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Aulas 10 e 11

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Aula X


História e Humanidades com Débora Aladim 1
Aula X 
Representações: 
como criar malícia para 
responder questões?
Aula X
1- (ENEM 2010) 
I — Para consolidar-se como governo, a República precisava eliminar as arestas, conciliar-se com o 
passado monarquista, incorporar distintas vertentes do republicanismo. Tiradentes não deveria ser visto 
como herói republicano radical, mas sim como herói cívico-religioso, como mártir, integrador, portador 
da imagem do povo inteiro. 
CARVALHO, J. M. C. A formação das almas: O imaginário da República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990 
I — Ei-lo, o gigante da praça, / O Cristo da multidão! 

É Tiradentes quem passa / Deixem passar o Titão. 
ALVES, C. Gonzaga ou a revolução de Minas. In: CARVALHO, J. M. C. A formação das almas. O imaginário da República no Brasil. São Paulo: 
Companhia das Letras, 1990. 
A 1ª República brasileira, nos seus primórdios, precisava constituir uma figura heróica capaz de 
congregar diferenças e sustentar simbolicamente o novo regime. Optando pela figura de Tiradentes, 
deixou de lado figuras como Frei Caneca ou Bento Gonçalves. A transformação do inconfidente em 
herói nacional evidencia que o esforço de construção de um simbolismo por parte da República estava 
relacionado 
a) ao caráter nacionalista e republicano da Inconfidência, evidenciado nas ideias e na atuação de 
Tiradentes. 
b) à identificação da Conjuração Mineira como o movimento precursor do positivismo brasileiro. 
c) ao fato de a proclamação da República ter sido um movimento de poucas raízes populares, que 
precisava de legitimação. 
d) à semelhança física entre Tiradentes e Jesus, que proporcionaria, a um povo católico como o 
brasileiro, uma fácil identificação. 
e) ao fato de Frei Caneca e Bento Gonçalves terem liderado movimentos separatistas no Nordeste e no 
Sul do país.

História e Humanidades com Débora Aladim 2
Aula X
2- (ENEM 2010) 
Opinião 
Podem me prender 

Podem me bater

Podem até deixar-me sem comer

Que eu não mudo de opinião.

Aqui do morro eu não saio não

Aqui do morro eu não saio não. 
Se não tem água

Eu furo um poço 
Se não tem carne 

Eu compro um osso e ponho na sopa 

E deixa andar, deixa andar... 
Falem de mim 

Quem quiser falar

Aqui eu não pago aluguel

Se eu morrer amanhã seu doutor,

Estou pertinho do céu 
Zé Ketti. Opinião. Disponível em: http:/www.mpbnet.com.br. Acesso 
em: 28 abr. 2010. 
Essa música fez parte de um importante 
espetáculo teatral que estreou no ano de 1964, 
no Rio de Janeiro. O papel exercido pela Música 
Popular Brasileira (MPB) nesse contexto, 
evidenciado pela letra de música citada, foi o de 
a) entretenimento para os grupos intelectuais. 
b) valorização do progresso econômico do país. 
c) crítica à passividade dos setores populares. 
d) denúncia da situação social e política do país. 
e) mobilização dos setores que apoiavam a 
Ditadura Militar. 
3- (ENEM 2010 PPL) 
A foto revela um momento da Guerra do Vietnã 
(1965–1975), conflito militar cuja cobertura 
jornalística utilizou, em grande escala, a 
fotografia e a televisão. Um dos papéis exercidos 
pelos meios de comunicação na cobertura dessa 
guerra, evidenciado pela foto, foi 
a) demonstrar as diferenças culturais existentes 
entre norte–americanos e vietnamitas. 
b) defender a necessidade de intervenções 
armadas em países comunistas. 
c) denunciar os abusos cometidos pela 
intervenção militar norte–americana. 
d) divulgar valores que questionavam as ações 
do governo vietnamita. 
e) revelar a superioridade militar dos Estados 
Unidos da América.

