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Aulas de Clínica de Bebês I - Copia

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Clínica de
Bebês 
Aula 1: Protocolo clínico para o atendimento de bebês.
Aula 2: Manejo do comportamento na clínica de bebês.
Aula 3: Manejo do comportamento na clínica de bebês.
Aula 4: Mil dias de vida.
Aula 5: Gestação, nascimento e saúde bucal.
Aula 6: Amamentação e saúde bucal – parte I
Aula 7: Amamentação e saúde bucal - parte II
Aula 8: Odontologia na 1ª infância e Características bucais do recém-nascido.
Aula 9: Características bucais na primeira infância.
Aula 10: Cárie na Primeira Infância - parte 1.
Aula 11: Cárie na Primeira Infância - parte 2.
Aula 12: Cárie na Primeira Infância - parte 3.
Aula 13: Tratamento endodôntico de dentes decíduos.
Odontologia – Uri Erechim 9°semestre 2021
Roteiro: 
1. Introdução.
2. Diferentes queixas na primeira consulta e a forma de abordagem dos pais e bebes.
 	2.1. Primeira consulta preventiva.
 	2.2 Consulta de urgência.
3. Tópicos especificos sobre o atendimendo de bebes.PROTOCOLO CLÍNICO PARA O ATENDIMENTO DE BEBÊS
Aula 01: 15/03/2021
+ Basicamente dois tipos de primeira consulta: a preventiva que é o que esperamos que aconteça ou a consulta de urgência. 
1. Introdução:
❀ 1ª consulta odontológica: ❀
● Criar a relação entre a criança cirurgião-dentista e família.
+ É o momento especial para que comece conhecer a criança e família, mesmo que a criança não lembre dessa consulta depois de adulta. 
+ Com muita conversa, mostrar para família que estamos capacitado a atender as crianças. 
● Artigo mostra que: ● Experiências vivenciadas na primeira consulta poderão repercutir diretamente na cooperação da criança em futuros procedimentos odontológicos. 
● Artigo que mostra experiências adversas (ruins) na 1ª consulta: ● Indivíduos que sofreram experiências odontológicas negativas durante a infância podem apresentar cerca de 5 vezes mais chances de desenvolverem medo ao atendimento odontológico na fase adulta. 
✦A ideia da consulta inicial é: Apresentar à criança o local do atendimento, o profissional e a equipe. 
+ Pois é uma ambiente diferente do que ela está acostumada, tem um cheiro diferente, as vezes o ambiente é muito frio (sempre lembrar do ar, deixar em temperatura agradável). Sons são diferentes também, os EPIs.
 + Sempre mostrar, pois a criança nunca vivenciou, os sons, a temperatura, o cheiro.
✦ Mas... Apesar do objetivo da consulta ser um momento agradável, pode haver choro, sempre que houver choro identificar qual o tipo, se é realmente por dor, desconforto, irritação...
● Pode haver choro? Sim.
❀ Qual o momento ideal para a primeira consulta odontológica? ❀
✦ A primeira consulta odontológica deve ser realizada durante o primeiro ano de vida da criança.
● Neste momento é o ideal, pois neste os pais estão prontos para receberem informações relevantes que serão levadas durante a vida da criança (criar o hábito), nesta fase acontece a erupção dos primeiros dentes. A criança já começa a explorar o mundo ao redor, também nesta fase serão inseridos os hábitos que possivelmente vão acompanhar essa criança durante a vida. A introdução alimentar.
✦ Quanto antes acontecer a primeira visita ao dentista, menor será a necessidade restauradora e menores serão os custos financeiros para a família. 
❀❀ Será que isso é uma realidade no nosso país?
✦ Será que as crianças estão fazendo essa consulta durante o primeiro ano de vida?
 ✦ Segundo SB Brasil 2010: 	● 47% de crianças de 5 anos nunca foram ao dentista.
✦ Prevalência de consulta odontológica até 1 ano de idade: 		●13 a 24%.
✦ Estudo realizado em na URI: 
 	● 210 crianças atendidas de 2014 a 2018.
 	● Média de idade na primeira consulta: 38 meses.
 	● Quanto maior a idade na primeira consulta, maior a chance de realizar procedimento invasivo (exodontia ou endodontia).
2. Primeira consulta preventiva ou de urgência:
❀ Primeira Consulta Preventiva: ❀ 
✦ Não há uma queixa principal.
✦ Foco em orientações e esclarecimentos aos responsáveis.
✦ A recomendação da 1ª consulta é de 2 horas, no mínimo 1:30 horas. 
❀❀ Dividida em 3 fases / momentos distintos:
 ❀❀ Fase 1: 
 ✦ Anamnese
● Informações sobre o dia-a-dia da criança.
● Orientação aos pais.
● Orientações sobre como serão realizados os procedimentos.
+ Orientação é que essa consulta aconteça fora do consultório, ou seja, numa sala de conversa, sala de espera, escritório. 
❀❀ Fase 2: 	
 ✦ Exame clínico
● Explicações à família.
● Orientação de higiene
● Aplicação de flúor.
+ Na cadeira odontológica. 
❀❀ Fase 3: 
 ✦ Finalização das orientações
 ● Agendamento do retorno.
 + Novamente no escritório. 
❀❀ Fase 1: 
● Maior tempo de conversa, é a fase mais importante.
 ✦ Anamnese: Detalhada
 	● História dental – queixa principal.
+ Qual motivo levou a consulta, no que podemos ajudar.
 	● Análise do comportamento da criança.
 	● História médica – passa e atual.
 	● Antecedentes hereditários história natal e pré-natal.
 	● Hábitos relacionados à saúde bucal.
+ No consultório particular é bem legal pedir pro paciente trazer a pasta e a escova de dente. 
+ Perguntar se tem irmãos, quantos, pra saber como essa criança se situa na família. 
✦ Informação sobre o dia-a-dia da criança
+ O que costuma comer, se após as refeições costuma escovar, quem escova, alguém ajuda, que horas acorda, se vai a escola, alguém cuida ou a mãe cuida. 
+ Recordatório de 1 dia e dos 5 dias: sempre as horas e a quantidade, leite com chocolate, quantas colheres de chocolate. 
✦ Após a coleta das informações fazer orientações aos pais sobre alguns dos assuntos, ou os que considerar relevantes.
 	● Cárie dentária.
 	● Necessidade de radiografia: 
+ As vezes não vemos necessidade de fazer radiografia, e o pai já questiona e pode ser que não seja necessário.
 	● Uso de fluoretos: 
+ Mesma situação da radiografia.
 	● Higiene bucal.
 	● Dieta.
 	● Hábitos de sucção.
 + Se o pai falar que usa bico ou mamadeira, explicar sobre esse assunto.
✦ Orientações sobre como serão realizados os procedimentos.
 	● Comportamento da criança: 
+ Pode chorar, vomitar, fazer xixi, coco, suar bastante: dependendo da situação traga uma roupinha extra.
 	● Técnicas de manejo: 
+ Sempre explicar que pode ter que segurar, falar mais alto. 
 	● TCLE 
+ (Termo de Consentimento Livre e Esclarecido).
❀❀ Fase 2:
✦ Exame clínico: 
+ O exame clínico é basicamente 4 procedimentos:
● Inspeção.		● Palpação.
● Percussão.		● Auscultação.
+ Dificilmente usa a percussão pois pode gerar um estimulo doloroso e não usa a auscultação.
✦ Exame clínico geral:
● Como estruturar o exame clínico:
+ Começa com exame clinico geral (olhando a criança de uma forma detalhada, mais observando, não precisa necessariamente de uma exame especifico para essa parte). OBSERVAR:
● Estatura/peso. 	● Movimentos.
● Fala.			● Mãos.
● Pele.			● Maus-tratos/abuso.
+ É mais visual, observando a criança, não necessariamente colocar na fita métrica para ver a altura, mais visual.
✦ Exame extrabucal regional:
+ Exame de fato na cadeira odontológica.
+ Iniciar de forma ordenada para que não esqueça nenhuma estrutura. 
● Cabeça.			● Olhos.
● Ouvidos.			● Nariz.
● Pescoço (gânglios).		● ATM.
✦ Exame clínico intrabucal:
+ Sequência para não esquecer nada.
● Tecidos moles:
→ Lábios.			→ Palato.
→ Orofaringe (pedindo para pôr a língua para fora).
→ Assoalho bucal.		→ Língua.
● Presença de biofilme: → Placa visível. 
● ISG.
● Dentes: + Para avaliar os dentes preciso que eles estejam limpos, então fazer a profilaxia. 
→ Cor.			→ Forma.		
→ Tamanho. 		→ Número.		
→ Elementos: Lesões, restaurações, erosão, abrasão, fratura, mobilidade, contatos. 
+ Marcando o ICDAS. 
● Oclusão.
→ Tipo de arco.		→ Espaços primatas.
→ Relação molar.	→ Chave de caninos.
→ Sobressaliência.	→ Sobremordida.
→ Mordida cruzada.	→ Perfil.
→ Simetria facial.	→ Linha média.
→ Relação esquelética maxilares.	
→ Posição dos lábios no perfil.
→ Sequência de erupção.
✦ Exames complementares:
+ Conforme a necessidade.
● Exame radiográfico.
 	→ Oclusal modificada (mordendo a película de adulto, com o cone direcionadopara a ponta do nariz).
 	→ Oclusal de mandíbula (mesma da outra, só que o cone de baixo para cima).
 	→ Periapical.
 	→ Interproximal.
● Biópsia/exames laboratoriais. 
● Registros fotográficos. 
++ As radiografias devem ser realizadas como protocolo na clínica? Não.
Após essas etapas: 
● Explicações à família. 
● Orientação de higiene.
● Aplicação tópica de flúor (se necessário, se tem lesões ativas, um verniz por exemplo).
❀❀ Fase 3:
✦ Finalização das orientações.
✦ Agendamento do retorno (dependendo do risco: se precisa tratamento, caso não precise, voltar conforme a necessidade/ risco de cárie).
Aula 2: 22/03/2021
Sequência que faltou da aula anterior
❀ Primeira Consulta de Urgência: ❀
✦ Traumatismo, dor, abcesso, anquiloglossia com dificuldade de aleitamento, dente natal, entre outras condições que exijam cuidado imediato. 
❀❀ Dividida em 3 fases/momentos distintos:
❀❀ Fase 1: 
✦ Anamnese resumida: história médica.
✦ Orientações sobre como serão realizados os procedimentos.
❀❀ Fase 2: 
✦ Breve exame clínico.
✦ Resolução da urgência.
❀❀ Fase 3: 
✦ Orientações pós-operatórias.
✦ Agendamento da consulta de acompanhamento/preventiva. 
3. Tópicos específicos:
❀ Presença dos responsáveis: ❀
+ Geralmente os responsáveis ficam junto na consulta.
● Até 2 anos a criança se vê quase como inseparáveis dos pais. 
● A partir de 3 anos as crianças começam a entender um pouco melhor as ferramentas de comunicação. E conseguem separar um pouco mais dos pais, mas ainda se opta por deixá-los. 
