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1 Emili Mariane – 3°semestre med 
Sp3- Eu não nasci de óculos? 
 
 
Introdução 
Distúrbios de refração são a causa reversível mais comum de déficit visual. Em todo o mundo, estima-se que 153 
milhões de pessoas apresentam déficit visual por erros refracionais não corrigidos. Dentre as ametropias, a 
miopia e o astigmatismo são as mais comuns. A refração do paciente apresenta grande importância também 
quando a insuficiência não se deve primariamente a um erro refrativo. Nenhuma avaliação visual é possível sem 
que a acuidade visual esteja em ótimas condições ópticas. 
Informações gerais 
Em indivíduos normais, a luz sofre refração ao atravessar o olho, formando a imagem na retina. Há erro de 
refração quando um componente do sistema óptico do olho falha na formação da imagem na retina. Emetropia. 
Descreve um estado no qual a imagem de um objeto no infinito se forma na retina sem que haja acomodação 
(refração normal). Ametropia. É um estado refrativo no qual no olho é incapaz de formar imagem na retina sem 
que se utilizem lentes corretivas (refração anormal). Miopia e hipermetropia são ametropias esféricas e 
astigmatismo cilíndrica. 
Miopia 
Miopia é um erro refrativo comum no qual o eixo ocular (distancia da superfície posterior da córnea até a retina) 
está aumentado em relação ao pode refrativo (objetos no infinito formam-se num plano na frente da retina). É a 
ametropia mais comum em asiáticos (70-90%) e está associada a ocupações que necessitam de grande esforço 
acomodativo. Geralmente inicia-se por volta dos 8-14 anos. Em pré escolares a prevalência é cerca de 30%, 
aumentando com a puberdade. Geralmente, o grau de miopia estabiliza no final da adolescência, apresentando 
alterações mínimas após os 20 anos. 
Gênese da miopia. 
 Durante a fase de hipermetropia fisiológica (5-12 anos), pacientes que fazem leitura excessiva de perto e que 
terão, portanto, borramento visual, estimulam a produção de fatores de crescimento no olho. Esse fenômeno, 
adicionado à emetropização fisiológica, resultará, em última análise, no alongamento anormal do olho (miopia) 
Miopia e presbiopia 
Como não há tanta necessidade de acomodação quanto na hipermetropia, a miopia é fator de proteção para 
presbiopia (apenas 23% tem presbiopia aos 40 anos) 
 Fatores de risco para miopia 
• Fator de risco Comentário Genético= Estudos evidenciam fatores hereditários associados ao 
desenvolvimento de miopia. 
• Leitura= Perda continua de foco durante longos períodos de leitura pode estimular o mecanismo de 
emetropização e aumento do comprimento. 
 
2 Emili Mariane – 3°semestre med 
• Medicamentos = Derivados de sulfa, diuréticos (furosemida, acetazolamida) pode induzir miopia 
transitória relaxando as zônulas. Colinérgicos podem causar espasmo acomodativo. 
• Diabetes= Níveis elevados de glicemia podem causar influxo osmótico no cristalino, resultando em 
borramento e aumento transitório do poder refrativo. Além disso, a diabetes aumenta risco de miopia. 
• Trauma= Anteriorização do cristalino e rupturas na esclera podem deformar o globo, causando miopia. 
Acomodação excessiva= Pode causar espasmo acomodativo com diplopia e miopia. Causas comuns incluem 
ansiedade e convergência ocular excessiva. 
• Fatores maternos= Gestação tardia e tabagismo durante a gestação aumentam risco de miopia 
• Baixa iluminação =A ausência de estímulo visual, também provoca o mecanismo de acomodação excessiva. 
Tipos de miopia 
• Tipo Axial (mais comum) = Diâmetro ântero-posterior do olho está aumentado. 
• Índice= Há aumento do poder refrativo do olho. 
• Congênita= Adquirida durante a gestação 
Manifestações clínicas e diagnóstico miopia 
Míopes podem apresentar dificuldade em enxergar placas de trânsito e acompanhar aulas. A principal queixa é a 
dificuldade de leitura para longe, melhorando ao aproximar o objeto do olho. Além disso, o paciente pode 
apresentar blefaroespasmo*, criando uma fenda estenopéica para melhorar a visão. Nas altas miopias o ponto 
próximo fica muito perto o que provoca uma posição viciosa na criança, que muitas vezes é a queixa dos pais. 
Miopia deve ser suspeitada sempre que houver dificuldade para visão de longe. O diagnóstico é feito através da 
refratometria, devendo-se conciliar os métodos objetivo e subjetivo. Uma maneira prática de calcular o grau da 
miopia é através da recíproca do ponto remoto (ponto além do qual o objeto fica desfocado) em metros (PR = 
1/DM). 
* Blefarospasmo é o espasmo dos músculos perioculares, resultando em piscar involuntário e fechamento ocular. 
Miopia de alto grau 
 Pacientes com miopia de alto grau têm aumento da incidência de adelgaçamento, degeneração e descolamento 
retinianos, catarata e glaucoma, devendo-se acompanhar a retina periférica com frequência. 
Tratamento 
Tratamento deve ser feito, após exame de refração objetivo e subjetivo, com lentes esféricas 
(côncavas/negativas/divergentes), lentes de contato ou cirurgia refrativa reduzindo o poder refrativo. 
 
