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origem da contabilidade

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2 ORIGEM DA CONTABILIDADE 
 O surgimento da contabilidade vem desde o inicio da civilização, devido a 
necessidade que os homens primórdios tinham de controlar o patrimônio 
representado por rebanhos, metais e outros bens. Conforme Marion (2005, p.30) 
Costuma-se dizer que a contabilidade é tão antiga quanto à origem do 
homem. Se abrirmos a Bíblia em seu primeiro Livro, Gênesis, entre outras 
passagens que sugerem a Contabilidade, observamos uma “competição” no 
crescimento da riqueza (rebanho de ovelhas) entre Jacó e seu sogro Labão 
(±4.000a.C).Se a riqueza de Jacó crescia mais do que a de Labão, para 
conhecer esse fato era necessário um controle quantitativo, por mais 
rudimentar que fosse. 
 Os primeiros registros os homens só memorizavam, mas com o 
crescimento significativo de suas posses e com a evolução encontrou maneiras de 
registrar essas informações através de gravações e outros métodos alternativos. 
 A maneira mais utilizada nesse período para controlar os bens era a 
descrição. Era registrado em uma lista, ou melhor, no inventário e qualificado 
conforme sua natureza, ou seja, metais, rebanhos de animais, quantidade de 
escravos, entre outros. 
 Quando os homens primitivos demonstravam esforços em controlar algum 
tipo de animal, era realizado através de imagens ou desenhos da cara do animal que 
desejavam que fossem controlados para que fosse registrado o numero adequado 
de cabeças existentes. “Antes que o homem soubesse escrever e antes que 
soubesse calcular, criou ele a mais primitiva forma de inscrição, que foi a artística, 
da qual se valeu para, também, evidenciar seus feitos e o que havia conseguido 
para seu uso”. (SÁ, 2002, p.2 
Na antiguidade em escavações na cidade de Ur na Caldéia detectaram 
vestígios de registros contábeis de contas referentes à mão de obra e materiais, 
demonstrando que desde os primórdios da humanidade os métodos contábeis de 
controle do patrimônio eram de estimada importância.
 Com a invenção dos papiros e das penas, as informações passaram a ser 
registradas diariamente, agrupando-se vários períodos, o que lembrava o diário, 
balancete mensal e balanço anual. 
 Os gregos escrituravam Contas de custo e receitas de forma a compará-
las para poderem apurar o saldo. Da mesma forma, aprimoraram este modelo e a 
estenderam às várias atividades como administração pública, privada e bancária. 
Segundo Silva (2007, p. 06): 
O conjunto de esforços e aprimoramento fez a ciência contábil evoluir na 
época clássica de “logos” (lógica e ciência), conforme (Apud. Masi 1971), 
sendo depois considerada uma “rationandi scientia” (ciência racional) no 
estudo de suas contas, nas aplicações de orientação aos empreendimentos 
de capital público e privado; no auxilio governamental e privado nas 
trapezas de acordo com D.áuria (1959) - tal como eram chamados os 
bancos na Grécia antiga - e nas famílias que também escrituravam e 
praticavam os registros contábeis. 
 Com isso demonstra que o homem da antigüidade já tinha o cuidado com 
a riqueza, como os homens dos dias atuais. Desde os primitivos, o homem teve que 
ir melhorando sua maneira de contabilizar, na medida em que as atividades se 
tornavam mais complexas. De acordo Marion (2005, p.26): 
A contabilidade surgiu basicamente da necessidade de donos de patrimônio 
que desejavam mensurar, acompanhar a variação e controlar suas 
riquezas. Daí, poder-se afirmar que a Contabilidade surgiu em função de um 
usuário específico, o homem proprietário de patrimônio, que, de posse das 
informações contábeis, passa a conhecer melhor sua “saúde” econômico- 
financeira, tendo dados para propiciar tomada de decisões mais adequadas. 
 O surgimento da contabilidade deu-se através da necessidade prática dos 
gestores ou proprietários das empresas de controlar, avaliar, estabelecer preços e 
estudar a evolução do seu patrimônio. 
