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Resumo de Bioquímica INTRODUÇÃO LIPÍDEOS Funções: armazenamento de energia; estruturantes de membrana e de transporte; cofatores enzimáticos; transportadores de elétrons; pigmentos fotossensíveis e impermeabilizantes; ancoras hidrofóbicas para proteínas; chaperonas; agentes emulsif icantes; hormônios; mensageiros intracelulares; isolantes elétrico/térmico/químico Localização: membranas biológicas; plasma (associados a lipoproteinas); célula adiposa isolada; tecido adiposo Lipídeos são mais eficientes do que carboidratos pois é mais reduzido e hidrofóbico, não interagindo com a célula Contudo, apresenta desvantagens no armazenamento, porque precisam ser quebrados para que possam ser absorvidos OBESIDADE Doença crônica que envolve diversos aspectos; causada pelo acumulo de gordura corporal resultante do desequíl ibrio energético prolongado Mães obesas tendem a enviar uma quantidade maior de glicose para o ovócito II e através da placenta, causando predisposição para a compulsão alimentar e aumento da gordura corporal CLASSES DE LIPÍDEOS 1. Triacilgliceróis 2. Ceras 3. Fosfoglicerídeos 4. Esfingolipídeos 5. Esteroides e seus ésteres ÁCIDOS GRAXOS Apenas 1 grupo carboxíl ico polar Entre 4 a 36 carbonos que formam uma cauda hidrocarbonada apolar São unidades fundamentais da maioria dos lipídeos Oxidação baixa e altamente exergônica Não encontrados livres na natureza Diferidos pela extensão da cadeia e presença de ligações duplas. *mais comum: 12 a 24 carbonos, cadeia não ramificada, padronização na localização das ligações duplas que sempre são CIS C1 é o carbono da carboxila e a letra α refere-se ao carbono ligado a ele O último carbono é chamado de ômega As ligações duplas são indicadas depois do (:) e nos parênteses o carbono de número mais baixo Ômega 6 - atividades pró inflamatórias Ômega 3 - atividades anti inflamatórias TRIGLICERÍDEOS/TRIACILGLICERÍDEOS Lipídeos simples e abundantes, 1 molécula de glicerol e 3 de ácidos graxos ligados por ligação éster Gorduras animais/vegetais são misturas de triglicerídeos. As animais são sólidas (ácidos graxos saturados) e as vegetais são líquidas (ácidos graxos insaturados) Principal forma de armazenamento de energia em lipídeos, raros em membranas ➩apolares, hidrofóbicos, sem grupos eletricamente carregados e com densidades menores do que a água Podem ser simples (1 tipo de ác. Graxo); compostos ou mistos (mais de 1 tipo) Produzem por g 2,5x a energia produzida por uma grama de carboidrato Desempenham função protetora, mecânica e térmica CERAS Esteres de ácidos graxos insaturados e saturados de cadeia longa com álcool de cadeia longa; ácidos graxos se ligam a alcoois de cadeia longa Lubrificantes; impermeabilizantes; proteção LIPÍDEOS DE MEMBRANA Complexos, moléculas anfipáticas direcionam o seu empacotamento (bicamadas de membrana) Função de barreira Tipos principais: 1- Fosfoglicerídeos (fosfolipídeo) 2- Esfingolipídeos (fosfolip/glicolip) 3- Galactolipideos/sulfolipídeos (glicolip) 4- Lipídeos éter de arqueias 5- Esteroides Fosfoglicerídeos - 2 caudas não polares, grupo fosfato ligado a grupo polar, carga negativa no grupo fosfórico em pH 7 Reguladores da estrutura e do metabolismo celular Esfingolipídeos - cabeça polar e duas caudas apolares mas sem glicerol (tem aminoalcool esfingosina de cadeia longa no lugar) Aminoalcool esfingosina de cadeia longa ou derivado - 1 molécula de ác. Graxo + grupo polar (ligação glicosidica/fosfodiester) Esfingomielina e ceramida: reguladoras das proteínas-cinases (divisão), diferenciação, migração e apoptose Fosfoesfingolipídeos - esfingomielina/cerebrosídeo Glicoesfingolipídeos - determinam os grupos sanguíneos em humanos Cerebrosideo ➩ monossacarideo; gangliosideo ➩ oligossacarideo + ácido siálico Esteróides - núcleo esteroide, lipídeo polar (colesterol) Sintetizado no fígado, adrenais, gônadas e adquirido na dieta Mais abundante e precursor da sintese de outros esteroides SINALIZADORES, COFATORES E PIGMENTOS Lipídeos ativos: tráfego metabólico Presentes em menores quantidades Hormônios e mensageiros intracelulares, lipídeos volateis vegetais (sinalizadores) Transferência de elétrons ou de açucar (cofatores) Pigmentos fotossensíveis ou coloração vegetal (pigmentos) EICOSANOIDES - 20 Substâncias paracrinas (sinalização na qual a célula produz e os receptores estão nas células próximas), potentes e presentes nas membranas plasmáticas esterificadas dos fosfolipídeos, desencadeiam ampla faixa de respostas inflamatórias Derivadas de ácido araquidonico 20:4 (vem do ômega 6) Meia vida curta Classes: 1. Prostaglandinas 2. Tromboxanos 3. Leucotrienos Prostaglandinas - com anel de 5 carbonos Estimulam a contração da musculatura lisa do útero durante a menstruação e o trabalho de parto Afetam o fluxo sanguíneo a órgãos específicos, o ciclo sono-vigília e a sensibilidade de certos tecidos a hormônios como a epinefrina e o glucagon Elevam a temperatura corporal e causam inflamação e dor Tromboxanos - 6 carbonos com éter Produzidos pelas plaquetas e formam os coágulos e reduzem o fluxo sanguíneo nos mesmos Leucotrienos - 3 ligações duplas conjugadas e são sinalizadores biológicos Contração da musculatura lisa, vasodilatação e aumento da permeabilidade CATABOLISMO DE ÁCIDO GRAXO Triglicerídeos fornecem mais de 50% das necessidades do coração/figado e miócitos esqueléticos: combustível de armazenamento Consumido na dieta, armazenado em células, sintetizado em um órgão e transportado para outros Digestão dos lipídeos: No estômago: lipases lingual e gástrica (pH entre 4 e 6 / degradação de TAG com AG de cadeia curta ou média (só ocorre se houver emulsificação ou quebra em cadeias medias/curtas antes) No dueodeno: emulsificação (aumenta superfície e permite ação de enzimas); sais biliares (sintetizados pelo fígado a partir dos ácidos biliares e conjugados com a taurina/glicina); peristaltismo e temperatura Primários: cólico, taurocolico, glicólico Secundários: desóxicólico e litocolico CONTROLE HORMONAL DO METABOLISMO LIPÍPICO NO INTESTINO DELGADO Colecistoquinina - contração da vesícula biliar, redução da motilidade gástrica, secreção de suco pancreático rico em enzimas Secretina- secreção de suco pancreático rico em bicarbonato Ação de enzimas pancreáticas no intestino Sobre triacilgliceróis: lipase pancreática (monoacilgliceróis e AGL) e colipase Sobre esteres de colesterol: hidrolase de esteres de colesterol Sobre os fosfolipídeos: fosfolipase A2 (remoção do AG do C2) e lisofosfolipase (remoção do AG do C1) ABSORÇÃO DOS LIPÍDEOS PELOS ENTERÓCITOS Principais produtos da degradação dos lipídeos no jejuno: AGL; colesterol livre; monoacilgliceróis (formação da micela mista ➩ absorção) AG de cadeia curta e média - absorção não depende da micela ➩ passam direto para a veia porta hepática SECREÇÃO DOS LIPÍDEOS A PARTIR DOS ENTERÓCITOS Formação dos quilomicrons ➩ liberação por exocitose para os vãos laterais ➩ transporte pelo sistema linfático até o ducto torácico ➩ transporte até o sangue pela veia subclávia esquerda Utilização dos lipídeos na dieta Triacilgliceróis: musculo esquelético, tecido adiposo, coração, pulmões, fígado e rim Deficiência de lipase proteica: hiperlipoproteinimia tipo I Deficiência de Apo E: tipo III LIPOPROTEINAS Complexos de macromoléculas esfericos de proteínas livres transportadoras (apolipoproteinas) e várias combinações lipídicas, formadasno fígado ou intestino Transportam pelo plasma ácidos graxos livres, colesterol, esteres de colesterila, triglicerideos e fosfolipideos do tecido de origem para o tecido onde serão armazenados e consumidos APOPROTEINAS Manter integridade estrutural das superfícies de partículas lipoproteicas