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COMPLICAÇÕES NO PÓS-OPERATÓRIO COMPLICAÇÕES DA FERIDA CIRÚRGICA - Estão entre as mais comumente encontradas. Na maioria dos casos, de fácil resolução Seroma: Coleção de gordura, soro e líquido linfático no tecido celular subcutâneo . Sem etiologia definida (Acredita-se que seja por lesão de pequenos canais linfáticos) · É a complicação mais benigna da F.O. · Com + frequência nas operações que envolvem dissecção de linfonodos e/ou grandes deslocamentos teciduais · Bem circunscrito, com edema localizado e desconforto à pressão. Costuma ser um abaulamento indolor, sem sinais flogísticos e com eventual drenagem de líquido de aspecto claro · TRATAMENTO – Aspiração / Se após 2 ele reacumula – Cirurgia aberta Hematoma: Acúmulo de sangue e coágulos sob a F.O., mais precisamente em tecido subcutâneo · Grande potencial de infecção · Pode ser por falha técnica ou coagulopatias · Tumefação maciça com descoloração azul ou arroxeada da pele, podendo ter saída de secreção vermelho- vinho · Muitos pacientes sentem dor local · REGIÃO CERVICAL – Compressão aguda da via aérea · RETROPERITÔNIO – Íleo paralítico · CAVIDADE ABDOMINAL – Síndrome compartimental · Pode levar a: Dificuldade de coaptação das bordas da F.O. (+ riso de hérnia incisional), comprometimento da vascularização de enxertos ou retalhos – Necrose · TRATAMENTO (Observar tamanho e consequências) – Pequeno: Sem intervenção cirúrgica / Expansivo – Sala de cirurgia · Coleções volumosas que surgem nas primeiras 24 – 48 hr – Abrir suturas cutâneas em sala de cirurgia Deiscência da ferida: Separação das camadas musculoaponeuróticas no início do P.O. (Pós- operatório). Maior ocorrência no período de 7-10 dias de P.O. · Em 1-3 % das cirurgias abdominais · + RISCO DE: Evisceração, infecção e hérnia incisional · A infecção profunda da F.O. é uma das condições mais frequentes relacionadas à deiscência · Abaulamento da F.O., dor local e saída súbita de grande quantidade de secreção clara de cor salmão ou mais sanguinolenta · Quando presente, a evisceração pode ser notada · TRATAMENTO – Cirúrgico / Evisceração – Emergência cirúrgica · Temporariamente – Recobrir vísceras com compressa umidecida OBS: Terceira camada – Mais profunda (formada por mm + aponeurose) Fatores relacionados com deiscência da F.O. Infecção da F.O. COMPLICAÇÕES COM TERMORREGULAÇÃO Febre no P.O: Desordem hipotalâmica na termorregulação (É o nosso centro regulador térmico) / · Febre – Temperatura axilar > 37,5 graus (varia de acordo com a literatura) · Hipertermia – Quando há elevação da temperatura por mecanismo que não tem a ver com desajuste hipotalâmico · Hiperpirexia - Quando a temperatura ultrapassa 41,5 graus (A condição + frequentemente envolvida é o AVEh) · É um sinal relativamente frequente · Maior parte é por causa infecciosa. Pode ocorrer também na presença da SIRS · As INFECÇÕES + COMUNS: ISC, ITU, infecção relacionada com cateter intravascular, pneumonia e infecção do TG inferior · Nas primeiras 72 horas, a principal causa é a Atelectasia pulmonar · Febres ocorrendo após 72 horas, e principalmente do 5º - 8º dia de PO, deve chamar atenção para eventos mais graves (O foco urinário é relativamente comum) AVALIAR · Tipo de cirurgia · Infecção · Uso de drogas OU hemoderivados · Uso de dispositivos invasivos · Síndromes inflamatórias · Duração da hospitalização · Epidemiologia das infecções hospitalares Hipertermia maligna: Desordem rara do mm. esquelético de caráter autossômico dominante. A exposição a alguns agentes deflagra a crise (EX: Anestésicos, bloqueadores mm, agentes inalatórios) / Há aumento significativo do metabolismo muscular – Liberação anormal do cálcio · Início, geralmente, dentro dos primeiros 30 min de anestesia, podendo ocorrer em até 24 horas de P.O. · Perda da contração espasmódica, rigidez mm, taquicardia, arritmia, acidose, hipertermia · Espasmo do masseter – Gera dificuldade do anestesista em abrir a boca do paciente · Gasometria – Acidose; Hipoxemia; Hipercapnia · TRATAMENTO – Suspender o uso da substância/ anestésico Hiportermia: Redução da temperatura