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Motricidade gástrica e intestinal - Sistema Digestivo

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Autor: Eduardo Fucs Instagram: @efucs02 
Motricidade gástrica e intestinal 
Funções do estômago - motilidade 
Armazenamento – atua como reservatório 
temporário para o alimento após a deglutição 
Secreção de ácido para matar microorganismos e 
converter pepsinogênio em pepsina 
Secreção do fator intrínseco para absorver vitamina 
B12 no íleo 
Secreção de muco e bicarbonato para proteger a 
mucosa gástrica 
Secreção de água para lubrificação com o objetivo de 
prover suspensão aquosa dos nutrientes 
Atividade motora para misturar as secreções (ácido e 
pepsina) com o alimento ingerido 
Atividade motora coordenada que regula o 
esvaziamento do conteúdo para o interior do 
duodeno. 
 
Funções motoras do estômago 
Armazenamento – relaxamento receptivo (fundo e 
1/3 proximal do corpo): acomoda grandes quantidade 
de alimentos até que possam ser repassados ao 
duodeno (até 1,5L sem aumentar a pressão). 
Mistura (1/3 médio e distal do corpo): mistura o 
alimento com secreções gástricas até a formação do 
quimo ácido. 
Trituração (1/3 distal – antro): região que, quando 
contrai, gera movimentos de retropulsão, auxiliando 
na quebra do alimento. 
Esvaziamento (região antro-pilórica e duodeno): 
lento para o duodeno, através do esfíncter pilórico, 
permitindo a velocidade adequada para a digestão e 
absorção no intestino) 
 
Relaxamento gástrico – Reservoir 
Antecipatório a chegada do alimento 
Armazenamento gástrico dura de 1 a 2 horas 
Relaxamento pode ser receptivo ou adaptativo: 
• Receptivo: expansão instantânea do fundo 
gástrico – reduz a pressão intragástrica no 
momento da deglutição, facilitando a passagem 
do bolo alimentar do esôfago para o estômago 
• Adaptativo: tônus geral do estômago proximal 
é reduzido por um reflexo SNE-vago-SNC-
vago-SNE 
Cerca de 1L a 1,5L de alimento acomoda-se no 
estômago, por 1 ou 2 horas, sem sofrer ação de 
mistura, podendo ainda conter ação da amilase 
salivar 
O relaxamento receptivo é um reflexo longo 
vagovagal e pode ser abolido por vagotomia 
bilateral. 
 
O enchimento do estômago causa o relaxamento 
adaptativo, que vai gerar uma resposta hormonal. 
O alimento distende o estômago – aumento da 
pressão – reflexo vagovagal – tronco encefálico – 
retorna para o estômago – ocorre diminuição do 
tônus da parede do estômago (relaxamento 
adaptativo) 
O alimento se acomoda no fundo gástrico. 
O estiramento da parede aciona 2 reflexos: 
• Motor – relaxamento adaptativo 
• Químico – liberação do hormônio gastrina 
(causa aumento da produção de ácido no local) 
 
 
Autor: Eduardo Fucs Instagram: @efucs02 
Atividade motora gástrica 
REB do estômago – 3 ondas/min 
Musculatura na região do antro é mais 
espessa/grossa, ocasionando uma forte contração 
fásica. 
A presença do alimento dentro do estômago vai 
originar uma onda peristáltica de contração, que se 
origina no corpo gástrico e segue até o antro, onde é 
mais forte por ter mais musculatura, se propagando 
até a válvula pilórica, causando seu fechamento. 
A cada onda peristáltica que chega no antro com a 
contração vigorosa, é permitida a passagem de uma 
pequena porção do conteúdo para o duodeno pela 
válvula pilórica, sendo um esvaziamento gradual. 
A chegada da onda na região da válvula pilórica vai 
ocasionar seu fechamento. Como a contração ainda 
está ocorrendo, vai haver um movimento de 
retropulsão, auxiliando na trituração. 
Contração vigorosa do corpo gástrico – mistura; com 
o aumento da mistura, há uma maior digestão, 
resultando na formação do quimo. 
As contrações rápidas e vigorosas do corpo gástrico 
propiciam a mistura com secreções gástricas, 
otimizando a digestão; o alimento parcialmente 
digerido forma o quimo. 
 
 
 
O conteúdo gástrico é esvaziado de forma 
intermitente. 
A contração antral com o piloro fechado ocasiona a 
retropulsão do quimo (sístole antral), que auxilia na 
mistura do bolo alimentar, bem como na trituração. 
 
Quando esse mecanismo fisiológico de contração 
muscular não funciona, temos a gastroparesia, falta 
de motilidade no estômago. 
 
Esvaziamento gástrico – CMM 
Tanto no período digestivo quanto no interdigestivo, 
o estômago mantém seu ritmo elétrico basal, 
havendo o complexo motor migratório até nos 
momentos em que não está havendo a digestão. 
O que dita a força do movimento é a ação hormonal, 
estímulos mecânicos, a presença de corpos estranhos 
ou de alimentos, o que causa aumento do vigor/força 
dessa contração. 
A presença do quimo no intestino vai gerar um 
reflexo que lentifica o esvaziamento gástrico e da 
força de contração do estômago 
O quimo permanece no estômago entre 2 e 3h e a 
velocidade de esvaziamento vai depender da 
natureza química da refeição: carboidratos se 
esvaziam muito mais rapidamente, seguidos pelas 
proteínas e gorduras. 
 