Podemos conceituar a contabilidade como uma ciência social, assim 
como a economia ou administração, que estuda, interpreta e registra os fenômenos, 
tanto em seu aspecto quantitativo, quanto em seu aspecto qualitativo, que afetam o 
patrimônio de uma organização. Para Franco (1997, p.21) 
A Contabilidade é a ciência que estuda os fenômenos ocorridos no patrimônio das 
entidades, mediante o registro, a classificação, a demonstração expositiva, a 
análise e a interpretação desses fatos, com o fim de oferecer informações e 
orientação – necessárias à tomada de decisões – sobre a composição do 
patrimônio, suas variações e o resultado econômicas decorrente da gestão da 
riqueza patrimonial. 
 A contabilidade exerce um papel fundamental na administração de 
qualquer negócio, uma vez que oferece um banco de dados com informações 
preciosas para que os gestores possam tomar decisões estratégicas para o futuro 
da empresa. 
 Neste sentido, podemos afirmar que ela mensura, condensa e atesta a 
veracidade de todos os dados e números relativos a tudo o que se passa na 
organização. Procura fornecer aos administradores da organização, as informações 
necessárias para tomadas de decisão, bem como aos proprietários do patrimônio e 
demais pessoas que estejam envolvidas neste processo. 
2.1Áreas de atuação do Contador 
 O profissional de Contabilidade pode atuar em inúmeras áreas no 
mercado de trabalho. Dentre as quais relataremos as seguintes: 
2.1.1 Contador 
 È o profissional com formação superior (Bacharel em Ciências Contábeis) 
registrado no conselho regional de contabilidade e que executa com zelo, moral, 
ética e competência as funções contábeis. 
 Contabilidade Financeira fornece informações básicas e de extrema 
necessidade aos gestores da empresa, sendo obrigatória para o fisco e 
imprescindível a todas as empresas.
A contabilidade Financeira, de acordo com a área ou a atividade em que é 
aplicada, recebe várias denominações: Contabilidade Agrícola (aplicada ás 
empresas agrícolas); Contabilidade Bancária (aplicada aos bancos); 
Contabilidade Comercial (aplicada às empresas comerciais); Contabilidade 
Hospitalar (aplicada aos hospitais); Contabilidade Industrial (aplicada às 
indústrias); e mais: Contabilidade Imobiliária, Contabilidade Pastoril, 
Contabilidade Pública, Contabilidade de Seguros etc.(MARION, 2005, p.27) 
 Contabilidade de Custos foi originada da contabilidade geral, devido a 
necessidade do gestor de obter um controle maior sobre os custos dos produtos que 
a empresa produz, comercializa ou desenvolve o serviço. 
 As informações são reunidas, acumuladas e colocadas em ordens para 
que seja analisada e interpretada em seguida, trazendo assim dados e medidas para 
solucionar problemas que venham ocorrer na organização. De acordo Leone (2000, 
p.19) 
A contabilidade de custos é ramo da contabilidade que se destina a produzir 
informações para os diversos níveis gerenciais de uma entidade, como 
auxílio ás funções de determinação de desempenho, de planejamento e 
controle das operações e de tomadas de decisões. 
Contabilidade Gerencial é realizada de modo interligado com os gerentes, 
procura informar de forma mais detalhada e minuciosa possível tudo que se passa 
na empresa, para que auxilie os diretores nas tomadas de decisões e no 
planejamento de curto e longo prazo da organização. Distingui-se das contabilidades 
já mencionadas, devido não se uni aos princípios tradicionais admitidos pelos 
contadores. Para Santos (et al., 2006, p.9) Contabilidade Gerencial é: 
O processo de identificação, mensuração, acumulação, análise, preparação, 
interpretação e comunicação de informações tempestivas (passadas, 
presentes e/ou futuras) relevantes e úteis, para auxiliar os gestores das 
organizações no processo decisório das operações diárias e do 
planejamento de operações futuras. 
2.1.2 Auditor 
 Auditoria é uma analise minuciosa e criteriosa onde o auditor interno ou 
externo efetua a conferência da exatidão dos documentos para emitir com 
veracidade e competência o seu relatório ou parecer.ConformeAttie ( 1998, p.27) 
A origem do termo auditor em português, muito embora perfeitamente 
representado pela origem latina (aquele que ouve, o ouvinte), na realidade 
provém da palavra inglesa to audit(examinar, ajustar, corrigir, 
certificar).Segundo se tem notícias, a atividade de auditoria é originaria da 
Inglaterra que, como dominadora dos mares e do comércio em épocas 
passadas, teria iniciado a disseminação de investimentos em diversos locais 
e países e, por conseqüência, o exame dos investimentos em diversos 
locais e países e, por conseqüência, o exame dos investimentos mantidos 
naqueles locais. 