● Orientação e manejo.
❀ Acomodação da criança: ❀
● Joelho-a-joelho: 
+ A mãe fica com o joelho colado no joelho do dentista, a criança voltada para a mãe, e o dentista trabalha na região da cabeça. Precisa de auxiliar para alcançar os materiais. Tem alguns materiais como um avental com almofada para realizar essa posição.
+ É mais indicada para procedimentos, como exame clínico, 1ª consulta, para procedimentos/tratamentos não é tão indicada pois a criança se mexe um pouco mais, comprometendo a ergonomia do dentista. 
● Colo do responsável: 
+ A mãe deita na cadeira odontológica, e o filho deita no colo, sobreposto a ela. 
+ Posição ruim na hora de realizar tratamento pois a criança fica mais instável. A mãe ou a criança podem se mover. Se necessário a mãe pode conter/estabilizar as mãos da criança
● Cadeira odontológica.
+ Melhor maneira, a que gostaríamos que fosse atendido.
+ A mãe pode ajudar na estabilização, e fica sentada próximo as pernas da criança, com as pernas da criança sobre o colo dela, para que a criança tenha olhar direto com a mãe. 
● Macri:
+ Não possui na clínica, mas é outra opção. 
+ Espécie de almofada, com um velcro que passa pelos braços da criança, assim sendo estabilizada.
❀ Manejo do comportamento: ❀
● Definição: Metodologia utilizada para desenvolver a relação profissional/paciente, cujo objetivo final é fortalecer a confiança, arrefecendo o medo e a ansiedade da criança. 
● Nunca deixar o paciente sozinho na cadeira. 
Artigos:
Apresentação dos grupos +antes comentários da prof
Manejo do comportamento na clínica de bebês:
✦ Roteiro: ● O que é válido utilizarmos na clínica?
● O que podemos esperar do atendimento a bebês?
● Quais os problemas bucais podemos encontrar na clínica de bebês?
● Aspectos psicológicos da consulta odontológica
● Técnicas de manejo do comportamento odontopediátrico.
● Considerações finais.
 ❀ O que é válido utilizarmos na clínica, 
 	 o que temos evidências? ❀
● Comportamentos da equipe odontológica podem causar redução da ansiedade e melhor comportamento do paciente. 
❀O que podemos esperar do atendimento a bebês?❀ 
+ Alguns fatores vão determinar o comportamento da criança.
 	● Idade (principal fator).
 	● Desenvolvimento cognitivo (não é igual para todas as crianças, 2 pacientes da mesma idade, com desenvolvimentos diferentes).
 	● Status social.
 	● Dor (preditor ao medo).
 	● Sono.
 	● Cansaço. 
❀ Quais os problemas bucais podemos encontrar na clínica de bebês? ❀
● 1. Cárie dentária é o que mais encontramos.
● Estudo mundial estima: Cerca de 530 milhões de crianças são acometidas pela doença cárie. 
● Estudo que avaliou a prevalência de cárie no Brasil e na América Latina: O declínio na prevalência de cárie foi menor para a dentição decídua. 
+ Ou seja, a redução de cárie na dentição permanente foi mais acentuada que na dentição decídua.
● SB Brasil: aponta que 53% das crianças de 5 anos tem algum sinal de cárie 
● 17% das crianças de 1 ano já apresenta lesões de cárie. 
++ Além da cárie podemos encontrar outros problemas: 
● 2. Traumatismo alvéolo-dentários.
● Predileção em crianças de 1 a 3 anos.
● Estudos mostram: 1/3 de crianças em idade pré-escolares (até 5 ou 6 anos) vai sofrer traumatismo dentário.
● 3. Alterações de desenvolvimento
● Anquilogrossia (freio lingual curto), hematoma de erupção.
+ Podem ser crianças com dias de vida, por exemplo, crianças que foram diagnósticas com alterações durante o teste da língua na maternidade. 
● 4. Alterações estomatológicas
● Mucocele, rânula. 
❀ Aspectos psicológicos da consulta odontológica: ❀
● Devemos estar preparados para tratar essas alterações, quanto para entender os aspectos psicológicos.
❀❀ Medo/ Ansiedade:
● Medo é o sentimento temeroso em relação a algo mais concreto. Já a ansiedade é a sensação ruim a algo mais abstrato. 
● Difícil separar o medo e ansiedade, usamos então como sinônimos. 
● Pode ser: Objetivo (direto ou indireto) ou Subjetivo.
Medo objetivo: Em relação a algo que ela viveu.
Medo objetivo pode ser:
Direto
Indireto
 	Medo objetivo direto: 
→ Criança que tem medo de um procedimento odontológico porque já vivenciou um tratamento odontológico que a deixou com medo.
→ Já teve uma experiência.
 	Medo objetivo indireto: 
→ Experiência negativa em outra área, que não odontológica, mas que remete a procedimento odontológico.
→ Exemplo: passou por uma vacina, algum exame ou alguma consulta médica.
 	Medo subjetivo:
→ O medo subjetivo é algo que adquire em relação a vivências de outras pessoas. → Exemplo: a criança está brincando e a mãe fala com alguém que foi dentista e teve muita dor. 
● Estudos mostram prevalência de medo em crianças e adolescentes: 10 – 20%. 
● Outro estudo aponta que 9% das crianças têm ansiedade/medo odontológico e/ou problema de comportamento. 
❀❀ Estresse:
● É uma forma de defesa.
● É um mecanismo fisiológico, ocorre liberação de hormônios (cortisol), alteração da respiração. 
● Procedimentos não invasivos podem gerar estresse? Sim, profilaxia por exemplo pode gerar estresse. 
● Estudo mostrou: Que crianças que não haviam passado por tratamento odontológico previamente, com dor de dente, que apresentaram algum tipo de comportamento adverso a aquelas que precisaram de estabilização protetora. 
↑ + Ou seja, o estresse foi maior em crianças que nunca tinham ido ao dentista, em crianças que tinham tido dor de dente e em crianças que necessitaram de estabilização protetora para realizar a profilaxia. 
↑ + Os hormônios do cortisol estava aumentado na saliva destes pacientes. 
❀❀ Níveis de estresse:
● Tem níveis para classificar o estresse (tentar manter esses níveis aceitáveis). 
● Nem todo o estresse é prejudicial. 
● São divididos em 3 níveis:
Estresse positivo, tolerável e tóxico.
1. Estresse positivo: Gerado com um evento de baixa intensidade ou curta duração de tempo. Alguma coisa que altera a resposta da criança. 
● Exemplo: quando a criança vai tomar uma vacina ou quando vai escovar os dentes em casa. 
● Auxilia no desenvolvimento da criança, por isso chamado de positivo.
2. Estresse tolerável: Gerado por um evento que dura mais tempo ou um pouco mais intenso. 
Exemplo: Fome ou sede, ou alguma demanda que não é compreendida. 
3. Estresse tóxico: Evento de grande intensidade ou de grande duração, por exemplo se o estresse tolerável não for atendido pode passar a ser tóxico. 
● Prejudica a saúde e o desenvolvimento da criança a curto e a longo prazo. 
● Crianças que vivem em situações de fome, miséria, abuso, privatização vãopassar por um estresse tóxico, prejudicando o desenvolvimento e crescimento e curto e longo prazo.
● O ideal é que não tenha esse tipo de estresse no consultório odontológico. 
❀❀ Como reduzir o estresse tóxico no consultório?
● Manejo de situações estressantes.
● Manejo da dor.
● Manejo do choro.
● Tempo na cadeira odontológica. 
❀❀ Choro:
+ Pode ser por:
● Birra: choro obstinado, de raiva, mas sem lágrimas. 
● Medo: lágrimas abundantes, respiração alterada. 
● Dor: quieto, as vezes não notamos, as vezes a criança não verbaliza, mas a lágrima escorre. 
● Compensatório: sentido, sofrido, por não conseguir o que queria, mas lamentando por algo que não aconteceu. 
● O que fazer quanto tem o choro constante ou o comportamento adverso constante?
+ Avaliar:
1. O tratamento é eletivo. 	OU
2. O tratamento deve ser iniciado imediatamente. 
● Se o tratamento for eletivo, podemos adiar, porém avaliando se a criança tem maturidade para colaborar. Se a criança (até 2 anos) não entende ela não vai colaborar então faço mesmo assim. Mas em casos que a criança pode colaborar pode-se adiar o tratamento.
● No entanto, se o tratamento deve ser iniciado imediatamente devo fazer, vou lançar mão das técnicas de manejo, observando o comportamento da criança. 
Técnicas de manejo de comportamento propriamente ditas:
Divididas em técnicas básicas e técnicas avançadas. 
❀ Técnicas básicas: ❀
● Imagens positivas.	● Modelagem.
● Falar-mostrar-fazer.	● Perguntar-mostrar-perguntar.
● Controle da voz.	● Comunicação não-verbal. 
● Reforço positivo.	● Distração.
● Reestruturação de memórias.	
● Dessensibilização.	● Aumento de controle.
● Sedação inalatória. 
❀❀ Imagens positivas: 
● Apresentar imagens positivas de consultas odontológicas ao paciente. 
❀❀ Artigo 1: 
● O estudo buscou mostrar qual o impacto causado ao mostrar para as crianças imagens positivas antes da consulta odontológica. 
● Essas crianças já apresentavam algum nível de medo/ansiedade para esse tratamento. 
● Estudo feito às cegas, para comparar se ia mudar com as amostras das imagens ou não.
● Materiais e métodos: Selecionaram 38 crianças entre 5 e 17 anos. 
● Crianças que tinham dificuldade de aprendizagem, criança com algum tipo de deficiência visual, dentro outras foram descartadas. 
● As crianças ficavam na sala de espera olhando as fotos, enquanto aguardavam ser chamadas.
● Na discussão não houve nenhuma diferença entre sexo e idade, mas se observou uma pequena redução do nível de ansiedade. E serviu para familiar com o ambiente odontológico, um tipo de preparação antecipatório (o que mostra na literatura redução de ansiedade). Novas pesquisas devem ser realizadas. 
❀❀ Artigo 2:
● Grupo de 118 crianças entre 48 e 71 meses de idade, sem nenhuma experiência anterior de consulta odontológica. 
● 75,6 apresentaram algum grau de ansiedade antes do exame clínico e antes da profilaxia. 
● Método que envolve uma criança vendo outra criança recebendo um tratamento odontológico, através da observação de vídeo ou foto. 
● Os participantes foram crianças entre 4 e 11 anos. 70 crianças foram escolhidas para o tratamento com imagens, enquanto outro grupo foi o grupo controle que viram imagens neutras. 
● A ansiedade foi avaliada antes da intervenção e imediatamente após a intervenção. 
● Dos 70 participantes, 36 eram do sexo masculino e a idade média era de 5 anos e 7 meses.
Não houve diferença significativa entre os grupos de sexo, idade, número de dentes cariados, escolaridade da mãe, dor de dente no momento da consulta ou a criança já ter ido ao dentista. 
● A única variável que apresentou associação significativa com a ansiedade foi de ter dor de dente 3 dias antes da consulta. 
