calcificar. A matriz de cartilagem calcificada é impermeável à difusão de nutrientes. Impossibilitados de receber os nutrientes, os condrócitos morrem e desintegram -se, deixando cavidades na cartilagem. Já não mantida pelos condrócitos, a matriz da cartilagem começa a deteriorar. Isso não enfraquece seriamente a diáfise, que está bem estabilizada pelo colar ósseo ao seu redor, mas afeta apenas o seu centro. Em outros lugares, a cartilagem permanece saudável e continua a crescer, fazendo que todo o osso endocondral se alongue.
3. O broto do periósteo invade a diáfise e a formação das primeiras trabéculas ósseas. No 3º Mês de desenvolvimento, as cavidades dentro das diáfises são invadidas por uma coleção de elementos chamados de broto periosteal. Tal broto consiste de uma artéria e uma veia nutrícias, juntamente com as células que irão formar a medula óssea. Mais importante, o broto contém células em formação e em destruição óssea (células -tronco osteogênicas e osteoclastos). Os osteoclastos corroem parcialmente a matriz da cartilagem calcificada, e as células osteogênicas diferenciam-se em osteoblastos, que secretam osteoide ao redor dos fragmentos dessa matriz, formando as trabéculas com cobertura óssea. Dessa forma, a primeira versão do osso esponjoso aparece dentro da diáfise.
4. No 3º mês de desenvolvimento, o tecido ósseo continua a se formar em torno da diáfise a partir do periósteo e começa a aparecer no centro da diáfise. Esse tecido ósseo da diáfise forma o centro primário de ossificação. A diáfise alonga-se, e as cavidades medulares formam-se. Durante o restante do período fetal, a cartilagem da epífise continua a crescer rapidamente, com a parte mais próxima da diáfise continuamente se calcificando e sendo substituída pelo osso trabecular, alongando assim a diáfise. Os osteoclastos, por sua vez, quebram as extremidades desses ossos trabeculares para formar uma cavidade medular central sem osso. Pouco antes ou depois do nascimento, as epífises começam a se ossificar: em primeiro lugar, a cartilagem no centro de cada epífise calcifica-se e degenera-se. Em seguida, um broto contendo os vasos epifisários invade cada epífise. Trabéculas ósseas aparecem da mesma forma que tinham aparecido mais cedo no centro primário de ossificação. As áreas de formação óssea nas epífises são chamadas centros secundários de ossificação. Os maiores ossos longos do corpo podem ter vários centros de ossificação em cada epífise.
5. A epífise ossifica-se e as cartilagens epifisiais separam diáfise e epífises. Após o aparecimento do centro secundário de ossificação e as epífises terem em grande parte se ossificado, a cartilagem hialina permanece em apenas dois lugares: (1) sobre as superfícies das epífises, onde forma as cartilagens articulares, e (2) entre a diáfise e as epífises, onde forma as cartilagens epifisiais. As cartilagens epifisiais, também chamadas placas do crescimento, são responsáveis pelo alongamento dos ossos durante as duas décadas após o nascimento.
Anatomia da cartilagem epifisial
Tanto nas epífises do feto como nas cartilagens epfisiais da criança, a cartilagem está organizada de uma maneira que permite que ela cresça de maneira excepcionalmente rápida e eficiente. As células da cartilagem mais próximas das epífises são relativamente pequenas e inativas. Essa região é chamada zona de reserva. Debaixo da zona de reserva, as células cartilaginosas formam colunas altas, como moedas em
uma pilha. Os condroblastos no topo da pilha, na zona de proliferação, dividem -se rapidamente, empurrando a epífise para longe da diáfise, fazendo assim que o osso longo se alongue. Os condrócitos mais velhos mais embaixo na pilha, na zona hipertrófica, ampliam -se e sinalizam para a matriz circundante se calcificar. Na zona de calcificação, a matriz cartilagínea torna -se calcificada e os condrócitos morrem. Esse processo deixa espículas longas (trabéculas) de cartilagem calcificada no lado da diáfise da junção epífise -diáfise. Essas espículas são parcialmente corroídas por osteoclastos, então cobertas com tecido ósseo por osteoblastos, formando espículas de osso. Essa região é a zona de ossificação. Essas espículas ósseas são destruídas a partir da diáfise pela ação dos osteoclastos na mesma proporção em que são formadas na epífise; assim, elas se mantêm em um comprimento constante e a cavidade da medula crescer quanto mais o osso se alonga.