 . 
O auditor Externo ele não tem vínculo empregatício e o grau de 
independência é bem maior em relação ao auditor interno. Já quanto a sua área de 
atuação dentro da organização é somente na auditoria contábil, onde o seu principal 
objetivo é exprimir um parecer sobre as demonstrações contábeis, não podendo 
examinar ou verificar outras áreas de operação. Ele é um autônomo, mas podendo 
tem vinculo com alguma empresa de auditoria. 
Segundo Almeida (2009) O surgimento do profissional auditor interno 
originou da profissão de auditor externo que é uma das áreas de atuação do 
contador. Ele é um empregado da organização, mas mesmo assim não deve estar 
subordinado a pessoa cujo trabalho investiga, e em nenhuma hipótese deverá 
realizar tarefas que venha um dia averiguar, para que não venha haver interferência 
em sua independência. 
2.1.3 Perito Contábil 
É profissional graduado em Ciências Contábeis e plenamente registrado 
no Conselho Regional de Contabilidade (CRC). Conforme Fonseca Apud Alberto 
(2000, p.38): "A partir do século XVII, criou-se definitivamente a figura do perito 
como auxiliar da justiça, e ao perito extrajudicial, permitindo assim a especialidade 
do trabalho judicial." 
 Este profissional pode exercer essa atividade tanto como Perito 
contador, quanto Perito assistente, sabendo que o Perito Contador é nomeado 
pelo juiz para elaborar e assinar os laudos técnicos, onde esclarece dados 
obscuros da matéria pericial já o assistente ele é contratado pelas partes para 
elaboração do parecer contábil emitindo com clareza, objetividade e praticidade 
sobre o conteúdo do laudo. 
2.1.4 Consultor Contábil 
 Com o grande avanço da profissão de consultor contábil que é o 
profissional da área de contabilidade, Técnico ou Bacharel. Que tem um nível de 
conhecimento ideal para esclarecer as interrogações, ou seja, questionamentos de 
todos que o procuram. Conforme parecer de Marion (2005, p.28) 
A consultoria, em franco desenvolvimento em nosso país, não se restringe 
especificamente á parte contábil e financeira, mas também- e aqui houve 
um grande avanço da profissão- a consultoria fiscal (Imposto de Renda, IPI, 
ICMS e outros), a consultoria na área de informática, exportação ...
2.1.5 Professor de Contabilidade 
 O profissional de contabilidade capacitado para atuar na área de ensino 
no mercado de trabalho tem sido uma porcentagem mínima, e está agravando a 
cada dia, devido o crescimento de faculdades que vem oferecendo o curso de 
ciências contábeis, fazendo com que o numero de professor improvisado aumente 
nas salas de aula. Para Strassburg (2003, p.96): “São aqueles que não têm uma 
experiência anterior com o magistério e, sim, na maioria das vezes, no dia-a-dia das 
empresas. No caso da Contabilidade, geralmente possuem a graduação ou, no 
máximo, especialização” 
3 CONCEITOS DE AUDITORIA 
 A auditoria é uma das áreas de atuação em que o profissional de 
contabilidade pode atuar, onde é voltada para testar a eficiência e eficácia do 
controle patrimonial implantado, cujo objetivo é de expressar um parecer sobre 
determinado dado. 
 O controle na empresa é determinado pela contabilidade, já a 
confiabilidade dos dados contábeis acontece através da Auditoria, que além da 
análise precípua dos lançamentos contábeis da Empresa, analisará os atos e fatos 
contábeis à luz das normas técnicas e da legislação em vigor. 
A auditoria compreende o exame de documentos, livros e registros, 
inspeções e obtenção de informações e confirmações, internas e externas, 
relacionados com o controle do patrimônio, objetivando, objetivando 
mensurar a exatidão desses registros e das demonstrações contábeis deles 
decorrentes. Os exames são efetuados de acordo com as normas de 
auditoria usualmente aceitas e incluem os procedimentos que os auditores 
julgarem necessários, em cada circunstância, para obter elementos de 
convicção, com o objetivo de comprovar se os registros contábeis foram 
executados de acordo com princípios fundamentais e normas de 
contabilidade e se as demonstrações contábeis deles decorrentes refletem 
adequadamente a situação econômico-financeira do patrimônio, os 
resultados do período administrativo examinado e outras situações nelas 
demonstradas. (FRANCO E MARRA, 2009, p.28). 
