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Fisiologia Endócrina PÂNCREAS ENDÓCRINO

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Fisiologia 5º Semestre 
 
Victória Louise 
FISIOLOGIA 
AULA 3 FISIOLOGIA ENDÓCRINA 
PÂNCREAS ENDÓCRINO 
11ª. SEMANA - AULA 11 19/05/2020 
01 CARACTERÍSTICAS DO PÂNCREAS E 
SEUS HORMÔNIOS 
 O pâncreas é um órgão único, alongado 
e achatado, pesa cerca de 80 a 100 gramas, 
com 20 cm de comprimento e 5 cm de altura, 
localiza-se próximo à parede posterior e 
superior do abdome, entre L1-L3, do lado 
esquerdo. Inicia-se próximo ao duodeno 
(cabeça), estende-se (corpo) até próximo ao rim 
esquerdo e baço (cauda). Embriologicamente 
tem origem no intestino anterior do feto. 
Histologicamente o pâncreas apresenta 2 
tipos de estruturas: 
Ácinos pancreáticos (98% do órgão): 
 Composto por glândulas exócrinas, 
produzem e secretam enzimas digestivas e 
bicarbonato de sódio para o duodeno (ducto 
pancreático) - função digestiva. 
Ilhotas de langerhans (2% do órgão): 
 Com diferentes tipos de células 
dispostas em círculos (ilhotas) que produzem 4 
diferentes hormônios, secretam seus produtos 
para a circulação. Altamente vascularizadas e 
inervadas pelos ramos simpático e 
parassimpático- função endócrina. 
 Em humanos existe cerca de 1 milhão de 
ilhotas de Langerhans, com 4 tipos diferentes de 
células e que produzem os seguintes 
hormônios: 
 Células beta (B): produzem Insulina (60 
a 80%); 
 Células alfa (A): produzem Glucagon (20 
a 25%); 
 Células delta (D): produzem 
Somatostatina (5 a 10%); 
 Célula F: produzem polipeptídio 
pancreático (< 1%). 
 
 
 
 Insulina: Hormônio Hipoglicemiante. 
 Glucagon: Hormônio Hiperglicemiante. 
Somatostatina: 14 aminoácidos em cadeia 
única, sintetizado no pâncreas (células D), SNC 
e TGI (estômago e intestinos). Ação inibitória 
geral (TGI), no pâncreas inibe a liberação de 
insulina e glucagon. 
Fisiologia 5º Semestre 
 
Victória Louise 
Polipetídeo pancreático (pp): sintetizado pelas 
células F devido à estimulação parassimpática, 
hipoglicemia aguda e ação da CCK 
(colecistocinina). Promove inibição da contração 
da vesícula biliar e secreção de enzimas 
pancreáticas (digestão). Significado fisiológico a 
ser esclarecido. 
Insulina 
 Hormônio proteico, secretado pelas 
células beta ou células B (PM 6.000), formado 
por duas cadeias lineares, a cadeia A com 21 
AAs e a cadeia B com 30 AAs, ligadas por 2 
pontes de dissulfeto. A pró-insulina apresenta 
uma cadeia conectora (peptídeo C, com 33 
AAs), PM 9.000 e na sua secreção ocorre 
clivagem da cadeia C, tornando o hormônio 
ativo. 
 Níveis Basais (plasma): 0,2 ng/ml; 
 Jejum Prolongado: 0,1 ng/ml; 
 Pós-prandial: 1 a 2 ng/ml; 
 Meia Vida: 5 minutos (1mg insulina 
cristalina = 25 Unidades). 
 Após acoplamento da glicose ao 
receptor da célula beta, a secreção de insulina 
eleva-se após 1 minuto. Há porém secreção de 
insulina mediado por hormônios do TGI, 
moderando a elevação inicial de glicose quando 
da absorção intestinal. 
 Estimuladores da secreção de insulina: 
Glicemia alta (principal) e outros carboidratos, 
proteínas (alguns AAs), AGL, hormônios do TGI 
(GIP, gastrina, secretina), glucagon e 
acetilcolina. 
 Inibidores da secreção de insulina: 
Glicemia elevada, jejum, exercício, 
somatostatina, catecolaminas e 
prostaglandinas. 
 Se glicemia < 50 mg/dl: Não há secreção 
de insulina; 
 Glicemia normal: cerca de 0,5 ng/ml; 
 Glicemia de 150 mg/dl: cerca de 1 ng/ml; 
 Glicemia > 300 mg/dl: 3 a 4 ng/ml; 
 Metabolização: rim e fígado, clivando as 
pontes de dissulfeto. 
Glucagon 
Hormônio proteico, secretado pelas células alfa 
ou células A (PM 3.500), cadeia única de 29 
AAs. Sintetizado na forma de pré-hormônio (PM 
9.000). 
 Níveis Basais (plasma): 100 pg/ml; 
 Jejum prolongado (ou hipoglicemia): 200 
a 400 pg/ml; 
 Pós-prandial (ou hiperglicemia): 40 a 50 
pg/ml; 
 Meia-Vida: 6 minutos; 
 Controle parácrino insulina-glucagon. 
 Células intestinais secretam peptídeos 
semelhantes ao glucagon, denominados de 
entero-glucagon (função biológica ainda não 
totalmente conhecida). 
Estimuladores da secreção de glucagon: 
Glicemia baixa, jejum, exercício, GH, cortisol, 
catecolaminas, estresse (cirurgias, infecção, 
etc.) e certos aminoácidos. 
Inibidores da secreção de glucagon: Glicemia 
elevada, insulina, AGL e somatostatina. 
 