História e Humanidades com Débora Aladim 3
Aula X
4- (ENEM 2012) 
Cartaz da Revolução Constitucionalista. (Foto: Disponível em: http://
veja.abril.com.br. Acesso em: 29 jun. 2012) 
Elaborado pelos partidários da Revolução 
Constitucionalista de 1932, o cartaz apresentado 
pretendia mobilizar a população paulista contra o 
governo federal. 

Essa mobilização utilizou-se de uma referência 
histórica, associando o processo revolucionário 
a) à experiência francesa, expressa no chamado à 
luta contra a ditadura. 
b) aos ideais republicanos, indicados no 
destaque à bandeira paulista. 
c) ao protagonismo das Forças Armadas, 
representadas pelo militar que empunha a 
bandeira. 
d)ao bandei rant i smo, s ímbolo paul i s ta 
apresentado em primeiro plano. 
e) ao papel figurativo de Vargas na política, 
enfatizado pela pequenez de sua figura no cartaz. 
5- (ENEM 2012 PPL) 
E m 1 9 3 7 , G u e r n i c a , n a E s p a n h a , f o i 
bombardeada sob o comando da força aérea da 
Alemanha nazista, que apoiou os franquistas 
durante a Guerra Civil Espanhola (1936–1939). 
A pintura–mural de Picasso e a fotografia 
retratam os efeitos do bombardeio, ressaltando, 
respectivamente: 
a) Crítica social – conformismo político. 
b) Percepção individual – registro histórico. 
c) Realismo acrítico – idealização romântica. 
d) Sofrimento humano – destruição material. 
e)Objetividade art íst ica – subjetividade 
jornalística. 
História e Humanidades com Débora Aladim 4
Aula X
6- (ENEM 2012 PPL) 
Os aparelhos televisores se multiplicam nas 
residências do Brasil a partir da década de 1960. 
A partir da charge, os programas televisivos eram 
controlados para atender interesses dos 
a) artistas críticos. 
b) grupos terroristas. 
c) governos autoritários. 
d) partidos oposicionistas. 
e) intelectuais esquerdistas. 
7- (ENEM 2013) 
TEXTO I 

Há já algum tempo eu me apercebi de que, 
desde meus primeiros anos, recebera muitas 
falsas opiniões como verdadeiras, e de que 
aquilo que depois eu fundei em princípios tão 
mal assegurados não podia ser senão mui 
duvidoso e incerto. Era necessário tentar 
seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me 
de todas as opiniões a que até então dera 
crédito, e começar tudo novamente a fim de 
estabelecer um saber firme e inabalável. 
DESCARTES, R. Meditações concernentes à Primeira Filosofia. São 
Paulo: Abril Cultural, 1973 (adaptado). 
TEXTO II

É o caráter radical do que se procura que exige a 
radicalização do próprio processo de busca. Se 
todo o espaço for ocupado pela dúvida, 
qualquer certeza que aparecer a partir daí terá 
sido de alguma forma gerada pela própria 
dúvida, e não será seguramente nenhuma 
daquelas que foram anteriormente varridas por 
essa mesma dúvida. 
SILVA, F. L. Descartes: a metafísica da modernidade. São Paulo: 
Moderna, 2001 (adaptado). 
A exposição e a análise do projeto cartesiano 
indicam que, para viabilizar a reconstrução radical 
do conhecimento, deve-se 
a) retomar o método da tradição para edificar a 
ciência com legitimidade. 
b) questionar de forma ampla e profunda as 
antigas ideias e concepções. 
c) investigar os conteúdos da consciência dos 
homens menos esclarecidos. 
d) buscar uma via para eliminar da memória 
saberes antigos e ultrapassados. 
e) encontrar ideias e pensamentos evidentes que 
dispensam ser questionados. 
História e Humanidades com Débora Aladim 5
Aula X
8- (ENEM 2013) 