Direcionadoras e ligantes para receptores celulares e ativadoras/inibidores das diversas enzimas modificadoras das particulas lipoproteicas Contém hélices proteicas anfipáticas, de modo que seus resíduos de seus aminoácidos hidrofóbicos interagem com lipídeos e a parte contendo aminoácidos hidrofílicos fica para fora Tipos 1. Apolipoproteina A -HDL; QM 2. B - LDL e VLDL 3. C (I,II,III) - transferem-se livremente entre as outras lipoproteínas 4. E - VLDL; LDL; QM remanescentes e QM Quilomicrons: maiores e menos densas; com alta proporção de TG e pouca proteína Sintetizadas no RE do enterócito após a conversão dos triglicerídeos Lipídeo entra na cavidade oral vai pro estômago ➩ intestino ➩ bile (emulsifica as gotículas em formações menores revestidas pelos sais biliares) ➩ ação das lipases + colipase ➩ passa pelo microvilo do enterócito ➩ reconversão em triglicirídeo novamente ➩ se associa a colesterol e apoproteínas específicas e vira quilimícron ➩ é transferido para vaso linfático (é muito grande, não consegue ir pro sangue) ➩ linfa vem do sangue e é devolvida pro sangue (no ducto linfático) ➩ chegando no sangue, os QM são transportados para o resto do corpo, principalmente tecido adiposo e tecido muscular ➩ enzima lipoproteína lipase (LPL) presente nos vasos dos órgãos alvo (tecido adiposo e muscular) atuam nos triglicerídeos (TG) que estão dentro do QM, liberando ácidos graxos (AG) livres, havendo possibilidade de armazenamento do AG nos órgãos alvo ➩ a proteína receptor CII faz o reconhecimento da enzima LPL e permite que ela quebre os TG (sem o CII a enzima não atuaria) ➩ no tecido adiposo, os AG são reesterificados novamente (voltam a ser TG) Sobra de todo esse processo um QM remanescente que voltam para o fígado para ser novamente quebrado ➩ o processo de englobamento do QM remanescente se dá por endocitose hepática e o reconhecimento se dá pela presença da apoproteteína E (permite o englobamento do QM remanescente pelo fígado) (E de hepático) Lipoproteina lipases (lpl) - realiza a quebra das moléculas para que sejam usadas como combustível ➩ ocorre degradação de C2 (reconhece enzima) ➩ o reconhecimento para e a quebra das moléculas também ➩ sobra a fração protéica/fosfolipideos/colesterol ➩ forma os quilomicrons remanescentes ➩ voltam para o fígado e são reconhecidos pela lipoproteina E ➩ processados VDLD - lipoproteinas de densidade muito baixa, formadas no fígado quando dieta é rica em AG, colesterol ou carboidratos + RQM Reesterificação: TG + Esteres de colesterila + Apo B100 (receptor específico), CI, CII (responsável pelo reconhecimento da enzima), CIII e E Transporte de triglicerídeos pela linfa e/ou sangue: QM, RQM e VLDL IDL - densidade intermediária ou remanescentes do VLDL que transportam TG e colesterol Formadas durante o metabolismo de VLDL, após perda de TG pela ação da LPL endotelial Contem Apo B100, CIII e E e são em partes captadas e eliminadas pelo fígado LDL - baixa densidade, transportam colesterol e esteres de colesterila para tecidos extra hepáticos, matéria prima para sintese de biomembranas e esteróides Contém principalmente Apo B100 (receptor da endocitose de LDL) Se não captada retorna ao fígado - pela via endógena do colesterol - onde é aproveitado pela membrana, nos ácidos biliares, ou se mantém em gotículas citoplasmáticas Se muita LDL ➩ colesterol destinado aos tecidos está sendo produzido em excesso ou não está chegando direito HDL - menores e mais densas, contém colesterol livre, pouco colesterol esterificado, pouco TG e fosfolipídeos mais abundantes externos, transportadoras de colesterol dos tecidos corporais até o fígado Sintetizadas e secretadas pelo fígado e intestino delgado Apo; AI, AII, D, AIV, C e E Contém a enzima lectina-colesterol-aciltransferase (LCAT) - converte colesterol, AG e fosfatidilcolina (lectina) dos RQM e VLDL circulantes