Crescimento pós-natal dos ossos de origem endocondral
Durante a infânciae adolescência, os ossos de origem endocondral alongam-se inteiramente através do crescimento das cartilagens epifisiais. Como a cartilagem é substituída por tecido ósseo no lado da diáfise quase tão rapidamente quanto ela cresce, a cartilagens epifisial mantém uma espessura constante enquanto todo o osso se alonga. Quando a adolescência chega ao fim, os condroblastos dividem-se com menos frequência, e as cartilagens epifisiais tornam-se mais finas.
Eventualmente, elas esgotam seu suprimento de células mitoticamente ativas da cartilagem, assim a cartilagem para de crescer e é substituída por tecido ósseo. Os ossos longos param de se alongar quando o tecido ósseo das epífises e diáfise se funde. Esse processo, chamado fechamento das cartilagens epifisiais, ocorre entre as idades de 15 a 23 anos. O momento de fechamento varia entre os indivíduos, entre os ossos e até mesmo entre diferentes cartilagens epifisiais do mesmo osso. Em geral, as cartilagens epifisiais no sexo feminino fecham mais cedo do que no masculino. Uma vez que essas cartilagens tenham se fechado, a pessoa não tem mais sua estatura aumentada.
 Remodelação óssea 
Assim como a pele, os ossos se formam antes do nascimento, porém se renovam de maneira contínua depois disso. Remodelação óssea é a substituição contínua do tecido ósseo antigo por tecido ósseo novo. Esse processo envolve reabsorção óssea, que consiste na remoção de minerais e fibras de colágeno do osso pelos osteoclastos, e deposição óssea, que é a adição de minerais e fibras de colágeno ao osso pelos osteoblastos.
Fraturas ósseas: classificações.
1. Comunicativa: Fragmentos de osso em três ou mais peças. Particularmente comum em idosos, cujos ossos são mais frágeis.
2. Espiral: Quebra com margens irregulares. Ocorre quando forças excessivas de torção são aplicadas a um osso. Fratura comum em esportes.
3. Em depressão: Parcela do osso quebrado é pressionada para dentro. Típico de fraturas em crânio
4. Por compressão: O osso é esmagado. Comum em ossos porosos (isto é, em ossos osteoporóticos), em função de forte trauma, como em uma queda.
5. Epifisial: A epífise separa-se da diáfise juntamente com a cartilagem epifisial. Tende a ocorrer quando as células da cartilagem estão morrendo e a calcificação da matriz está ocorrendo.
6. Em galho verde: Quebra incompleta do osso, da mesma forma que um galho verde se quebra. Somente um lado da diáfise se quebra, o outro flexiona. Comum em crianças, cujos ossos têm relativamente mais matriz orgânica e são mais flexíveis do que os dos adultos.
 OSSOS DO CRANIO
Os 206 ossos identificados do esqueleto humano estão agrupados nos esqueletos axial e apendicular. O esqueleto apendicular, consiste dos ossos dos membros inferiores e superiores, incluindo os cíngulos (cintura superior e inferior, que unem os membros ao esqueleto axial.
O esqueleto axial, o foco deste capítulo, possui 80 ossos dispostos em três regiões principais: o crânio, a coluna vertebral e a caixa torácica
1. Crânio: Esqueleto Axial.
O crânio, formado por ossos do crânio e da face, é a estrutura óssea mais complexa do corpo e seus ossos envolvem e protegem o encéfalo, além de fornecerem locais de fixação para alguns músculos do pescoço e da cabeça.