Hipermetropia 
 Hipermetropia é uma desordem na qual o eixo ocular é pequeno em relação ao poder refrativo do olho. Objetos 
no infinito formam-se num plano atrás da retina. Em contraste com a miopia, a prevalência da hipermetropia 
aumenta com a idade (de 1-2% entre 20-59 para 10% > 60 anos). 
 Fatores de risco para hipermetropia 
• Trauma 
• Efeito de massa de tumor posterior à retina; 
• Facectomia sem implante de lente intraocular; 
• Anticolinérgicos; 
• Doenças oculares (catara cortical, elevação macular). 
Cerca de 80% das crianças nasce com o olho proporcionalmente curto (hipermetropia fisiológica), tornando-se 
emétropes entre 5-12 anos (emetropização fisiológica). A tentativa de formar a imagem no plano retiniano pode 
 
3 Emili Mariane – 3°semestre med 
resultar em excesso de acomodação de cristalino, de modo que mínimas perdas de complacência no cristalino 
podem ser sintomáticas. Por conta disso, esses pacientes tendem a ter presbiopia precocemente. 
Tipos de hipermetropia. 
• Tipo Axial (tipo mais comum)= Diâmetro ântero-posterior do olho está reduzido 
• Índice =Índice de refração do olho está reduzido. 
Manifestações clínicas 
Nos casos leves/moderados, os sintomas podem manifestar-se após os 40 anos, com o aparecimento da 
presbiopia. A dificuldade de leitura para perto é a principal queixa dos pacientes e ocorre pela formação da 
imagem atrás do plano retiniano, podendo ser acompanhada de sintomas astenopéicos, na tentativa de formar a 
imagem na retina. Crianças podem apresentar-se com estrabismo acomodativo, atraso na aprendizagem em idade 
escolar. Suspeita-se de hipermetropia em todo paciente com astenopia e piora da visão de perto. O diagnóstico é 
feito por refratometria, conciliando-se métodos objetivo e subjetivo. 
Tratamento 
Está indicado em hipermetropes sintomáticos e em crianças com estrabismo convergente. Consiste de correção 
com lentes esféricas (positivas/convergentes/convexas) ou cirurgia refrativa, quando indicada. correção nem 
sempre é total O que se deve procurar a todo custo no tratamento é dar ao paciente uma correção óptica que 
lhe proporcione uma boa acuidade visual com grande conforto. 
 Astigmatismo 
 É uma condição no qual uma superfície irregular corneana causa focalização da imagem em diferentes planos. Os 
pacientes queixam de visão borrada em diferentes distâncias. Semelhante à hipermetropia, a prevalência de 
astigmatismo aumento com a idade (de 25% entre 20-59 para 50% > 60 anos). Os fatores de risco ainda não são 
bem estabelecidos, mas acredita-se que haja envolvimento de fatores genéticos e ambientais. Cerca de 15-20% 
das pessoas possui astigmatismo, geralmente associado a outra ametropia. Não raramente o cristalino também 
pode apresentar irregularidades (astigmatismo lenticular) 
Classificação do astigmatismo 
 Parâmetro 
• Meridianos = Normalmente estão presentes dois meridianos, separados por um ângulo de 90° 
(astigmatismoregular), podendo haver mais de dois ou ângulo diferente de 90° (astigmatismo irregular). 
• Correção= Pode ser classificado em astigmatismo míope (se a correção for feita com lentes negativas) e 
• hipermetrope (se a correção for feita com lentes positivas). 
Manifestações clínicas 
As alterações visuais do astigmatismo podem ser uni ou bilaterais, dependendo do envolvimento ocular. Há 
dificuldade para visão de longe e de perto (borramento heterogêneo da imagem). Em casos leves, apenas parte 
do objeto encontra -se borrado. pode haver excesso de acomodação e causar astenopia e blefaroespasmo. Teste 
subjetivo com leque ou relógio astigmata pode revelar astigmatismo, devendo-se proceder com refratometria 
para quantificar o grau da doença (através da diferença de dioptrias e o ângulo entre os dois meridianos). 
Tratamento 
Tratamento é feito através da associação de lentes esféricas e lentes cilíndricas perpendiculares ao maior eixo 
do astigmata. Após correção, pode ocorrer astigmatismo residual, por conta de irregularidades no cristalino 
(astigmatismo lenticular). Diferente da miopia e da hipermetropia, as quais são corrigidas com lentes esféricas, 
o astigmatismo tem que ser corrigido com lentes cilíndricas, que não apresentam simetria óptica, permitindo a 
correçã o adequada. Lentes de contato tóricas podem também ser usadas para correção do astigmatismo. A 
 