em esteres de colesterila durante sua maturação e se tornam esféricas (HDL maduro – cheio de colesterol para entregar para o fígado) (LCAT transforma o HDL jovem em HDL maduro) Também captam colesterol de outras células e retornam ao fígado para descarrega-lo via receptor SR-B1, sem endocitose - transporte reverso do colesterol Fazem o transporte do excesso de colesterol das células para o fígado, proteção contra aterosclerose, fornecem colesterol as QM, VLDL e LDL que os fornece as células pela Apo D transferase, possibilitam o metabolismo da VLDL e QM, ativam a lipoproteina lipase (LPL) e LCAT Os QM então recebem Apo CII e Apo E das HDL e amadurecem As VLDL recebem Apo CII e Apo E das HDL ➩ ativa LPL ➩ degrada triglicerídeos ➩ amadurece LDL e HDL: transporte de colesterol pelo sangue LIPOGÊNESE Biossintese presente em fígado, cérebro, rim Ocorre principalmente no hialoplasma hepático e por um conjunto enzimático específico , adipócito serve mais para acumular do que produzir Reações endergônicas - a partir do ATP - moléculas mais simples se transformam em mais complexas Reações redutoras - ganham elétrons - sendo o NADPH o principal agente redutor - transportam elétrons ao longo das moléculas BIOSSÍNTESE DE ÁCIDOS GRAXOS Processo com 2 estágios, ambos dependentes do Acetil-CoA e de proteínas multifuncionais 1° estágio: produção do precursor chave Malonil-CoA (sintetizado do Acetil-CoA e bicarbonato) ➩ permitirá a formação dos ácidos graxos com número par de C *Propanil-CoA é o substrato para a formação das cadeias impares Primeira síntese é responsável pela formação de ácidos graxos saturados, depois é feita a desaturação ACC1 - Acetil-CoA-Carboxilase (enzima funcional com 3 subunidades) ➩ responsável pela conexão do acetil Proteina carregadora de biotina - na presença do bicarbonato extrai a formação de CO2 e o liga em um dos braços da biotina Formação de molécula com 3C (malonil) Polimerização da Acetil-CoA carboxilase na presença de citrato ou isocitrato e inibida pela ligação com Palmitol-CoA (que é o produto final da via) Fosforilação e desfosforilação da enzima por proteinas cinases/fosfatases, com respectiva inibição (glucagon ou adrenalina) e ativação da lipogênese (insulina) 2° estágio: alongamento da cadeia por uma sequência de reações repetitivas, utilizando outro sistema enzimático Cisteina é usada para se prender à formação do acetil Fosfopantoteina é usada para se prender à formação do malonil INICIAÇÃO Depende das 2 moléculas obitdas anteriormente Acetil-CoA é doadora inicial de 2 carbonos para a síntese de ác graxos O Malonil-CoA fornece 2 carbonos que são adicionados à cadeia de ác graxo em crescimento Transferência do grupo malonil no primeiro braço. A primeira enzima (AT) recebe a molécula de acetil (transferência do grupo acetil para o grupo Cys-SH da beta-cetoacetil-ACP sintase (CS)) transferência do grupo malonil no segundo braço. Segunda enzima (MT - Malonil CoA-ACP transferase) faz a transferência do grupo malonil para o grupo SH da pantoteina do ACP Passo 1 - CONDENSAÇÃO Condensação dos grupos ativados acetil e malonil, formação do acetoacetil-ACP e liberação de uma molécula de CO2 - catalisada pela beta-cetoacil-ACP sintase O CO2 formado é o mesmo que foi inserido a partir do bicarbonato pela ação da Acetil-CoA carboxilase Passo 2 - REDUÇÃO DO GRUPOCARBONILA O acetoacetil-ACP formado sofre redução do grupo carbonila e 3C para formar D-beta-hidroxibutril-ACP Catalisada pela beta--cetoacil-ACP redutase Passo 3 - DESIDRATAÇÃO Os elementos da água são removidos de 2C e 3C do D-hidroxibutril-ACP para liberar uma dupla ligação do produto, trans-delta ao quadrado-butenoil-ACP Catalisada pela beta-hidroxiacil-ACP desidratase Passo 4 - REDUÇÃO DA DUPLA LIGAÇÃO A dupla ligação do trans-delta ao quadrado-butenoil-ACP é reduzida (saturada) para formar o butiril-ACP