Resumindo: 
● Em 1 artigo foi visto redução de ansiedade e em outro não.
● Então não tem um consenso ainda.
● Porém as imagens podem tirar a dúvida da criança em relação ao que será feito. 
●● Livro: Viagem ao consultório do dentista que conta como é o consultório odontológico e o que o paciente vai encontrar lá. 
❀❀ Observação direta- modelagem:
● Apresentar um vídeo ou um paciente sendo submetido a atendimento odontológico.
❀❀ Falar-mostrar-fazer:
● Apresentar o equipamento e as atividades que serão realizadas.
● Antecipar objetos e sensações.
● Falar a verdade, mas filtrar o que é necessário. 
● Em momentos mais agradáveis e neutro do atendimento a criança pode segurar um espelho de mão para acompanhar parte do procedimento. 
❀❀ Artigo 3:
● Técnicas de gerenciamento do comportamento em odontopediatria: estudo comparativo de demonstração ao vivo e técnica mostrar-falar-fazer com base na frequência cardíaca de crianças durante o tratamento.
● Artigo compara a técnica de modelagem ao vivo com a técnica mostrar-falar-fazer.
● Monitorar através da frequência cardíaca, que é um indicador mais fácil e simples de medir e mais comum durante ansiedade/medo.
● A frequência cardíaca de cada criança foi analisada durante o tratamento.
● As crianças foram submetidas a profilaxia dental e exame clínico. 
● 155 crianças de 5 a 9 anos de idade divididas em 3 grupos.
- Grupo A: Tratamento odontológico por meio de modelagem ao vivo, a mãe servindo de modelo.
- Grupo B: Tratamento odontológico por meio de modelagem ao vivo, o pai servindo de modelo.
- Grupo C: Método mostrar-falar-fazer.
● Em comparação do método A e C, o método A se mostrou mais efetivo. 
● A demonstração ao vivo deve ser praticada tanto com a mãe quanto com o pai, pois demonstra sucesso. 
Aula 3: 29/03/2021
Técnica de manejo do comportamento: Continuação – Parte II.
Apresentação da 2ª parte do seminário
+ Relembrando a aula anterior: Para que não ocorra o estresse toxico temos que manejar o atendimento na clínica, manejar a dor, observar a questão do choro da criança e principalmente o tempo de atendimento, visto que o pico de liberação do hormônio do estresse acontece a partir de 30 minutos (observar se em 30 minutos a criança não apresentou nenhuma melhora no comportamento, chorando instavelmente, sem prestar atenção no que o dentista está falando, pensar na possibilidade de suspender o procedimento).
❀❀ Artigo 4: 
● Comparar a técnica falar-mostrar-fazer com a técnica de modelagem filmada. 
● Comparando se tem algum efeito no tratamento odontológico, através da frequência cardíaca. 
● O artigo não apresentou diferença significativa entre as técnicas, no entanto, a técnica de modelagem filmada facilitou a separação da criança com o acompanhante e a questão da frequência cardíaca. 
❀❀ Técnica da modelagem filmagem: 
● Apresentar um vídeo de outra criança recebendo o procedimento. 
❀❀ Pergunte-diga-pergunte:
● Perguntar ao paciente sobre o procedimento e seus sentimentos.
● Explicar o que será realizado em linguagem apropriada.
● Perguntar novamente se o paciente compreendeu e como se sente.
❀❀ Fale-brinque-faça:
+ Outro possibilidade de ser utilizada. 
❀❀ Artigo 5:
● Comparação entre a técnica de modelagem e a técnica de fale-brinque-faça
● O grupo 1 iniciou assistindo uma criança passar pelo procedimento e logo em seguida foram direcionados para realizar a profilaxia.
● O grupo 2 foi para uma sala de brinquedos, jogos customizados e com manequins, onde as crianças podiam segurar os instrumentos, inclusive brincar de realizar os procedimentos, estando incluso nestes brinquedos a seringa de anestesia e a caneta de alta rotação fazendo o mesmo barulho de quando estava no equipo. E em seguida as crianças foram encaminhadas a profilaxia. 
● A técnica fale-brinque-faça é mais uma possibilidade que podemos utilizar no nosso dia-a-dia, no entanto levando em consideração a faixa etária da criança, onde a mesma deve compreender o que está sendo falado, então para crianças muito pequena não vai ser efetivo.
❀❀ Controle da voz:
● Ganhar a atenção da criança.
● Rejeitar o comportamento inaceitável (aumenta o tom de voz falando que na nossa clínica não vamos se comportar assim).
● Estabelecer os papeis de adulto-criança.
Com crianças que compreendam a técnica, conversando bem com os pais antes da consulta, mencionando que podemos utilizaressa técnica. 
❀❀ Comunicação não-verbal:
● Atitude, expressões faciais, contato físico.
+ Segurar na mão.
❀❀ Reforço positivo:
● Estímulos: elogio, recompensa.
● Elogiar as roupas ou acessórios – detalhes.
● Elogiar a cooperação.
❀❀ Distração:
● Distrair a atenção do paciente para que ele não perceba um procedimento.
● Concentrar a atividade consciente do paciente em um objeto, palavra, fato presente ou passado.
+ Pode-se desviar a atenção, para algum objeto, como o celular, contar uma história, desviar a atenção com desenho, filmes, músicas, conversar com o paciente. 
 	 
 ❀❀ Distração: ❀❀
Musicoterapia:
Distração áudio-visual:
❀❀ Artigo 6: 
● A musicoterapia em pacientes submetidos a procedimentos médicos.
● A musicoterapia ativa foi quando um musicoterapeuta tivesse envolvido e passiva foi quando um musicoterapeuta não tivesse envolvido. 
● Conclui-se que o estudo apoiou o uso da musicoterapia tanto ativa quanto passiva, no entanto não devem ser substituídas pelos fármacos. 
1. ❀❀ Musicoterapia:
+ Mais uma possibilidade de ser utilizada. 
❀❀ Artigo 7:
● Distração áudio-visual.
● De 9 estudos 7 se mostram efetivos nesta técnica, no entanto mais estudos são necessários
2. ❀❀ Distração áudio-visual:
● Mostrar desenho no celular, por exemplo.
● Distração com óculos de realidade visual é uma inovação. 
❀❀ Reestruturação de memórias:
● Usada em crianças que já foram ao dentista e passaram por um tratamento traumático, tentando refazer a memória da mesma. 
● Tentando modificar o que ela lembra, relembrando os pontos positivos que ela já passou.
❀❀ Dessensibilização: 
● Utilizada a pacientes com muito medo.
● Apresentando o ambiente aos poucos.
❀❀ Aumento de controle:
● Bastante utilizada
● Dar a capacidade da criança controlar pequenas coisas.
● Por exemplo durante o exame perguntar a criança se ela quer que comece a olhar os dentinhos por cima ou por baixo. 
● Ou outro exemplo, essa máquina é de fazer vento e chuva, quer que te mostre primeiro vento ou a chuva.
❀❀ Sedação inalatória com óxido nitroso/oxigênio:
● É uma técnica básica, no entanto tem uma regulação própria e o dentista que quer utilizar dela, deve-se fazer uma capacitação e deve ser habilitado.
❀❀ Estabilidade protetora:
● Consiste em técnica avançada. 
● Das técnicas avançadas é a que mais utilizamos.
Consiste em infringir os movimentos voluntários e involuntários para tornar o atendimento mais seguro para o paciente e para a equipe.
● Utilizada principalmente com pacientes mais jovens (até 4 ou 5 anos).
● Quando o paciente tem uma necessidade urgente.
● Preferencialmente feito com o auxílio do responsável acompanhante, mas pode ser feito com o auxílio de dispositivos, onde a criança fica envolta para não se movimentar. 
❀❀ Artigo 8: 
+ Resumo de todas as técnicas anteriores. 
Considerações finais:
● Para um bom atendimento e condicionamento precisamos de empatia, afeto com a criança e a família, mais acolhimento, se basear nas melhores evidências e não/nunca fazer julgamentos. 
Roteiro:
1. Introdução.
2. O que são os primeiros 1000 dias?
3. Por que são importantes?
4. Fatores que podem influenciar o período.
5. Eventos precoces e a saúde.PRIMEIROS 1000 DIAS DO BEBÊ
Aula 04: 05/04/2021
1. Introdução:
● Educação para prevenção: 
+ Baseadas na ideia que a educação vai gerar prevenção, essa é a filosofia dos 1000 dias. 
● Marco legal da 1ª infância – 2016:
+ Lei aprovada em 2016, que fala sobre os eventos precoces na vida.
+ Associar a ciência com a prática. 
+ Se preservar os primeiros 1000 dias de vida, esses cidadãos serão preservados no futuro.
 ❀ Preservar e estimular os primeiros 1000 dias: ❀
● Sociedade saudável e funcional no futuro: Resultados a longo prazo.
2. O que são os primeiros 1000 dias de vida:
● Gestação: 270 dias.
 	● 0 - 1 ano: 365 dias.
 	● 1- 2 anos: 365 dias.
+ Fase também chamada de primeiríssima infância.
3. Por que são importantes?
❀ Intervalo de ouro: ❀
+ Capacidade de mudar o destino da criança, em termos biológicos, intelectuais e sociais: (período de tempo riquíssimo, onde se atuar nesse período temos capacidade de mudar o destino da criança).
+ Nesta fase vamos ter 2 eventos acontecendo concomitantemente: CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO
 	- Crescimento: Representado pela multiplicação celular e aumento do tamanho de células.
- Desenvolvimento: Aquisição de habilidades, primeiros aprendizados (sentar, engatinhar, andar, segurar, linguagem).
+ Nos primeiros 1000 dias as crianças são um público-alvo sensível a determinantes sociais de saúde (condição de vida, de moradia, ambientais e sócio econômicas) e por isso essas crianças seriam 
extremamente sensíveis a intervenções.
+ Exposições precoces podem determinar doenças crônicas não transmissíveis na fase adulta (essas doenças são cumulativas, e hoje representam a maior causa de morte na nossa sociedade).
● Estudo: Coortes de Pelotas
+ Estudos que acompanham indivíduos ao longo da vida
+ Tem estudos de 1982, 1993, 2004 e 2015, então todas as crianças que nasceram nestes anos são acompanhadas ao longo da vida.
● Peso da criança ao nascer e condições socioeconômicas e escolaridade da mãe são determinantes da ocorrência de doenças na fase adulta. 
● Essa condição não limita somente a saúde geral. 
● Esses fatores também influenciam na saúde bucal, pois buscam mais os serviços, possuem mais dor, sangramento gengival e cárie dentária.
● Se atuar nos 1000 dias pode estar mudando os hábitos a longo prazo também na questão de saúde bucal.
 		❀ Life- course approach: ❀ 
● Abordagem ao longo da vida / durante a vida.
● Tem vários estudos, porém não sabemos quais os exatos mecanismos que agem para que esses eventos precoces influenciem no futuro e nem como isso acontece, a forma que isso acontece. 