 Ela se diferencia da Contabilidade, embora necessite dos registros 
contábeis para confirmar a veracidade, mas o auditor não se limita somente o que 
está registrado nos livros, devido à omissão dos registros serem uma prova que 
existem falhas nas demonstrações contábeis. Sá (2002, p. 214) afirma que ”a 
conduta técnica do auditor gera a sua forma de proceder, para que o trabalho 
executado tenha eficácia e eficiência, ou seja, alcance seus objetivos 
racionalmente”. 
 Diante das definições de vários autores pode-se, conceituar auditoria 
como sendo uma técnica contábil, com detalhe próprio, cuja finalidade é a emissão 
de um parecer sustentado em vistorias realizadas nas demonstrações contábeis e 
controles internos da empresa examinada, visando a determinar a veracidade dos 
registros e demonstrações. 
Segundo Basso (1991, p.23) 
... A Auditoria preocupa-se com a verificação de elementos 
contábeis e em determinar a exatidão e a felicidade das demonstrações e 
relatórios contábeis... Provavelmente o mais importante elemento de 
qualquer auditoria é o auditor, a pessoa que verifica os elementos contábeis 
e relata o resultado de seu trabalho. Muito pode ser descoberto acerca do 
que é auditoria, investigando a atitude, o treinamento e os procedimentos do 
auditor... 
A auditoria é um processo que busca as verdadeiras informações gerais da 
empresa baseado nos princípios contábeis e no final é emitido o parecer do auditor. 
Obviamente que isto deve ser feito com aptidão e atenção. Conforme retrata 
Boynton (et al.2002, p.34): 
Auditoria começa em época tão remota quanto à contabilidade. Sempre que 
o avanço da civilização tinha implicado que a propriedade de um homem 
fosse confiada, em maior ou menor extensão, a outra, a desejabilidade da 
necessidade de verificação da fidelidade do último, tornou-se clara. 
Um Programa de auditoria para ser bem projetado e com eficácia é 
necessário ter experiência, competência e critério. Os processos aplicados para 
obtenção de provas, e os quais o auditor se baseia para emitir seu parecer, são 
evidentes, e se forem aplicados corretamente são eficientes para localizar as faltas 
de exatidão nos documentos examinados. 
3.1 Evolução da Auditoria 
A Auditoria é uma das atividades que tem mais se destacado e se 
desenvolvido no mundo nos dias atuais, decorrente da abrangência e 
desenvolvimento das empresas e a crescente dificuldade na gestão dos negócios. 
A grandeza econômica e comercial da Inglaterra e da Holanda, em fins do 
século passado, bem como dos Estados Unidos, onde hoje a profissão é 
mais desenvolvida, determinou a evolução da auditoria, como conseqüência 
do crescimento das empresas, do aumento de sua complexidade e do 
envolvimento do interesse da economia popular nos grandes 
empreendimentos (Crepaldi, 2007, p. 105). 
 Devido o crescimento acelerado do mercado empresarial e a necessidade 
de mudança quanto às inovações tecnológicas e metodológicas da gestão 
empresarial, iniciou a evolução no Brasil apartir da década de 60, ocasionada pela 
concorrênciaentre as empresas, resultante da economia globalizada, que se fazia 
presente naquela época. 
Segundo Attie (1998, p. 27), o surgimento da auditoria se fixa na: 
(...) necessidade de confirmação por parte dos investidores e proprietários 
quanto à realidade econômica-financeira espelhada no patrimônio das 
empresas investidas e, principalmente, em virtude do aparecimento de 
grandes empresas multigeograficamente distribuídas e simultâneo ao 
desenvolvimento econômico que propiciou participação acionária na 
formação do capital de muitas empresas. 
Devido à auditoria ser uma ramificação da Contabilidade, consente em 
uma verificação entre as duas atividades. Certifica-se que com a evolução instituída 
pelo exame científico e sistêmico dos registros, livros, inspeções, aquisição de 
informações, estão sujeitos as normas apropriadas de actuação para investigar a 
veracidade das exigências fiscais, dos princípios e das normas contábeis se estão 
aplicadas de forma uniforme. 