Catalisada pela enoil-ACP redutase Passo 5 - TRANSLOCAÇÃO PELA AT Transferência de outro malonil pela MT e nova condensação Início da 2° rodada do ciclo da síntese dos ácidos graxos O ciclo se repete para que haja a possibilidade de extensão São repetidas para formar o palmitato a partir de 7 ciclos de condensação O alongamento para nesse ponto e através de atividade hidrolítica é liberado o palmitato livre pela tioesterase A síntese de uma molécula de palmitato requer: 8 de acetil-CoA, 7 ATP, 14 NADPH E 14 H+ SISTEMA DE TRANSPORTE DE CITRATO Transferência do grupo acetil da mitocôndria para o citosol O citrato e o piruvato atravessam a membrana mitocondrial interna através de proteínas transportadoras específicas. Esse sistema permite que átomos de carbono do citrato sejam liberados no citosol como Acetil-CoA para a síntese de ácidos graxos e glicerol As enzimas e as translocases (da membrana interna da mitocôndria) que participam do processo são: 1. Citrato cinases 2. Tricarboxilato translocase 3. Citrato liase 4. Melato desidrogenase 5. Enzima málica 6. Piruvato translocase 7. Piruvato carboxilase Os sistemas de transporte são denominados: lançadeira, circuito e shuttle SINTESE DE ÁCIDOS GRAXOS SATURADOS DE CADEIA LONGA Palmitato (16C) é o precursor Adição de novos fragmentos 2C derivados do malonil-CoA no reticulo liso, tendo NADPH como fonte redutora realizada pelo acido graxo alongasse Acoplamento do ácido graxo à CoA por enzimas isoladas ➩ Estearato (18C) SINTESE DOS ÁCIDOS GRAXOS INSATURADOS A dupla ligação é introduzida na cadeia do ácido graxo por uma reação oxidativa catalisada por Acetil-CoA graxo dessaturase Esse sistema é capaz de introduzir ligações duplas entre carbonos até o 9 (incapaz de produzir ômega 3 e 6) Palmitico ➩ palmitoleico Esteárico ➩ oleico BIOSSÍNTESE DOS TRIACILGLICERÓIS Os ácidos graxos podem ter 2 destinos: 1. Incorporação em triacilgliceróis para armazenamento de energia metabólica 2. Incorporação em fosfolipídeos componentes de membranas Triacilgliceróis/glicerofosfolipídeos ➩ sintetizados dos mesmos precursores O glicerol-3-fosfato pode ser gerado da diidroxiacetona fosfato (glicólise) ou pela ação da glicerol quinase (fígado e rins) Na via que leva aos triglicerídeos o ácido fosfatídico é hidrolisado (ácido fosfatídico fosfatase) para formar 1,2-diacilglicerol ➩ convertido em TGD por transesterificação com um terceiro Acil-CoA graxo LIPOGÊNESE - colesterol O colesterol é um dos principais lipídeos associados a doenças cardiovasculares, precursor hormonal e forma os ácidos biliares e membranas biológicas Todas as células são capazes de sintetizá-los a partir de precursores simples e intermediários (isopreno e acetato) 1° ETAPA - síntese do mevalonato 2 Acetil CoA se ligam, o primeiro perde a CoA para se ligar - 4C Acetoacetil-CoA se liga ao outro Acetil-CoA - 6C HMG-CoA HMG-CoA sofre processo de redução, recebe H+ e modifica a ligação do ultimo C A enzima que a seta aponta é inibida pelas estatinas 2° ETAPA - condensação do mevalonato em duas unidades ativadas de isopreno Modificar o mevalonato a partir da adição de grupos fosfatos (fosforilação) (3x) 3 Fosfatos são oferecidos por 3 moléculas de ATP (são quebradas, virando ADP) Os 2 primeiros fosfatos estão ligados no carbono 5 O carbono 3 recebe o terceiro grupamento fosfato – formação do 3-fosfos-5-pirufosfomevalonato (6 carbonos) Essa molécula perde o grupo fosfato do carbono 3 e perde o grupo carboxila, liberando CO2, formando molécula com 5 carbonos que gera o primeiro isopreno ativado Por um processo de isomerização, forma-se o segundo isopreno ativado 3° ETAPA - condensação de 6 unidades de isopreno para formar o escaleno Usa os isoprenos ativados, juntando-os em uma condição de cabeça com cauda Isopentenil perde 2 grupamentos fosfatos da cabeça e se prende a cauda do dimetilalil – forma