Necessidade diária de glicose: 
 Repouso (AVDs): 180 a 200 gr. 
Fisiologia 5º Semestre 
 
Victória Louise 
 Exercício duradouro: 300 a 800 gr. 
Tecidos que só metabolizam glicose: 
Cérebro, hemácias, leucócitos, olho. 
12ª. SEMANA - AULA 12 26/05/2020 
02 EFEITOS FISIOLÓGICOS DA 
INSULINA E GLUCAGON 
A insulina exerce seus efeitos fisiológicos no 
fígado, nos músculos esqueléticos e nos 
adipócitos. Já o glucagon exerce seus efeitos 
somente na fígado e nos adipócitos. Estes 
efeitos fisiológicos são os seguintes: 
No fígado a insulina promove: 
 Incremento da glicogênese hepática 
(ativa a glicogênio sintetase). 
 Incremento da glicólise hepática (ativa a 
fosfofrutoquinase). 
 Incremento da captação e fosfatação da 
glicose (ativa a glicoquinase). 
 Redução da glicogenólise hepática (inibe 
a fosforilase). 
 Redução da gliconeogênese (inibe as 
carboxilases). 
 Incremento da lipogênese hepática a 
 partir dos carboidratos. 
 Redução das oxidação dos AGL 
(redução da cetogênese). 
 Incremento da formação de AGL (dos 
carboidratos e gorduras). 
No músculo esquelético a insulina promove: 
 Incremento da captação de glicose 
muscular. 
 Incremento da glicogênese muscular. 
 Incremento da oxidação de glicose. 
 Incremento da captação de aminoácidos 
(AAs). 
 Incremento da síntese proteica. 
 Redução da proteólise. 
Nos adipócitos a insulina promove: 
 Incremento da lipogênese (formação de 
AGL). 
 Incremento do armazenamento de TG 
nos adipócitos. 
 Incremento do transporte de glicose para 
os adipócitos. 
 Redução da mobilização dos TG dos 
adipócitos. 
Resumo dos efeitos fisiológicos da insulina 
 Incrementa a utilização e 
armazenamento de glicose (forma de glicogênio 
hepático e muscular), promove anabolismo (em 
especial pós-prandial), incrementa a síntese de 
AGL e armazenamento na forma de TG, 
reduzindo os níveis circulantes de AGL e 
cetoácidos e, eventualmente de TG. 
 Consumo global de glicose pelo SNC 
independe da insulina, porém o hipotálamo é 
sensível à insulina. Receptores para a insulina 
estão no hipotálamo e nas células alfa e beta do 
pâncreas. 
 
No fígado o glucagon promove: 
 Incremento da liberação de glicose 
hepática (glicose 6 fosfatase). 
 Incremento da glicogenólise hepática 
(ativa a fosforilase). 
 Incremento da gliconeogênese hepática 
(AAs e AGL, ativa carboxilases). 
 Incremento da beta oxidação hepática. 
 Incremento da cetogênese. 
Fisiologia 5º Semestre 
 
Victória Louise 
Nos adipócitos o glucagon promove: 
 Incremento da lipólise (mobilização dos 
TG dos adipócitos). 
 O Glucagon praticamente não tem ações 
em outros tecidos periféricos, inclusive 
no músculo esquelético. 
 