corpórea central (TCC) para < 35 graus* · CAUSAS: Ambiente frio, cirurgias prolongadas, rápida adm de líquidos IV ou sangue, alguns tipos de anestésicos e idade avançada · CONSEQUÊNCIAS: Disfunção plaquetária e dos fatores de coagulação (+ risco de sangramento), prejudica função de macrófagos, + propensão à infecção, prejuízo na cicatrização de feridas e + no tônus simpático · HIPOTERMIA GRAVE (< 28 graus) – Arreflexia, broncorreia, edema agudo de pulmão, hipotensão, bradicardia, surgimento de onda T no ECG · Monitorizar temperatura, colocação de cobertores e equipamentos que gerem corrente de ar quente, infusão venosa com fluídos aquecidos * Essa medida é feita por dispositivos especiais, como os localizados em cateter da a. pulmonar COMPLICAÇÕES DO TGI Deiscência da Anastomose: Descontinuidade parcial em algum ponto de uma anastomose cirúrgica em cirurgia do aparelho digestivo · CONSEQUÊNCIA – Extravasamento de líquido proveniente do lúmen intestinal ou de qualquer outra estrutura do TGI (Uma das mais graves) · Pode levar a peritonite difusa, abcessos ou promover o aparecimento de fístulas · Quando drena pela F.O. – Pode levar a infecção dela · Febre, dor abdominal, íleo paralítico e evidências de peritonite difusa e sepse podem ser encontrados em alguns casos · TRATAMENTO – Dieta zero (diminuição na produção das secreções) / Adm de líquidos e correção de distúrbios hidroeletrolíticos · Nova cirurgia, se necessário. Não tentar corrigir com outra sutura (POIS vai ocorrer nova deiscência) · Manejo das consequências Fístulas TGI: Espécie de comunicação entre duas superfícies (sendo que uma dela OBRIGATORIAMENTE vai ser um órgão ou víscera oca) · As fístulas podem se originar no estômago, duodeno, restante do delgado (proximal ou distal) ou cólon · Pode ocorrer entre 2 órgãos OU um órgão e outra estrutura não relacionada · As adquiridas são as mais frequentes – Por traumas, espontâneas e pós- operatórias · As fístulas grastrointestinais frequentemente iatrogênicas · A deiscência de anastomose é uma importante causa de fístula · Doença de Crohn e enterite por RT – Condições que podem cursar com fístulas espontâneas · As fístulas gástricas - RARAS Obstrução intestinal: Por resposta endócrina e metabólica do trauma + Manipulação das alças · É normal que ocorra uma atonia intestinal · Quando realiza uma secção e depois anastomose de uma alça do intestino – A parte distal perde temporariamente o estímulo do marca-passo intestinal · VOLTA DA PERISTALSE – Estômago (14 – 48 hr) / Cólon (48 – 72 hr) – São os segmentos que mais demoram · O intestino delgado tem sua motilidade normal em poucas horas · Obstrução precoce (primeiros 30 dias de pós- operatório) – Funcional ou mecânico · CASOS FUNCIONAIS · Íleo pós- operatório – Não há um fator precipitante de importância. Se resolve entre 2-4 dias · Íleo adinâmico (paralítico) – Essa obstrução se resolve mais tardiamente e são encontrados 1 ou + distúrbios precipitantes · OBSTRUÇÃO MECÂNICA – Rara (em menos de 1% dos casos) · Bridas – Condição mais frequentemente associada · Essas bridas são as principais causas de obstrução intestinal fora do período de pós- operatório · Sintomas: Vômitos, distensão abdominal, cólica · Obstrução + alta: delgado – Vômito + bilioso / + baixa: íleo – Vômito fecaloide OBS: Pode ser difícil diferenciar obstrução mecânica do íleo paralítico – Na OBSTRUÇÃO, pode haver fases iniciais de peristalse de luta (Clínica + exame de imagens) OBS: Chamamos íleo, MAS estamos nos referindo a todo o trato digestivo Causas de íleo paralítico Pancreatite Cirurgia prolongada Infecção intra-abdominal Medicações Hemorragia e inflamação retroperitoneal Pneumonia Hipocalemia Anormalidade eletrolíticas Íleo pós- operatório - Estímulos aferentes da região manipulada – Ativam SNS – Paralisa - Anestesia – Bloqueia vias aferentes nociceptivas - Diminui intensidade da motilidade - Alças + manipuladas – Maior infiltração de neutrófilos – Disfunçãomuscular - Opioides – Podem interferir · NA PRESENÇA DE OBSTRUÇÃO INTESTINAL · Usar sonda nasogástrica com cuidado · Eritromicina – Pró-cinético · Retirar e/ou tratar