Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Oxigenoterapia Consiste na administração de oxigênio acima da concentração do gás ambiental normal (21%) Administração por meio dos dispositivos de oxigenoterapia Objetivo: manter a oxigenação tecidual adequada, corrigindo a hipoxemia e promovendo a diminuição da carga de trabalho cardiopulmonar através da elevação dos níveis alveolar e sanguíneo de oxigênio Cada tipo de oxigenoterapia fornece quantidades variáveis de oxigênio que vão ser escolhidos de acordo com o paciente PaO2 < 60 mmHg ou SatO2 < 90% (em ar ambiente) SatO2 < 88% durante a deambulação, exercício ou sono em portadores de doenças cardiorrespiratórias IAM Intoxicação por gases (monóxido de carbono) Envenenamento por cianeto Geralmente em internações, emergências, UTI, portadores de doenças respiratórias crônicas Relativas: pessoas com ansiedade, agitação, obesidade mórbida, gestação, apresenta hipersecreção Absolutas: parada respiratória, distensão abdominal, trauma ou queimadura na face, casos de instabilidade hemodinâmica, queda do nível de consciência Fornecem oxigênio suplementar às vias aéreas diretamente com fluxos de 8 L/min ou menos Como o fluxo inspiratório de um adulto é superior a este valor, o oxigênio fornecido por este dispositivo de baixo fluxo será diluído com o ar, resultando numa FiO2 baixa e variável O uso vai depender da profundidade respiratória de cada paciente Fornecem uma determinada concentração de oxigênio em fluxos iguais ou superior ao fluxo inspiratório máximo do paciente e asseguram uma FiO2 conhecida Indicados para pacientes que precisam de uma quantidade de oxigênio exata e constante. Exemplo: cateteres transtraqueais, máscaras de Venturi, máscaras de aerossol, colares de traqueostomia, peças em T e tendas parciais. O cateter nasal é o método mais comumente utilizado para a administração de oxigênio, mas normalmente é limitado a fluxos de 2 L/min em crianças, a fim de evitar lesões da mucosa. O cateter deve ser trocado a cada 8 h, alternando as narinas para evitar irritação e infecção nasais. Procedimentos • Explicar ao paciente sobre o cuidado; • Lavar as mãos; • Organizar o material; • Colocar o paciente em posição de Fowler; • Calçar as luvas; • Unir o cateter ou a máscara ao látex e este ao umidificador; • Medir, com o cateter, a distância entre a ponta do nariz e o lóbulo da orelha, marcando com esparadrapo, para determinar o quanto o cateter deve ser introduzido; • Abrir o fluxômetro e deixar fluir um pouco de oxigênio para evitar acidentes por saída intempestiva de oxigênio; • Hiperestender a cabeça do cliente e introduzir o cateter pelo assoalho de uma das narinas, até o ponto marcado, ou adaptar a máscara à face do cliente e fixar com cadarço; • No caso do cateter nasal, observar a posição dele através da boca do cliente: o extremo do cateter deve aparecer atrás da úvula, se ultrapassar o cavum (nasofaringe), poderá haver náuseas, vômitos e perderá sua finalidade, pois o ar irá para o esôfago; • Retirar as luvas; • Fixar o cateter nasal com esparadrapo sobre o nariz ou a face do cliente; • Regular o fluxo de oxigênio até a quantidade prescrita; • Deixar o cliente confortável e o ambiente em ordem; • Lavar as mãos; • Anotar o cuidado prestado. Fornece FiO2 de 40% a 60% quando se usa um fluxo de 8 L/min. Deve ser usada com um fluxo mínimo de 5 L/min para prevenir retenção de dióxido de carbono (CO2). Existem dois tipos, as máscaras não reinalantes (FiO2 de 100% com um fluxo de 10 L/min) ou máscaras com reinalação parcial (FiO2 entre 50% e 90%). • Difícil fixar esse tipo de máscara no rosto, além de prejudicar a alimentação e a higiene brônquica. Máscara de Reinalação Parcial Apresentam uma bolsa-reservatório que deve permanecer insuflada durante a inspiração e a expiração. A enfermeira ajusta o fluxo de oxigênio para garantir que a bolsa não se colabe durante a inalação. Uma alta concentração de oxigênio pode ser liberada porque tanto a máscara quanto a bolsa servem como reservatórios para o oxigênio. O oxigênio entra na máscara através de um equipo de pequeno calibre que se conecta na junção da máscara e bolsa. Quando o paciente inspira, o gás é puxado a partir da máscara, da bolsa e, potencialmente, do ar ambiente através das portas de expiração. O percentual real de oxigênio liberado é influenciado pelo padrão ventilatório do paciente. Máscara de Não Reinalação Uma válvula unidirecional localizada entre a bolsa- reservatório e a base da máscara permite que o gás proveniente da bolsa-reservatório entre na máscara à inalação, porém impede que o gás que entra na máscara retorne para dentro da bolsa-reservatório durante a expiração. As válvulas unidirecionais localizadas nas portas de expiração impedem que o ar ambiente entre na máscara durante a inalação. Elas também permitem que os gases expirados pelo paciente saiam da máscara à expiração. Assim como ocorre com a máscara de reinalação parcial, é importante ajustar o fluxo de oxigênio de modo que a bolsa-reservatório não se colabe por completo à inspiração. Em teoria, quando a máscara de não reinalação se adapta firmemente ao