A maioria dos ossos do crânio são ossos planos e estão firmemente unidos por articulações imóveis que os interconectam, denominadas suturas. As linhas das suturas são irregulares, com uma aparência de dentes de serra. As suturas maiores — a sutura coronal, sagital, escamosa e lambdoide — conectam os ossos do crânio. A maioria das outras suturas cranianas unem os ossos da face e são nomeadas de acordo com os ossos específicos que conectam.
A. Ossos parietais e principais suturas
Os dois grandes ossos parietais, em forma de retângulos curvos, formam a maior parte da calvária (calota craniana), constituem a maior parte da região superior do crânio, bem como suas paredes laterais (parietal = parede). Os locais onde os ossos parietais se articulam com outros ossos do crânio constituem as quatro maiores suturas:
1. A sutura coronal, ao longo do plano coronal (frontal), está localizada anteriormente onde os ossos parietais encontram o osso frontal.
2. Uma sutura escamosa ocorre onde cada osso parietal encontra um osso temporal na parte lateral inferior do crânio.
3. A sutura sagital ocorre onde os ossos parietais direito e esquerdo encontram -se na linha mediana do crânio na parte superior 
4. A sutura lambdóidea ocorre onde os ossos parietais encontram, na parte posterior, o osso occipital. Essa sutura é assim chamada porque lembra a letra grega lambda .
 B. Osso frontal: O osso frontal forma a fronte (testa) e o teto das órbitas. Imediatamente acima das órbitas, torna -se ligeiramente saliente para formar os arcos superciliares, que se encontram profundos às sobrancelhas. 
 C. Osso Occipital: osso occipital (“atrás da cabeça”) forma a parte posterior da calvária e da base do crânio.
 D. Osso temporal: Os ossos temporais são mais bem visualizados lateralmente. Localizados inferiormente aos ossos parietais, formam a região lateral inferior do crânio e partes de seu assoalho. Os termos temporal e têmpora, com origem na palavra latina para “tempo”, referem -se ao fato de que os cabelos grisalhos, um sinal da passagem do tempo, aparecem primeiro na região desse osso. Cada osso temporal tem uma forma complexa, e é descrito com base nas suas três partes principais: as partes escamosa, timpânica e petrosa. A parte escamosa em forma de placa margeia a sutura escamosa. Ela tem um processo zigomático em forma de barra que se projeta anteriormente para encontrar o osso zigomático da face. Juntas, essas duas estruturas essas formam o arco zigomático, comumente chamado de “osso da bochecha”. A fossa mandibular, de contorno oval na superfície inferior do processo zigomático recebe a cabeça da mandíbula, formando a articulação temporomandibular, de grande mobilidade (articulação da mandíbula). A parte timpânica circunda o meato acústico externo ou canal auditivo externo e é através desse canal que o som entra na orelha. O meato acústico e a membrana timpânica (tímpano) em sua extremidade profunda são partes da orelha externa. Em um crânio macerado, se a membrana timpânica for removida uma parte da cavidade profunda da orelha média até a região timpânica pode ser visível através do meato. A parte petrosa do osso temporal contribui para a formação da base do crânio e forma uma cunha óssea entre o osso occipital posteriormente e o osso esfenoide anteriormente.
 E. Osso Esfenoide: O osso esfenoide (“forma de cunha”) abrange toda a largura da base do crânio e diz -se que se assemelha a um morcego com as asas abertas. Ele é considerado uma espécie de “pedra fundamental” do crânio porque forma uma cunha central que se articula com todos os outros ossos dessa região. Por sua forma e orientação complexas, o estudo desse osso é desafiante: partes do esfenoide são visíveis na maioria dos aspectos do crânio. Ele também tem um certo número de forames para a passagem de vasos e nervos cranianos. O esfenoide consiste de um corpo central e três pares de processos: as asas maiores, as asas menores e os pterigóideos
A superfície superior do corpo tem uma depressão em forma de sela, a sela turca (túrcica). O assento dessa sela, chamado de fossa hipofisial, abriga a hipófise. Dentro do corpo do esfenoide estão os seios esfenoidais.