4 Emili Mariane – 3°semestre med 
cirurgia do astigmatismo puro não tem resultados confiáveis como correção total. Na maioria dos casos, ocorre 
apenas uma diminuição do grau. 
Presbiopia 
Presbiopia ocorre quando o cristalino não consegue focalizar objetos próximos, pela perda de sua capacidade 
acomodativa, não sendo considerado ametropia, mas uma condição em que a função fisiológica do cristalino foi 
perdida. 
• Acomodação visual =O músculo ciliar circunda o cristalino e tensiona os ligamentos suspensores quando 
relaxado, reduzindo a curvatura do cristalino e seu poder refrativo. Quando o músculo ciliar contrai, os 
ligamentos suspensores relaxam e o cristalino acomoda e aumenta suas dioptrias. Esse mecanismo 
permite a formação da imagem na retina quando se aproxima um objeto do olho. A reação de acomodação 
não ocorre isoladamente, sendo também acompanhada por miose e convergência ocular. 
• Ponto remoto e ponto próximo= Chamamos de ponto remoto do olho o ponto mais longe que é visto 
nitidamente sem haver acomodação. O ponto remoto de olho emétrope é infinito, do míope é finito e do 
hipermétrope está além do infinito. Chamamos de ponto próximo aquele que pode ser visto nítido em 
acomodação máxima. 
• Amplitude de acomodação= Chamamos de amplitude de acomodação a passagem acomodativa do ponto 
remoto ao ponto próximo. No emétrope a acomodação é medida pela fórmula: A = 1/P (A= amplitude de 
acomodação em dioptrias e P= distância em metros do ponto próximo) 
 A presbiopia normalmente inicia aos 40 anos, progredindo e perdendo o poder de focalizar totalmente por volta 
dos 65 anos. Em 2005, havia cerca de 1 bilhão de pessoas com presbiopia. 
 Durante o envelhecimento, o cristalino perde elasticidade e a capacidade de se tornar mais arredondado ao 
relaxamento das fibras zonulares. Há perda de complacência e, portanto, da capacidade acomodativa, processo 
que causa repercussão clínica geralmente a partir dos 40 anos (principal fator de risco). Em pacientes com 
hipermetropia, a presbiopia pode ocorrer precocemente, uma vez que um mínimo déficit acomodativo poderá 
formar a imagem atrás do plano retiniano. Deve-se suspeitar de outras causas quando houver déficit de 
acomodação em pacientes com menos de 40 anos. 
Principais causas de déficit de acomodação antes do 40 anos. 
• Hipermetropia; 
• Cicloplégicos; 
• Anticolinérgicos; 
• Síndrome de Adie. 
Manifestações clínicas 
A principal queixa é de borramento visual para perto. O acometimento é bilateral,simétrico e normalmente após 
os 40 anos. O déficit na acomodação do cristalino geralmente torna-se clinicamente importante quando a 
amplitude de acomodação (AA) é menor que 5 dioptrias. Por conta do excesso de esforço do músculo ciliar para 
acomodar o cristalino, pode ocorrer fadiga, cefaleia, desconforto à leitura. É importante lembrar que pacientes 
que referirem melhora espontânea da visão para perto devem ser investigados para catarata, principalmente se 
estivem acima de 40 anos. 
 
 
 
5 Emili Mariane – 3°semestre med 
Estrabismo 
O estrabismo consiste em um desalinhamento intermitente ou constante de um olho, de maneira que sua linha de 
visão não aponta para o mesmo objeto que a do outro olho. Se não for tratado, o estrabismo pode 
causar ambliopia (uma redução da visão) e perda permanente da visão. O tratamento do estrabismo inclui 
correção de eventuais erros de refração, um tampão ou colírio para tratar a ambliopia e, em alguns casos, 
cirurgia. 
O estrabismo é um desalinhamento dos olhos. 
• As causas incluem erro de focalização (de refração) e desequilíbrio dos músculos que controlam o 
movimento ocular. 
• Os sintomas incluem visão dupla e perda da visão. 
• O diagnóstico se baseia em um exame ocular. 
• Às vezes, o estrabismo se resolve por conta própria, mas na maioria dos casos, são necessários óculos de 
grau, lentes de contato ou cirurgia. 
• O estrabismo ocorre em cerca de 3% das crianças. Sem tratamento, cerca de 50% das crianças com 
estrabismo apresentam alguma perda de visão decorrente da ambliopia. 
 