MOREAUX, F.R. Proclamação da Independência. Disponível em: www.tvbrasil.org.br. Acesso em 14 jun. 2010. 
FERREZ, M. D. Pedro II. SCHWARCZ, L.M. As barbas do Imperador. D. Pedro II, um monarca nos trópicos. São Paulo: Cia das Letras, 1998. 
As imagens, que retratam D. Pedro I e D. Pedro II, procuram transmitir determinadas representações 
políticas acerca dos dois monarcas e seus contextos de atuação. A ideia que cada imagem evoca é, 
respectivamente: 
a) Habilidade militar – riqueza pessoal. 
b) Liderança popular – estabilidade política. 
c) Instabilidade econômica – herança europeia. 
d) Isolamento político – centralização do poder. 
e) Nacionalismo exacerbado – inovação administrativa. 
História e Humanidades com Débora Aladim 6
Aula X
9- (ENEM 2013 PPL) 
Eu mesmo me apresento: sou Antônio: 
sou Antônio Vicente Mendes Maciel 
(provim da batalha de Deus versus demônio 
Com a res publica marca de Caim). 
Moisés, do Êxodo ao Deuteronômio,Sou natural de Quixeramobim, 
O Antônio Conselheiro deste chão 
Que vai ser mar e o mar vai ser sertão. 
ACCIOLY, M. Antônio Conselheiro. In: FERNANDES, R. (Org.). O 
clarim e a oração: cem anos de Os sertões. São Paulo: Geração 
Editorial, 2001. 
O poema, escrito em 2001, contribui para a 
construção de uma determinada memória sobre 
o movimento de Canudos, ao retratar seu líder 
como 
a) crítico do regime político recém-proclamado. 
b) partidário da abolição da escravidão. 
c) contrário à distribuição da terra para os 
humildes. 
d) defensor da autonomia polít ica dos 
municípios. 
e) porta-voz do catolicismo ortodoxo romano. 
10- (ENEM 2013 PPL) 
O trabalho de recomposição que nos espera não 
admite medidas contemporizadoras. Implica o 
reajustamento social e econômico de todos os 
rumos até aqui seguidos. Comecemos por 
desmontar a máquina do favoritismo parasitário, 
com toda sua descendência espúria. Discurso de 
posse de Getúlio Vargas como chefe do governo 
provisório, pronunciado em 03 de novembro de 
1930. 
FILHO, I. A. Brasil, 500 anos em documento. Rio de Janeiro: Mauad, 
1999 (adaptado). 
Em seu discurso de posse, como forma de 
legitimar o regime político implantado em 1930, 
Getúlio Vargas estabelece uma crítica ao 
a) funcionamento regular dos partidos políticos. 
b) controle político exercido pelas oligarquias 
estaduais. 
c) centralismo presente na Constituição então em 
vigor. 
d) mecanismo jurídico que impedia as fraudes 
eleitorais. 
e) imobilismo popular nos processos político-
eleitorais. 
História e Humanidades com Débora Aladim 7
Aula X
11- (ENEM 2014) 
A charge, datada de 1910, ao retratar a 
implantação da rede telefônica no Brasil, indica 
que esta: 
a) permitiria aos índios se apropriarem da 
telefonia móvel. 
b) ampliaria o contato entre a diversidade de 
povos indígenas. 
c) faria a comunicação sem ruídos entre grupos 
sociais distintos. 
d) restringiria a sua área de atendimento aos 
estados do norte do país. 
e) possibilitaria a integração das diferentes 
regiões do território nacional. 
12- (ENEM 2014) 
Sou uma pobre e velha mulher, Muito ignorante, 
que nem sabe ler. Mostraram-me na igreja da 
minha terra Um Paraíso com harpas pintado E o 
Inferno onde fervem almas danadas, Um enche-
me de júbilo, o outro me aterra. 
VILLON, F. In: GOMBRICH, E. História da arte. Lisboa: LTC, 1999. 
Os versos do poeta francês François Villon fazem 
referência às imagens presentes nos templos 
católicos medievais. Nesse contexto, as imagens 
eram usadas com o objetivo de 
a) refinar o gosto dos cristãos. 
b) incorporar ideais heréticos. 
c) educar os fiéis através do olhar. 
d) o divulgar a genialidade dos artistas católicos. 
e) valorizar esteticamente os templos religiosos. 
História e Humanidades com Débora Aladim 8
Aula X
13- (ENEM 2014) 
NEVES, E. Engraxate. Disponível em: www.grafar.blogspot.com. 
Acesso em: 15 fev. 2013. 
Considerando-se a dinâmica entre tecnologia e 
organização do trabalho, a representação contida 
no cartum é caracterizada pelo pessimismo em 
relação à 
a) ideia de progresso. 
b) concentração do capital. 
c) noção de sustentabilidade. 
d) organização dos sindicatos. 
e) obsolescência dos equipamentos. 
14- (ENEM 2014) 
Em 1879, cerca de cinco mil pessoas reuniram-se 
para solicitar a D. Pedro II a revogação de uma 
taxa de 20 réis, um vintém, sobre o transporte 
urbano. O vintém era a moeda de menor valor da 
época. A polícia não permitiu que a multidão se 
aproximasse do palácio. Ao grito de “Fora o 
v intém!”, os manifestantes espancaram 
condutores, esfaquearam mulas, viraram bondes 
e arrancaram trilhos. Um oficial ordenou fogo 
contra a multidão. As estatísticas de mortos e 
feridos são imprecisas, Muitos interesses se 
fundiram nessa revolta, de grandes e de 
políticos, de gente miúda e de simples cidadãos. 
Desmoralizado, o ministério caiu. Uma grande 
explosão social, detonada por um pobre vintém. 
Disponível em: www.revistadehistoria.com.br. Acesso em: 4 abr 2014 
(adaptado). 
A leitura do trecho indica que a coibição violenta 
das manifestações representou uma tentativa de 
a) capturar os ativistas radicais. 
b) proteger o patrimônio privado. 
c) salvaguardar o espaço público. 
d) conservar o exercício do poder. 
e) sustentar o regime democrático. 
História e Humanidades com Débora Aladim 9
Aula X
15- (ENEM 2014) 
TEXTO I 