 Com isso mostra que a função de auditoria passa por um processo de 
reavaliação, demonstrando que não é somente um instrumento tradicional capaz de 
revelar erros, falhas ou até detectar fraudes na organização, mas sim capaz de 
sugerir medidas e soluções preventivas e educativas, para que sejam 
diagnosticados problemas e que venha haver sustentação na administração, 
melhorando assim a atuação dos empregados e facilitando o trabalho dos auditores 
seja internos ou externos, influenciando assim positivamente no andamento da 
empresa. 
3.2 Classificações da Auditoria 
 As auditorias podem ser classificada em: Externa e Interna.
3.2.1 Auditoria Externa 
 Os auditores externos se baseiam na emissão de relatórios e pareceres, e 
não são subordinados às ordens da Direção das entidades, de forma a atuar de 
maneira imparcial. 
Auditoria externa é aquela em que o serviço é praticado por contadores que 
atuam por conta própria, credenciados pelos órgãos específicos ( Conselho 
Regional de Contabilidade – CRC, Comissão de Valores Mobiliários – CVM, 
Banco Central- BACEN, entre outros).Por não possuírem vínculo 
empregatício, subordinação e qualquer outra ligação de interesse pessoal 
ou comercial , além do trabalho específico de auditoria, acabam sendo 
reconhecidos pelo mercado como auditores com independência( e por isto o 
termo auditores independentes) para expressar uma opinião imparcial sobre 
a adequação ou não, das demonstrações contábeis e demais 
procedimentos dos controles internos( FRANCO e MARRA,2001,p.118). 
Essa auditoria é realizada por um profissional completamente 
independente da empresa auditada. O principal objetivo do auditor externo é 
exprimir uma opinião (chamado parecer) sobre as demonstrações financeiras. 
Franco e Marra (2001, p.218) também define auditoria externa: “É aquela realizada 
por profissional liberal, auditor independente, sem vínculo de emprego com a 
entidade auditada e que poderá ser contratado pela auditoria permanente ou 
eventual”. 
Sá (2002) descreve que “Surgiu novos rumos às técnicas contábeis e 
principalmente às de auditoria, visando atentar às necessidades produzidas com o 
surgimento de grandes empresas. As demonstrações contábeis passaram a ter um 
significado grande para os futuros investidores de recursos, como medida de 
segurança contra a capacidade de manipulação de informações. 
 Portanto a auditoria externa, pela relevância, confiabilidade e 
independência pelo qual os auditores podem prestar seus serviços, podendo 
explicar de forma minuciosa os seus pareceres, os acionista, financiadores, 
fornecedores e analista tem em uma visão diferenciada e mais segura, quantos as 
informações disponibilizadas da escrituração e das demonstrações contábeis, a fim 
de confirmar sua adequação. A auditoria, dessa maneira, aprimora vantagens 
quantas as informações fornecidas e dá credibilidade à contabilidade, valorizando 
seus objetivos. 
3.2.2 Auditoria Interna 
 O papel fundamental da auditoria interna na empresa é subsidiar ao 
diretor um plano de ação com dados e informações tecnicamente elaborados para 
auxiliar a empresa a conquistar seus objetivos, referente ás atividades para cujo 
acompanhamento este não tem condição de efetuar. 
 Franco e Marra (2001, p.118) define auditoria interna: “É aquela exercida 
por funcionário da própria empresa, em caráter permanente”. Ou seja, aquela em 
que o serviço é praticado por contadores empregados das sociedades, associações 
e fundações, que os contratam para tal. 
(ALMEIDA, 1996 a, p. 25.) A Auditoria Interna é um trabalho de avaliação 
independente e de assistência da administração, voltada exclusivamente 
para o exame e avaliação de adequação, eficiência e eficácia dos sistemas 
de controle, bem como da qualidade do desempenho das áreas, em relação 
às atribuições e aos planos, às metas, aos objetivos e as políticas definidas 
para as mesmas. 
O objetivo da auditoria Interna é acompanhar de forma minuciosa os 
negócios das organizações, fiscalizarem os setores imposta pelos administradores, 
para que sejam identificados possíveis erros nos controles internos que possam vir a 
ocasionar prejuízos irrecuperáveis fiscais e tributários e consiga recursos financeiros 
com qualidade e precisão das informações prestadas. 