Causas 
O estrabismo pode surgir nos primeiros meses de vida ou mais tarde na infância, dependendo da causa. 
Em crianças com menos de 6 meses de idade, fatores de risco para estrabismo incluem histórico familiar de 
estrabismo, distúrbios genéticos (como Síndrome de Down), exposição pré-natal a drogas (incluindo 
álcool), prematuridade, defeitos congênitos dos olhos, e paralisia cerebral. 
Em crianças a partir de 6 meses de idade, estrabismo é frequentemente causada por um erro de 
refração (hipermetropia excessiva) ou por um desequilíbrio na força dos músculos que controlam a posição dos 
olhos. Perda de visão grave em um dos olhos (devido a erro de refração ou distúrbios menos comuns, tais como 
cataratas) pode causar estrabismo, porque interfere na capacidade do cérebro de manter o alinhamento dos 
olhos. Outras causas incluem retinoblastoma (um tipo de câncer do olho) e doenças neurológicas, como paralisia 
cerebral, espinha bífida, fraqueza de nervos cranianos que controlam o movimento ocular, traumatismos 
cranianos e infecção viral do cérebro (encefalite). Às vezes, uma fratura da órbita ocular pode bloquear o 
movimento do olho e causar estrabismo. 
Tipos 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-oculares-nas-crian%C3%A7as/ambliopia
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-oculares-nas-crian%C3%A7as/ambliopia
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/anomalias-cromoss%C3%B4micas-e-gen%C3%A9ticas/s%C3%ADndrome-de-down-trissomia-21
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-feminina/uso-de-medicamentos-drogas-durante-a-gesta%C3%A7%C3%A3o/uso-de-medicamentos-drogas-durante-a-gravidez
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/problemas-gerais-em-rec%C3%A9m-nascidos/rec%C3%A9m-nascido-prematuro
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/defeitos-cong%C3%AAnitos-da-face,-ossos,-articula%C3%A7%C3%B5es-e-m%C3%BAsculos/defeitos-oculares
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos-em-crian%C3%A7as/paralisia-cerebral-pc
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-oculares-nas-crian%C3%A7as/dist%C3%BArbios-de-refra%C3%A7%C3%A3o-em-crian%C3%A7as
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-oculares-nas-crian%C3%A7as/dist%C3%BArbios-de-refra%C3%A7%C3%A3o-em-crian%C3%A7ashttps://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/c%C3%A2nceres-na-inf%C3%A2ncia/retinoblastoma
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos-em-crian%C3%A7as/paralisia-cerebral-pc
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-neurol%C3%B3gicos-em-crian%C3%A7as/paralisia-cerebral-pc
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/defeitos-cong%C3%AAnitos-do-c%C3%A9rebro-e-da-medula-espinhal/defeitos-do-tubo-neural-e-espinha-b%C3%ADfida#v35259766_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-cerebrais,-da-medula-espinal-e-dos-nervos/doen%C3%A7as-dos-nervos-cranianos/paralisia-do-terceiro-nervo-craniano-nervo-oculomotor
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/traumatismos-cranianos/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-traumatismos-cranianos
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/traumatismos-cranianos/considera%C3%A7%C3%B5es-gerais-sobre-traumatismos-cranianos
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/infec%C3%A7%C3%B5es-virais-em-beb%C3%AAs-e-crian%C3%A7as/infec%C3%A7%C3%B5es-virais-do-sistema-nervoso-central-em-crian%C3%A7as
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/les%C3%B5es-e-envenenamentos/les%C3%B5es-oculares/fraturas-da-%C3%B3rbita
 
6 Emili Mariane – 3°semestre med 
Há diversos tipos de estrabismo. Alguns tipos são caracterizados pelo desvio dos olhos para dentro (esotropia 
ou olhos cruzados) e alguns pelo desvio para o exterior (exotropia ou olho errante). Outros se caracterizam por 
desvio ascendente do olho (hipertropia) ou descendente (hipotropia). O defeito de alinhamento pode ser 
constante (o olho vira todo o tempo) ou intermitente (o olho vira apenas parte do tempo) e pode ser leve ou 
grave. 
Uma foria é um desalinhamento imperceptível e menor dos olhos. Este 
desalinhamento é facilmente corrigido pelo cérebro de maneira a se manter 
um aparente alinhamento dos olhos e permitir a fusão das imagens de ambos 
os olhos. Assim, forias em geral não causam sintomas e não necessitam de 
tratamento, a menos que sejam grandes e causem descompensação e visão 
dupla (diplopia). 
Uma tropia é um desvio ou desalinhamento constante e perceptível de um ou 
de ambos os olhos. Um desvio intermitente que é frequente e mal controlado 
pelo cérebro é chamado tropia intermitente. 
Sintomas 
Os pais às vezes notam o estrabismo porque a criança aperta os olhos ou 
cobre um deles. O defeito pode ser detectado observando-se que a criança 
parece até mesmo assumir uma postura anômala ou não se mover de maneira 
coordenada. 
A menos que sejam graves, as forias raramente causam sintomas. Caso 
causem sintomas, forias costumam causar fadiga ocular. 
As tropias às vezes causam sintomas. Crianças mais novas frequentemente 
perdem a visão em um dos olhos (ambliopia), porque o cérebro suprime a 
imagem do olho desalinhado para evitar confusão e visão dupla. Crianças mais 
velhas podem sofrer de visão dupla ou podem apresentar torção e espasmos 
no pescoço (torcicolo) para compensar o desalinhamento dos olhos. 
Diagnóstico 
Exame do olho 
Algumas vezes, exames de imagem 
As crianças devem ser examinadas periodicamente para medição da visão e para detectar sinais de estrabismo 
com poucos meses de idade. Para se examinar um bebê, o médico ilumina os olhos dele para ver se a luz é 
refletida a partir do mesmo local em cada uma das pupilas. 
Crianças mais velhas podem ser examinadas de maneira mais completa. Pode-se pedir às crianças que 
reconheçam objetos ou letras com um olho coberto e que participem de exames para avaliar o alinhamento dos 
olhos. Todas as crianças com estrabismo precisam ser examinadas por um oftalmologista. 
Os médicos podem realizar exames por imagens, como tomografia computadorizada (TC) ou ressonância 
magnética (RM) do cérebro ou da medula espinhal em crianças com paralisias de nervos cranianos. Além disso, 
exames de sangue podem ser feitos em busca de distúrbios genéticos. 
Prognóstico 
O estrabismo não deve ser ignorado ou observado assumindo-se que ele desaparecerá com a idade. Perda 
permanente da visão pode ocorrer caso a ambliopia surja e não seja tratada antes dos quatro aos seis anos de 
idade. As crianças tratadas mais tarde podem melhorar com o tratamento, mas após o amadurecimento do 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-oftalmol%C3%B3gicos/sintomas-das-doen%C3%A7as-oculares/vis%C3%A3o-dupla
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-oftalmol%C3%B3gicos/sintomas-das-doen%C3%A7as-oculares/vis%C3%A3o-dupla
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/supervis%C3%A3o-da-sa%C3%BAde-em-crian%C3%A7as-saud%C3%A1veis/consultas-preventivas-de-sa%C3%BAde-para-beb%C3%AAs
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/assuntos-especiais/exames-de-diagn%C3%B3stico-por-imagem-comuns/tomografia-computadorizada-tc
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/assuntos-especiais/exames-de-diagn%C3%B3stico-por-imagem-comuns/imagem-por-resson%C3%A2ncia-magn%C3%A9tica-rm
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/assuntos-especiais/exames-de-diagn%C3%B3stico-por-imagem-comuns/imagem-por-resson%C3%A2ncia-magn%C3%A9tica-rm
 