Autor: Eduardo Fucs Instagram: @efucs02 
No período interdigestivo (1-2h), a musculatura 
estomacal permanece quiescente. Contudo, a cada 
90min, ocorre uma ‘onda de faxina’ no período 
interdigestivo, o complexo migratório mioelétrico 
(CMM). 
A CMM é uma onda de contração vigorosa, 
acontecendo a cada 90 minutos e dura até 10 
minutos, com o objetivo de retirar do estômago 
qualquer conteúdo gástrico que tenha permanecido 
no local após o processo digestivo. 
O epitélio estomacal é conhecido como epitélio tight, 
não havendo tanta absorção devido a forte aderência 
intercelular e a bicamada lipídica reforçada que as 
células possuem. O álcool pode ser absorvido na 
mucosa gástrica, aumentando a fluidez na bicamada 
lipídica das membranas celulares. 
Sólidos e líquidos do quimo gástrico são esvaziados 
com velocidades diferentes, sendo o líquido 
esvaziado muito mais rápido, enquanto que o sólido 
tem que ser transformado em algo viscoso para ser 
esvaziado e transferido para o duodeno. 
Regulação da velocidade do esvaziamento 
Controle neuroendócrino 
Alguns fatores afetam o esvaziamento gástrico: 
• Se o alimento for ácido, temos a secretina pelas 
células S, estimulando a contração pilórica e 
lentificando o esvaziamento gástrico 
• Se for uma gordura, temos a colecistocinina 
(aumenta o tônus e a contração pilórica) e o 
peptídeo gástrico inibidor (GIP) 
• Se for um aminoácido/peptídeos, há o uso da 
gastrina 
Estímulos duodenais produzem a inibição hormonal 
do esvaziamento gástrico 
Funções do esfíncter pilórico: 
• Barreira entre estômago e duodeno 
• Nos períodos interdigestivos (a mucosa gástrica 
não resiste a bile – mucosa duodenal não 
suporta ácido) 
• Regula a velocidade de esvaziamento gástrico – 
de acordo com a capacidade do duodeno 
processar o quimo 
• A contração pilórica causa a lentificação do 
esvaziamento gástrico 
Controle neural 
O controle da velocidade do esvaziamento gástrico é 
regulado por uma complexa comunicação entre o 
duodeno e o estômago. 
O pH ácido e os produtos da hidrólise lipídica e 
proteica no duodeno estimulam quimiorreceptores e 
osmorreceptores no duodeno, que levam impulsos 
sensoriais ao SNC. Com isso, são geradas respostas 
eferentes parassimpáticas, que causam a contração 
do piloro e a diminuição/lentificação do 
esvaziamento gástrico. 
 
Motilidade do intestino delgado 
Funções: 
• Mistura do quimo com as secreções 
gastrointestinais (pancreática, rica em enzimas 
digestivas, e biliar, com os sais biliares que 
promovem a digestão de gorduras) – digestão 
• Renovação do contato do quimo com a mucosa 
intestinal – absorção 
• Propulsão do quimo no sentido cefalocaudal – 
excreção 
Intestino delgado: 
• 5-7m de comprimento 
• Composto pelo duodeno, jejuno e íleo 
• Possui função de digestão e absorção 
• O quimo permanece no intestino delgado de 2 a 
4h 
Padrões de motilidade: 
• Segmentação – mistura do quimo com as 
secreções 
• Peristalses – curtas, cerca de 12-15cm, fazem a 
viagem do alimento na direção cefalocaudal 
• Complexo motor migratório– período 
interdigestivo, “faxina” 
 
Autor: Eduardo Fucs Instagram: @efucs02 
Movimentos propulsivos ou peristálticos: 
• Peristaltismo 
• Anél contrátil que se move em direção caudal, 
transportando o quimo 
• Estímulo: distenção, irritação do epitélio, 
inervação parassimpática 
• Dependência do plexo mioentérico 
 
• Os movimentos peristálticos dependem da 
integridade do SNE e de sua comunicação com 
a camada muscular e com a camada 
longitudinal. 
• No segmento propulsivo, há o relaxamento da 
musculatura longitudinal e contração da 
musculatura circular 
• No segmento receptivo, há a contração da 
musculatura longitudinal e a inibição da 
musculatura circular 
 
• Lei do intestino – contração proximal (ação da 
acetilcolina) e relaxamento distal (ação do VIP) 
• A peristalse propele o quimo no sentido 
cefalocaudal 
• Contração proximal ocorre por fibras 
colinérgicas e o relaxamento distal por fibras 
VIPérgicas (peptídeo intestinal vasoativo) – 
reflexos curtos intramurais 
 