● Tem várias teorias tentando explicar isso, mas não se tem certeza de qual delas está mais correta, mas todas elas afirmam em comum, que os eventos que acontecem no começo da vida, vão influenciar no final da vida (abordagem ao longo da vida).
Dentro das teorias que tentam explicar a ocorrência desses eventos temos a:
❀ Epigenética: ❀
● Não é comprovada a mais correta, mas traz um relato de como isso poderia acontecer.
● Relacionada a corrente de pensamento chamada: origem desenvolvimentista da saúde e da doença.
● Exposições que a criança vai ter no começo da vida podem alterar a expressão de alguns genes, sem que isso modifique a sequência de DNA da criança.
 + Exemplo de exposições: escolaridade dos pais, nível socioeconômico, exposição ao fundo e álcool 
● Vão agir ativando e desativando genes, sem modificar a sequência de DNA determinando se a criança vai ter mais saúde ou doença.
● Podendo ser transmitido entre gerações. Modicando na média de 3 gerações.
Exposta a algum fator
Inativação ou ativação dos genes
Sem modificar o: 
Saudável 
Doente 
4. Fatores que podem afetar o período:
❀ Quais fatores que a criança pode estar exposta no começo da vida que podem influenciar a sua saúde ao longo desse período: ❀
❀❀ Dieta e nutrição:
● Mais estudados e apontados.
● Diretamente ligados ao crescimento e desenvolvimento, pios através da dieta e nutrição vai fazer com que o corpo consiga alcançar essa questão de desenvolvimento. 
● Relacionada com amamentação, pois é a forma que a criança recebe a nutrição, influenciando na sua vida.
❀❀ Poluição:
● Estudo: Influência da poluição na vida dos indivíduos.
● Telômeros: É a “ponta”dos cromossomos (como se fosse a ponta de plástico do cadarço).
● Esses telômeros são importantes na divisão celular. 
● O estudo buscou entender o encurtamento de telômeros em crianças. 
+ O cromossomo juntamente com o telômero vai se dividindo, até ficar tão pequeno e não conseguindo mais se dividir. Dessa forma a célula envelhece, e acaba morrendo. 
+ Encurtamento do telômero está relacionado ao envelhecimento.
+ Esse estudo é da China e lá eles usam muito o combustível da queima de carvão, o que polui muito o meio ambiente, teve uma legislação em 2004 limitando o uso desses combustíveis. 
+ E então,eles fizeram um estudo comparando os telômeros das crianças que nasceram antes e depois dessa legislação.
❀❀ Fatores psicossociais:
● Alguns estudos falam que esses 1000 mil dias deveria começar “antes da gestação”. 
● Por exemplo, a escolaridade da mãe é um fator muito importante na saúde das crianças. E aí, vem a importância de cuidar a sociedade como um todo e não só dessa mulher quando já está grávida.
●● Foi lançado uma campanha de: Bebê zero açúcar 100% afeto.
5. Eventos precoces e saúde:
❀❀ Aleitamento materno:
●● Mortalidade infantil:
● Revisão sistemática aponta risco maior de mortalidade por todas as causas infecciosas para crianças amamentadas predominantemente, parcialmente ou não amamentadas.
● Em comparação a crianças que são amamentadas com as que não são, as que são correm menos risco de morrer de diarreia (que é uma das principais causas de morte infantil).
● Já entre as crianças que são amamentadas: as que são predominantemente ou exclusivamente amamentadas correm menos risco em comparação com as que são amamentadas e alimentas (parcialmente amamentadas) antes dos 6 meses.
●● Sobrepeso, obesidade e diabetes tipo 2:
● Revisão sistemática apontando maior risco de ser classificado como obeso/com sobrepeso para crianças não amamentadas.
● Evidência de que aleitamento materno protege contra diabetes tipo 2.
↑ Tanto na infância quanto no decorrer da vida. ↑
●● Performance escolar:
● Revisão sistemática aponta melhor desempenho em testes de inteligência para crianças amamentadas. 
+ Crianças que foram amamentadas tinham um melhor desempenho escolar. 
●● Risco de cárie:
● Revisão sistemática aponta risco menor de cárie na dentição decídua para crianças com maior duração da amamentação (até 12 meses).
+ Não se tem muita certeza sobre o menor risco de cárie durante a infância ou no decorrer da vida, mas se ela for amamentada durante 12 meses esse risco é menor sim.
+ Recomendação de amamentar até os 2 anos (24 meses).
●● Defeitos de Desenvolvimento do Esmalte (DDE):
● Estudos de caso – controle apontou como fatores de risco para o desenvolvimento de DDE não ter recebido aleitamento materno.
● Além disso, também foram fatores de risco a prematuridade e a idade da mãe.
+ Não é uma evidência tão forte quanto as outras, mas parece existir evidência para isso.
❀❀ Baixo peso ao nascer:
●● Risco de cárie: 
● Estudo longitudinal com 4 anos de acompanhamento aponta o baixo peso ao nascer como fator de risco para a cárie dentária.
● Além disso, filhos de mães fumantes também tiveram maior risco. 
●● Defeitos de Desenvolvimento do Esmalte (DDE):
● Estudo longitudinal aponta como fatores de risco para HMD (Hipomineralização Molar Decíduo): Etnia, baixo peso as nascer, consumo de álcool na gravidez, febre no primeiro ano.
● Revisão sistemática aponta o nascimento pré-termo como risco para o desenvolvimento de hipoplasia em dentes decíduos.
● Além disso, nascimentos com baixíssimo peso (<1500g) como fator de risco para opacidades.
❀❀ Nutrição pré-natal:
●● Defeitos de Desenvolvimento do Esmalte (DDE):
● Estudos longitudinais apontam infecções maternas, restrição no crescimento intrauterino, má-nutrição e infecções pós-natais como fatores de risco.
● Além disso, baixo peso ao nascer, escovação dentária e deglutição de pasta.
❀❀ Nutrição:
●● Risco de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT):
● Estudo colaborativo aponta oportunidades de prevenção pela implementação de modificações na dieta e estilos de vida. 
●● Desenvolvimento da microbiota intestinal:
● Importância da microbiota intestinal para o sistema imune e saúde em geral. 
+ O quanto a microbiota poderia influenciar nos sabores e no estilo de vida.
❀❀ Consumo de nutrientes: 
●● Desenvolvimento saudável:
●● Crescimento na gravidez e primeiros anos de vida:
+ Consumo de algumas proteínas relacionado ao desenvolvimento e crescimentos.
❀❀ Consistência da alimentação complementar:
●● Desenvolvimento de maloclusões:
● Estudo em dois países diferentes: um tem o hábito das crianças amamentar até os seis meses e depois passar a alimentos sólidos, comem os primeiros amassadinhos e logo já passam a alimentação sólida. 
● Já o outro país, as crianças não mamam até os seis meses e comem mais papinhas, sopas e comidas amassadinhas. 
● E avaliou que as crianças que comiam mais comidas moles, amassadas desenvolveram ao longo da vida mais problemas de maloclusões. 
● O segundo estudo comparou as crianças que vivem na zona urbana com as que vivem na zona rural.
● E se observou que as crianças que vivem na zona urbana tem mais acesso a produtos processados e ultra-processados, que se desmancham na boca, desenvolveram mais maloclusões.
6. Fases e estratégias:
❀❀ Gestação:
● Pré-natal odontológico.
+ Recomendado pela Ministério da Saúde.
+ E que a mãe faça no mínimo 6 consultas de pré-natal, e pelo menos 1 consulta dessas seja no dentista.
● Atendimento odontológico à gestante.
+ Pode fazer o atendimento de qualidade com segurança. É mais prejudicial não atender essa mãe em uma condição aguda, deixando ela passar por estresse. 
● Dieta da mãe.
+ Muito importante que a dieta da mãe seja balanceada, rica em nutrientes. 
+ Questões de preferência alimentar já pode se desenvolver neste período.
❀❀ 0 - 1 ano:
● Amamentação.
+ Estimular a amamentação natural, se a mãe tiver a possibilidade. 
+ Favorece muito no desenvolvimento e crescimento da criança.
● Uso de fórmulas.
+ Substitutos do leite.
+ Explicar o quanto essas fórmulas podem ajudar, mas que tem limitações, já que o leite materno tem uma composição toda especial que molda as necessidades do bebê e a fórmula não. 
+ A mãe, quando opta por dar uma fórmula, e não quando é recomendado pelo médico, deve estar informada dessas limitações das fórmulas. 
● Bicos artificiais.
+ Os bicos devem ser uma escolha informada. 
❀❀ 1 - 2 anos:
● Introdução alimentar.
 + Introdução alimentar a partir dos 6 meses, mas com a continuação do aleitamento materno. 
● Primeira consulta odontológica.
+ Espera que aconteça a primeira consulta odontológica. 
● Erupção dentária.
+ Neste período terá as primeiras erupção dentária. 
● Higiene bucal.
+ Deverá começas a higienização bucal. 
GESTAÇÃO, NASCIMENTO E SAÚDE BUCAL
Aula 05: 12/04/2021
● Roteiro:
1. Introdução.
2. Gestação.
 	2.1. Pré-natal odontológico.
 	2.2. Atendimento odontológico â gestante.
 	2.3. Promoção de saúde bucal na gestação.
3. Nascimento.
 	3.1. Parto.
 	3.2. Legislação e recomendações.
 	3.3. Hora dourada. 3.4 Teste da linguinha
4. Considerações finais.
1. Introdução:
❀❀ Gestação e saúde bucal:
● Será que eventos, como gestação, nascimento e parto tem relação com saúde bucal? Esses eventos estão relacionados. 
● Na gestação acontece muitos mitos e dizeres populares.
● Por exemplo, um dito popular “cada filho perde-se um dente”, é um dito preocupante, pois diz que as doenças bucais são inevitáveis.
2. Gestação:
● Pré-natal odontológico.
● Atendimento odontológico à gestante.
● Promoção de saúde na gestação.
❀❀ 2.1 Pré-natal odontológico:
+ Dividido em duas abordagens principais: 
1. Atendimento odontológico à gestante: cuidar e pensar nas questões que tem mais risco de ocorrer nesse período.
2. Promoção de saúde para a mãe e o bebê.
+ Essas duas abordagens devem acontecer concomitantemente no pré-natal odontológico. 
+ Acontece algumas alterações durante a gravidez, como a alteração hormonal por exemplo.
+ O aumento hormonal pode ser pelo fato do aumento dos hormônios, ou por outros fatores como deficiências nutricionais, estado transitório de imunodepressão. 
+ Através disso, pode ter uma resposta inflamatória exacerbada. Podendo agravar as questões as questões gengivais ou periodontais.
+ Essa gestante NÃO TEM MAIOR RISCO de desenvolver doença periodontal ou gengival, o risco (mecanismo de causa) continua o mesmo (acumulo de biofilme).
+ No entanto, uma vez que ela tenha essa doença gengival ou periodontal a resposta do organismo a essa infecção pode ser mais exacerbada. Podendo ter o agravamentodessas condições. 
Resposta do organismo rápida e exacerbada.