7 Emili Mariane – 3°semestre med 
sistema visual (normalmente por volta dos oito anos de idade), a resposta ao tratamento é mínima. Como 
resultado, todas as crianças devem passar por um exame de visão preventivo formal nos anos pré-escolares. 
As taxas de sucesso do reparo cirúrgico do estrabismo podem ficar acima de 80%. 
Tratamento 
Tratamento da ambliopia, caso esteja presente 
• Óculos de grau ou lentes de contato 
• Exercícios oculares 
• Cirurgia para alinhar os olhos 
Caso o defeito seja menor ou intermitente, tratamento pode não ser necessário. Contudo, caso o estrabismo 
seja grave ou esteja progredindo, tratamento é necessário. 
O tratamento do estrabismo depende das características e da causa do estrabismo. O objetivo do tratamento é 
a equalização da visão e depois o alinhamento dos olhos. 
No caso de crianças com ambliopia, os médicos forçam a criança a usar o olho mais fraco colocando um tampão 
sobre o olho melhor ou usando colírios para turvar a visão do olho melhor. O tampão ou uso do colírio no melhor 
olho permite que o olho mais fraco fique mais forte. A colocação de tampão não representa, no entanto, 
tratamento do estrabismo. 
No caso de crianças com um erro de refração significativo, os médicos geralmente receitam óculos ou lentes de 
contato. 
Às vezes, exercícios oculares podem ajudar a corrigir a exotropia intermitente. 
Se estes métodos não cirúrgicos fracassarem em alinhar os olhos de maneira satisfatória, os olhos são alinhados 
cirurgicamente. O reparo cirúrgico consiste em afrouxar (recessão) ou apertar (ressecção) os músculos dos 
olhos. As crianças em geral não são hospitalizadas para este procedimento cirúrgico. O procedimento pode 
causar complicações, sendo as mais comuns delas correção além do necessário (supercorreção) ou correção 
abaixo do necessário (subcorreção) e um estrabismo que ressurge no futuro. Em casos raros, as crianças 
desenvolvem uma infecção, sangramento excessivo ou perda da visão. 
 Retinopatia diabética
A retinopatia diabética é uma das complicações da diabetes e uma das 
principais causas de cegueira nos adultos, devida às alterações 
estruturais que ocorrem nos vasos sanguíneos da retina. Com o evoluir 
da doença, estes vasos tornam-se incontinentes e libertam sangue ou 
fluido sanguíneo para o espaço retiniano ou para o vítreo causando 
problemas na visão. A retinopatia diabética pode causar perda de visão 
de duas formas: 
1. Os vasos sanguíneos anormais (neo-formados), como são 
frágeis, rompem-se e libertam sangue na cavidade vítrea, 
obscurecendo ou tirando mesmo a visão. Isto, normalmente, 
acontece nos estágios mais avançados da doença. 
2. O fluido sanguíneo podeexsudar para a região macular (parte da retina que corresponde à visão 
central), provocando edema e consequentemente perda de visão. Pode ocorrer em qualquer estágio da 
retinopatia diabética, embora seja mais provável que ocorra em fases avançadas da doença. 
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-oculares-nas-crian%C3%A7as/ambliopia#v821087_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/problemas-de-sa%C3%BAde-infantil/dist%C3%BArbios-oculares-nas-crian%C3%A7as/dist%C3%BArbios-de-refra%C3%A7%C3%A3o-em-crian%C3%A7as
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-oftalmol%C3%B3gicos/doen%C3%A7as-de-refra%C3%A7%C3%A3o/lentes-corretoras#v8589303_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-oftalmol%C3%B3gicos/doen%C3%A7as-de-refra%C3%A7%C3%A3o/lentes-corretoras#v8589307_pt
https://www.msdmanuals.com/pt-br/casa/dist%C3%BArbios-oftalmol%C3%B3gicos/doen%C3%A7as-de-refra%C3%A7%C3%A3o/lentes-corretoras#v8589307_pt
 