O presidente do jornal de maior circulação do 
país destacava também os avanços econômicos 
obtidos naqueles vinte anos, mas, ao justificar 
sua adesão aos militares em 1964, deixava clara 
sua crença de que a intervenção fora 
impresc ind íve l pa ra a manutenção da 
democracia. 
Disponível em: http://oglobo.globo.com. Acesso em: 1 set. 2013 
(adaptado). 
TEXTO II

Nada pode ser colocado em compensação à 
perda das liberdades individuais. Não existe nada 
de bom quando se aceita uma solução 
autoritária. 
FICO, C. A educação e o golpe de 1964. Disponível em: 
www.brasilrecente.com.Acesso em: 4 abr 2014 (adaptado). 
Embora enfatizem a defesa da democracia, as 
visões do movimento político-militar de 1964 
divergem ao focarem, respectivamente: 
a) Razões de Estado – Soberania popular. 
b) Ordenação da Nação – Prerrogativas 
religiosas. 
c) Imposição das Forças Armadas – Deveres 
sociais. 
d) Normatização do Poder Judiciário – Regras 
morais. 
e) Contestação do sistema de governo – 
Tradições culturais. 
16- (ENEM 2014 PPL) 
De modo geral, os logradouros de Fortaleza, até 
meados do século XIX, eram conhecidos por 
designações surgidas da tradição ou de funções 
e edificações que lhes caracterizavam. Assim, 
chamava-se Travessa da Municipalidade (atual 
Guilherme Rocha) por ladear o prédio da 
Intendência Municipal; S. Bernardo (hoje Pedro 
Pereira) por conta de igreja homônima; Rua do 
Cajueiro (atual Pedro Borges) por abrigar uma 
das mais antigas e populares árvores da capital. 
Já a Praça José de Alencar, na década de 1850, 
era popularmente designada por Praça do 
Patrocínio, pois em seu lado norte se encontrava 
uma igreja homônima. 
SILVA FILHO, A. L. M. Fortaleza: imagens da cidade. Fortaleza: 
Museu do Ceará; Secult-CE, 2001 (adaptado). 
Os atos de nomeação dos logradouros, 
analisados de uma perspectiva histórica, 
constituem 
a) formas de promover os nomes das autoridades 
imperiais. 
b) modos oficiais e populares de produção da 
memória nas cidades. 
c) recursos arquitetônicos funcionais à 
racionalização do espaço urbano 
d) maneiras de hierarquizar estratos sociais e 
dividir as populações urbanas. 
e) mecanismos de imposição dos itinerários 
sociais e fluxos econômicos na cidade. 
História e Humanidades com Débora Aladim 10
Aula X
17- (ENEM 2015) 
Iniciou-se em 1903 a introdução de obras de arte 
com representações de bandeirantes no acervo 
do Museu Paulista, mediante a aquisição de uma 
tela que homenageava o sertanista que 
comandara a destruição do Quilombo de 
Palmares. Essa aquisição, viabilizada por verba 
estadual, foi simultânea à emergência de uma 
interpretação histórica que apontava o fenômeno 
do sertanismo paulista como o elo decisivo entre 
a trajetória territorial do Brasil e de São Paulo, 
concepção essa que se consolidaria entre os 
historiadores ligados ao Instituto Histórico e 
Geográfico de São Paulo ao longo das três 
primeiras décadas do século XX. 
MARINS, P. c. G. Nas matas com pose de reis: a representação de 
bandeirantes e a tradição da retratística monárquica européia. 
Revista do LEB, n. 44, tev. 2007. 
A prática governamental descrita no texto, com a 
escolha dos temas das obras, tinha como 
propósito a construção de uma memória que 
a) afirmava a centralidade de um estado na 
política do país. 
b) resgatava a importância da resistência escrava 
na história brasileira. 
c) evidenciava a importância da produção 
artística no contexto regional. 
d) valorizava a saga histórica do povo na 
afirmação de uma memória social. 
e) destacava a presença do indígena no 
desbravamentodo território colonial. 
18- (ENEM 2015) 
TEXTO I 

Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda 
a história, resistiu até o esgotamento completo. 
Vencido palmo a palmo, na precisão integral do 
termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando 
caíram os seus últimos defensores, que todos 
morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois 
homens feitos e uma criança, na frente dos quais 
rugiam raivosamente cinco mil soldados. 
CUNHA, E. Os sertões. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1987. 
TEXTO II

Na trincheira, no centro do reduto, permaneciam 
quatro fanáticos sobreviventes do extermínio. Era 
um velho, coxo por ferimento e usando uniforme 
da Guarda Católica, um rapaz de 16 a 18 anos, 
um preto alto e magro, e um caboclo. Ao serem 
intimados para deporem as armas, investiram 
com enorme fúria. Assim estava terminada e de 
maneira tão trágica a sanguinosa guerra, que o 
banditismo e o fanatismo traziam acesa por 
longos meses, naquele recanto do território 
nacional. 
SOARES, H. M. A Guerra de Canudos. Rio de Janeiro: Altina, 1902. 
Os relatos do último ato da Guerra de Canudos 
f a zem uso de rep resen tações que se 
perpetuariam na memória construída sobre o 
conflito.

Nesse sentido, cada autor caracterizou a atitude 
dos sertanejos, respectivamente, como fruto da 
a) manipulação e incompetência. 
b) ignorância e solidariedade. 
c) hesitação e obstinação. 
d) esperança e valentia. 
e) bravura e loucura. 
História e Humanidades com Débora Aladim 11
Aula X
19- (ENEM 2015) 
Quanto ao “choque de civilizações”, é bom 
lembrar a carta de uma menina americana de 
sete anos cujo pai era piloto na Guerra do 
Afeganistão: ela escreveu que — embora amasse 
muito seu pai — estava pronta a deixá-lo morrer, 
a sacrificá-lo por seu país. Quando o presidente 
Bush citou suas palavras, elas foram entendidas 
como manifestação “normal” de patriotismo 
americano; vamos conduzir uma experiência 
mental simples e imaginar uma menina árabe 
maometana pateticamente lendo para as 
câmeras as mesmas palavras a respeito do pai 
que lutava pelo Talibã — não é necessário pensar 
muito sobre qual teria sido a nossa reação. 
ZIZEK, S. Bem-vindo ao deserto do real. São Paulo: Bom Tempo, 
2003. 
A situação imaginária proposta pelo autor 
explicita o desafio cultural do(a) 
a) prática da diplomacia. 
b) exercício da alteridade. 
c) expansão da democracia. 
d) universalização do progresso. 
e) conquista da autodeterminação. 
20- (ENEM 2015) 
SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador. D. Pedro II, um monarca 
nos trópicos. São Paulo: Cia. Das Letras, 1998 (adaptado). 
Essas imagens de D. Pedro II foram feitas no 
início dos anos de 1850, pouco mais de uma 
década após o Golpe da Maior idade. 
Considerando o contexto histórico em que foram 
produz idas e os e lementos s imból icos 
destacados, essas imagens representavam um 
a) jovem maduro que agir ia de forma 
irresponsável. 
b) imperador adulto que governaria segundo as 
leis. 
c) líder guerreiro que comandaria as vitórias 
militares. 
d) soberano religioso que acataria a autoridade 
papal. 
e) monarca absolutista que exerceria seu 
autoritarismo. 
História e Humanidades com Débora Aladim 12
Aula X
21- (ENEM 2015 PPL) 
As diferentes representações cartográficas trazem 
consigo as ideologias de uma época. A 
representação destacada se insere no contexto 
das Cruzadas por 
a) revelar aspectos da estrutura demográfica de 
um povo. 
b) sinalizar a disseminação global de mitos e 