 F. Osso Etmoide: O osso etmoide é o osso que está situado mais profundamente no crânio, anterior ao osso esfenoide e posterior aos ossos nasais formando a maior parte da área óssea medial entre a cavidade nasal e as órbitas. O etmoide é um osso delicado, com paredes notavelmente finas. No crânio articulado, apenas pequenas partes do etmoide são visíveis. A sua superfície superior é formada pelas lâminas cribriformes (crivosas), horizontais e emparelhadas, que contribuem para formar o teto da cavidade nasal e o assoalho da fossa anterior do crânio. As lâminas crivosassão perfuradas por pequenos orifícios chamados forames da lâmina cribriforme. Os filamentos do I nervo craniano, o nervo olfatório, passam por esses orifícios à medida que correm da cavidade nasal para o cérebro. Entre as duas lâminas cribriformes, na linha mediana, está uma projeção superior chamada crista etmoidal. Uma membrana fibrosa chamada foice do cérebro (estudada mais adiante na discussão sobre a dura mater, conecta -se a esse processo e ajuda na manutenção da posição do encéfalo dentro da cavidade craniana. A lâmina perpendicular do osso etmoide projeta -se inferiormente no plano mediano e constitui o segmento superior do septo nasal, a parede vertical que divide a cavidade nasal em metades direita e esquerda. Em cada lado da lâmina perpendicular situa-se um delicado labirinto etmoidal preenchido por células etmoidais (seios etmoidais). O osso etmoide é nomeado por esses seios, já que, em grego, ethmos significa “peneira”. Estendendo -se medialmente do labirinto etmoidal estão as conchas nasais superior e média, que se projetam para dentro da cavidade nasal. As conchas são curvadas como pergaminhos, e nomeadas pela semelhança com as conchas que encontramos nas praias. As superfícies laterais do labirinto são chamadas de lâminas orbitais porque contribuem para formar as paredes mediais das órbitas.
 G. Osso da Mandíbula: A mandíbula é um osso singular que possui um formato distinto e simétrico em ferradura. Ela é a parte móvel dos ossos envolvidos no processo da mastigação
 H. Osso Maxila: A maxila, é uma estrutura vital do viscerocrânio. Está envolvida na formação da órbita, nariz e palato, mantém os dentes superiores e desempenha um papel importante na mastigação e na comunicação.
 I. Ossos Zigomáticos: Os ossos zigomáticos, de forma irregular, são comumente chamados de maçãs do rosto (zygoma = bochecha). Cada osso articula-se com o processo zigomático de um osso temporal posteriormente, com os respectivos processos zigomáticos do osso frontal superiormente e com os processos zigomáticos de cada maxila anteriormente. Os ossos zigomáticos formam as proeminências das bochechas e definem parte da margem de cada órbita.
 J. Ossos Nasais: Os ossos nasais, retangulares, articulam -se entre si medialmente para formar o dorso do nariz. Superiormente, eles articulam-se com o osso frontal, com as maxilas lateralmente, e com a lâmina perpendicular do osso etmoide posteriormente. Inferiormente, eles se fixam às cartilagens que formam a maior parte do esqueleto do nariz externo.
 K. Ossos Lacrimais: Os delicados ossos lacrimais, em formato de unha, estão localizados nas paredes mediais das órbitas. Os ossos lacrimais articulam-se com o osso frontal superiormente, com o osso etmoide posteriormente e com as maxilas anteriormente. Cada osso lacrimal contémum sulco profundo que contribui para formar o canal lacrimonasal, que contém o saco lacrimal que acumula as lágrimas, permitindo que esse fluido seja drenado da superfície do olho para dentro da cavidade nasal (lacrima = lágrima).