8 Emili Mariane – 3°semestre med 
Esta doença tanto pode surgir nos diabéticos tratados com anti-diabéticos orais (diabetes tipo 2) como nos 
medicados com insulina (diabetes tipo 1). A retiopatia diabética surge, geralmente, ao fim de alguns anos, 
manifestando-se mais cedo no caso da diabetes tipo 1 do que na diabetes tipo 2. A retinopatia diabética não está 
só dependente dos valores da glicemia, mas também de outros fatores como a hipertensão arterial, 
colesterolemia, hábitos tabágicos e um outro extremamente importante que é o fator genético, nomeadamente, 
o hereditário. 
Os doentes com diabetes tipo 1 e 2 apresentam grande probabilidade de vir a desenvolver retinopatia diabética, 
devendo, por isso, realizar exame de fundo ocular pelo menos uma vez por ano. A retinopatia diabética está 
diretamente relacionada com os anos de evolução da diabetes. Mediante o estágio da retinopatia diabética, 
o oftalmologista deve orientar o doente no sentido de impedir a sua progressão. 
A retinopatia diabética, nas grávidas (diabetes gestacional), pode evoluir mais rapidamente, sendo aconselhável 
que todas as grávidas efetuem exame de fundo ocular no início da gravidez e no pós-parto. 
Em relação a outras doenças dos olhos que afetam os diabéticos é de destacar a catarata (turvação do 
cristalino) que pode desenvolver-se mais precocemente nas pessoas portadoras de diabetes. 
O glaucoma (aumento da pressão intra-ocular) também é mais frequente no diabético e pode conduzir à atrofia 
do nervo ótico e consequente perda de visão. O diabético possui cerca de duas vezes mais probabilidade de vir a 
desenvolver glaucoma do que um indivíduo não diabético. 
A retinopatia diabética pode ser dividida em vários estágios, consoante as lesões apresentadas na retina e pode 
causar perda de visão severa ou até mesmo conduzir à cegueira. Podemos entender os estágios da doença como 
as suas fases ou graus de gravidade (classificação da evolução da doença). 
Retinopatia diabética proliferativa 
A retinopatia diabética proliferativa é a fase mais avançada da doença, sendo caracterizada pelo aparecimento 
de novos vasos na superfície da retina e da papila. Estes vasos sanguíneos são frágeis e constituídos apenas por 
endotélio. Crescem ao longo da retina e em direção ao vítreo sem causar qualquer sintomatologia ou perda de 
visão, no entanto, como têm finas e frágeis paredes podem romper e libertar sangue na cavidade vítrea, 
provocando perda de visão severa e até mesmo cegueira. A retinopatia diabética proliferativa, se não for 
tratada antecipadamente, pode causar perda severa da visão. 
Cerca de metade das pessoas com retinopatia proliferativa também possui edema macular. O edema macular 
pode ocorrer em qualquer estágio da retinopatia diabética, constituindo a principal causa de perda visual nos 
diabéticos. O edema macular é causado por acumulação de líquido na zona mais importante da retina, a mácula. 
Retinopatia diabética não proliferativa 
A retinopatia diabética não proliferativa é o estágio menos avançada da doença, podendo-se dentro desta 
também identificar diferentes graus de evolução da retinopatia. Muitas vezes, estes estágios iniciais também 
são apelidados por retinopatia diabética pré-proliferativa. 
Na retinopatia diabética incipiente como o próprio nome indica, a doença encontra-se numa fase inicial e não 
acarreta alterações visuais. No entanto, a perda de visão pode acontecer, afetando ambos os olhos, se ocorrer a 
evolução da retinopatia diabética. 
A retinopatia diabética não proliferativa ligeira é o estágio precoce da doença. Nesta fase da retinopatia 
diabética são visíveis microaneurismas (pequenas dilatações vasculares) na retina posterior. Na retinopatia não 
proliferativa moderada, à medida que a doença vai progredindo são visíveis para além dos microaneurismas, 
hemorragias, exsudados moles e duros na retina posterior. Na retinopatia não proliferativa severa ou grave para 
além dos sinais da retinopatia moderada, são também visíveis vasos sanguíneos obstruídos, privando diversas 
https://www.saudebemestar.pt/pt/medico/especialista/oftalmologista/
https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/oftalmologia/cataratas/
https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/oftalmologia/glaucoma/
 