agentes precipitantes · Hidratação venosa · Correção hidroeletrolítica · Suspenção de opiaceos · Suporte nutricional na adinamia (POIS ela persiste por mais tempo) · OBSTRUÇÃO MECÂNICA – Nova intervenção cirúrgica COMPLICAÇÕES RENAIS E TGU Insufiência renal aguda: Redução súbita do débito renal com acúmulo sistêmico dos resíduos nitrogenados · Oligúrica: Débito < 480 ml/dia · Não oligúrica: Débito > 2L/dia · As PRINCIPAIS CAUSAS- Grandes procedimentos vasculares, transplantes renais, operações urológicas e grandes cirurgias abdominais ligadas a choque séptico · Avaliar a função renal do paciente · TRATAMENTO: Suporte / Manejo da hipercalcemia e sobrecarga de líquidos / Falha no tto – Hemodiálise · Pacientes com ICC – Não recomendado a adm de líquidos · Pacientes com hipovolemia – Não recomendado uso de diuréticos Retenção urinária: É um problema comum · CAUSAS: + risco em cirurgias perianais e reparo de hérnias, CA retal baixo, lesão no SN · A maioria dos pacientes não deve ficar mais de 6-7 horas sem eliminar urina COMPLICAÇÕES METABÓLICAS · Insuficiência adrenal · Crise Hipertireoidiana · Hipotireoidismo · Síndrome da secreção inapropriada de ADH COMPLICAÇÕES NEUROLÓGICAS · Dellirium · Distúrbio cognitivo · Psicose · Distúrbios convulsivos · AVC · Ataques isquêmicos transitórios COMPLICAÇÕES RESPIRATÓRIAS - A incidência geral de complicações pulmonares excede em 25% a dos pacientes cirúrgicos. De todas as mortes pós-operatórias, 25% são causadas por complicações pulmonares - Uma série de fatores contribui para fisiologia pulmonar anormal após a cirurgia - EX: Quase todos os pacientes submetidos a uma incisão abdominal ou torácica apresentam alterações significativas em seus padrões respiratórios Obs: O uso de narcóticos inibe o impulso respiratório e os anestésicos podem demorar para serem eliminados - A maioria dos pacientes que apresentam complicações respiratórias no pós-operatório tem problemas leves a moderados que podem ser tratados com higiene pulmonar agressiva / Alguns desenvolvem Insuficiência respiratória grave (Ou por baixa de Po2 ou + de PCO2) - IMPORTANTE: É preciso uma boa avaliação pré-operatória - Cessar tabagismo antes da cirurgia é importante (8 semanas) / Intensificar tratamento de pacientes com doenças, como DPOC, asma e ICC Atelectasia: É a complicação respiratória mais comum no pós-operatório / É o colapso parcial ou total do pulmão ou lobo pulmonar · ALGUMAS CAUSAS · Ação dos anestésicos · Incisão abdominal · Uso dos narcóticos · É preciso uma agressiva higiene pulmonar assim que os sintomas se apresentam · Se o processo continua, há acúmulo de secreções que podem se infectar por bactérias · É a causa mais comum de febre pós- operatória nas primeiras 48 horas · CLÍNICA · Febre de baixo grau · Mal-estar · Diminuição dos murmúrios vesiculares nos campos pulmonares inferiores · Não costuma apresentar outros sintomas respiratórios Pneumonia: É a infecção hospitalar mais comum · PNEUMONIA HOSPITALAR: Ocorrendo mais de 48 horas após a internação e sem sinais antecedentes de infecção · A própria entubação prolongada é uma das causas – PNEUMONIA ASSOCIADA AO VENTILADOR (Ocorre dentro de 72 horas do início da ventilação) / Aspiração de secreção orofaríngea é um fator contribuinte significativo no seu desenvolvimento · Pneumonias hospitalares que surgem precocemente (< 5 dias) têm melhor prognóstico do que quando aparecem tardiamente (> 5 dias) · Vários fatores estão associados a maior risco de pneumonia: · Estado imunológico deprimido · Doença concomitante · Estado nutricional deficiente · Aumento do tempo de permanência hospitalar · Tabagismo · Aumento da idade · Uremia · Consumo de álcool · Antibioticoterapia prévia · Presença de um tubo endotraqueal · Sonda nasogástrica (NG) ou sonda enteral · Terapia com inibidor de bomba de prótons (IBP) – Aumenta a colonização do estômago com bactérias patogênicas · Em pacientes com pneumonia precoce adquirida no hospital e sem antibioticoterapia prévia, os organismos mais comuns são Streptococcus pneumoniae (coloniza as vias aéreas superiores), Haemophilus influenzae, Enterobacteriaceae