 
 
 
03 REGULAÇÃO DA GLICEMIA 
 A glicemia deve permanecer em valores 
dentro da normalidade (faixa de 80 a 120 mg/dl 
ou mg%), graças fundamentalmente as ações 
da insulina (hormônio com efeito 
hipoglicemiante) e do glucagon (um hormônio 
com efeito hiperglicemiante). 
 O principal fator desta regulação é a 
glicemia, porém é afetada em grau menor pelos 
AAs plasmáticos. Jejum, estado alimentado, 
exercício e estresse também influenciam a 
secreção destes hormônios. 
 A regulação faz-se por meio de 
retroalimentação negativa (principal), 
controle parácrino e atividade neurovegetativa 
sobre o pâncreas endócrino. 
Hiperglicemia ou Pós-prandial 
 
Fisiologia 5º Semestre 
 
Victória Louise 
Hipoglicemia ou jejum 
 
Regulação da glicemia 
A insulina exerce seus efeitos acoplando-se a 
seus receptores específicos na membrana 
celular. Isto resulta na ativação dos 
transportadores de glicose(transdução), que 
promovem o transporte de glicose para o interior 
da célula. É uma família de transportadores, 
denominados de GLUT. 
 GLUT 1 = cérebro, hemácia, rim e 
placenta; feto ? (sem insulina) 
 GLUT 2 = hepatócito (sem insulina, o 
fluxo de glicose é para o LEC) 
 GLUT 3 = músculo esquelético (no 
exercício, ação permissiva insulina) 
 GLUT 4 = músculo esquelético e 
adipócitos (insulinodependente) 
 GLUT 5 = intestino 
O glucagon exerce seus efeitos acoplando-se a 
receptores de membrana, desencadeando 
elevação dos níveis de AMPc como segundo 
mensageiro. 
Regulação da glicemia – GLUT 4 
 
 
Regulação da glicemia – GLUT 2 
 
 
Fisiologia 5º Semestre 
 
Victória Louise 
 Os ajustes da atividade do pâncreas 
endócrino é um dos poucos que não exige a 
participação do eixo hipotálamo-hipófise-
glândula alvo. 
 O controle da atividade do pâncreas 
endócrino é realizado apenas pela taxa 
glicêmica que regula as secreções da insulina e 
glucagon, sem a existência de um hormônio 
hipofisário para tal regulação. 
04 DIABETES MELLITUS 
 É uma patologia resultante da deficiência 
ou ausência de insulina, insensibilidade dos 
receptores (ou resistência) a este hormônio ou, 
raramente, pela produção excessiva do 
glucagon. 
 É caracterizada pela elevada taxa de 
glicose sanguínea (hiperglicemia). Esta 
disfunção compromete o funcionamento de 
diferentes órgãos, alterando ajustes metabólicos 
importantes e, assim a longo prazo, 
promovendo danos irreversíveis ao indivíduo. 
 A Diabetes Mellitus pode ser classificada 
em 2 tipos: 
 Diabetes Mellitus Insulino Dependente 
(DMID) ou tipo 1. 
 Diabetes Mellitus Não Insulino 
Dependente (DMNID) ou tipo 2. 
DM tipo 1 (DMID): incidência de 10% dos 
diabéticos; causas autoimune ou componente 
hereditário. Causas: hereditariedade, estresse, 
disfunção autoimune, doença do pâncreas ou 
endócrina. Tratamento: administração de 
insulina (diferentes tipos e doses), exercício, 
alimentação adequada e hábitos de vida. 
DM tipo 2 (DMNID): incidência de 90% dos 
diabéticos, em geral acomete idosos e obesos. 
Causas: hereditariedade, obesidade, 
sedentarismo, estresse, idade avançada, dieta 
inadequada ou uso de alguns fármacos. 
Tratamento: hipoglicemiantes orais, alimentação 
adequada (redução da obesidade), exercícios e 
hábitos de vida. Em alguns diabéticos pode 
haver a administração de insulinas lentas. 
DM gestacional: incidência de 5 a 10% das 
gestantes, é resultante de uma resistência à 
insulina; há poucos sintomas mas aumenta o 
risco fetal e de pré-eclâmpsia. Causas: 
hereditariedade, peso excessivo na gestação, 
alimentação inadequada e ovários policísticos. 
Resistência à insulina do DM tipo 2: 
No DM 2 com resistência à insulina há redução 
da fosforilação da tirosina quinase (IRS) e esta 
por sua vez reduz/impede a fosforilação do 
fosfatidilinositol 3 quinase (PI 3 Quinase), 
responsável pela síntese e translocação do 
GLUT 4 para a membrana celular, acarretando, 
assim, hiperglicemia crônica. Isto pode-se dever 
a alterações no receptor da insulina, no IRS ou 
no PI 3 Quinase. 
DIABETES MELLITUS - SINTOMAS 
 Hiperglicemia (glicemia de jejum > 126 
mg%). 
 Hemoglobina glicada superior a 6,5%. 
 Poliúria (urina abundante). 
 Polidipsia (sede intensa). 
 Polifagia (fome intensa). 
 Glicosúria (perda renal de glicose). 
 Neuropatias periféricas (autonômicas). 
 Retinopatia. 
 Nefropatias. 
 Cardiopatias. 
 Infecções cutâneas. 
 Sonolência frequente. 
 Cansaço físico e mental. 
 Cãibras frequentes. 
 Alterações de peso (perda, em geral). 
 Depressão. 
13ª. SEMANA - AULA 13 02/06/2020 
FISIOPATOLOGIA DO DM NÃO 
COMPENSADO: 
 Hiperglicemia acentuada, diurese 
osmótica, glicosúria, poliúria, polifagia e perda 
de peso, polidipsia, cetonúria e cetonemia, 
proteólise muscular, mobilização de TG e 
redução do percentual de gordura, cetose, 
acidose metabólica, hiperventilação, 
desidratação, hipovolemia, hipotensão, choque 
circulatório e coma. 
Fisiologia 5º Semestre 
 