+ Outra questão bastante comum na gestação é a alteração no padrão alimentar. 
+ Começa se alimentar mais vezes ao dia, muitas vezes tem enjoo podendo dificultar a higiene bucal, além de poder ter enjoo ao utilizar a pasta de dente. Podendo levar a um prejuízo a saúde bucal.
+ Além disso tem estudos que mostram que as gestantes têm alteração na composição salivar, diminuindo a capacidade tampão da saliva. 
❀ Doenças e condições bucais mais prevalentes: ❀
● Doença periodontal.	
● Cárie dentária.
● Desgaste dentário erosivo.
● Alterações de tecidos moles.
● Qualidade de vida da gestante. 
❀❀ Doença periodontal:
● A doença periodontal está relacionada ao nascimento pré-termo (prematuro/ antes da hora)?
+ Sim, estudos mostram um risco maior de ter partos prematuros em mães que eram acometidas por doença bucal, mas não quer dizer que esteja relacionado.
+ Isso ajudou que fosse destinado 1 consulta do pré-natal ao dentista. 
● O parto prematuro é um evento complexo mediado por uma série de fatores. 
+ Não tem um consenso na literatura se todas as mães que tem doença periodontal de fato vão ter partos prematuros pois o parto prematuro é um evento bastante complexo.
● O parto prematuro é a principal causa de mortalidade infantil no mundo. + Por isso, um maior esforço para tentar entender esse fato. 
+ Parto prematuro é a maior causa de morte antes do 1° ano de vida, vindo todas as implicações biológicas e fisiológicas da criança ter nascido antes da hora.
● Estudo feito em 2020 de um acompanhamento feito com 2474 gestantes realizado em Pelotas.
 	- 24% gengivite
 	- 15% periodontite.
● Classificadas em ter ou não ter doença periodontal.
● Divididos em: 
- Crianças que nasceram com mais de 37 semanas, consideradas dentro do normal.
- Entre 34 e 37 semanas chamadas prematuras
- E com menos de 34 semanas consideradas prematuras precoces.
● 10% nasceu prematura
● 3% nasceu prematura precoce.
● Doença periodontal: 2X maior risco de nascer com menos de 34 semanas.
+ Ou seja as mães que tinham doença periodontal tiveram duas vezes mais chances de ter um bebê prematuro precoce.
● Bolsa maior que 5mm ou SS: maior risco de nascer com menos de 34 semanas. 
● Concluem que existe essa relação.
● Avaliar os critérios classificados para ser chamado de doente ou não.
❀ ●● A doença periodontal está relacionada à pré-eclâmpsia? ❀
● Pré-eclâmpsia é: Alteração na pressão arterial que ocorre durante a gestação.
+ Acontece mais no 3° trimestre da gestação.
● Pode ser assintomática, sendo que a gestante nem percebe que tem. 
● Ou pode desenvolver sintomas e a gestante trata ou controla e ter gestação normal.
● Ou pode evoluir e virar eclâmpsia. 
● Eclâmpsia: O neném começa a liberar proteínas para a mãe.
O corpo da mãe começa a se defender dessas proteínas atacando o bebê. Provocando uma resposta imunológica no organismo da mãe que agride principalmente as paredes dos vasos sanguíneos, provocando vasodilatação, podendo prejudicar o suprimento sanguíneo do bebê, podendo levar a morte da criança e da mãe.
● Estudos avaliaram a relação da doença periodontal e a pré-eclâmpsia: 
 Mulheres que tiveram periodontite antes das 32 semanas tiveram 4x mais chance de desenvolver pré-eclâmpsia.
● Critérios de diagnóstico. 
Parto prematuro é complexo e mediado por uma série de fatores. É é a principal causa de morte infantil. 
❀ ●● O tratamento periodontal reduz o risco de complicações obstétricas? ❀
● Único tratamento com melhor evidência científica que reduz o risco de parto prematuro é a cerclagem do colo do útero.
+ Evitando a dilaceração do colo e o parto prematuro.
● Ainda não foi encontrado evidência que o tratamento da doença periodontal resolva a questão do parto prematuro, mas isso não quer dizer que essa doença não deve ser tratada.
● Estudo aponta: Tratamento periodontal durante a gravidez reduz significativamente o risco de mortalidade perinatal e de parto prematuro, além de aumentar o peso ao nascimento. 
+ Esse estudo diverge de muitos que vieram antes dele que não encontrava essa relação. 
+ E mesmo que não tenha evidência o tratamento periodontal é importante pra saúde da gestante, não negligenciar esse tratamento nesta fase.
❀❀ Cárie dentária:
❀ ●● A cárie dentária é inevitável durante a gravidez? ❀
● Aumento do número de refeições – açúcar.
● Dificuldade de realização da higiene bucal.
● Xerostomia e alteração da composição salivar.
+ ↑↑ Essas condições citadas acima podem aumentar o risco de cárie durante a gravidez.
● A alteração na composição salivar acontece mais no final da gestação deve-se adotar intervenções preventivas logo no início da gestação, para não deixar essas alterações na composição salivar aumentar o risco de a gestante desenvolver cárie. 
● Estudo: Acompanhou gestantes e não gestantes por 24 semanas. 
Ao final das 24 semanas avaliou as lesões de mancha branca. 
E foi concluído que as gestantes tinham maior risco de apresentar lesões iniciais de cárie. E observaram um aumento do consumo de açúcar por parte das gestantes. 
Apesar de estarem fazendo mais refeições as gestantes não adaptaram (melhoraram) a higiene para esse aumento do número de refeições. 
❀❀ Desgaste dentário erosivo:
❀ ●● A erosão dentária é um problema comum durante a gravidez? ❀
● Náuseas e vômitos acontecem com 70 a 85% das gestantes no primeiro trimestre. 
+ Os primeiros três meses acontece mais náuseas e vômitos. 
● Se persiste de forma severa, é chamada hiperêmese gravídica.
● Hiperêmese gravídica: - Náuseas e vômitos de uma forma severa/ frequente ao longo da gestação.
- É uma condição rara e acomete cerca de 1 a 2% da população gestante.
- Mas pode predispor ainda mais o desgaste dentário erosivo.
❀❀ Alterações de tecidos moles:
❀ ●● Alterações estomatológicas são comuns durante a gravidez? ❀
● Alguns estudos mostram uma prevalência de 12% da gestante ter alguma alteração de tecido mole.
●● Algumas condições mais presentes nos tecidos moles durante a gestação:
 	● Hiperplasia gengival
- É a mais presente.
- A presença de biofilme também pode gerar a hiperplasia gengival inflamatória.
 	● Mordida crônica da bochecha
 	● Candidíase
 	● Granuloma piogênico
❀❀ Qualidade de vida da gestante:
❀ ●● As condições de saúde bucal causam impacto na qualidade de vida de gestantes? ❀
● Sinais e sintomas de doenças bucais diminuem a qualidade de vida das gestantes.
● O domínio mais afetado é o bem-estar emocional. 
+ Normalmente a qualidade de vida é avaliada por meio de questionários onde o mais afetado é o bem-estar emocional da gestante. 
+ Ainda não temos estudos que mostram que tratar as doenças bucais diminuem a causa de partos prematuros, mas temos que melhoram a qualidade de vida, com uma melhor qualidade de vida diminui a chance de ter partos prematuros.
❀ Atendimento odontológico à gestante: ❀
● Período mais favorável.
● Prescrições medicamentosas.
● Tomadas radiográficas. 
❀❀ Período mais favorável: 
❀ ●● Qual é o melhor momento para realizar o atendimento odontológico? ❀
● Primeiro trimestre: Organogênese
● Segundo trimestre: Período mais adequado.
● Terceiro trimestre: Desconforto, hipertensão, síncope, anemia.
▪ Primeiro trimestre é o menos adequado para tratamento odontológico pois acontece a formação do bebê. 
▪ Mais seguro evitar tratamentos odontológicos nessa fase. 
▪ Pode ser que nesta fase a gestante nem saiba que está grávida. Mas se souber podemos evitar o atendimento odontológico nesta fase. 
▪ Porém, sempre balancear se é melhor deixar a gestante com dor, sofrendo todo o primeiro trimestre ou realizar procedimento odontológico neste momento, se puder aguardar aguarda, mas sempre balancear a fase com a necessidade.
▪▪ Procedimentos eletivos e estéticos devem ser realizados depois que o bebê nascer.
- Temos segurança para fazer procedimento odontológico em qualquer momento da gestação. 
- No entanto se puder evitar o primeiro trimestre
- Porém se tiver com dor realizaremos em qualquer momento.
❀❀ Prescrições medicamentosas:
❀●● Podemos prescrever medicamentos a gestantes com segurança? ❀
- É muito comum que a gestante tenha enjoos matinais, principalmente no 1° trimestre, é na década de 50 prescreviam TALIDOMIDA para as gestantes e elas não tinham mais enjoos. E então se observou o nascimento de uma série de bebes com deformidades nos seus membros, ou não tinham braços ou pernas ou apresentavam alguma deficiência nos braços e pernas. 
- Onde os estudos mostraram essas deformidades associadas ao uso da talidomida. 
- Esses medicamentos são chamados TERATOGÊNICOS que são medicamentos que atravessam a barreira placentária, e acabam causando alterações no feto.
- Pensando nisso foi criado essa tabela que fala sobre a segurança dos medicamentos.
	Categoria
	Descrição
	A
	Estudos controlados em humanos não indicam riscos aparentes para o feto.
	B
	Estudos em animais não indicam risco para o feto, mas ainda sem estudos confiáveis com mulheres grávidas.
	C
	Estudos em animais mostraram efeitos adversos para o feto, mas não existe estudos em humanos.
	D
	Evidências positivas de risco fetal humano, mas cujos benefícios podem justificar o uso.
	X
	Evidências positivas de anormalidade fetais, com contraindicações tanto em mulheres grávidas quanto nas que querem engravidar, pois os riscos superam os benefícios. 
+ Exemplo de categoria X é o roacutan.
+ Medicamentos A e B podem ser indicados a gestantes.
+ Medicamentos C e D tem que avaliar risco e benefícios, quando realmente for necessário.
+ Categoria X não devem ser nunca indicados.
●● Anestésicos:
+ Pensando de forma em geral, não avaliando questões individuais descritas na anamnese.
● A maioria é da categoria B, exceto mepivacaína e bupivacaína (categoria C).
● Anestésico de escolha: Lidocaína a 2% com epinefrina 1:100.000.
● Não se recomenda a gestante: Benzocaína, prilocaína (podem causar má-formações) e anestésicos que usam a Felipressina como vasoconstritor (pode induzir a contrações uterinas).
●● Analgésicos e anti-inflamatórios: 
● Analgésicos: - 1° opção: Paracetamol (categoria B). 
 		- 2° opção segura: Dipirona.
● Anti-inflamatório: 
 	- Mais recomendados é dentro dos 
 	 CORTICÓIDES.
● Não indicadas: AINES e AAS
●● Antibióticos: 
● 1° opção: Penicilinas (categoria B): Amoxicilina/ampicilina.