preceitos políticos. 
c) utilizar técnicas para demonstrar a centralidade 
de algumas regiões. 
d) mostrar o território para melhor administração 
dos recursos naturais. 
e) mundo eurocêntrico. 
22- (ENEM 2016) 
Uma scena franco-brazileira: “franco” – pelo local 
e os personagens, o local que é Paris e os 
personagens que são pessoas do povo da 
grande capital; “brazileira” pelo que ahi se está 
bebendo: café do Brazil. O Lettreiro diz a 
verdade apregoando que esse é o melhor de 
todos os cafés. (Essa página foi desenhada 
especialmente para A Ilustração Brazileira pelo Sr. 
Tofani, desenhista do Je Sais Tout.) 
A Illustração Brazileira, n. 2, 15 jun. 1909 (adaptado). 
A página do periódico do início do séc XX 
documenta um importante elemento da cultura 
francesa, que é revelador do papel do Brasil na 
economia mundial, indicado no seguinte 
aspecto: 
a) Prestador de serviços gerais. 
b) Exportador de bens industriais. 
c) Importador de padrões estéticos. 
d) Fornecedor de produtos agrícolas. 
e) Formador de padrões de consumo. 
História e Humanidades com Débora Aladim 13
Aula X
23- (ENEM 2016 PPL) 
Xilogravura, 1869. O indígena, representando o Império, coroa com 
louros o monarca. 
Com seu manto real em verde e amarelo, as 
cores da casa dos Habsburgo e Bragança, mas 
que lembravam também os tons da natureza do 
“Novo Mundo”, c rave jado de est re las 
representando o Cruzeiro do Sul e, finalmente, 
com o cabeção de penas de papo de tucano em 
volta do pescoço, D. Pedro II foi coroado 
imperador do Brasil. O monarca jamais foi tão 
tropical. Entre muitos ramos de café e tabaco, 
coroado como um César em meio a coqueiros e 
paineiras, D. Pedro transformava-se em sinônimo 
da nacionalidade.

SCHWARCZ, L. M. As barbas do imperador: D. Pedro II, um monarca 
nos trópicos. São Paulo: Cia. das Letras, 1998 (adaptado). 
No Segundo Reinado, a Monarquia brasileira 
recorreu ao simbolismo de determinadas figuras 
e alegorias. A análise da imagem e do texto 
revela que o objetivo de tal estratégia era 
a) exaltar o modelo absolutista e despótico. 
b) valorizar a mestiçagem africana e nativa. 
c) reduzir a participação democrática e popular. 
d) mobil izar o sentimento patr iót ico e 
antilusitano. 
e ) o b s c u re c e r a o r i g e m p o r t u g u e s a e 
colonizadora. 
24- (ENEM 2016 PPL) 
Arrependimentos terminais 
Em Antes de partir, uma cuidadora especializada 
em doentes terminais fala do que eles mais se 
arrependem na hora de morrer. “Não deveria ter 
trabalhado tanto”, diz um dos pacientes. 
“Desejaria ter ficado em contato com meus 
amigos”, lembra outro. “Desejaria ter coragem 
de expressar meus sentimentos.” “Não deveria 
ter levado a vida baseando-me no que 
esperavam de mim”, diz um terceiro. Há cem 
anos ou cinquenta, quem sabe, sem dúvida 
seriam outros os arrependimentos terminais. 
“Gostaria de ter sido mais útil à minha pátria.” 
“Deveria ter sido mais obediente a Deus.” 
“Gostaria de ter deixado mais patrimônio aos 
meus descendentes.” 
COELHO, M. Folha de São Paulo, 2 jan. 2013. 
O texto compara hipoteticamente dois padrões 
morais que divergem por se basearem 
respectivamente em 
a) satisfação pessoal e valores tradicionais. 
b) relativismo cultural e postura ecumênica. 
c) tranquilidade espiritual e costumes liberais. 
d) realização profissional e culto à personalidade. 
e ) e n g a j a m e n t o p o l í t i c o e p r i n c í p i o s 
nacionalistas. 
História e Humanidades com Débora Aladim 
 