spp. (E. coli, Klebsiella spp. e Enterobacter spp.) e S. aureus (principalmente MRSA) · Pacientes com pneumonia precoce adquirida no hospital e antibioticoterapia recente e pacientes com pneumonia tardia adquirida no hospital também têm bacilos Gram-negativos envolvidos TVP e TEP: Complicação que representa um fonte de morbi/mortalidade evitável · 1 em 4 TEPs fatais ocorre em pacientes cirúrgicos · A maioria das EPs provém de uma TVP existente nos membros inferiores ( O sistema venoso iliofemoral representa o local dos quais se originam êmbolos pulmonares clinicamente mais importantes) · Outra causa mais rara de TEP: Embolia gordurosa associada a fratura dos ossos longos · TEP em malignidade – 11% · Pacientes com queimaduras – Incidência de TVP > 50% * · Trombose relacionada ao cateter venoso central – Mais como com colocação femoral · Trombose após canulação da veia subclávia / Cateterização da veia julgular * Sendo que êmbolos fatais podem ocorrer em até 2% dos casos · CAUSAS DA TVP – Por perturbação do sistema de coagulação · Lesão da íntima (vaso) · Estase do fluxo sanguíneo · Estado hipercoagulável Fatores de Risco para Tromboembolismo Venoso CATEGORIA FATORES Fatores gerais Avanço da idade Hospitalização ou lar de idosos (com ou sem cirurgia) Cateteres venosos Doença neurológica (plegia e paresia) Cardiomiopatia, infarto do miocárdio ou insuficiência cardíaca secundária à doença valvar Doença pulmonar aguda (síndrome da angústia respiratória e pneumonia) Doença pulmonar obstrutiva crônica Varizes Trombofilia hereditária Deficiência de proteína C Deficiência de proteína S Deficiência de antitrombina III Disfibrinogenemia Mutação do fator V Leiden Mutação do gene da protrombina Hiper-homocisteinemia Anticorpo anticardiolipina Hemoglobinemia paroxística noturna Trombofilia adquirida Lesões malignas Doença intestinal inflamatória Trombocitopenia induzida por heparina Trauma Cirurgia de grande porte Gravidez/pós-parto Síndrome nefrótica Síndrome de Behçet Lúpus eritematoso sistêmico Histórico de tromboembolismo venoso Sinais e sintomas de TEP Disfunção ventricular direita aguda Hipóxia Quarta bulha cardíaca Segunda bulha pulmonar hiperfonética Estertores inspiratórios Dor torácica pleurítica Dispneia súbita Taquipneia Hemoptise Taquicardia Edema nos membros inferiores Dor à palpação da perna Edema pulmonar: Condição associada ao acúmulo de líquido nos alvéolos – Não ocorre oxigenação - Hipoxemia · Como consequência, o paciente pode aumentar o esforço respiratório + da FR e uso exagerado dos músculos da respiração · Costumam apresentar um histórico cardíaco correspondente, histórico recente de adm maciça de líquido ou ambos · CAUSA · Em geral, pelo aumento da pressão hidrostática dos pulmões, associado a ICC e infarto agudo do miocárdio (IAM) Lesão pulmonar aguda e SARA · Costumam ter taquipneia, dispneia e aumento do esforço respiratório (uso exagerado da mm) · Hipóxia avançada – Cianose · Ausculta pulmonar – Sons respiratórios fracos + crepitações, as vezes estertores · Gasometria arterial: Baixa PaO2 e PaCO2 alta · A administração apenas de oxigênio normalmente não produz melhora na hipóxia Condições que levam ao edema pulmonar, lesão aguda e sara (São as 3 principais lesões pulmonares) Aumento da Pressão Hidrostática Estado de Permeabilidade Alterada Patogênese incompletamente Entendida ou Mista · Insuficiência ventricular esquerda aguda · Pneumonite por radiação aguda · Lesões de suspensão (enforcamento) · Insuficiência cardíaca congestiva crônica · Aspiração de conteúdo gástrico · Edema pulmonar de alta altitude · Obstrução davia de saída ventricular esquerda · Overdose de drogas · Overdose narcótica · Insuficiência linfática torácica · Afogamento · Edema pulmonar neurogênico · Sobrecarga de volume · Pancreatite · Edema pulmonar obstrutivo pós-extubação · Pneumonia · Edema pulmonar de reexpansão · Embolia pulmonar · Terapia com tocolíticos · Estados de choque · Uremia · Síndrome da resposta inflamatória sistêmica e falência de múltiplos órgãos · Sepse · Transfusão · Trauma e queimaduras - No edema: Aumento da pressão pulmonar e pela elevação