molécula com 10 carbonos (geranilpirofosfato) Geranilpirofosfato recebe outra molécula de isopentenil (junta cabeça com cauda) – forma o farnezilpirofosfato *cabeça é onde os carbonos estão ligados aos fosfatos Juntam-se 2 farnezil sofre redução para eliminar os 2 grupamentos fosfatos e entrar os hidrogênios – 30 carbonos (esqualeno) 4° ETAPA - conversão do esqualeno no núcleo esteróide Através das duplas ligações ocorre dobramento para formação de 4 anéis (todos os esteróis têm 4 anéis fundidos, todos anéis de álcool, com grupo hidroxila no carbono 3) *ocorre a conversão da cadeia linear em cadeia cíclica Depois da ciclização em ianosterol e depois em colesterol DESTINO DO COLESTEROL Pequena quantidade é incorporada nas membranas celulares de hepatócitos, maior parte é exportada como ácidos biliares e colesterol livre biliar (hidrofílicas) ou esteres de colesterila (hidrofóbica) e parte é convertida em vitamina D Em outros tecidos é convertido em hormônio esteróide Transporte do colesterol - lipoproteinas plasmáticas Captação celular do colesterol - endocitose mediada por receptor na membrana plasmática das células ➩ reconhecimento do LDL e permissão para endocitose mediada Regulação da síntese e transporte do colesterol Sintese: processo complexo, excesso deve ser excretado, portanto, a regulação é vantajosa Regulação atua impedindo a conversão de HMG-CoA em mevalonato por fosforilação reversivel da enzima redutase, feito pela AMPK, mesma ação do glucagon Formação de eicosanoides a partir do araquidonato ➩ agem como sinalisadores potentes e mensageiros de curta distância LIPOGÊNESE 2 Ácidos (sais) biliares Produtos metabolicos do colesterol mais abundantes Papel importante na digestão de gorduras, absorção intestinal de lipídeos, assim como a nível de catabolismo do colesterol e sua eliminação quando em excesso Produzidos pelos hepatócitos e armazenados na vesícula biliar Divididos em 1° e 2°s com 24C Primarío Transformação de colesterol nesses ácidos envolve a perda de 3C São formados pelos hepatócitos Os primários sofrem um processo de conjugação com a taurina e a glicina ➩ remoção (hidrólise) da ligação amida com taurina e glicina ➩ finalização no intestino com a ajuda de bactérias ➩ desidroxilação ➩ formação dos ácidos biliares secundários Os 2°s são formados no intestino por um processo de conversão molecular Ocorrência da emulsificação ➩ fragmentação dos triglicerídeos pelas lipases em monoglicerídeos e ácidos graxos livres ➩ absorção ➩ formação de lipoproteinas que transportam os lipídeos para os tecidos porta-hepáticos Praticamente todos os ácidos biliares serão reabsorvidos no intestino - finalização da digestão alimentar Jejuno - absorção de nutrientes Íleo e intestino grosso - absorção de água e devolutiva dos sais biliares para o fígado 2% é perdido nas fezes; 50% na forma de ácidos biliares e o resto como coprostanol e colestanol (produtos neutros na redução bacteriana do colesterol) HORMÔNIOS ESTEROIDES Produção apartir do colesterol e por intermédio de um complexo enzimático p450 nas cristas mitocondriais, que usam O2 e NADPH para substituir ligações de CH em COH Participação do retículo liso das células importante na produção (adrenal/gônadas/placenta) Adrenal ➩ hormônios adrenocorticoides (mineralocorticoides e glicocorticoides) Gônadas e placenta ➩ hormônios sexuais e progestágenos (androgenios/estrogenios/progesterona) Efetivos em baixas concentrações; produzidos com pouco colesterol SÍNTESE Regulação da biossintese mediada por elevação de cAMP (mensageiro citoplasmático) e Ca2 intracelulares Entrega do colesterol à MMI (membrana mitocondrial interna) pela proteína regulatória aguda esteroigenica (StAR) presente junto com a enzima p450 na crista mitocondrial Conversão do colesterol em pregnelona ➩ retira 6C Mitocôndrias tubulares (alteração na estruturação das