9 Emili Mariane – 3°semestre med 
áreas da retina do suprimento sanguíneo. Estas áreas da retina isquêmicas vão estimular a formação de novos 
vasos sanguíneos. 
Sintomas na retinopatia diabética 
• Na retinopatia diabética os sintomas variam bastante com o estágio da doença (proliferativa ou não 
proliferativa). Na fase inicial, a retinopatia diabética é assintomática (sem sintomas). Por este motivo, o 
doente com diabetes não deve esperar pelo aparecimento de sintomas visuais, devendo realizar exame de 
fundo ocular, pelo menos uma vez por ano. 
• A visão turva é um dos sintomas de retinopatia diabética mais frequentes e ocorre, habitualmente, na 
fase proliferativa da doença, quando a mácula possui edema e quando os neo-vasos se rompem e sangram 
para o vítreo. A hemorragia pode reaparecer e causar visão muito turva. 
Edema macular diabético 
O edema macular diabético é a maior causa de cegueira entre 
pessoas com idade economicamente ativa. Ele ocorre como 
resultado do excesso prolongado de açúcar no sangue. Isso faz 
com que os vasos sanguíneos dos olhos absorvam mais líquido, 
levando ao inchaço da retina e prejudicando sua função. 
Quando os vasos sanguíneos dos olhos acumulam líquidos, eles ficam inchados e afrouxam as junções entre as 
células das paredes dos vasos sanguíneos. Na medida em que as junções se afrouxam, os líquidos dentro dos 
vasos sanguíneos vazam para os tecidos em volta da retina e próximos à mácula, formando o edema macular 
diabético. 
As pessoas que têm diabetes apresentam um risco de perder a visão 25 vezes maior do que as que não são 
portadores da doença. Estima-se que dos atuais 12 milhões de diabéticos brasileiros, 10% terão problemas de 
visão e pelo menos 2% ficarão cegos após 15 anos com diabetes. 
Causas 
No edema macular diabético, os vasos sanguíneos são expostos a um excesso prolongado de açúcar no sangue em 
decorrência do diabetes, e isso pode acontecer inclusive nos olhos. Mesmo sem alterações na visão, os vasos do 
olho acumulam fluído e incham, podendo surgir novos vasos mais frágeis. 
Esses vasos mais enfraquecidos podem romper ou extravasar sangue, causando hemorragia e infiltração de 
gordura na retina. Quando as hemorragias e as gorduras afetam a mácula, ocorre o edema macular diabético. A 
mácula é uma estrutura situada na região central da retina, e tem como função receber e traduzir a imagem para 
o cérebro. 
No diabetes, pode acontecer de um material anormal ser depositado nas paredes dos vasos sanguíneos da retina, 
causando estreitamento e às vezes bloqueio do vaso sanguíneo, além de enfraquecimento da sua parede – o que 
ocasiona deformidades conhecidas como micro-aneurismas. Esse processo é chamado de retinopatiadiabética. 
Quando esses vasos se rompem e afetam a mácula, ocorre o edema macular diabético. 
https://www.minhavida.com.br/saude/temas/diabetes
 
10 Emili Mariane – 3°semestre med 
Fatores de risco 
O diabetes mal controlado é o principal fator de risco para o edema macular diabético. Apesar de ela ser comum 
em pessoas mais velhas, que convivem com a doença há mais tempo, o edema macular diabético pode afetar 
qualquer idade. 
Sintomas 
No início, o edema macular é assintomático e o paciente pode não sentir dificuldade de visão. Com o tempo, pode 
ocorrer distorção ou borramento da visão. Outros sinais do edema macular diabético são: 
• Distorção de imagens 
• Sensibilidade alterada ao contraste 
• Fotofobia 
• Mudança na visualização de cores 
• Alterações no campo de visão, também chamados de escotomas. 
 
Catarata 
 
• A catarata é uma lesão ocular que torna o cristalino opaco e 
deixa a visão embaçada, como se houvesse uma névoa diante 
dos olhos. 
• A catarata é uma lesão ocular que atinge e torna opaco o 
cristalino (lente situada atrás da íris cuja transparência 
permite que os raios de luz o atravessem e alcancem a retina 
para formar a imagem), o que compromete a visão. A 
evolução costuma ser lenta, e a doença pode afetar 
primeiro um dos olhos e só mais tarde o outro. 
Sintomas 
 
Como os raios luminosos não conseguem atingir plenamente a retina onde se situam os receptores fotossensíveis, 
o portador de catarata tem dificuldade para enxergar com nitidez. 
No início do problema, a pessoa vê como se a lente dos óculos estivesse embaçada ou como se houvesse uma 
névoa diante dos olhos. Com o avanço da doença, porém, a dificuldade aumenta progressivamente e a pessoa 
passa a enxergar apenas vultos, evoluindo, às vezes, até a cegueira. 
Outros sintomas que podem ocorrer são visão dupla, sensibilidade à luz ou imagens distorcidas. A pessoa pode 
queixar-se de dificuldade para dirigir, ler e andar, ou referir que tem tido quedas frequentes e que as 
cores estão desbotadas e sem vida. Pode perder, ainda, o interesse em ler e costurar porque não consegue 
enxergar direito. 
 Causas 
 