da pressão do lado direito do coração - Na lesão pulmonar aguda e SARA – A hipoxemia é causada por uma resposta inflamatória – Acúmulo de líquido nos alvéolos, espessamento no espaço entre os capilares e os alvéolos / espessamento no espaço entre os capilares e os alvéolos COMPLICAÇÕES CARDÍACAS Hipertensão pós- operatória: É um problema sério. Ocorre em 25% dos pacientes submetidos a cirurgia · O risco de hipertensão está relacionado com o tipo de operação realizada e a presença de hipertensão perioperatória · A maioria no período pré-operatório é detectada na avaliação rotineira pré-operatória · Pacientes que são submetidos à operação eletiva devem passar por um rígido controle da pressão arterial antes de realizarem um procedimento cirúrgico · É comum hipertensão no período pós-operatório, mas uma crise hipertensiva é incomum · CRISE HIPERTENSIVA: Elevação grave da PA + disfunção orgânica (Hemorragia cerebral e subaracnóidea, AVC, eventos cardíacos agudos, disfunção renal, sangramento da ferida operatória) OBS: Procedimentos cardiovasculares, torácicos e intra-abdominais são mais comumente associados a eventos hipertensivos Intraoperatório · Sobrecarga de líquido · Agentes farmacológicos Pós- operatório · Dor · Hipotermia · Hipóxia · Sobrecarga líquida · Descontinuação da terapia antes da operação Pré-operatório · Hipertensão essencial – A maioria dos casos · Causas renovasculares · Tumores vasoativos Isquemia e infarto pós- operatório: Cerca de 30% dos pacientes submetidos a cirurgia apresentam algum grau de DAC · Pacientes submetidos a alto risco de Síndrome coronariana aguda: · Idosos · Doença arterial periférica · Submetidos a procedimentos vasculares, torácicos, ortopédicos, abdominais superiores IAM · Mortalidade perioperatória em cerca de 30% · Indivíduos submetidos a uma operação dentro de 3 meses após um infarto têm taxa de reinfarto de 8% a 15% · Causas primárias – Tudo que diminua a perfusão miocárdica (Como obstruções a coronária) · Causas secundárias – Coisas que aumentem a necessidade de oxigênio do miocárdio · CAUSAS · Obstruções coronarianas · Febre e taquicardia - Maior demanda miocárdica de oxigênio · Hipotensão - Fluxo sanguíneo coronariano reduzido · Anemia e hipoxemia Liberação de oxigênio do miocárdio reduzida · O próprio estresse cirúrgico - + catecolaminas - + demanda miocárdica de oxigênio · CLÍNICA · Sintoma clássico – dor torácica com irradiação para o membro superior esquerdo e a mandíbula – com frequência não está presente · Os pacientes podem apresentar falta de ar, aumento da frequência cardíaca, hipotensão ou insuficiência respiratória Arritmias cardíacas: Comuns no pós- operatório. Maior probabilidade de ocorrer em pacientes com doença cárdica estrutural · Taquiaritmia, bradiarritmia e bloqueio cardíaco · CLÍNICA · O impacto depende do tipo e duração do estado cardíaco subjacente do paciente e da resposta ventricular · A maioria das arritmias é transitória e benigna e não se associada a sintomas ou alterações fisiológicas · Podem gerar comprometimento hemodinâmico, especialmente em pacientes com cardiopatia grave ou histórico de IAM ou cardiomiopatia · Palpitações · Dor torácica · Dispneia · Tontura · Perda de consciência · Isquemia cardíaca · Hipotensão OBS: BLOQUEIO CARDÍACO – Atraso na condução elétrica pelo átrio AV, feixe de His ou nas ramificações – Podem ser assintomáticos ou não Insuficiência cardíaca no pós- operatório · CAUSAS · Qualquer distúrbio estrutural e funcional do coração que comprometa a capacidade de enchimento ou ejeção de sangue do ventrículo · PRINCIPAIS FATORESS DE RISCO · DAC (Doença Arterial Coronariana) · Hipertensão · Idade avançada · A IC mal controlada representa um dos fatores de risco mais sérios para o paciente pré-operatório · Fatores envolvidos em descompensação de IC preexistente – Isquemia miocárdica perioperatória ou IAM, sobrecarga de volume, hipertensão, sepse, doença de válvula cardíaca, TEP, fibrilação atrial aguda · O mais risco de IC ocorrer nas primeiras 24-48 horas de pós- operatório Brunno Maciel Leite Alves
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