cristas) são responsáveis pela produção dos hormônios esteroides e sexuais INATIVAÇÃO Via reações de de redução que predominam no fígado e geralmente tornam os esteroides mais solúveis em água ➩ excretados na urina TRANSPORTE SANGUÍNEO (conjugação a proteínas) Albumina; globulinas de ligação a corticosteroides (CBG) ou transcortinas (cortisol); globulinas de ligação a hormônios sexuais (estrogenios/androgênios); proteina de ligação a andrógeno RECEPTORES CELULARES DOS HORMÔNIOS ESTEROIDES Hormônios chegam nas celulas alvo e são reconhecidos pelo receptor celular, uma pequena parte dos receptores é citoplasmática (lipídios - conseguem atravessar bicamada), principalmente mineralocorticoides, mas a grande parte está no núcleo. Para hormônios não lipídicos o receptor fica na membrana AUTACOIDES Fatores biológicos naturais do organismo produzidos pela célula em resposta a estímulos enquanto sinalizadores parácrinos, atuando próximos ao local de síntese e com curta duração AUTACOIDES DERIVADOS DE LIPÍDEOS Fosfolipideos de membrana - eicosanóides, prostaglandinas (papel protetor do organismo em epitélio gástrico e de rim), prostaciclina, tromboxano A2, leucotrienos Fosfolipídeos modificados - fator ativador plaquetário (FAP) EICOSANÓIDES Derivados do ácido 5,8,11,14 eicosatetranoico (araquidônico - Ác. Carboxilico poliinsaturado de 20C proveniente do ác graxo essencial linoleico (ômega 6)) Adquirido pela dieta Ácido linoleico ➩ araquidônico ➩ eicosanoide Transportado por lipoproteinas e constituinte dos fosfolipídeos de membrana, qualquer célula do organismo tem o ácido araquidônico presente na formação de suas membranas Produção aumentada por estímulos: Em resposta a moduladores inflamatórios, a fosfolipase A2 ataca os fosfolipedes de membrana como a fosfatidilcolina, liberando araquidonato do carbono do meio do glicerol, que será posteriormente metabolizado na própria célula nos diversos derivados (ex: prostaglandina) A histamina, bradicinina e citocinas podem ser os estímulos para a ativação da PLA2 - derivados da resposta inflamatória METABOLISMO DOS FOSFOLIPÍDEOS SÍNTESE DE PROSTAGLANDINAS, PROSTACICLINAS, TROMBOXANOS (isoformas de ciclooxigenase) A enzima ciclooxigenase existe em duas isoformas COX 1 - forma constitutiva, encontrada na mucosa gástrica, plaquetas, endotélio vascular e rins COX 2 - forma induzida, gerada em resposta à inflamação; presente nos macrófagos, monócitos, musculo liso, endotélio vascular, epitélio e neurônios; a expressão é inibida por corticóides PRINCIPAIS FUNÇÕES DAS PROSTAGLANDINAS Controle da PA, estimulação da contração da musculatura lisa, indução da resposta inflamatória, inibição da agregação plaquetária SÍNTESE DE TROMBOXANOS A PGH2 originará, também, tromboxano (TXA2), através da tromboxano sintetase que está presente nas plaquetas e pulmão A TXB2 é um metabólito da TXA2 sem ação biológica Principais funções do tromboxano - mobiliza calcio intracelular, promove agregação plaquetária, vasoconstrição, contração do músculo liso Principais funções do leucotrieno - estimulação da contração da musculatura lisa, indução da resposta alérgica, da resposta inflamatória Inibidores da síntese de leucotrienos - prednisona e prednisolona AINES - anti inflamatórios não esteroidais FATOR ATIVADOR PLAQUETÁRIO (FAP) Derivado dos fosfolipídeos de membrana de neutrófilos, basófilos, monócitos, células endoteliais e plaquetas, atuando diretamente sobre a célula-alvo Atua estimulando as plaquetas, causando vasoconstrição e broncoconstrição O FAP pode promover a maior parte das reações inflamatórias, englobando o aumento de adesão dos leucócitos, quimiotaxia, degranulação leucocitária e os surtos oxidativos, além de estimular a produção de outros mediadores quimicos (eicosanoides) SINDROME METABÓLICA Conjunto de doenças cuja base é a resistência à insulina Causas A obesidade