Victória Louise 
05 TRATAMENTO DA DIABETES 
MELLITUS 
 O controle da Diabetes Mellitus envolve 
uma série de cuidados e ações para evitar a 
hiperglicemia mantida e as consequências desta 
condição. O tratamento da DM deve ser não 
farmacológico e, se necessário, também 
farmacológico. 
 No tratamento farmacológico o diabético 
faz uso de hipoglicemiantes orais e/ou insulinas 
e o tratamento não farmacológico inclui 
mudanças nos hábitos de vida, dieta e também 
na realização de atividade física regular. 
 1 - Hipoglicemiantes orais e/ou insulinas. 
 2 - Dieta adequada. 
 3 - Hábitos de vida / educação. 
 4 - Exercício Físico. 
Classes de hipoglicemiantes orais 
 1 - Sulfoniluréias: Orinase, Tolinase, 
Diabinese, Glucotrol, Amaryl. 
 2 - Tiazolidinedionas: Avandia, Actos. 
 3- Metformina: Glucoformin, Dimefor, 
Glifage. 
Tipos de insulinas 
 
Dieta adequada 
O controle da dieta é importante e deve ser 
realizado pela quantidade de ingesta calórica 
(redução calórica, se necessário) e 
também ter a opção por frutas, legumes e 
carnes, evitando as gorduras (controle da 
obesidade) e principalmente os carboidratos 
(de alto índice glicêmico e rápida absorção) tais 
como açúcar, glicose, massas e amido para o 
perfeito controle glicêmico. 
Hábitos de vida/educação 
 1 – Cuidados com a pele. 
 2 – Cuidados com os pés/unhas. 
 3 – Cuidados com infecções. 
 4 – Conhecimento da patologia e 
cuidados gerais. 
EXERCÍCIO FÍSICO 
Captação de glicose no exercício - GLUT. 
 
 No EXERCÍCIO há maior captação de 
glicose pelas células musculares 
esqueléticas devido a: 
1) Ação da insulina (apesar de níveis 
plasmáticos baixos) atua na translocação do 
GLUT 4 (efeito discreto). 
2) Níveis plasmáticos elevados de Bradicinina 
(BK), liga-se ao seu receptor e potencia as 
ações da insulina no GLUT 4. Eleva-se também 
os níveis de óxido nítrico (NO). 
3) Ação de ”Elemento Responsivo ao Exercício” 
(desconhecido). 
4) Níveis intracelulares elevados de AMP, 
advindos da hidrólise do ATP durante o 
exercício, fosforila o IRS e o PI 3 Quinase, 
aumentando a captação de glicose, atuando no 
GLUT 3 (pode vir de alterações do 
GLUT 4, com ação permissiva da insulina). - 
IMPORTANTE. 
5) Elevação da concentração intracelular de 
cálcio (advindos do RS), atuando sobre o GLUT 
3. 
6) O GLUT 3 está localizado no sarcoplasma, 
próximo aos túbulos T, é ativados pelo cálcio e 
ocorre a sua translocação para o sarcolema 
(independente da insulina). 
Aeróbios 
Não Atletas: andar, correr, pedalar, nadar, 
remar e jogos diversos. Duração de 20 a 90 
minutos. Intensidade: próximo ao limiar 
anaeróbio, evitar intensidades máximas, devido 
a possibilidade de hiperglicemia (especialmente 
em não atletas). Atletas: intensidades elevadas 
Fisiologia 5º Semestre 
 