11 Emili Mariane – 3°semestre med 
A catarata pode ser congênita (casos raros) ou adquirida. A principal causa da doença é o envelhecimento. 
Embora o problema apareça geralmente em indivíduos com mais de 50 anos, há casos de crianças que já nascem 
com a doença por problemas genéticos ou porque as mães tiveram rubéola, sífilis ou toxoplasmose no primeiro 
trimestre de gestação. 
Outras causas de catarata são diabetes, uso sistemático e sem indicação médica de colírios, especialmente dos 
que contêm corticoides, inflamações intraoculares, traumas como socos ou batidas fortes na região dos olhos e 
excesso de radiação. 
Glaucoma 
 Glaucoma é uma doença ocular causada principalmente pela elevação da 
pressão intraocular que provoca lesões no nervo ótico e, como consequência, 
comprometimento visual. Se não for tratado adequadamente, pode levar à 
cegueira. 
Há vários tipos. O glaucoma crônico simples ou glaucoma de ângulo aberto, que 
representa mais ou menos 80% dos casos, incide nas pessoas acima de 40 anos 
e pode ser assintomático. Ele é causado por uma alteração anatômica na região 
do ângulo da câmara anterior, que impede a saída do humor aquoso e aumenta a 
pressão intraocular. 
A principal característica do glaucoma de ângulo fechado é o aumento súbito de pressão intraocular. O glaucoma 
congênito (forma mais rara) acomete os recém-nascidos, e o glaucoma secundário é decorrente de enfermidades 
como diabetes, uveítes, cataratas 
Sintomas do glaucoma 
 A doença é assintomática no início. A perda visual só ocorre em fases mais avançadas e compromete primeiro a 
visão periférica. Depois, o campo visual vai estreitando progressivamente até transformar-se em visão tubular. 
Sem tratamento, o paciente fica cego. 
De modo geral, a doença aparece com mais frequência a partir dos 40 anos, mas pode ocorrer em qualquer faixa 
de idade, dependendo da causa que provocou a pressão intraocular mais elevada. 
A Lei 7.853 de 24 de outubro de 1989 ampara a acessibilidade aos portadores de deficiências visuais, 
integração ao mercado de trabalho e educação adequada e adaptada. 
 
A Coordenadoria para a integração da Pessoa Portadora de Deficiência, conhecida como “CORDE” é o órgão 
federal responsável em coordenar e fiscalizar o cumprimento da lei em nível federal, estadual e municipal. 
 
A Lei nº. 7853/89 trata dos direitos e deveres dos portadores de deficiências, garantindo que em todo o 
território brasileiro ações sejam desenvolvidas para melhorias em sua vida, saúde, educação, trabalho e lazer. 
Em seu artigo 1º estabelece: “Ficam estabelecidas normas gerais que asseguram o pleno exercício dos direitos 
individuais e sociais das pessoas portadoras de deficiências, e sua efetiva integração social, nos termos desta 
Lei”. 
 
Em dezembro de 1996, a Lei nº. 9394/96, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, garantiu 
escolaridade gratuita a todos em seu Capítulo V, nos artigos 58, 59 e 60. 
 
Esta Lei garante o acesso à escolaridade em todos os níveis de ensino e currículos adaptados e voltados a 
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/diabetes/
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/uveite/
https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/catarata/
 
12 Emili Mariane – 3°semestre med 
atender as deficiências. 
 
Em 1999, o Decreto Federal nº. 3298/99, que regulamentou a Lei nº. 7853 garantiram direitos legais a todos os 
cidadãos brasileiros portadores de deficiência em solo brasileiro referentes à educação, à saúde, ao lazer, ao 
trabalho, ao desporto, ao turismo, aos transportes, às construções públicas, à habitação, à cultura e outros. 
 
Este decreto classifica as deficiências amparadas no artigo 4º e especifica a cegueira no Parágrafo III: 
 
Cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; a 
baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a melhor correção óptica; os casos 
nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for igual ou menor que 60o; ou a ocorrência 
simultânea de quaisquer das condições anteriores. 
 
Lei nº. 10.172 de nove de janeiro de 2001 institui o Dia Nacional da Educação que será comemorado em 12 de 
dezembro. Estabelece avaliações nacionais periódicas e aprova o Plano Nacional da Educação e os Planos 
Decenais a serem elaborados em todos os segmentos municipais, estaduais e federais. 
 
A partir deste período houve respeito às deficiências. Todos passaram a frequentar escolas regulares e conviver 
em conjunto com pessoas sem deficiências. Este trabalho de cidadania permitiu entender que é normal ser 
diferente. Houve uma abertura em relação a esta situação com campanhas publicitárias e discussões sobre as 
deficiências em novelas como “Coração de estudante”, em 2002, “América”, em 2005, e “Páginas da Vida”, em 
2006. 
 
A Resolução CNE nº. 02, de 11 de setembro de 2001, abordam as Diretrizes para Educação Especial na Educação 
Básica, assegurando acessibilidade aos alunos em todos os níveis de escolaridade. 
 
A resolução garantiu acesso a escolas, aumentou autoestima dos deficientes e seus familiares, oportunizando a 
convivência entre todos. Esta resolução deu início a programas de reconhecimento a participação de todos no 
ambiente escolar. Foi importante, pois a presença de diversidades múltiplas nas escolas passou a ser considerada 
comum. 
 
Em 2003, a Portaria nº 3.284, de 7 de novembro de 2003, traçou diretrizes de acessibilidade ao ensino superior 
para portadores de deficiências. Esta portaria instituiu requisitos de acessibilidade como vagas em 
estacionamentos, rampas, adaptações em estabelecimentos, mudanças estruturais permitindo melhorias de 
acessos aos deficientes.

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