paciente e ambas as portas laterais de expiração têm válvulas unidirecionais, é possível ao paciente receber oxigênio a 100%, tornando a máscara de não reinalação um sistema de oxigênio de alto fluxo. Como é difícil obter um ajuste exato da máscara em todos os pacientes e como algumas máscaras de não reinalação apresentam apenas uma válvula de expiração unidirecional, é quase impossível garantir a administração de oxigênio a 100%, o que a torna um sistema de oxigênio de baixo fluxo. Cuidados de Enfermagem • Adaptar a máscara firmemente para evitar que o oxigênio flua para dentro dos olhos do paciente. • Avaliar a pele do paciente quanto à irritação. • Remover a máscara para alimentar, beber e ingerir medicamentos, quando então o oxigênio suplementar é fornecido através de uma cânula nasal. Método mais confiável e preciso de administrar concentrações exatas de oxigênio através de meios não invasivos. Fabricada de maneira que permite um fluxo constante de ar ambiente misturado com um fluxo fixo de oxigênio. Ela é utilizada principalmente para pacientes com DPOC porque pode fornecer, com precisão, níveis apropriados de oxigênio suplementar, evitando, assim, o risco de suprimir o estímulo hipóxico. Usa o princípio de Bernoulli do aprisionamento de ar (aprisionando o ar como um vácuo), o que propicia um fluxo de ar elevado com o enriquecimento de oxigênio controlado. Para cada litro de oxigênio que passa através de um orifício de jato, uma proporção fixa de ar ambiente será arrastada. Um volume exato de oxigênio pode ser administrado variando no tamanho do orifício de jato e ajustando o fluxo de oxigênio. O excesso de gás deixa a máscara através de duas portas de expiração, carregando com ele o dióxido de carbono expirado. Esse método permite que uma concentração de oxigênio constante seja inspirada, independentemente da profundidade ou da frequência da respiração. Certificar-se de que o equipamento esteja completo e em perfeito estado para sua utilização. As vias aéreas devem estar desobstruídas Altos fluxos podem gerar desconforto e distensão gástrica. Manter umidificador de gases abastecido com água destilada. O deslocamento constante do cateter (principalmente o do tipo óculos), bem como a umidificação inadequada, podem ocasionar lesões, ressecamento e sangramento da mucosa nasal. Atenção contínua a sinais de toxicidade pelo uso prolongado e/ou em altas concentrações de oxigênio. Os fluxos não aquecidos podem favorecer hipotermia do paciente. Atenção contínua a sinais de toxicidade pelo uso prolongado e/ou em altas concentrações de oxigênio. Na persistência de baixos níveis de SpO2 e/ou dispneia,comunicar a equipe médica e considerar a necessidade de outro sistema de oxigenoterapia. Em caso de intercorrência clínica, comunicar a equipe médica, e registrar o ocorrido em prontuário. Em caso de não funcionamento adequado do equipamento, cancelar o procedimento e solicitar troca e/ou reposição do mesmo. Tem que avaliar a condição do quarto em que o paciente está, pois o oxigênio é altamente inflamável Se for oxigenoterapia por cilindros, eles devem estar sempre na vertical para evitar acidentes e tem que ficar longe de aparelhos eletrônicos (televisão, computador, etc) Sempre anotar no prontuário quando começou, quanto que foi, o meio da administração e quem começou o procedimento Sempre monitorar os SSVV, principalmente o estado de consciência Em relação à máscara, ela pode ser um pouco desconfortável ao paciente, por isso, retirar de 2 em 2 horas por alguns minutos para diminuir o desconforto e aproveitar para limpar a pele do paciente nesse momento (o oxigênio é umidificado e pode ter mais secreções, por exemplo) Monitoração: oximetria de pulso (contínuo e não invasivo; sensor com um LED e um fotodetector e pode usar o pé, dedo, mão ou lóbulo da orelha, colocando o LED de um lado e o fotodetector do outro; o LED vai incidir uma luz para o fotodetector que vai detectar a oxigenação das hemoglobinas); nos lactentes ficar reposicionando de 4 em 4 horas pois a pele é muito sensível Preparar, orientar e apoiar a criança e a família durante o procedimento; permitir que a criança toque no dispositivo; uso do brinquedo terapêutico; se atentar às necessidades da criança, como mobilidade, higienização, etc Lembrar que a oxigenoterapia não é só para tratamento, mas também para prevenção Ruptura da integridade da pele Epistaxe Ressecamento da mucosa Toxicidade do oxigênio (prescrever o menor fluxo possível para o paciente) Atelectasias Necrose por retenção de O2 Parada respiratória (pacientes com DPOC) Assim como os efeitos positivos, o oxigênio pode apresentar efeitos citotóxicos se administrado sem excesso. Dessa forma, altas concentrações de oxigênio, pode levar ao comprometimento do SNC , respiratório e cardiovascular. Referências POTTER, P. "Perry, Anne et all. Fundamentos de Enfermagem." (2013). Cheever, Kerry H. Brunner e Suddarth: Tratado de enfermagem médico-cirúrgica, volumes 1 e 2 / Janice L. Hinkle, Kerry H. Cheever; Tradução Patrícia Lydie Voeux ... [et al.]. – 13. ed. – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016.
Compartilhar