● 2° Opção para pacientes alérgicas: Clindamicina.
● Não indicadas: Eritromicina (pode ser hepatotóxica) .
Tretraciclina (categoria D) pode causar manchamentos nos dentes. 
❀❀ Tomadas radiográficas:
❀ ●● Gestantes podem fazer exames de RX com segurança? ❀
● Sim! Sempre que indicado. 
● Tomando todos os cuidados e utilizando os EPI’s.
● Ainda existe recomendação na literatura que os exames radiográficos sejam evitados no 1° trimestre.
● Porém se tiver grande necessidade ela deve ser feita.
❀❀ 2.3. Promoção de saúde bucal na gestação:
● Integralidade
+ A atenção feita na gestante deve considerar os aspectos biológicos quanto os aspectos psicossociais ou o contexto que ela se insere (familiar, social, situação econômica). Para assim conseguir um atendimento integral e humanizado. 
● Gestante como multiplicadora de comportamento saudáveis.
+ Se a gestante seguir as recomendações de alimentação saudável ela vai propagar para a criança e para sua família. 
+ Na maioria das veze as gestantes são consideradas receptivas para receber essa informação, pois está num período que se preocupam com a saúde do filho que vai nascer. Mas nem todas vão seguir isso (nem todos são planejados e nem todas vão seguir as recomendações).
● Vínculo e trabalho em equipe.
+ SUS recomenda pelo menos 6 consultas de pré-natal e além dessas, 1 consulta odontológica. 
+ Importante que o dentista interaja com os outros da equipe, pois eles vão ver a gestante mais vezes, e ajudem a transmitir essas informações a gestante durante as consultas. 
● O dentista do SUS na consulta do pré-natal odontológico com a gestante deve abordar todos esses assuntos: 
→ Orientação sobre a possibilidade de atendimento durante a gestação.
→ Exame de tecidos moles e identificação de risco à saúde bucal.
→ Diagnóstico de lesões de cárie e necessidade de tratamento curativo. 
→ Diagnóstico de gengivite ou doença periodontal crônica e necessidade de tratamento.
→ Orientação sobre hábitos alimentares (ingestão de açúcar) e higiene bucal. 
Dieta na gestação:
+ Das recomendações que vamos passar a mãe, talvez a dieta seja uma das mais importantes. 
● Nutrição da mãe e do bebê.
● Aptidão para a percepção de sabores: sistemas sensoriais. 
● Aceite de alimentos no futuro.
+ É na barriga da mãe que o bebê começa a conhecer os sabores. 
+ Estudo onde alimentavam as mães e monitoravam os bebês, foi percebido que ao ingerir doce o bebê engolia o líquido amniótico mais rápido e mais vezes que outra alimentação normalmente.
+ Começando gerar sua preferencias. 
+ Depois que o bebê nasce esse sabor ainda vai ser passado através do leite materno. 
+ A percepção de alimentos no futuro vai ser através dos alimentos ingeridos pela mãe durante a gestação e na amamentação, ou seja, quanto mais variado o cardápio melhor vai ser para saúde dela e do bebê.
● Odontogênese: DDE
+ Esses fatores da dieta influenciam na formação dentária.
+ Algumas deficiências na nutrição podem predispor o bebê a ter defeitos na formação do esmalte. 
❀ ●● Intervenções realizadas no pré-natal têm efeito positivo no futuro? ❀
● Estudo 1: + Aponta falhas nos programas preventivos nos quesitos de evidências sobre doenças bucais, higiene, relação entre saúde bucal e geral das mães. 
+ Sugerem, no fim do artigo, que as intervenções realizadas para gestantes sigam guias que já estão estabelecidas (como a do SUS).
● Estudo 2: Atenção odontológica e ações educativas no pré-natal são fatores de proteção para a cárie na primeira infância. 
+ Atendimento (quando a possui necessidade) a mãe e as promoções educativas feitas no pré-natal, são fatores de proteção de cárie para as crianças.
3. Nascimento
● Parto.
● Legislação e recomendações.
● Hora dourada.
● Teste da linguinha. 
❀❀ Parto:
❀ ●● Nomenclaturas associadas aos tipos de partos? ❀
● Parto espontâneo: Aquele que se desencadeia naturalmente.
● Parto normal: Geralmente associado à via de parto vaginal.
● Parto natural: Além de ser associado à via vaginal, remete àquele que ocorre sem intervenções médicas.
● Parto respeitoso/humanizado: É aquele que se preocupa em manter a dignidade das mulheres, independente da via de parto. 
❀ ●● Eventos relacionados ao fim da gestação e ao parto? ❀
● A gestação dura, em média, 40 semanas, ou 270 dias.
● Com base nesses valores, é estabelecida uma data provável de parto.
 	→ Nascimento a termo: 37 a 42 semanas.
 	→ Menos de 37 semanas: pré-termo.
 	→ 37 a 39 semanas: termo precoce.
 	→ 41-42 semanas: termo tardio.
● No Brasil: temos um grande número de Cesáreas e grande número de bebês nascendo prematuramente. 
+ E isso aumenta o risco de mortalidade infantil e déficit de crescimento para bebês.
● 2016: legislação que proíbe que se agende cesárea com menos de 39 semanas.
● Estudo: Aponta uma relação entre nascimento pré-termo e alterações de desenvolvimento no período escolar.
❀❀ Parto humanizado:
●● Apoiado sobre 3 pilares: 
 	● Autonomia das mulheres.
 	● Integralidade do cuidado.
 	● Cuidado baseado em evidências. 
●● O parto é um evento fisiológico
 	● Minimizar a medicação.
 	● Escolhas informadas da gestante.
 	● Plano de parto.
+ Escolher a via que esse bebê vai nascer.
●● Cesárea:
● Procedimento cirúrgico de alta complexidade.
● Maior risco de vida para a mãe e para o bebê.
● Pior recuperação, maior tempo de internação.
❀ ●● Regulamentações relacionada ao parto? ❀ 
● ODM: Cuidado com a gestante e o parto.
● ODS: Melhorar a saúde das gestantes.
● SUS: Rede Cegonha, Política Nacional de Humanização.
● LEIS: Lei do acompanhante; Proibição do agendamento de cesárea antes das 39 semanas (ANS).
❀❀ Hora dourada:
+ 1ª hora de vida do bebê.
● Contato pele a pele.
+ Logo que o neném nasce ele deve ser colocado direto sobre a pele da mãe. 
+ Essa pele aquece o neném, dando o calor queele precisa, sem correr o risco de causar hipotermia.
● Corte tardio do cordão umbilical.
+ Antigamente o bebê já nascia e fazia o corte, hoje se sabe que enquanto esse cordão estiver pulsando não deve ser cortado pois garante um maior aporte sanguíneo para o bebê.
+ O corte tardio também tem menos risco de ter anemia ao decorrer da vida.
● Amamentação.
+ A recomendação é que o bebê seja amamentado nesta primeira hora de vida, que é quando ele tá mais esperto. Na segunda hora de vida ele vai ficar mais quieto e acabar dormindo. 
Estudo: + Acompanharam as crianças que nasceram e observaram se elas foram amamentadas ou não, e após um tempo avaliaram se elas usam ou não usavam bico.
+ De as crianças que participaram do estudo 60% usavam bico no primeiro ano de vida. 
+ As crianças que mamaram nos primeiros 30 minutos de vida tinham 25% menos risco de utilizar bico.
+ As crianças que mamaram nas primeiras 6 horas de viva tinha 18% menos risco de usar bico. 
❀❀ Avaliação do frênulo lingual 
 ou Teste da linguinha:
● Regulamentado pela lei n° 13.002, de 20/06/2014, nota técnica MS n°35/2018. 
● Segue pelo Protocolo de Bristol que avalia as alterações anatômicas.
● Avalia qual a aparência da ponta da língua
onde o frênulo da língua está fixado na gengiva/assoalho.
● O quanto a língua consegue se elevar (com a boca aberta durante o choro).
● Projeção da língua
● Podendo ganhar a nota de 0, 1 ou 2.
● No final pode ter somatória de 0 a 8.
●● Se somar: 
● 6, 7 ou 8: Não tem anquiloglossia.
● 0, 1, 2 ou 3: Possui uma alteração anatômica. 
● 4 ou 5: ficou “Boderline”, muito próximo das bordas,
●● Não sabendo se ele vai ficar no escore com anquiloglossia ou sem. E ai é a maior chance de sobrediagnóstico e sobretratamento. Pois não tem um escore definitivo e tem que tomar uma decisão encima do que observa.
● Avaliação anatômica:
+ Algumas crianças vão ter essa alteração anatômica, mas vão conseguir mamar bem (que é a principal função da língua neste momento). 
+ A recomendação é que se avaliar essa alteração anatômica realizar a AVALIAÇÃO FUNCIONAL (ver o neném mamando) para então definir se interferir ou não.
❀ Anquiloglossia:
● Diagnóstico clínico: O frênulo lingual está restringindo a mobilidade da língua. 
+ Por exemplo paciente que não intervindo durante a mama e quando está aprendendo a falar tem dificuldades, o profissional que o acompanha – ex: fonodiologa – pode nós solicitar a intervenção.
++ Mas neste momento estamos avaliando a questão de amamentação.
● Implicações:
- Diminuição da habilidade do recém-nascido para fazer pega e sucção adequada.
- Dificulta o adequado estímulo à produção de leite e o esvaziamento da mama.
+ Menos estimulo de bebê, consequente a mãe produz menos leite.
- Causa de dor nas mães durante a amamentação.
● Estudo 1: Ausência de critérios rígidos para selecionar e como isso implica no diagnóstico 
● Estudo 2: O frênulo pode ter mais função que as atribuídas a ele e deveríamos dar mais atenção.
 	Como realizar a frenectomia:
- Erguer a língua e passar anestésico tópico.
- Realizar a anestesia infiltrativa na região.
- Ir com a pinça hemostática até causar isquemia.
- Retirar a pinça e fazer o corte com uma tesoura bem afiada podendo ou não tirar tecido).
- Segurar com gaze caso houver sangramento.
- Se for bebê após isso pode ir direto ao peito da mãe.
AMAMENTAÇÃO E SAÚDE BUCAL – parte 1
Aula 06: 19/04/2021
● Hora dourada: Início de uma longa jornada de amor e nutrição.
● Outra recomendação da hora dourada é não dar banho no neném nestas primeiras 24 horas.
● Sendo que preconizasse mamar até a 1ª hora de vida.
●● A promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno são reconhecidas como as intervenções baseadas em evidências mais importantes no início da vida. 
+ Se altera conforme a mamada, alguma doença, necessidade, etc. O que nenhuma fórmula pronta faz isso.
1. Introdução:
● Aleitamento materno exclusivo e em livre demanda até os 6 meses de idade.
+ Não precisando de chá, água...
● Introdução da alimentação complementar a partir dos 6 meses e manutenção da amamentação até os 2 anos de idade. 
2. Amamentação e saúde geral:
● Efeito imediato e a longo prazo na vida da criança.
● Estudo: Fala que o leite materno é a melhor fonte de nutrientes para a criança.