A principal função da auditoria interna é trazer tranqüilidade os setores e traçar 
um plano de ação dentro da empresa, relacionadas, de modo intenso, com o curso 
de cada cargo, área, departamento, setor e operação. 
A auditoria interna é aquela exercida por funcionário da própria empresa, 
em caráter permanente. Apesar de seu vinculo á empresa, o auditor interno 
deve exercer sua função com absoluta independência profissional, 
preenchendo todas as condições necessárias ao auditor externo, mas 
também exigindo da empresa cumprimento daquelas que lhe cabem. Ele 
deve exercer sua função com total obediência às normas de auditoria e o 
vínculo de emprego não lhe deve tirar a independência profissional, pois 
sua subordinação à administração da empresa deve ser apenas sob o 
aspecto funcional. (FRANCO E MARRA, 2009, p 219) 
O auditor interno mesmo tendo um vínculo empregatício, ele necessita de 
autonomia e confiança para examinar e avaliar os registros, planos e políticas da 
empresa, de forma que os colaboradores venham contribuir fornecendo assim a 
documentação necessária para auditar com eficiência e eficácia. 
3.3 Tipos de Auditoria 
 Existem inúmeros tipos de ramificações na auditoria interna, exemplo: 
auditoria de sistemas, auditoria trabalhista, auditoria tributária, auditoria da 
qualidade, auditoria jurídica, auditoria contábil e outras. Dentre essas iremos abordar 
sobre auditoria trabalhista. 
3.3.1 Auditoria Trabalhista 
 O principal objetivo da auditoria trabalhista é averiguar a estrutura dos 
controles e procedimentos do setor pessoal, com exames de rotinas, procedimentos 
ligados ao setor, verificações de folhas de pagamento, cálculos, apropriações, 
retenções, recolhimentos, procurando abranger os aspectos mais relevantes do 
setor e sua correlação com o setor contábil. 
 A Organização pode designar o funcionário responsável pelo RH para 
efetuar auto-auditoria (auditoria interna), objetivando identificar e regularizar as 
pendências, antes de uma fiscalização do Ministério do Trabalho, INSS, e até 
mesmo antecipando-se a uma Auditoria Externa. O roteiro e os relatórios facilitam o 
trabalho. 
ꞏ A auditoria no departamento de pessoal atinge as principais rotinas de análise 
de relações trabalhistas: Registro de Empregados, Admissões, Cartões de Ponto, 
Cálculos da folha de pagamento (insalubridade, horas extras, periculosidade, 
adicional noturno e outros) Férias, Décimo terceiro salário, Rescisões Contratuais, 
Licença Maternidade, Segurança e Medicina no trabalho, Recolhimento de 
encargos, Reclamatórias trabalhistas, Terceirização, Controles Internos do setor, 
infrações e penalidadesaplicadas aos casos. 
O auditor precisará conhecer a atividade principal da empresa e a 
importância do departamento, das contas e das operações como um todo para que 
venha ter sucesso na auditoria, para que logo em seguida venha planejar, delimitar 
os objetivos da auditoria e os procedimentos que se farão necessários. 
 Os dispêndios realizados com mão de obra são fatores de alta relevância 
em uma auditoria de departamento de pessoal, mesmo sendo pessoas sem vínculo 
empregatício, e a influência do capital humano na realização das operações da 
empresa. O foco principal será a importância com relação aos gastos com 
remuneração, pois a incidência da contribuição previdenciária é com relação: 
[...] alíquota de 20% sobre o total das remunerações pagas, devidas 
ou creditadas a qualquer título, durante o mês, aos segurados 
empregados e trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços, 
destinadas a retribuir o trabalho, qualquer que seja a sua forma, 
inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de utilidades e 
adiantamentos decorrentes de ajuste salarial, quer pelos serviços 
efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do 
empregador ou tomador do serviço, nos termos da lei ou do contrato, 
ou ainda, de convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença 
normativa. 
Os funcionários do departamento de pessoal sentem dificuldades de 
apuração e até de interpretação da própria legislação previdenciária, quando não 
acompanhados de profissional sabedor da legislação e das normas trabalhistas e 
previdenciárias, dos cálculos e observância das obrigações dessas legislações, faz 
com que o risco imanente para a afirmação de avaliação ou alocação possa ser alto. 