central, a hipertensão arterial, a dislipidemia e a hiperglicemia são fatores que compõem a SM e se mostram associados pela condição de resistência insulínica. A resistência insulínica pode ocorrer por Aumento da inflamação - acúmulo de adiposidade visceral leva à produção de metabólitos de lipídeos, hormônios e citocinas que causam inflamação que, por sua vez, pode causar RI Liberação de substâncias específicas - adipócitos liberam substâncias com ações específicas na RI, como leptina, resistina, adiponectina e fator de necrose tumoral; leptina inibe insulina; TNF reduz a ação da insulina; adiponectina reduz a RI Liberação de cortisol - células adiposas tem afinidade com o cortisol, portanto, em excesso, aumentam sua secreção; cortisol aumenta a gliconeogênese, aumentando quantidade de glicose e, de insulina; com muita insulina, os receptores insulinicos se desgastam e passam a ser resistentes à insulina Obesidade causa maiores níveis de filtração glomerular, quando prolongada, os glomérulos sofrem lesões, dificultando a excreção de sódio e levando à elevação da PA. O diagnóstico pode ser feito mediante a presença de pelo menos três dos fatores abaixo: 1. Obesidade central - circunferência da cintura superior a 88cm na mulher e 102cm no homem 2. Hipertensão arterial - pressão sistólica maior que 130 ou diastólica maior que 85 3. Glicemia alterada ou diagnóstico de diabetes 4. Triglicerideos acima de 150 5. Hdl menor que 40 em homens e que 50 em mulheres DIABETES TIPO II Começa com a resistência à insulina, o hormônio é produzido mas não consegue atuar de maneira correta. Pra compensar, o pâncreas acelera a produção da insulina, até que ele próprio não da conta e começa a falhar. Inicialmente há um hiperinsulinismo, sendo representada pela acantose, isso causa exaustão da célula beta do pancreas, explicando o déficit na secreção de insulina. 30 a 70% do desenvolvimento da diabetes é devido a causas genéticas Na maioria das vezes é pouco sintomática, os mais comuns são: Poliúria, polidpisia, polifagia, emagrecimento inexplicado, formigamento, fadiga, vista embaçada, cortes que demoram para cicatrizar Complicações: derrame, hipertensão, complicações renais, cetoacidose, dano nervoso, complicações nos pés, nos olhos e na pele Diagnóstico se baseia em sintomas e exames da quantidade de açucar no sangue, recomendado repetir testes com resultados positivos em dia que não há sintomas para a confirmação. Tratamento: alimentação regrada, exercícios físicos regulares, perda do excesso de peso, monitoramento da glicemia, visitas regulares ao médico. COLETILÍASE Parede da vesicula ➩ CCK, idosos tem menor mobilidade, favorecendo a colelitiaseAfeta indivíduos geneticamente suscetiveis mediante acúmulo de múltiplas variáveis de baixo risco e que são submetidos a fatores ambientais, epigeneticos Distúrbio na concentração relativa de sais biliares/agua/colesterol ➩ litíase biliar 4 causas: supersaturação da bile com colesterol; nucleação acelerada de cristais de monoidrato de colesterol; hipomotilidade da vesicula biliar; hipersecreção de muco glicoproteico - inflamação epitelial Mulheres e homens com mais de 60 anos apresentam diferentes incidencias, sendo maior a presença da doença em mulheres Presença de sintomas dispépticas (dor ou desconforto na parte superior do abdome) Dor aguda continua localizada, principalmente, na região epigástrica e hipocôndrio direito, muitas vezes com dor referida. No diagnostico,a dor do hipocondrio direito em idosos pode estar ausente, dificultando o diagnóstico Diagnóstico feito por ultrassonografia, tomografia, ressonancia ou colecistografia oral Tratamento colecistectomia, utilizando de técnica aberta Dissolução dos cálculos através da administração oral de acidos Litotripsia extracorpórea por ondas de choque
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