 E que possui componente nutricional, IgA e IgG, propriedade anti-inflamatórias. 
● Protege contra infecções precoces:
 	- Otite média aguda (principal causa de perdas auditivas em crianças) 
 	- Gastroenterite e diarreia (segunda maior causa de morte infantil no mundo).
 	- Infecções do trato respiratório.
● Leucemia
● Obesidade (sabendo melhor quando vai estar saciada).
●● Esses benefícios não se restringem apenas aos bebês, mas também as mães. Mães que amamentam tem menos câncer de mama e de ovários, diabetes tipo 2. Além de favorecer a criação de um vínculo afetivo entre a mãe e o bebê, melhorando a saúde mental da mãe.
3. Amamentação e saúde bucal:
● Crescimento craniofacial.
● Bicos artificiais.
● Cárie dentária.
● Fórmulas artificiais. 
❀❀ Crescimento craniofacial:
● Quando o bebê nasce só cerca de 1/8 da face está desenvolvida, o resto acontece durante o desenvolvimento. Nasce assim para facilitar a passagem pelo canal vaginal, sendo natural/fisiológico.
● Um pico de crescimento é durante os 1000 dias de vida e outro pico de crescimento é por volta dos 6 anos durante a troca da dentição.
● O terço inferior é bem subdesenvolvido.
● E quando a criança trabalha a ordenha da mama trabalha um grupo de músculos do terço inferior facilitando o crescimento.
● O terço médio também é favorecido, pois ao mamar no peito ela forma um vedamento dos lábios, tendo o ar exclusivamente entrando pelo nariz. Favorecendo a respiração nasal.
Mamadeira
Mamilo
❀❀ Bicos artificiais:
● Desmame precoce.
● Veículo de contaminação.
● Maloclusões.
+ Atuam negativamente no sistema estomatognatico e na oclusão. Exercendo pressão em lugares errados. Podendo estar relacionado com consequências de saúde geral, como o desmame precoce. 
● Confusão de fluxo: Quando a criança mama na mamadeira é deixa o peito da mãe precocemente pode ser devido a uma confusão de fluxo. Pois a mamadeira precisa menos esforço que a mama. 
●● O leite da produzido pela mãe é a contrário então quanto mais o neném mama mais leite produz.
O corpo da mãe entende que o neném não precisa tanto daquele leite, produz menos podendo apressar o desmame precoce. 
AMAMENTAÇÃO E SAÚDE BUCAL – parte 2
Aula 07: 26/04/2021
❀❀ Bicos artificiais 
● Sucção não-nutritiva fisiológica.
+ Bebê tem necessidade de sucção não-nutritiva, não é fome, e a necessidade de aconchego, e as vezes para saciar essa necessidade é oferecido a chupeta, e isso também pode influenciar na amamentação. 
● Influência na amamentação. 
+ Tanto o bico quanto a mamadeira influenciam na amamentação. 
+ Pensar em outras estratégias ao invés do bico. 
● Confusão de bicos. 
+ Se a mãe está levando a criança ao seio sempre que ela quiser e dando o bico isso não é LIVRE DEMANDA. 
+ Bebês não mamam apenas quando estão com fome, mas também quando estão inseguros, com medo, dor, saudades...
●● O ministério da saúde adverte: a criança que mama no peito no necessita de mamadeira, bico ou chupeta. 
●● O uso de mamadeira, bico ou chupeta prejudica a amamentação e seu uso prolongado prejudica a dentição e a fala da criança.
●● Se caso a criança usa bico remover até 2 a 3 anos de idade de forma GRADUAL, e as recomendações devem ser de forma individualizadas. 
❀❀ Bico X Dedo:
+ Antigamente se tinha em mente que se a criança precisasse de sucção não-nutritiva era melhor oferecer o bico do que o dedo, pois o bico seria mais maleável e mais fácil de remover depois 
+ Porém hoje soubemos que chupar o dedo dentro dos períodos de 1000 dias não é um hábito deletério, pois pode ser o que bebê tenha esse hábito desde dentro do útero da mãe. 
+ Após esse período, devemos avaliar se isso é um hábito deletério (após 1 ano e meio, 2 anos).
❀ Fase oral: ❀
● Até 1 ano e meio, 2 anos.
● O dedo é mais parecido como peito da mãe do que com o bico. 
● Nesta fase é considerado normal chupar o dedo.
● Se o bebê estiver chupando muito o dedo pode recomendar a mãe que ofereça o seio no lugar.
● Se o bebê está maior pode oferecer mordedores. 
● Não recomendar que ofereça o bico no lugar.
❀ ● E se não for possível amamentar? ❀
● Se a mãe não pode amamentar naquele momento/período pois tem que voltar ao trabalho ou algo assim: Oferecer o copinho.
● Agora se a mãe não pode amamentar permanentemente pois tem alguma alteração devemos discutir com uma equipe multidisciplinar, para solucionar a melhor forma de amamentação.
❀❀ Cárie dentária:
● Estudo: Crianças com mais de 1 ano mamar a noite significa ter mais risco de cárie.
❀ ● Será que o leite materno é o responsável pela cárie? ❀
● Tem se observado que somente o leite materno não vai ser responsável pela cárie.
● A cárie é açúcar dependente e depende mais da sacarose do que da lactose.
● A lactose por si só não é cariogênica.
● Estudo: Mostra mais risco de cárie para crianças acima de 1 ano. E neste período elas não se alimentam so do leite da mãe.
● Não vamos recomendar que a mãe não amamente a noite. 
● E sim recomendamos que a alimentação introduzida seja saudável. 
 Interferir na dieta e não na amamentação. 
● Uma maneira de interferir na alimentação é seguir os 10 passos do guia de alimentação saudável disponibilizado pelo Ministério da Saúde.
❀❀ Fórmulas artificiais:
● Leite materno é o único alimento que atende perfeitamente ás necessidades dos lactantes. 
● É um alimento vivo e dinâmico.
+ Não é estático, por isso tão difícil de ser reproduzido, varia conforme o período/idade, condição imunológica, dentro de uma mesma mamada (começa de uma forma e termina de outra).
3 tipos de leite: 
● Colostro.
+ Produzido logo que a criança nasce até 5 dias. 
+ Mais claro, “ralo”.
● Leite de transição.
+ Do 5° até o 15° dia +- é o leite de transição. 
● Leite maduro.
+ Mais escuro e mais grosso.
+ No início da mamada leite rico em água para que hidrate o bebê. E no final da mamada leite rico em gordura para engorda e saciedade do bebê.
+ Melhor que inicie e esgote a mama para que o nenê seja saciado e aproveite todos os tipos de leite. 
● As principais fórmulas infantis usadas na substituição do leite materno têm como base o leite de vaca. 
+ Compostos lácteos não são recomendados para bebês, mas que tem os rótulos extremamente semelhantes ao da fórmula, podendo confundir na hora da compra. 
Odontologia na 1ª infância
Aula 08: 03/05/2021
❀ O que é primeira infância?
● Período desde o nascimento até os 6 anos de idade.
❀ Marco legal da 1ª infância:
● Licença paternidade. (Expansão: passa de 5 a 20 dias para empresas consideradas cidadãs). 
● Orientação às gestantes e famílias.
● Qualificação de profissionais.
● Saúde (direito de acompanhantes, de dias de folga para acompanhar a criança).
● Registros.
❀ E a saúde bucal?
● Doenças bucais e consequências.
● Promoção e prevenção: oportunidade, ação intersetorial.
● Visita precoce ao dentista.
● Medo/ansiedade.
4. Considerações finais:
● No Brasil, o aleitamento materno até os 12 meses, que era de 25,5% (1986), aumentou para 47,2% (2006). Entre 2006 e 2013 houve uma relativa estabilização, sendo a prevalência de aleitamento materno até 12 meses de 45,4%.
1. Deixar de falar em “benefícios da amamentação” e passar a mencionar sistematicamente os “riscos de não amamentar”.
2. Nosso nível de conhecimento sobre o aleitamento materno – tanto a composição do leite como o ato de amamentar- ainda é limitado.
3. Papel essencial da sociedade em proteger, promover e apoiar o aleitamento, por meio de políticas públicas, práticas dos serviços de saúde, locais de trabalho favoráveis, sociedade civil e engajamento da população. 
Características bucais do recém-nascido
Aula 08: 03/05/2021
1. Características do período pré-natal.
2. Características do período pós-natal.
3. Alterações bucais do recém-nascido.
4. Considerações finais.
	Trimestre
	Mês
	Semana
	1°
		1
	2
	3
		1 – 4 semanas
	5 – 8 semanas
	9 – 13 semanas
	2°
		4
	5
	6
		14 - 17 semanas
	18 - 21 semanas
	22 - 26 semanas
	3°
		7
	8
	9
		27 - 30 semanas
	31 – 35 semanas
	36 – 40 semanas
1. Características do período pré-natal – Embriogênese.
❀ 2ª semana de vida intrauterina: 
● Formam-se as duas extremidades do futuro sistema digestivo 
❀ 1° mês de vida intrauterina:
● A cavidade bucal primaria (estomodeu) surgirá por volta da 3ª semana de vida intra uterina .
● Nesta fase as vezes mulher nem sabe que está grávida.
❀ 2° mês de vida intrauterina:
● Rápido desenvolvimento
● Tríade da vida: Sistema cardiorrespiratório.
 		 Sistema digestivo.
 		 Sistema sexual.
● Neste período está acontecendo a organogênese. 
❀ 6ª semana: 
● Formação dos músculos que já respondem à excitação neural.
❀ 7ª semana: 
● Invaginações epiteliais aprofundam-se e formam o sulco labial e a lâmina dentária.
❀ Entre a 2ª e a 7ª semana: 
● Começa a formação das lâminas dentárias, que a partir delas se formam os 10 dentes decíduos de cada arco.
● Propriedade de alteração de desenvolvimento nessas gestantes que podem acontecer devido a distúrbios sistêmicos podendo ocasionar fendas lábio palatinas.
 	●● É nesse processo que tem junção de duas partes que formam a face e alguma alteração neste período pode ter a formação de fendas. 
● Retrognatismo mandibular
● Desproporção do tamanho da língua
●● Outras duas características que podem se formar neste período.
❀ 31ª semanas: 
● Funções respiratórias e digestivas.
❀ 32ª a 36ª semanas: 
● Crescimento da cabeça no sentido vertical.
❀ 35ª semana:
● Sucção.
❀ 4ª semana de vida intrauterina: 
● Desenvolvimento do frênulo/freio lingual
● Por volta da 4ª semana começa se desenvolver a língua, depois que ela se forma completamente o músculo esquelético que fica na região mais anterior sobre uma apoptose (desaparece) e fica somente um tecido fino que é o frênulo lingual. Problemas nesta fase (genético ou ambiental) podem gerar a anquiloglossia.
► Frênulo lingual normal: 
● A membrana se encontra inserida na metade da face sublingual, com distância ao assoalho da boca que permite os movimentos normais da língua. 