 
Movimentos de mistura: 
• Segmentação 
• Contrações constritivas locais nas duas direções 
(para trás e para frente) 
• Lentas, dependendo do REB 
• Papel de mistura do quimo com as enzimas 
digestivas 
• Padrão motor mais comum do intestino delgado 
• Principal movimento de mistura 
• Anéis que contraem a musculatura circular, 
dividido o quimo em segmentos ovais 
• Envolve 1-4cm de intestino delgado, em 
intervalos de 5s 
 
Controle do peristaltismo intestinal: 
• Estimulado pela gastrina, colecistocinina, 
motilina, insulina, serotonina e prostaglandinas 
• Inibido pela secretina, noraepinefrina, 
glucagon, codeína e opioides 
 
• Durante o período interdigestivo, também há o 
complexo motor migratório no intestino 
delgado, ocasionado pela motilina. Ela aumenta 
nas fases de contrações e parece estar envolvida 
na motilidade do CMM. 
 
 
 
Autor: Eduardo Fucs Instagram: @efucs02 
Motilidade do intestino grosso 
Anatomia: sem vilosidades ou criptas profundas, 
possui comprimento de 1,5m e diâmetro de 6,5cm 
Funções: 
• Absorção e água, íons e ácidos graxos 
• Lubrificação das fezes pela produção de muco 
• Sítio de bactérias – microbiota 
Padrões motores: 
• Haustrações com retropulsão (só no cólon 
ascendente), crucial para melhor absorção de 
água e eletrólitos. 
• Haustrações (contrações segmentares da 
musculatura circular), misturando melhor o 
conteúdo fecal com o muco produzido pelas 
células caliciformes. 
• Movimentos em massa (3 a 4 vezes no dia) – 
movimentos de propulsão na direção 
cefalocaudal 
• Defecação – reflexo envolvendo o reto e o canal 
anal 
Permanência das fezes no cólon: 18-24h 
Controle do esfíncter ileocecal: 
• A chegada do conteúdo luminal do íleo ao cólon 
proximal é regulada pela atividade do esfíncter 
ileocecal 
• Quando o alimento chega na porção distal do 
íleo, distendendo-a, ocorre o relaxamento do 
esfíncter ileocecal, promovendo o 
esvaziamento do íleo. 
• Já a contração do cólon gera a contração do 
esfíncter ileocecal para evitar o retorno do 
alimento para o íleo. 
• Reflexo gastroileal: aumento da atividade 
cotnrátil e secretora do estômago (após ingestão 
de alimento) – maior atividade contrátil do íleo 
– relaxamento do esfíncter ileocecal 
• Gastrina e colecistocinina: relaxam o esfíncter 
ileocecal 
 
Contrações haustrais ou de mistura: 
• Movimentos segmentares lentos que movem a 
massa fecal pelo cólon, favorecendo a absorção 
de água e eletrólitos e a lubrificação do 
conteúdo 
• Podem ser estimuladas pela distensão do cólon 
Movimentos de massa (peristálticos): 
• Presença de alimento no estômago – reflexo 
gastrocólico 
• Início de ondas peristálticas (de massa), 
geralmente no cólon descendente/sigmóide, e 
que empurram a massa fecal em direção ao reto, 
resultando na defecação 
• A contração de um haustro propele o conteúdo 
luminal para outro haustro próximo 
Defecação: 
• Movimento de massa – fezes entram no reto – 
estiramento da parede do reto (vontade de 
defecar) – reflexo parassimpático (medula 
sacral) – contração do sigmóide e do reto – 
relaxamento do esfíncter anal interno – 
contração voluntária do esfíncter anal externo 
(ou não) – se não ocorre a defecação, o reflexo 
é interrompido até o próximo movimento em 
massa. 
• Quando o conteúdo fecal chega ao reto, há um 
aumento passivo da pressão interna da parede 
do reto, suficiente para deflagrar um aumento 
ativo da pressão da parede retal por reflexo. Isso 
é acompanhado pela diminuição da pressão do 
esfíncter anal interno (que se relaxa) e aumento 
da pressão do esfíncter anal externo (que se 
contrai). Caso haja defecação, há o relaxamento 
do esfíncter anal externo e consequente 
diminuição da pressão desse. 
• EAI – musculatura lisa 
• EAE – musculatura estriada esquelética 
Reflexo da defecação: 
• A distensão do reto, além de desencadear o 
reflexo de defecação, sinaliza a conscientização 
da necessidade de evacuação. Se esta for 
protelada, os esfíncteres retomam os seus tônus 
normais e ocorre retropulsão das fezes do reto 
para o sigmoide. 
• Quando os sinais chegam na medula sacral, há 
outros sinais, como a inspiração profunda, o 
fechamento da glote, a contração dos músculos 
Autor: Eduardo Fucs Instagram: @efucs02 
abdominais para aumentar a pressão intra 
abdominal e o relaxamento do assoalho pélvico. 
• O reflexo pode ser propositalmente ativado por 
inspiração profunda e rebaixamento do 
diafragma – eleva a pressão abdominal, mas é 
um método menos eficaz.

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