Victória Louise 
ou máximas dependendo da modalidade 
praticada. Treinamento semelhante a indivíduos 
atletas não diabéticos. OBS: para ambos os 
casos, ter controle glicêmico antes, durante e 
após o treinamento (ter sempre glicose à mão). 
Resistidos / anaeróbios: 
Não Atletas: A) circuitos em exercícios 
resistidos, com intensidade de 30 a 
50% de 1RM, 6 a 12 estações, exercícios com 
duração e descanso de 1 minuto, 8 a 15 
repetições, 1 ou 2 voltas no circuito. B) 
Treinamento intervalado (correr, pedalar, nadar, 
etc), evitando intensidade máxima. Atletas: A) 
circuitos de exercícios resistidos intensos, em 
função da modalidade de competição. B) 
Exercícios intervalados de intensidade elevada 
ou máxima. OBS: para ambos os casos, ter 
controle glicêmico antes, durante e após o 
treinamento (ter sempre glicose à mão). 
Esquema de redução de insulinas 
anterior ao exercício (em %) 
 
Pode-se fazer exercícios quando o voluntário 
estiver em hiperglicemia? 
O que fazer quando o voluntário apresentar 
hipoglicemiadurante ou logo após o 
treinamento? 
 
 
 
 
 
 
 
Fisiologia 5º Semestre 
 
Victória Louise 
PRE = pré-treinamento; PÓS = pós-treinamento; 
R = Resistido ; A = Aeróbio; D = Diabéticos; S = 
Saudáveis. 
 
 
Conclusões 
1 - A atividade física regular (treinamento) é um 
importante agente não farmacológico para o 
controle glicêmico e redução da gravidade do 
Diabetes Mellitus (DM). É uma forma agradável, 
barata e rápida de controlar a DM. 
2 - Durante o exercício físico há maior captação 
de glicose pelas células musculares devido a 
atuação do GLUT 4 (menor efeito), sob a ação 
da insulina, e do GLUT 3 (maior efeito) pela 
ação permissiva da insulina, da atuação do 
AMP (vindo da hidrólise do ATP), pelo cálcio 
intracelular (do RS) ou alterações do próprio 
GLUT 4 em GLUT 3. 
3 - O adequado esquema de redução de 
hipoglicemiantes ou insulina é importante 
quando da realização de atividades físicas 
duradouras e exaustivas para evitar episódios 
de hipoglicemias. 
4 - Os tipos (aeróbios/resistidos), duração, 
frequência e intensidade do exercício físico 
devem ser corretamente prescritos e 
supervisionados por profissional habilitado. 
Ajustes devem ser feitos em função do 
voluntário e a severidade da doença. 
5 - Em condições de hiperglicemia acentuada (> 
300 mg %), evitar o exercício ou executá-lo 
abaixo do limiar anaeróbio, para evitar aumento 
do tônus simpático. 
6 - Em condições de hipoglicemia acentuada, 
durante ou após o exercício (< 70 mg %), 
oferecer primeiramente glicose (com alto IG) e 
depois alimento com baixo IG (índice glicêmico). 
7 - A atividade física regular para DM promove 
melhora das dislipidemias, dos parâmetros 
ergoespirométricos, do limiar anaeróbio, da 
glicemia de jejum e da hemoglobina glicada. 
8 - A prática de atividade física regular 
(treinamento) para o diabético permite a este 
um melhor controle glicêmico e adaptações 
fisiológicas importantes que previne, em graus 
variados, o surgimento ou agravamento de 
outras doenças associadas. 
 O controle glicêmico é muito importante 
para a manutenção da homeostasia metabólica 
do organismo e é realizado graças as ações dos 
hormônios insulina (hormônio hipoglicemiante) 
e o glucagon (hormônio hiperglicemiante). 
 
 
	FISIOLOGIA 
	AULA 3 FISIOLOGIA ENDÓCRINA 
	PÂNCREAS ENDÓCRINO 
	01 CARACTERÍSTICAS DO PÂNCREAS E SEUS HORMÔNIOS 
	12ª. SEMANA - AULA 12 26/05/2020 
	02 EFEITOS FISIOLÓGICOS DA INSULINA E GLUCAGON 
	03 REGULAÇÃO DA GLICEMIA 
	04 DIABETES MELLITUS 
	13ª. SEMANA - AULA 13 02/06/2020 
	05 TRATAMENTO DA DIABETES MELLITUS

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