 L. Ossos Palatinos: Os ossos palatinos localizam -se posteriormente às maxilas . Em formato de L, articulam-se entre si nas suas lâminas horizontais inferiormente, que completam a parte posterior do palato duro. As lâminas perpendiculares (verticais) formam a parte posterior das paredes laterais da cavidade nasal e uma pequena parte das órbitas .
 M. Vomêr: Responsável por forma a parte inferior do septo nasal. 
 PARTES ESPECIAIS DO CRANIO
A seguir, examinaremos quatro partes especiais do crânio: a cavidade nasal e as órbitas, que são regiões específicas do crânio, formadas por muitos ossos; os seios paranasais, que são extensões da cavidade nasal, e o osso hioide.
A cavidade nasal está delimitada por ossos e cartilagens. Seu teto são as lâminas cribriformes do etmoide. O assoalho é formado pelos processos palatinos das maxilas e pelas lâminas horizontais dos ossos palatinos. Essas mesmas estruturas nasais do assoalho também formam o teto da boca e são chamadas coletivamente de palato duro. Contribuindo para constituir as paredes laterais da cavidade nasal estão os ossos nasais, as conchas nasais superiores e médias do etmoide, as conchas nasais inferiores, os processos frontais das maxilas e as lâminas perpendiculares dos ossos palatinos. Nessas paredes laterais, cada uma das três conchas forma uma cobertura sobre a passagem de ar em forma de sulco chamada meato superior, médio e inferior.
A cavidade nasal está dividida em metades direita e esquerda pelo septo nasal. A parte óssea do septo é formada, inferiormente, pelo vômer e, superiormente, pela lâmina perpendicular do etmoide. A lâmina de cartilagem, chamada cartilagem do septo nasal, completa anteriormente esse septo.
As paredes da cavidade nasal são revestidas por uma membrana mucosa que umedece e aquece o ar inalado. Essa membrana também secreta o muco que retém a poeira contida no ar, funcionando como um filtro de detritos. Os três pares de conchas nasais em forma de espiral fazem que o ar flua através da cavidade nasal como um redemoinho. Essa turbulência aumenta o contato do ar inalado com a membrana mucosa na cavidade nasal de tal modo que o ar é aquecido, umedecido e filtrado de forma mais eficiente.
Os ossos em torno da cavidade nasal — frontal, etmoide, esfenoide e as maxilas — contêm espaços em seu interior. Essas cavidades são cheias de ar e são chamadas de seios paranasais (para = perto) porque se agrupam em torno da cavidade nasal. Na verdade, eles são extensões da cavidade 
nasal, cobertos pela mesma membrana mucosa, e ajudam a aquecer, umedecer e filtrar o ar inalado. Os seios para nasais também deixam o crânio mais leve, dando aos ossos que o ocupam uma aparência oca se vistos em uma imagem de raios X. Esses seios conectam-se à cavidade nasal através de pequenas aberturas, a maioria das quais localizada nos meatos das conchas inferiores.
As órbitas são cavidades ósseas em forma de cone que contêm os bulbos dos olhos e os músculos que os movimentam, alguma gordura e as glândulas lacrimais (produtoras de lágrima). As paredes de cada órbita são formadas por partes de sete ossos — frontal, esfenoide, zigomático, maxilar, palatino, lacrimal e etmoide.
Não é exatamente parte do crânio, mas associado a ele o osso hioide situa -se imediatamente inferior à mandíbula no pescoço anterior. Em forma de arco, tem um corpo e dois pares de cornos. O hioide é o único osso do esqueleto que não articula diretamente com qualquer outro osso. Em vez disso, seus cornos menores são conectados aos processos estiloides dos ossos temporais pelos finos ligamentos estilo -hioideos. Outros ligamentos conectam o hioide à laringe inferiormente situada. Funcionalmente, o osso hioide atua como uma base móvel para a língua. Além disso, o corpo e os cornos maiores são pontos de inserção para músculos do pescoço que elevam e abaixam a laringe durante o processo de deglutição.

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