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Aula X
25- (ENEM 2016 3ª aplicação) 
É hoje a nossa festa nacional. O Brasil inteiro, da 
capital do Império a mais remota e insignificante 
de suas aldeolas, congrega-se unânime para 
comemorar o dia que o tirou dentre as nações 
dependentes para colocá-lo entre as nações 
soberanas, e entregou-lhe os seus destinos, que 
até então haviam ficado a cargo de um povo 
estranho. 
Gazeta de Notícias, 7 set. 1883 
As festividades em torno da Independência do 
Brasil marcam o nosso calendário desde os anos 
imediatamente posteriores ao 7 de setembro de 
1822. Essa comemoração está diretamente 
relacionada com 
a) a construção e manutenção de símbolos para a 
formação de uma identidade nacional. 
b) o domínio da elite brasileira sobre os 
principais cargos políticos, que se efetivou logo 
após 1822. 
c) os interesses de senhores de terras que, após a 
Independência, exigiram a abolição da 
escravidão. 
d) o apoio popular às medidas tomadas pelo 
governo imperial para a expulsão de estrangeiros 
do país. 
e) a consciênciada população sobre os seus 
d i re i t o s a d q u i r i d o s p o s t e r i o r m e n t e à 
transferência da Corte para o Rio de Janeiro. 
26- (ENEM 2016 3ª aplicação) 
As camadas dirigentes paulistas na segunda 
metade do século XIX recorriam à história e à 
figura dos bandeirantes. Para os paulistas, desde 
o início da colonização, os habitantes de 
Piratininga (antigo nome de São Paulo) tinham 
sido responsáveis pela ampliação do território 
nacional, enriquecendo a metrópole portuguesa 
com o ouro e expandindo suas possessões. 
Graças à integração territorial que promoveram, 
os bandeirantes eram tidos ainda como 
fundadores da unidade nacional. Representavam 
a lealdade à província de São Paulo e ao Brasil. 
ABUD, K. M. Paulistas, uni-vos! Revista de História da Biblioteca 
Nacional, n, 34, 1jul. 2008 (adaptado) 
No período da história nacional analisado, a 
estratégia descrita tinha como objetivo 
a) promover o pioneirismo industrial pela 
substituição de importações. 
b) questionar o governo regencial após a 
descentralização administrativa. 
c) recuperar a hegemonia perdida com o fim da 
política do café com leite. 
d) aumentar a participação política em função da 
expansão cafeeira. 
e) legitimar o movimento abolicionista durante a 
crise do escravismo. 
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Aula X
27- (ENEM 2016 3ª aplicação) 
No aniversário do primeiro decênio da Marcha 
sobre Roma, em outubro de 1932, Mussolini irá 
inaugurar sua Via dell Impero; a nova Via Sacra 
do Fascismo, ornada com estátuas de César, 
Augusto, Trajano, servirá ao culto do antigo e à 
glória do Império Romano e de espaço 
comemorativo do ufanismo italiano. Às sombras 
do passado recriado ergue-se a nova Roma, que 
pode vangloriar-se e celebrar seus imperadores e 
homens fortes; seus grandes poetas e apólogos 
como Horácio e Virgílio. 
SILVA, G. História antiga e usos do passado um estudo de 
apropriações da Antiguidade-sob o regime de Vichy. São Paulo: 
Annablume, 2007 (adaptado) 
A retomada da Antiguidade clássica pela 
perspectiva do patrimônio cultural foi realizada 
com o objetivo de 
a) afirmar o ideário cristão para reconquistar a 
grandeza perdida. 
b) utilizar os vestígios restaurados para justificar o 
regime político. 