 Essa situação ocorre se a organização não tiver práticas e políticas de 
controle interno ou se estes são ineficientes, o que será experimentado pelo auditor 
mediante inspeção de documentos e relatórios e até mesmo reexecução de alguns 
ajustes. O auditor determinará se serão necessário maior ou menor quantidades de 
procedimentos de revisão analítica Dependendo do resultado dos testes, que são 
muito eficientes no levantamento de fraude. 
3.3.1.1 Folha de Pagamento 
 A preparação da folha de pagamento é um documento de extrema 
importância, e sua elaboração deverá ser realizada da maneira mais diligente 
possível. Todos os lançamentos deverão ser efetuados da maneira mais clara e 
explicativa possível, devido o público alvo dos lançamentos efetuados, serem 
compostos por pessoas que não possuem os conhecimentos técnicos necessários 
para compreender tudo o que estará lançado. 
 “A confecção da folha de pagamento, além de um procedimento de 
caráter trabalhista, decorre de obrigatoriedade prevista no art.47 do ROCSS- 
Regulamento da Organização e Custeio da Seguridade Social”. (Brondi e Bermúdez, 
2004, p.169) 
 O setor de contabilidade utiliza a folha de pagamento para contabilizar os 
rendimentos e os descontos efetuados na remuneração dos empregados. Por isso é 
de extrema importância que seja descriminada de forma clara e precisa. 
 Segundo Brondi e Bermúdez ( 2004, p.169) “Lançar mensalmente em 
títulos próprios de sua contabilidade, de forma discriminadas, os fatos geradores de 
todas as contribuições, o montante das quantias descontadas, as contribuições da 
empresa e os totais recolhidos”. 
 A elaboração da folha é de grande valia na organização, e deve ser feita 
de forma especial e com toda dedicação possível, está no fato de que, será um dos 
primeiros documentos solicitados quando, eventualmente, a empresa vier a ser 
fiscalizada, seja pelo Ministério do Trabalho, seja pela própria Previdência Social. 
 A folha de pagamento analítica é um documento que relata todos os 
créditos e débitos referentes ao pagamento dos funcionários. Vejamos inicialmente, 
os principais créditos: 
3.3.1.2 Salário 
 Salário é a parte fixa efetivamente paga ao empregado, proporcionado 
pelo empregador ao empregado pelo serviço prestado. É o valor do salário pelo qual 
o empregado se compromete, pela assinatura do contrato de trabalho, a exercer 
suas funções dentro dos horários determinados. 
 Para Basile (2010, p.114) “Salário representa a contraprestação em 
dinheiro ou utilidade, oferecida diretamente pelo empregador ao empregado,em 
função do contrato de trabalho, para satisfazer suas necessidades vitais básicas e 
de sua família.’ 
 O salário pode ser divido em: fixo, variável e misto. 
 Salário Fixo é o valor invariável pactuado entre as partes para 
remuneração mensal do empregado baseado na CLT. 
 Salário Variável é o firmado de acordo com a produção do profissional 
capacitado, podendo ser por peça, comissão, tarefa etc. 
 Misto é um salário constituído por parte fixa e variável. 
Dispõe o art.457 da CLT que integram o salário: a parte fixa, as 
comissões, as percentagens (adicionais), as gratificações, os 
abonos e o valor total das diárias quando excedentes a 50% do 
salário, embora a doutrina identifique também em outras 
verbas a mesma natureza salarial. (Basile, 2010, p.114) 
 O Salário pode ser mensal, quinzenal, semanal, diário, por hora, por 
produção, por comissão ou por tarefa. O mais utilizado no mercado de trabalho, é o 
salário fixado por mês (que via de regra, é fixado para funções administrativas) e por 
hora, produção e comissão sobre vendas ou serviços (que, via de regra, são fixados 
para empregados que exercem funções operacionais. 
3.3.1.3 Adicional de Insalubridade 
 Este adicional deverá ser pago a todo o empregado que estiver 
desempenhando suas funções em condições que esteja exposto a agentes nocivos 
à saúde, de acordo com o artigo 192 da CLT. 
“Não Basta a constatação da insalubridade por meio de laudo pericial para que o 
empregado tenha direito ao respectivo adicional, sendo necessária a classificação 
da atividade insalubre na relação oficial elaborada pelo Ministério do Trabalho”( OJ 
4, I, SBDI-1 do TST). 