► Anquiloglossia: 
● Anomalia congênita que ocorre pela falta de apoptose completa do freio lingual durante o desenvolvimento embrionário. 
● Pode ser em função de:
 	- Inserção anteriorizada.
 	- Freio lingual curto.
 	- Freio lingual curto e anteriorizado.
● Para fazer essa avaliação tem o: TESTE DA LINGUINHA.
- 6,7,8: não há anquiloglossia.
- 0, 1, 2, e 3: alteração anatômica.
- 4 e 5: dúvida se há alteração anatômica.
❀ Avaliação anatômica e funcional:
● Após realizar a avaliação pela escala (anatômica), onde somará os pontos deve ser feita a avaliação funcional durante a amamentação da criança 
● A principal crítica do teste da linguinha hoje é que muitas vezes se indica a cirurgia somente com a avaliação anatômica. 
● Estudos: Não tem uma relação clara se de fato a frenetomia/frenectomia auxilia em todos os casos para que continue a amamentação exclusiva até os 6 meses. só se tem uma percepção que melhora em relação ao conforto da mãe. 
●● A associação de odontopediatria pontua alguns aspectos em relação ao teste da linguinha: ●●
● Baixa prevalência de anquiloglossia.
● Incerteza sobre os efeitos da anquiloglossia na amamentação.
+ Muitas crianças conseguem se adaptar apesar de uma alteração anatômica. 
● Falta de validação adequada do método de triagem.
+ Não é comprovado que vai detectar todos os casos de anquiloglossia e não vai chamar pacientes que não tem. 
● Incerteza sobre os benefícios do programa.
● Custos envolvidos na aplicação do protocolo.
● Evidência de benefício da cirurgia é baseado em evidências de baixa qualidade.
+ O ideal é que seja encaminhada ao odontopediatra para uma 2ª avaliação e que se necessária cirurgia seja feita sob anestesia em um ambiente ideal.
2. Características do período pós-natal:
● Recém-nascido pode apresentaras seguintes características: 
❀ Retrognatismo mandibular: 
● Que é normal, para facilitar a passagem do canal vaginal.
❀ Calinhos de amamentação: 
● No lábio pelo nenê fazer a sucção no seio da mãe.
❀ Ausência de dentes: 
● Normalmente sem dentes.
❀ Abaulamento gengivais: 
● Normal que essa porção seja recobrida só por gengiva, sem osso.
● Rodetes gengivais divididos em segmentos devido a esses abaulamentos gengivais.
❀ Cordão fibroso de Robin e magitot:
● Linha mais fibrosa presente no final dos abaulamentos gengivais, que ajuda na hora de fazer o vácuo para a sucção.
❀ Freio labial na porção superior de forma que conecta o lábio superior com a papila incisiva:
● Onde numa criança maior chamaria freio teto labial
● Mas no recém-nascido é normal/fisiológico.
 	❀❀ Irrupção dentária: ❀❀
● Cada bebê tem seu ritmo/tempo para irromper os dentes.
3. Alterações bucais do recém-nascido:
● Dentes natais e neo-natais.
● Epúlide congênita.
● Pérolas de Epstein e nódulos de Bohn.
● Cistos da lâmina dentária.
● Hematoma de erupção.
● Doença riga-fede.
❀❀ Dentes natais e neo-natais:
● Dentes natais: Já nasce com a criança.
● Dente neo-natais: Erupciona até o 30º dia de vida. 
● PRIMEIRA CONDUTA A FAZER: 
 	Avaliação clínica: 	Anamnese + 
 				Exame físico + 
 				RX.
▪ Anamnese: 
- Já nasceu com o dente ou ele apareceu depois.
▪ Exame físico:
- Os 2 principais riscos de ter um dente natal ou neo-natal é: não conseguir mamar, podendo machucar o peito da mãe, e o 2º risco é o dente se desprender e a criança aspirar ou deglutir o dente.
- Avaliar clinicamente se o dente tem mobilidade e bordos cortantes.
- Não tem mobilidade e não está atrapalhando a amamentação posso fazer o alisamento dos bordos e manter o dente em boca. 
- No entanto se avaliar o dente tem mobilidade com risco da criança aspirar ou deglutir fazer a exodontia. 
▪ Avaliar o RX:
- Normalmente esses dentes são supranumerários mas as vezes são dentes decíduos e ai tem que pensar nas consequências de remover. 
- No entanto se for um dente mesmo da série nORmal (decíduo) e apresentaR risco de deglutição ou aspiração e/ou prejudica a amamentação vou remover. 
- Normalmente tem pouca raiz e não tem ligamento periodontal.
- Geralmente não mantem em boca pelo risco que apresenta, no entanto se não tem risco posso manter.
- Anestesia normalmente só em volta do dente e fazer a exo com pinça mesmo.
❀❀ Epúlide congênita:
● Manifestação rara, sem causa definida, mas é uma proliferação de células que gera um nódulo único. 
● Pediculado.
● Superfície lisa (às vezes lobulado, com um único lóbulo).
● Coloração variado do rosa para o vermelho.
● Tamanho menor que 2 cm de diâmetro. 
● Predileção pelo sexo feminino (90%).
● Maior frequência na maxila.
● Benigno e autolimitante.
● Pode regredir espontaneamente ou não. Podendo necessitar remoção cirúrgica. 
+ Se estiver atrapalhando a amamentação fazer a remoção cirúrgica. 
+ Se não estiver e ele não regredir espontaneamente pensamos também em remoção cirúrgica (mas normalmente regride).
❀❀ Pérolas de Epsteins e Nódulos de Bohn:
● Muitos semelhantes, a diferença deles é a localização. 
● Alguns livros de patologia trazem como cistos palatinos do recém-nascido 
❀ Pérolas: 
● Pequenas formações nodulares com 2 a 3 mm de diâmetro.
● Coloração esbranquiçada.
● Firmes à palpação.
● Circunscritas.
● Únicas ou múltiplas, assemelhando-se a “grãos de arroz” presa no palato.
● Ocorrem ao longo da rafe palatina mediana. 
❀ Nódulos: 
● Pequenos cistos preenchidos por queratina.
● Semelhantes ás perolas de Epstein.
● Distribuídos pelo palato duro na forma de projeções esbranquiçadas. 
+ Única diferença é que não vão estar distribuídos ao longo da rafe palatina. 
 		Ambos os casos:
● Não há necessidade de tratamento.
● Tendem a desaparecer após os 3 meses de idade.
❀❀ Cistos da lâmina dentária:
● Cisto gengivais de inclusão com conteúdo queratótico.
● Encontrados na mucosa, ao longo dos lados vestibular e lingual das cristas dentárias (lâminas dentárias).
● Na maxila e mandíbula.
● Aspecto de pápulas esbranquiçadas.
● Não necessitam tratamento. 
+ Só diferencia dos nódulos ou perolas por meio de exames histológicos. 
❀❀ Hematoma (cisto) de erupção:
● Dilatação, por acumulo de fluido ou sangue, do espaço folicular.
+ Se acumula fluido ou sangue entre o folículo e o dente.
● Aumento de volume em forma de cúpula.
● Consistente à palpação.
● Coloração translúcida ou azulada.
+ Translúcida: cisto/líquido.
+ Sangramento: azulada.
● Pode causar dor e desconforto. 
+ Se não tiver dor ou desconforto aguardar o dente erupcionar.
+ Se tiver dor ou desconforto realizar ulectomia. 
❀❀ Doença riga-fede:
● Originada pelo atrito da língua com dentes principalmente natais ou neonatais. 
+ Ulcera traumática na região ventral (ponta/baixo) da língua. 
● Úlcera com bordas elevadas e endurecidas.
● Fundo necrótico de coloração branco-acinzentada.
● Halo inflamatório.
● Tratamento: Remoção do agente irritante. 
+ Dente neonatal ou natal fazer a exodontia.
+ Se for dente da série normal fazer o arredondamento das bordas. 
●● Literatura diz que estaria associado com pior condição imunológica da criança e isso estaria favorecendo o acontecimento dessa úlcera. 
4. Considerações finais:
● O correto conhecimento sobre a fisiologia do desenvolvimento embrionário e a adequada avaliação das estruturas bucais são de extrema importância para o correto diagnóstico de quaisquer alterações que fujam da normalidade ou possam causar danos ao paciente.
Características bucais na primeira infância
Aula 09: 10/05/2021
1. Introdução.
2. Sinais e sintomas associados à erupção dentária.
3. Estabelecimento da dentição decídua. 
4. Avaliação dos arcos.
5. Hábitos bucais deletérios.
6. Medicações e a saúde bucal.
1. Introdução:
● 1ª infância de 0 a 6 anos.
❀ Importância de dentição decídua para desenvolvimento da criança: ❀ 
● Impacto: Sintomas.
● perda de função 
● nutrição
● qualidade de vida
● falta às escolas 
● econômico
+ Tem sintomas dolorosos. Perda da função e não vai conseguir comer toda a alimentação que deveria e vai ter impacto na nutrição;
+ Comprometendo a qualidade de vida.
+ E por fim isso pode levar a faltas à escolas, prejudicando o rendimento na escola, gerando impacto econômico pois as famílias perdem o trabalho e dia de rendimento. 
2. Sinais e sintomas associados à erupção dentária:
● Salivação intensa.
● Irritação local.
● Irritabilidade.
● Perda de apetite.
● Distúrbios do sono.
● Coriza.
● Diarreia.
● Febre.
●● Tendo em vista que a erupção dentária é um fator fisiológico será que todos esses sinais e sintomas estão de fato associados a erupção? 
● Estudo 1: Metanálise uniu 16 estudos com mais de 3.500 bebês ao todo de 0 a 36 meses.
● Com objetivo de entender qual os sinais e sintomas na erupção dentária.
● De cada 10 bebês 7 apresentaram sintomas de erupção.
● Os mais comuns foram:
 	- Irritação gengival: 87%
 	- Irritabilidade: 68%
 	- Salivação excessiva: 56%
● Estudo 2: Avaliar a alteração na temperatura corporal antes e durante a erupção dentária. 
Notou-se que a febre na erupção dentaria estava em média 36,7 e depois 36,5. 
Concluindo-se que em geral, os sinais e sintomas não devem ser tratados com produtos farmacológicos (como analgésicos tópicos) ou mesmo medicações sistêmicas, pois esses produtos podem levar a complicações sistêmicas ou efeitos colaterais. 
+ Tratar apenas casos com muita dor. 
❀❀ Possíveis explicações de porque isso ocorre? 
● Aumento de salivação: Os dentes começam a erupcionar no 6º e 7º mês de vida e neste tempo ocorre a maturação das glândulas salivares, pode ser pelo fato dessa maturação.
 ● Período também que encerra a amamentação exclusiva, pode ser que isso favoreça a aumento de febre.
● A criança é muito susceptível a infecções neste período, como vai encerrar a amamentação exclusiva pode ser que cause infecção.
❀❀ Pomadas compradas na farmácia:
● É um anestésico aplicado que não deve ser recomendado.
❀❀ O que pode ser feito: 
● Oferecer mordedores gelados, dedeiras de silicone, fraldinhas,

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