c) difundir os saberes ancestrais para moralizar os 
costumes sociais. 
d) refazer o urbanismo clássico para favorecer a 
participação política. 
e) recompor a organização republicana para 
fortalecer a administração estatal. 
28- (ENEM 2017) 
O instituto popular, de acordo com o exame da 
razão, fez da figura do alferes Xavier o principal 
dos inconfidentes, e colocou os seus parceiros a 
meia ração de glória. Merecem, decerto, a nossa 
estima aqueles outros; eram patriotas. Mas o que 
se ofereceu a carregar com os pecadores de 
Israel, o que chorou de alegria quando viu 
comutada a pena de mor te dos seus 
companheiros, pena que só ia ser executada 
nele, o enforcado, o esquartejado, o decapitado, 
esse tem de receber o prêmio na proporção do 
martírio, e ganhar por todos, visto que pagou por 
todos. 
ASSIS, M. Gazeta de Notícias, n. 114, 24 abr. 1892. 
No processo de transição para a República, a 
narrativa machadiana sobre a Inconfidência 
Mineira associa 
a) redenção cristã e cultura cívica. 
b) veneração aos santos e radicalismo militar. 
c) apologia aos protestantes e culto ufanista. 
d) tradição messiânica e tendência regionalista. 
e) representação eclesiástica e dogmatismo 
ideológico. 
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29- (ENEM 2017) 
Elaborada em 1969, a releitura contida na Figura 
2 revela aspectos de uma trajetória e obra 
dedicadas à 
a) valorização de uma representação tradicional 
da mulher. 
b) descaracterização de referências do folclore 
nordestino. 
c) fusão de elementos brasileiros à moda da 
Europa. 
d) massificação do consumo de uma arte local. 
e) criação de uma estética de resistência. 
30- (ENEM 2017 PPL) 
Na antiga Vila de São José del Rei, a atual cidade 
de Tiradentes (MG), na primeira metade do 
século XVIII, mais de cinco mil escravos 
trabalhavam na mineração aurífera. Construíram 
sua capela, dedicada a Nossa Senhora do 
Rosário. Na fachada, colocaram um oratório com 
a imagem de São Benedito. A comunidade do 
século XVIII era organizada mediante a cor, por 
isso cada grupo tinha sua irmandade: a dos 
brancos, dos crioulos, dos mulatos, dos pardos. 
Em cada localidade se construía uma igreja 
dedicada a Nossa Senhora do Rosário. Com a 
decadência da mineração, a população negra foi 
levada para arraiais com atividades lucrativas 
diversas. Eles se foram e ficou a igreja. Mas, hoje, 
está sendo resgatada a festa do Rosário e o 
Terno de Congado. 
C R U Z , L . F é e i d e n t i d a d e c u l t u r a l . D i s p o n í v e l e m : 
www.revistadehistoria.com.br. Acesso em: 4 jul. 2012. 
Na lógica analisada, as duas festividades 
retomadas recentemente, na cidade mineira de 
Tiradentes, têm como propósito 
a) valorizar a cultura afrodescendente e suas 
tradições religiosas. 
b) retomar a veneração católica aos valores do 
passado colonial. 
c) reunir os elementos constitutivos da história 
econômica regional. 
d) combater o preconceito contra os adeptos do 
catolicismo popular. 
e) produzir eventos turísticos voltados a religiões 
de origem africana. 
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Gabarito
1- C 16- B
2- D 17- A
3- C 18- E
4- D 19- B
5- D 20- B
6- C 21- C
7- B 22- D
8- B 23- E
9- A 24- A
10- B 25- A
11- E 26- D
12- C 27- B
13- A 28- A
14- D 29- E
15- A 30- A

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