 As atividades insalubres são aquelas descritas na Norma 
Regulamentadora n.º 15, aprovada pela Portaria n.º 3.214/78. Importante destacar 
que não é função do encarregado pelo Departamento pessoal , determinar quais 
locais de trabalho, há ou não agentes insalubres. Este trabalho é de exclusividade 
do profissional voltado à área de Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho. 
“O empregado que exerce o trabalho em condições que ofereçam riscos a 
saúde percebe um adicional de salário de 10,20 ou 40%, conforme a classificação 
da insalubridade nos graus mínimo, médio e máximo, respectivamente” (CLT, 
art.192). 
3.3.1.4 – Adicional de Periculosidade 
 Este adicional é de direito dos empregados que expõe as suas vidas em 
risco exercendo suas atividades em condições perigosas ou em contato com 
produtos inflamáveis ou explosivos. 
“São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação 
aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de 
trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em 
condições de risco acentuado”. (CLT, art.193) 
 A Diferença do adicional de periculosidade para o de insalubridade é que 
não existe classificação entre graus, mínimo, médio ou máximo. O adicional de 
periculosidade é correspondente a 30% (trinta por cento) sobre o salário contratual 
do trabalhador, consoante o artigo 193 e §§ da CLT.
3.3.1.5 - Adicional Noturno 
 O Adicional Noturno é concedido ao empregado urbano e rural que 
trabalha no período noturno, período esses que variam para o trabalhador urbano 
entre 22 e 5 horas e para o rural ente 21 horas de um dia às 5 horas do dia seguinte. 
Conforme Martins (2004, p.264): 
O pagamento do adicional noturno depende de uma condição, que é o 
trabalho à noite. Se o trabalho deixa de ser prestado no período noturno, 
perde o trabalhador o direito ao adicional, que não se incorpora ao seu 
contrato de trabalho. Esclarece o Em. 265 do TST que a transferênciapara 
o período diurno de trabalho implica a perda do direito ao adicional noturno. 
 O trabalhador urbano que realiza suas tarefas no período noturno deve 
ser remunerado com um percentual de acréscimo de no mínimo 20% (vinte por 
cento) sobre o valor da hora diurna, exceto condições mais favoráveis previstas em 
acordo, convenção coletiva ou sentença normativa. 
O trabalhador rural que executa suas atividades à noite, terá também um 
percentual de acréscimo de no mínimo 25% (vinte e cinco por cento) sobre o valor 
da hora diurna
3.3.1.6 - Horas Extras 
 São considerada horas extras aquelas que ultrapassam a jornada normal 
firmadas no contrato de trabalho de cada trabalhador,lembrando que não poderá 
exceder as oito horas diárias e 44 horas semanais na duração do trabalho normal 
 De acordo com a CLT a jornada de trabalho só poderá ser prorrogada em 
até duas horas, salvo nos casos de força maior ou necessidade 
imperiosa.“Conforme determinação constitucional(CF, art. 7º,XVI),deverá ser paga 
no mínimo em 50% acima do valor da hora normal, percentual que poderá ser maior, 
por força de lei, de acordo ou sentença normativa.” 
 As horas extraordinárias terão acréscimo de, no mínimo 50% (cinqüenta 
por cento) sobre o valor da hora normal de trabalho, se executadas em dias normais, 
ou seja, que não sejam domingos ou feriados. No caso de ser trabalhadas em 
domingos ou feriados, o acréscimo mínimo sobre a hora normal, passa a ser de 
100% (cem por cento). 
3.3.1.7 Comissão 
A comissão é estipulada em termos percentuais quando da assinatura do 
contrato de trabalho do empregado. 
Art. 466 - O pagamento de comissões e percentagens só é exigível depois 
de ultimada a transação a que se referem. 
§ 1º - Nas transações realizadas por prestações sucessivas, é exigível o 
pagamento das percentagens e comissões que lhes disserem respeito 
proporcionalmente à respectiva liquidação. 
§ 2º - A cessação das relações de trabalho não prejudica a percepção das 
comissões e percentagens devidas na forma estabelecida por este artigo. 
 São quantias em que o empregado recebe referente vendas ou serviço 
prestado em forma de percentual por unidade ou integral dos negócios sucedido.

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